So, there's about seven and a half billion of us. The World Health Organization tells us that 300 million of us are depressed, and about 800,000 people take their lives every year. A tiny subset of them choose a profoundly nihilistic route, which is they die in the act of killing as many people as possible. These are some famous recent examples. And here's a less famous one. It happened about nine weeks ago. If you don't remember it, it's because there's a lot of this going on. Wikipedia just last year counted 323 mass shootings in my home country, the United States. Not all of those shooters were suicidal, not all of them were maximizing their death tolls, but many, many were.
Somos aproximadamente 7,5 bilhões de pessoas. A Organização Mundial da Saúde revela que 300 milhões estão deprimidos e que cerca de 800 mil pessoas tiram a vida todos os anos. Um subconjunto minúsculo delas escolhe uma rota profundamente niilista: elas morrem no ato de matar o maior número de pessoas possível. Eis alguns exemplos recentes famosos. Este é um menos famoso, ocorrido há cerca de nove semanas. Se vocês não se lembram, é porque acontecem com frequência. A Wikipédia, só no ano passado, computou 323 tiroteios em massa em meu país natal, os Estados Unidos. Nem todos esses atiradores eram suicidas, nem estavam maximizando o número de mortos, mas muitos eram.
An important question becomes: What limits do these people have? Take the Vegas shooter. He slaughtered 58 people. Did he stop there because he'd had enough? No, and we know this because he shot and injured another 422 people who he surely would have preferred to kill. We have no reason to think he would have stopped at 4,200. In fact, with somebody this nihilistic, he may well have gladly killed us all. We don't know. What we do know is this: when suicidal murderers really go all in, technology is the force multiplier.
Uma pergunta importante vem a ser: quais são os limites dessas pessoas? Considerem o atirador de Vegas. Ele matou 58 pessoas. Parou por aí porque teve o bastante? Não, e sabemos disso porque ele atirou e feriu outras 422 pessoas, que certamente teria preferido matar. Não há razão para achar que ele pararia em 4,2 mil. Na verdade, alguém tão niilista pode matar todos nós com muito prazer. Não dá para saber. Sabemos o seguinte: quando assassinos suicidas entram em cena, a tecnologia é o multiplicador de forças.
Here's an example. Several years back, there was a rash of 10 mass school attacks in China carried out with things like knives and hammers and cleavers, because guns are really hard to get there. By macabre coincidence, this last attack occurred just hours before the massacre in Newtown, Connecticut. But that one American attack killed roughly the same number of victims as the 10 Chinese attacks combined. So we can fairly say, knife: terrible; gun: way worse. And airplane: massively worse, as pilot Andreas Lubitz showed when he forced 149 people to join him in his suicide, smashing a plane into the French Alps.
Eis um exemplo. Vários anos atrás, houve uma série de dez ataques em massa a escolas na China executados com objetos como facas, martelos e cutelos, porque é muito difícil obter armas lá. Por uma coincidência macabra, esse último ataque ocorreu apenas algumas horas antes do massacre em Newtown, Connecticut. Mas esse único ataque norte-americano matou aproximadamente o mesmo número de vítimas que os dez ataques chineses juntos. Podemos dizer: faca, terrível; arma, muito pior. E avião, muitíssimo pior, como mostrou o piloto Andreas Lubitz, quando forçou 149 pessoas a se juntarem a ele em seu suicídio, destruindo um avião nos Alpes franceses.
And there are other examples of this. And I'm afraid there are far more deadly weapons in our near future than airplanes, ones not made of metal. So let's consider the apocalyptic dynamics that will ensue if suicidal mass murder hitches a ride on a rapidly advancing field that for the most part holds boundless promise for society. Somewhere out there in the world, there's a tiny group of people who would attempt, however ineptly, to kill us all if they could just figure out how. The Vegas shooter may or may not have been one of them, but with seven and a half billion of us, this is a nonzero population. There's plenty of suicidal nihilists out there. We've already seen that. There's people with severe mood disorders that they can't even control. There are people who have just suffered deranging traumas, etc. etc. As for the corollary group, its size was simply zero forever until the Cold War, when suddenly, the leaders of two global alliances attained the ability to blow up the world.
Há outros exemplos. Temo que haverá muito mais armas mortais do que aviões em nosso futuro próximo, e não serão feitas de metal. Vamos considerar a dinâmica apocalíptica que acontecerá se o assassinato em massa suicida pegar carona em um campo que avança rapidamente e que, na maioria das vezes, tem uma promessa ilimitada para a sociedade. Em algum lugar do mundo, há um grupo pequeno de pessoas que tentaria, ainda que de forma ineficaz, matar a todos se conseguissem descobrir como. O atirador de Vegas pode ou não ter sido uma delas, mas, com 7,5 bilhões de pessoas, essa é uma população diferente de zero. Há muitos niilistas suicidas por aí. Já vimos isso. Há pessoas com transtornos de humor graves que nem mesmo conseguem controlar. Existem pessoas que acabam de sofrer traumas perturbadores, etc., etc. O tamanho do grupo resultante era sempre zero, até a Guerra Fria, quando, de repente, os líderes de duas alianças globais conseguiram a capacidade de explodir o mundo.
The number of people with actual doomsday buttons has stayed fairly stable since then. But I'm afraid it's about to grow, and not just to three. This is going off the charts. I mean, it's going to look like a tech business plan.
A quantidade de pessoas com verdadeiros botões destruidores permaneceu estável desde então. Mas receio que esteja prestes a crescer e não apenas três vezes, mas bem acima do normal. Parecerá um plano de negócios de tecnologia.
(Laughter)
(Risos)
And the reason is, we're in the era of exponential technologies, which routinely take eternal impossibilities and make them the actual superpowers of one or two living geniuses and -- this is the big part -- then diffuse those powers to more or less everybody.
O motivo é que estamos na era de tecnologias exponenciais, que tomam, com frequência, impossibilidades eternas e as tornam os superpoderes reais de um ou dois gênios vivos e... essa é a parte importante... depois difundem esses poderes para quase todo mundo.
Now, here's a benign example. If you wanted to play checkers with a computer in 1952, you literally had to be that guy, then commandeer one of the world's 19 copies of that computer, then used your Nobel-adjacent brain to teach it checkers. That was the bar. Today, you just need to know someone who knows someone who owns a telephone, because computing is an exponential technology.
Eis um exemplo benigno. Se quisesse jogar damas com um computador em 1952, você teria que ser aquele cara, requisitar uma das 19 cópias existentes no mundo daquele computador e depois usar seu cérebro genial para ensiná-lo a jogar damas. Essa era a expectativa. Hoje, só precisamos conhecer alguém que conheça alguém que tenha um telefone, porque a computação é uma tecnologia exponencial.
So is synthetic biology, which I'll now refer to as "synbio." And in 2011, a couple of researchers did something every bit as ingenious and unprecedented as the checkers trick with H5N1 flu. This is a strain that kills up to 60 percent of the people it infects, more than Ebola. But it is so uncontagious that it's killed fewer than 50 people since 2015. So these researchers edited H5N1's genome and made it every bit as deadly, but also wildly contagious. The news arm of one of the world's top two scientific journals said if this thing got out, it would likely cause a pandemic with perhaps millions of deaths. And Dr. Paul Keim said he could not think of an organism as scary as this, which is the last thing I personally want to hear from the Chairman of the National Science Advisory Board on Biosecurity. And by the way, Dr. Keim also said this --
A biologia sintética também é assim, e vou me referir a ela como "synbio". Em 2011, alguns pesquisadores fizeram algo tão engenhoso e sem precedentes quanto o jogo de damas com a gripe H5N1. Essa é uma cepa que mata até 60% das pessoas infectadas, mais do que o Ebola. Mas é tão pouco contagiosa que matou menos de 50 pessoas desde 2015. Esses pesquisadores editaram o genoma do H5N1 e o deixaram tão mortal quanto antes, mas também altamente contagioso. O setor de notícias de uma das duas principais revistas científicas do mundo disse que, caso se espalhasse, causaria provavelmente uma pandemia com talvez milhões de mortes. O Dr. Paul Keim disse que não poderia pensar em um organismo tão assustador quanto esse, o que é a última coisa que quero ouvir do presidente do National Science Advisory Board for Biosecurity. A propósito, o Dr. Keim também disse:
["I don't think anthrax is scary at all compared to this."]
["Não acho o antraz assustador comparado a isso."]
E ele entende disso.
And he's also one of these.
[Especialista em antraz]
[Anthrax expert] (Laughter)
(Risos)
Now, the good news about the 2011 biohack is that the people who did it didn't mean us any harm. They're virologists. They believed they were advancing science. The bad news is that technology does not freeze in place, and over the next few decades, their feat will become trivially easy. In fact, it's already way easier, because as we learned yesterday morning, just two years after they did their work, the CRISPR system was harnessed for genome editing. This was a radical breakthrough that makes gene editing massively easier -- so easy that CRISPR is now taught in high schools. And this stuff is moving quicker than computing. That slow, stodgy white line up there? That's Moore's law. That shows us how quickly computing is getting cheaper. That steep, crazy-fun green line, that shows us how quickly genetic sequencing is getting cheaper. Now, gene editing and synthesis and sequencing, they're different disciplines, but they're tightly related. And they're all moving in these headlong rates. And the keys to the kingdom are these tiny, tiny data files. That is an excerpt of H5N1's genome. The whole thing can fit on just a few pages. And yeah, don't worry, you can Google this as soon as you get home. It's all over the internet, right? And the part that made it contagious could well fit on a single Post-it note. And once a genius makes a data file, any idiot can copy it, distribute it worldwide or print it. And I don't just mean print it on this, but soon enough, on this.
A boa notícia sobre o experimento biológico de 2011 é que as pessoas responsáveis não causaram nenhum dano. Elas eram virólogas e acreditavam no avanço científico. A má notícia é que a tecnologia não para e, nas próximas décadas, o feito dessas pessoas se tornará trivialmente fácil. Na verdade, já está muito mais fácil, porque, como descobrimos ontem de manhã, só dois anos após o trabalho delas, o sistema CRISPR foi aproveitado para edição do genoma. Foi um avanço radical que torna a edição genética extremamente mais fácil, tão fácil que agora o CRISPR é apresentado no ensino médio. Esse avanço está mais rápido do que a computação. Veem aquela linha branca branda e convencional lá em cima? É a lei de Moore, que nos mostra como a computação está ficando rapidamente mais barata. Aquela linha verde íngreme e maluca nos mostra a rapidez com que o sequenciamento genético está ficando mais barato. Edição genética, síntese e sequenciamento são disciplinas diferentes, mas intimamente relacionadas. Todas elas estão se movendo precipitadamente. O segredo são esses minúsculos arquivos de dados. Aquele é um trecho do genoma do H5N1. Todo o trecho pode caber em apenas algumas páginas. Não se preocupem, podem pesquisar no Google ao chegar em casa. Está tudo na internet. A parte que o tornava contagioso poderia caber num pedaço de papel. Quando um gênio cria um arquivo de dados, qualquer idiota pode copiá-lo, distribuí-lo em todo o mundo ou imprimi-lo. Não me refiro apenas a imprimi-lo nisto, mas, em breve, nisto.
So let's imagine a scenario. Let's say it's 2026, to pick an arbitrary year, and a brilliant virologist, hoping to advance science and better understand pandemics, designs a new bug. It's as contagious as chicken pox, it's as deadly as Ebola, and it incubates for months and months before causing an outbreak, so the whole world can be infected before the first sign of trouble. Then, her university gets hacked. And of course, this is not science fiction. In fact, just one recent US indictment documents the hacking of over 300 universities. So that file with the bug's genome on it spreads to the internet's dark corners. And once a file is out there, it never comes back -- just ask anybody who runs a movie studio or a music label. So now maybe in 2026, it would take a true genius like our virologist to make the actual living critter, but 15 years later, it may just take a DNA printer you can find at any high school. And if not? Give it a couple of decades.
Vamos imaginar um cenário. Suponhamos que estamos em 2026, para escolher um ano arbitrário, e um virólogo inteligente, com a esperança de avanço científico e melhor entendimento das pandemias, projete uma nova doença que seja tão contagiosa quanto a catapora, tão mortal quanto o Ebola e fique incubada durante meses antes de causar um surto. O mundo inteiro pode ser infectado antes do primeiro sinal de problema. Então, os computadores da universidade dele são invadidos. E, claro, isso não é ficção científica. De fato, uma denúncia recente dos EUA relata a invasão dos computadores de mais de 300 universidades. O arquivo com o genoma da doença espalha-se pelos cantos sombrios da internet. Uma vez divulgado, um arquivo nunca retorna. É só perguntar a qualquer diretor de estúdio de cinema ou gravadora. Talvez em 2026, seja preciso um gênio, como nosso virólogo, para criar a verdadeira criatura viva, mas, 15 anos depois, só precisaremos de uma impressora de DNA, encontrada em qualquer escola de ensino médio. E caso contrário? Considerem duas décadas.
So, a quick aside: Remember this slide here? Turn your attention to these two words. If somebody tries this and is only 0.1 percent effective, eight million people die. That's 2,500 9/11s. Civilization would survive, but it would be permanently disfigured. So this means we need to be concerned about anybody who has the faintest shot on goal, not just geniuses. So today, there's a tiny handful of geniuses who probably could make a doomsday bug that's .1-percent effective and maybe even a little bit more. They tend to be stable and successful and so not part of this group. So I guess I'm sorta kinda barely OK-ish with that. But what about after technology improves and diffuses and thousands of life science grad students are enabled? Are every single one of them going to be perfectly stable? Or how about a few years after that, where every stress-ridden premed is fully enabled? At some point in that time frame, these circles are going to intersect, because we're now starting to talk about hundreds of thousands of people throughout the world. And they recently included that guy who dressed up like the Joker and shot 12 people to death at a Batman premiere. That was a neuroscience PhD student with an NIH grant.
Um rápido comentário: lembram-se deste slide? Prestem atenção nestas duas palavras. [Só Talvez] Se alguém tentar e for apenas 0,1% eficaz, 8 milhões de pessoas morrerão, o que corresponde a 2,5 mil atentados de 11 de setembro. A civilização sobreviveria, mas ficaria permanentemente desfigurada. Isso significa que precisamos nos preocupar com qualquer um que tenha a menor oportunidade de tentar, não apenas gênios. Hoje, há um grupo muito pequeno de gênios que poderiam talvez criar uma doença destruidora, 0,1% eficaz e talvez até um pouco mais. Eles tendem a ser estáveis e bem-sucedidos e, portanto, não fazem parte deste grupo. Acho que estou meio que bem com isso. Mas, e quando a tecnologia melhorar e se difundir e milhares de universitários de ciências biológicas estiverem capacitados? Cada um deles estará perfeitamente estável? Ou que tal alguns anos depois, quando os alunos tomados pelo estresse estiverem totalmente capacitados? Em algum momento, nesse período de tempo, esses círculos irão se cruzar, porque agora começamos a falar sobre centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. Recentemente, uma delas era o cara que se vestiu como o Coringa e atirou para matar 12 pessoas em uma estreia de "Batman". Era um aluno de doutorado em neurociência com uma bolsa do NIH.
OK, plot twist: I think we can actually survive this one if we start focusing on it now. And I say this, having spent countless hours interviewing global leaders in synbio and also researching their work for science podcasts I create. I have come to fear their work, in case I haven't gotten that out there yet --
Tudo bem, reviravolta na trama: acho que podemos sobreviver se começarmos a focar agora. Digo isso, depois de passar várias horas entrevistando líderes mundiais em biologia sintética e também pesquisando o trabalho deles para podcasts científicos criados por mim. Cheguei a temer o trabalho deles, caso ainda não tenha deixado isso claro,
(Laughter)
(Risos)
but more than that, to revere its potential. This stuff will cure cancer, heal our environment and stop our cruel treatment of other creatures. So how do we get all this without, you know, annihilating ourselves?
mas, mais do que isso, reverenciar seu potencial. Esses trabalhos irão curar o câncer, curar nosso meio ambiente e deter nosso tratamento cruel de outras criaturas. Como conseguimos tudo isso sem exterminarmos nós mesmos?
First thing: like it or not, synbio is here, so let's embrace the technology. If we do a tech ban, that would only hand the wheel to bad actors. Unlike nuclear programs, biology can be practiced invisibly. Massive Soviet cheating on bioweapons treaties made that very clear, as does every illegal drug lab in the world.
Primeiro: gostemos ou não, a biologia sintética está presente. Vamos adotar a tecnologia. Se a excluirmos, só passaremos o bastão às pessoas ruins. Ao contrário de programas nucleares, a biologia pode ser praticada de forma invisível. Fraudes soviéticas em massa sobre tratados de armas biológicas deixaram isso bem claro, assim como todo laboratório de drogas ilegais do mundo.
Secondly, enlist the experts. Let's sign them up and make more of them. For every million and one bioengineers we have, at least a million of them are going to be on our side. I mean, Al Capone would be on our side in this one. The bar to being a good guy is just so low. And massive numerical advantages do matter, even when a single bad guy can inflict grievous harm, because among many other things, they allow us to exploit the hell out of this: we have years and hopefully decades to prepare and prevent. The first person to try something awful -- and there will be somebody -- may not even be born yet.
Em segundo lugar, atraiam os especialistas. Vamos contratá-los e conseguir mais deles. Para cada 1 milhão e 1 bioengenheiros que temos, pelo menos 1 milhão deles estarão do nosso lado. Quero dizer, Al Capone estaria do nosso lado. A expectativa de ser o mocinho é muito baixa. Vantagens numéricas enormes são importantes, mesmo quando um único bandido pode causar um prejuízo grave, porque, entre muitas outras coisas, elas permitem explorar isso. Temos anos, e tomara que décadas, para a preparação e a prevenção. A primeira pessoa a tentar algo terrível, e haverá alguém, pode nem ter nascido ainda.
Next, this needs to be an effort that spans society, and all of you need to be a part of it, because we cannot ask a tiny group of experts to be responsible for both containing and exploiting synthetic biology, because we already tried that with the financial system, and our stewards became massively corrupted as they figured out how they could cut corners, inflict massive, massive risks on the rest of us and privatize the gains, becoming repulsively wealthy while they stuck us with the $22 trillion bill.
Depois, é necessário um esforço que englobe a sociedade, e todos vocês precisam participar, porque não podemos pedir a um grupo minúsculo de especialistas para ser responsável por controlar e explorar a biologia sintética. Já fizemos essa tentativa com o sistema financeiro. Nossos administradores tornaram-se extremamente corruptos quando descobriram como poderiam cortar custos, infligir riscos enormes ao restante de nós e privatizar os ganhos, tornando-se repulsivamente ricos enquanto nos prendiam a uma dívida de US$ 22 trilhões.
And more recently --
E mais recentemente...
(Applause)
(Aplausos)
Are you the ones who have gotten the thank-you letters? I'm still waiting for mine.
Vocês receberam as cartas de agradecimento? Ainda espero a minha.
I just figured they were too busy to be grateful.
(Risos) Imaginei que estivessem ocupados demais para agradecerem.
And much more recently, online privacy started looming as a huge issue, and we basically outsourced it. And once again: privatized gains, socialized losses. Is anybody else sick of this pattern?
Mais recentemente, a privacidade on-line começou a aparecer como um problema enorme, e basicamente a terceirizamos. E mais uma vez: ganhos privatizados, perdas socializadas. Alguém mais está farto desse padrão?
(Applause)
(Aplausos)
So we need a more inclusive way to safeguard our prosperity, our privacy and soon, our lives. So how do we do all of this?
Precisamos de um meio mais inclusivo para defender nossa prosperidade, nossa privacidade e, em breve, nossa vida. Então, como fazemos tudo isso?
Well, when bodies fight pathogens, they use ingenious immune systems, which are very complex and multilayered. Why don't we build one of these for the whole damn ecosystem? There's a year of TED Talks that could be given on this first critical layer. So these are just a couple of many great ideas that are out there.
Quando o corpo combate os patógenos, ele usa sistemas imunológicos engenhosos, muito complexos e com múltiplas camadas. Por que não construímos um desses para todo o ecossistema? Há um ano de palestras TED que poderiam ser dadas sobre a primeira camada crítica. Essas são apenas algumas das muitas grandes ideias que estão por aí.
Some R and D muscle could take the very primitive pathogen sensors that we currently have and put them on a very steep price performance curve that would quickly become ingenious and networked and gradually as widespread as smoke detectors and even smartphones. On a very related note: vaccines have all kinds of problems when it comes to manufacturing and distribution, and once they're made, they can't adapt to new threats or mutations. We need an agile biomanufacturing base extending into every single pharmacy and maybe even our homes. Printer technology for vaccines and medicines is within reach if we prioritize it.
Algumas autoridades de pesquisa e desenvolvimento poderiam pegar os sensores de patógenos muito primitivos que temos atualmente e colocá-los em uma curva de desempenho de preços muito íngreme, que se tornaria rapidamente engenhosa e interligada e, pouco a pouco, tão difundida quanto detectores de fumaça e até mesmo smartphones. Aqui vai um lembrete muito relacionado: as vacinas têm todos os tipos de problemas quando se trata de produção e distribuição. Uma vez produzidas, elas não conseguem se adaptar a novas ameaças ou mutações. Precisamos de uma base de biomanufatura ágil que se estenda a todas as farmácias e talvez até a nossos lares. A tecnologia de impressão para vacinas e medicamentos está ao nosso alcance se a priorizarmos.
Next, mental health. Many people who commit suicidal mass murder suffer from crippling, treatment-resistant depression or PTSD. We need noble researchers like Rick Doblin working on this, but we also need the selfish jerks who are way more numerous to appreciate the fact that acute suffering will soon endanger all of us, not just those afflicted. Those jerks will then join us and Al Capone in fighting this condition. Third, each and every one of us can be and should be a white blood cell in this immune system. Suicidal mass murderers can be despicable, yes, but they're also terribly broken and sad people, and those of us who aren't need to do what we can to make sure nobody goes unloved.
Em seguida, a saúde mental. Muitas pessoas que cometem assassinatos em massa suicidas sofrem de transtorno de estresse pós-traumático, ou TEPT. Precisamos de pesquisadores de qualidade, como Rick Doblin, trabalhando nisso, mas também precisamos dos idiotas egoístas que são muito mais numerosos para apreciar o fato de que o sofrimento intenso em breve colocará em risco todos nós, não apenas os doentes. Esses idiotas se juntarão a nós e a Al Capone na luta contra essa doença. Terceiro: cada um de nós pode e deve ser um glóbulo branco nesse sistema imunológico. Os assassinos em massa suicidas podem ser desprezíveis, sim, mas também são pessoas terrivelmente arrasadas e tristes, e aqueles de nós que não são precisam fazer o possível para garantir que ninguém fique sem ser amado.
(Applause)
(Aplausos)
Next, we need to make fighting these dangers core to the discipline of synthetic biology. There are companies out there that at least claim they let their engineers spend 20 percent of their time doing whatever they want. What if those who hire bioengineers and become them give 20 percent of their time to building defenses for the common good? Not a bad idea, right?
A seguir, precisamos tornar o combate a esses perigos essencial na disciplina de biologia sintética. Existem empresas por aí que, pelo menos, afirmam que deixam seus engenheiros passarem 20% do tempo fazendo o que quiserem. E se aquelas que contratam bioengenheiros e os mantêm derem 20% do tempo delas para criar defesas para o bem comum? Não é uma má ideia, não é?
(Applause)
(Aplausos)
Then, finally: this won't be any fun. But we need to let our minds go to some very, very dark places, and thank you for letting me take you there this evening. We survived the Cold War because every one of us understood and respected the danger, in part, because we had spent decades telling ourselves terrifying ghost stories with names like "Dr. Strangelove" and "War Games." This is no time to remain calm. This is one of those rare times when it's incredibly productive to freak the hell out --
Finalmente: não será divertido. Mas precisamos deixar nossa mente ir a lugares muito sombrios, e obrigado por me deixarem levá-los até eles esta noite. Sobrevivemos à Guerra Fria porque todos nós entendíamos e respeitávamos o perigo, em parte, porque passamos décadas contando a nós mesmos histórias aterrorizantes de fantasmas com nomes como "Dr. Strangelove" e "Jogos de Guerra". Não é hora de ficar calmo. Esse é um daqueles raros momentos em que é incrivelmente produtivo ficar uma fera...
(Laughter)
(Risos)
to come up with some ghost stories and use our fear as fuel to fight this danger.
para propor algumas histórias de fantasmas e usar nosso medo como combustível para combater esse perigo.
Because, all these terrible scenarios I've painted -- they are not destiny. They're optional. The danger is still kind of distant. And that means it will only befall us if we allow it to.
Porque todos esses cenários terríveis que descrevi não são destino. São opcionais. O perigo ainda é meio distante, o que significa que só nos acontecerá se permitirmos.
Let's not.
Não vamos permitir.
Thank you very much for listening.
Muito obrigado por sua atenção.
(Applause)
(Aplausos)