I want you to take a trip with me. Picture yourself driving down a small road in Africa, and as you drive along, you look off to the side, and this is what you see: you see a field of graves. And you stop, and you get out of your car and you take a picture. And you go into the town, and you inquire, "What's going on here?" and people are initially reluctant to tell you. And then someone says, "These are the recent AIDS deaths in our community." HIV isn't like other medical conditions; it's stigmatizing. People are reluctant to talk about it -- there's a fear associated with it. And I'm going to talk about HIV today, about the deaths, about the stigma. It's a medical story, but more than that, it's a social story.
Eu quero que vocês façam uma viagem comigo. Imaginem-se dirigindo em uma pequena estrada na África, e enquanto dirigem, vocês olham para o lado, e isso é o que vocês veem: vocês veem sepulturas. E vocês param, saem de carro e tiram uma foto, E entram na cidade e perguntam: "O que está acontecendo aqui?" e as pessoas são inicialmente relutantes em dizer. E então alguém fala "Essas são as mortes recentes por AIDS em nossa comunidade." HIV não é como qualquer outra condição médica; é estigmatizante. Pessoas são relutantes a falar sobre isso. Há um medo associado com isso. E eu vou falar sobre HIV hoje, sobre mortes, sobre o estigma. É uma história médica, mas mais do que isso, é uma história social.
This map depicts the global distribution of HIV. And as you can see, Africa has a disproportionate share of the infection. There are 33 million people living with HIV in the world today. Of these, two-thirds, 22 million are living in sub-Saharan Africa. There are 1.4 million pregnant women in low- and middle-income countries living with HIV and of these, 90 percent are in sub-Saharan Africa. We talk about things in relative terms. And I'm going to talk about annual pregnancies and HIV-positive mothers. The United States -- a large country -- each year, 7,000 mothers with HIV who give birth to a child. But you go to Rwanda -- a very small country -- 8,000 mothers with HIV who are pregnant. And then you go to Baragwanath Hospital, outside of Johannesburg in South Africa, and 8,000 HIV-positive pregnant women giving birth -- a hospital the same as a country. And to realize that this is just the tip of an iceberg that when you compare everything here to South Africa, it just pales, because in South Africa, each year 300,000 mothers with HIV give birth to children.
Esse mapa representa a distribuição global do HIV. E como vocês podem ver, a África tem uma parcela desproporcional de infecção. Há 33 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo hoje. Dessas, dois terços, 22 milhões estão vivendo na África Subsaariana. Há 1.4 milhão de mulheres grávidas em países de baixa e média renda que vivem com HIV, e dessas, 90 por cento estão na África Subsaariana. Nós falamos sobre as coisas em termos relativos. E eu vou falar sobre as gestações anuais e as mães HIV positivo. Nos Estados Unidos -- um país grande -- a cada ano, 7 mil mães com HIV dão à luz a uma criança. Mas se você vai para Ruanda -- um país muito pequeno -- 8 mil mulheres com HIV estão grávidas. E então você vai para o Hospital Baragwanath, fora de Joanesburgo na África do Sul. e 8 mil mulheres com HIV dão à luz -- em um hospital, o mesmo que em um país. E perceber que isso é apenas a ponta do iceberg, que quando você compara tudo aqui na África do Sul, simplesmente empalidece, porque na África do Sul, a cada ano, 300 mil mães com HIV dão à luz à crianças.
So we talk about PMTCT, and we refer to PMTCT, prevention of mother to child transmission. I think there's an assumption amongst most people in the public that if a mother is HIV-positive, she's going to infect her child. The reality is really, very different. In resource-rich countries, with all the tests and treatment we currently have, less than two percent of babies are born HIV-positive -- 98 percent of babies are born HIV-negative. And yet, the reality in resource-poor countries, in the absence of tests and treatment, 40 percent -- 40 percent of children are infected -- 40 percent versus two percent -- an enormous difference. So these programs -- and I'm going to refer to PMTCT though my talk -- these prevention programs, simply, they're the tests and the drugs that we give to mothers to prevent them from infecting their babies, and also the medicines we give to mothers to keep them healthy and alive to raise their children. So it's the test a mother gets when she comes in. It's the drugs she receives to protect the baby that's inside the uterus and during delivery. It's the guidance she gets around infant feeding and safer sex. It's an entire package of services, and it works.
Falamos sobre PMTCT (Prevenção de Transmissão de Mãe para Filho), e nós nos referimos a PMTCT, prevenção da mãe da transmissão para a criança. Eu acho que há uma premissa entre a maioria das pessoas na plateia de que se a mãe é HIV positivo, ela vai infectar sua criança. A realidade é realmente muito diferente. Em países ricos, com todos os testes e tratamentos que nós temos atualmente, menos que dois por cento dos bebês nascem HIV positivo. 98 por cento dos bebês nascem HIV negativo. Mas a realidade em países pobres, na ausência de testes e tratamento, 40 por cento, 40 por cento das crianças são infectadas -- 40 por cento versus dois por cento -- uma diferença enorme. Esses programas -- e eu vou me referir ao PTMTCT durante a minha palestra -- esses programas de prevenção, simplesmente, eles fazem os testes e as drogas que nós damos para as mães para preveni-las de infectar os seus bebês e também os medicamentos que damos às mães para mantê-las saudáveis e vivas para ganharem as suas crianças; Esse é o teste que uma mãe faz quando ela chega. Essas são as drogas que ela recebe para proteger o seu bebê que está dentro do útero e durante o parto. Esse é o manual que ela ganha sobre a alimentação infantil e sexo seguro. É uma pacote completo de serviços, e isso funciona.
So in the United States, since the advent of treatment in the middle of the 1990s, there's been an 80-percent decline in the number of HIV-infected children. Less than 100 babies are born with HIV each year in the United States and yet, still, over 400,000 children are born every year in the world today with HIV. What does that mean? It means 1,100 children infected each day -- 1,100 children each day, infected with HIV. And where do they come from? Well, less than one comes from the United States. One, on average, comes from Europe. 100 come from Asia and the Pacific. And each day, a thousand babies -- a thousand babies are born each day with HIV in Africa.
Nos Estados Unidos. desde o início do tratamento no meio dos anos 90, tem havido um declínio de 80 por cento no número de crianças infectadas pelo HIV. Menos que 100 bebês nascem com HIV a cada ano nos Estados Unidos, e ainda, ainda, mais de 400 mil crianças nascem a cada ano com HIV no mundo hoje. O que isso significa? Isso significa 1100 crianças infectadas por dia -- 1100 crianças por dia infectadas pelo HIV. E de onde elas vêm? Bem, menos do que uma vem dos Estados Unidos. Uma, em média, vem da Europa. 100 vêm da Ásia e do Pacífico. E a cada dia, mil bebês, mil bebês nascem por dia com HIV na África.
So again, I look at the globe here and the disproportionate share of HIV in Africa. And let's look at another map. And here, again, we see Africa has a disproportionate share of the numbers of doctors. That thin sliver you see here, that's Africa. And it's the same with nurses. The truth is sub-Saharan Africa has 24 percent of the global disease burden and yet only three percent of the world's health care workers. That means doctors and nurses simply don't have the time to take care of patients. A nurse in a busy clinic will see 50 to 100 patients in a day, which leaves her just minutes per patient -- minutes per patient. And so when we look at these PMTCT programs, what does it mean?
Então novamente, eu olho para o globo aqui e a parcela desproporcional de HIV na África. Vamos olhar outro mapa. E aqui, novamente, nós vemos que a África tem uma parcela desproporcional do número de médicos. Esse traço fino que você vê aqui, essa é a África. E o mesmo acontece com enfermeiras. A verdade é que a África Subsaariana tem 24 por cento das doenças globais mas apenas três por cento dos trabalhadores de saúde do mundo. Isso significa que médicos e enfermeiras simplesmente não têm tempo de cuidar dos seus pacientes. Uma enfermeira em uma clínica lotada cuidará entre 50 a 100 pacientes em um dia, o que permite apenas alguns minutos por paciente -- minutos por paciente. E quando nós olhamos para esses programas PMTCT, o que isso significa?
Well, back in 2001, when there was just a simple test and a single dose of a drug, a nurse, in the course of her few minutes with a patient, would have to counsel for the HIV test, perform the HIV test, explain the results, dispense a single dose of the drug, Nevirapine, explain how to take it, discuss infant feeding options, reinforce infant feeding, and test the baby -- in minutes. Well, fortunately since 2001, we've got new treatments, new tests, and we're far more successful, but we don't have any more nurses. And so these are the tests a nurse now has to do in those same few minutes. It's not possible -- it doesn't work. And so we need to find better ways of providing care.
Bem, em 2001, quando havia apenas um teste e uma única dose de droga, um enfermeira, no decorrer de seus poucos minutos com um paciente, teria que aconselhar o teste de HIV, realizá-lo, explicar os resultados, fornecer uma dose única da droga Nevirapine, explicar como tomá-lo, discutir as opções de alimentação infantil, reforçar a alimentação infantil, e testar o bebê, em minutos. Bem, felizmente, desde 2001, nós temos novos tratamentos, novos testes, e nós estamos com mais sucesso, mas nós não temos mais enfermeiras. E esses são os testes que uma enfermeira tem para fazer nos mesmos poucos minutos. Não é possível. Isso não funciona. Nós precisamos encontrar melhores formas de prover cuidado.
This is a picture of a maternal health clinic in Africa -- mothers coming, pregnant and with their babies. These women are here for care, but we know that just doing a test, just giving someone a drug, it's not enough. Meds don't equal medical care. Doctors and nurses, frankly, don't have the time or skills to tell people what to do in ways they understand. I'm a doctor -- I tell people things to do, and I expect them to follow my guidance -- because I'm a doctor; I went to Harvard -- but the reality is, if I tell a patient, "You should have safer sex. You should always use a condom," and yet, in her relationship, she's not empowered -- what's going to happen? If I tell her to take her medicines every day and yet, no one in the household knows about her illness, so it's just not going to work. And so we need to do more, we need to do it differently, we need to do it in ways that are affordable and accessible and can be taken to scale, which means it can be done everywhere.
Essa é uma foto de uma clínica de cuidado materno na África -- mães chegando, grávidas e com seus bebês. Essas mulheres estão aqui para cuidado, mas nós sabemos que apenas farão um teste, apenas receberão uma droga, isso não é suficiente. Medicamentos não são igual a cuidado médico. Médicos e enfermeiras, francamente, não têm tempo e habilidade para falar as pessoas o que fazer de forma que elas entendam. Eu sou um médico. Eu falo para as pessoas o que elas devem fazer e eu espero que elas sigam a minha orientação -- porque eu sou um médico, eu estive em Harvard -- mas a realidade é que se você fala para um paciente, "você deveria ter sexo seguro. Você deveria usar um preservativo sempre," mas se na sua relação, ela não tem poder -- o que vai acontecer? se eu disser a ela para tomar remédios todos os dias, e ainda assim, ninguém na família sabe sobre a sua doença, então isso simplesmente não vai funcionar. Nós precisamos fazer mais, nós precisamos fazer isso de uma forma diferente, nós precisamos fazer isso de forma que seja acessível e possa ser feito em escala, o que significa que isso possa ser feito em todos os lugares.
So, I want to tell you a story -- I want to take you on a little trip. Imagine yourself, if you can, you're a young woman in Africa, you're going to the hospital or clinic. You go in for a test and you find out that you're pregnant, and you're delighted. And then they give you another test and they tell you you're HIV-positive, and you're devastated. And the nurse takes you into a room, and she tells you about the tests and HIV and the medicines you can take and how to take care of yourself and your baby, and you hear none of it. All you're hearing is, "I'm going to die, and my baby is going to die." And then you're out on the street, and you don't know where to go. And you don't know who you can talk to, because the truth is, HIV is so stigmatizing that if you partner, your family, anyone in your home, you're likely to be thrown out without any means of support. And this -- this is the face and story of HIV in Africa today.
Eu quero contar uma história. Eu quero colocá-los em uma pequena viagem. Imagine você, se você conseguir, você é uma mulher jovem na África, você vai ao hospital ou clínica. Você vai para um teste e você descobre que você está grávida e você fica encantada. E então eles dão outro teste e eles falam que você é HIV positivo e você fica devastada. E a enfermeira leva você para uma sala e ela lhe fala sobre os testes e o HIV e os remédios que você pode pegar e como cuidar de você mesma e de seu bebê, você não ouve nada disso. Tudo o que você ouve é: "Eu vou morrer e meu bebê vai morrer." E então você sai à rua e você não sabe para onde ir. Você não sabe com quem você pode falar, porque a verdade é que HIV é tão estigmatizante que se o seu companheiro, sua família, qualquer um em sua casa, é provável que você seja expulsa sem qualquer forma de suporte. E isso, isso é a cara e a história do HIV na África hoje.
But we're here to talk about possible solutions and some good news. And I want to change the story a little bit. Take the same mother, and the nurse, after she gives her her test, takes her to a room. The door opens and there's a room full of mothers, mothers with babies, and they're sitting, and they're talking, they're listening. They're drinking tea, they're having sandwiches. And she goes inside, and woman comes up to her and says, "Welcome to mothers2mothers. Have a seat. You're safe here. We're all HIV-positive. You're going to be okay. You're going to live. Your baby is going to be HIV-negative."
Mas nós estamos aqui para falar sobre possíveis soluções e algumas boas notícias. E eu quero mudar a história um pouquinho. Pegue a mesma mãe, a enfermeira, depois que ela dá a ela o teste, a leva para uma sala. A porta abre e há uma sala cheia de mães, mães com bebês e elas estão sentadas, elas estão conversando, elas estão ouvindo. Elas estão bebendo chá e comendo sanduíches. E ela entra e uma mulher vem até ela e diz "Bem-vinda ao mothers2mothers" Pegue uma cadeira. Você está segura aqui. Nós todas somos HIV positivo. Você vai ficar bem. Você vai viver. Seu bebê vai ser HIV negativo."
We view mothers as a community's single greatest resource. Mothers take care of the children, take care of the home. So often the men are gone. They're working, or they're not part of the household. Our organization, mothers2mothers, enlists women with HIV as care providers. We bring mothers who have HIV, who've been through these PMTCT programs in the very facilities, to come back and work side by side with doctors and nurses as part of the health care team. These mothers, we call them mentor mothers, are able to engage women who, just like themselves, pregnant with babies, have found out about being HIV-positive, who need support and education. And they support them around the diagnosis and educate them about how to take their medicines, how to take care of themselves, how to take care of their babies. Consider: if you needed surgery, you would want the best possible technical surgeon, right? But if you wanted to understand what that surgery would do to your life, you'd like to engage someone, someone who's had the procedure. Patients are experts on their own experience, and they can share that experience with others. This is the medical care that goes beyond just medicines.
Nós vimos as mães como o maior recurso da comunidade. Mães cuidam das crianças, cuidam da casa. Muitas vezes, os homens se vão. Eles estão trabalhando ou não fazem parte do agregado familiar. Nossa organização, mothers2mothers, alista mulheres com HIV como provedoras de cuidado. Nós trazemos as mães, que têm HIV, que já passaram por esses programas PMTCT nas muitas instalações para voltar e trabalhar lado a lado com médicos e enfermeiras como parte da equipe de saúde. Essas mães, a quem nós chamamos de mães mentoras, são capazes de engajar as mulheres que, como elas mesmas, gestantes com bebês, descobriram ser HIV positivo, que precisam de ajuda e educação, e elas as ajudam com o diagnóstico e as educam sobre como tomar os seus medicamentos, como cuidar delas mesmas, como cuidar de seus bebês. Considere: se você precisasse de uma cirurgia, você iria querer o melhor cirurgião possível, certo. Mas se você quisesse entender o que essa cirurgia faria em sua vida, você gostaria de falar com alguém, alguém que tenha feito o procedimento. Pacientes são especialistas em suas próprias experiências e eles podem compartilhar essa experiência com outros. Isso é cuidado médico que vai além dos remédios.
So the mothers who work for us, they come from the communities in which they work. They're hired -- they're paid as professional members of the health care teams, just like doctors and nurses. And we open bank accounts for them and they're paid directly into the accounts, because their money's protected; the men can't take it away from them. They go through two to three weeks of rigorous curriculum-based education, training. Now, doctors and nurses -- they too get trained. But so often, they only get trained once, so they're not aware of new medicines, new guidelines as they come out. Our mentor mothers get trained every single year and retrained. And so doctors and nurses -- they look up to them as experts. Imagine that: a woman, a former patient, being able to educate her doctor for the first time and educate the other patients that she's taking care of.
As mães que trabalham para nós, elas são das comunidades em que elas trabalham. Elas são contratadas. Elas são pagas como membros profissionais das equipes de saúde como os médicos e enfermeiras. Nós abrimos contas em banco para elas, nós as pagamos diretamente em suas contas, para que seus dinheiro seja protegido; os homens fiquem longe dele. Elas frequentam duas a três semanas de educação baseada no currículo, treinamento. Médicos e enfermeiras, eles também são treinados. Mas muitas vezes, treinados apenas uma vez, então eles não conhecem os novos medicamentos, as novas orientações assim que elas surgem. Nossas mães mentoras são treinadas todos os anos e treinados novamente. E os médicos e enfermeiras, eles as veem como especialistas. Imagine isso: uma mulher, uma ex-paciente, capaz de educar sua médica pela primeira vez e educar outros pacientes de que ela está cuidando.
Our organization has three goals. The first, to prevent mother-to-child transmission. The second: keep mothers healthy, keep mothers alive, keep the children alive -- no more orphans. And the third, and maybe the most grand, is to find ways to empower women, enable them to fight the stigma and to live positive and productive lives with HIV. So how do we do it? Well, maybe the most important engagement is the one-to-one, seeing patients one-to-one, educating them, supporting them, explaining how they can take care of themselves. We go beyond that; we try to bring in the husbands, the partners. In Africa, it's very, very hard to engage men. Men are not frequently part of pregnancy care. But in Rwanda, in one country, they've got a policy that a woman can't come for care unless she brings the father of the baby with her -- that's the rule. And so the father and the mother, together, go through the counseling and the testing. The father and the mother, together, they get the results. And this is so important in breaking through the stigma.
Nossa organização tem três objetivos. O primeiro, prevenir a transmissão da mãe para a criança. O segundo: manter as mães saudáveis. Manter as mães vivas. Manter as crianças vivas. Mais nenhum órfão. E o terceiro e talvez o maior de todos é encontrar formas de delegar às mulheres, capacitá-las para lutar contra o estigma e viver vidas positivas e produtivas com o HIV. Como nós fazemos isso? Bem, talvez o compromisso mais importante seja uma a uma, vendo as pacientes uma a uma, educando elas, as ajudando, explicando como elas podem cuidar delas mesmas. Nós vamos além disso. Tentamos trazer os maridos, os parceiros. Na África, é muito, muito difícil trazer os homens. Homens não são parte do cuidado gestacional geralmente. Mas em Ruanda, em um país, eles têm uma política que uma mulher não pode receber o cuidado a menos que ela traga o pai do bebê come ela. Essa é a regra. E então, pai e mãe, juntos vão para o atendimento e os testes. O pai e a mãe, juntos, recebem os resultados. E isso é muito importante para quebrar o estigma.
Disclosure is so central to prevention. How do you have safer sex, how do you use a condom regularly if there hasn't been disclosure? Disclosure is so important to treatment, because again, people need the support of family members and friends to take their medicines regularly. We also work in groups. Now the groups, it's not like me lecturing, but what happens is women, they come together -- under the support and guidance of our mentor mothers -- they come together, and they share their personal experiences. And it's through the sharing that people get tactics of how to take care of themselves, how to disclose how to take medicines. And then there's the community outreach, engaging women in their communities. If we can change the way households believe and think, we can change the way communities believe and think. And if we can change enough communities, we can change national attitudes. We can change national attitudes to women and national attitudes to HIV. The hardest barrier really is around stigma reduction. We have the medicines, we have the tests, but how do you reduce the stigma? And it's important about disclosure.
A abertura é central para a prevenção. Como você ter sexo seguro, como você usar um preservativo regularmente se você não tiver abertura? A abertura é muito importante para o tratamento, porque, de novo, pessoas precisam do suporte familiar e de amigos para tomar os seus remédios regularmente. Nós também trabalhamos em grupos. Os grupos não são como palestras, mas o que acontece é que as mulheres, elas vêm juntas -- no âmbito do apoio e suporte de nossas mães mentoras -- elas vêm juntas e elas compartilham as suas experiências pessoais. E é através do compartilhamento que pessoas aprendem a como cuidar de si mesmas, como se revelar, como tomar medicamentos. E então há uma comunidade de divulgação, engajando mulheres em suas comunidades. Se nós conseguirmos mudar a forma que as famílias acreditam e pensam, nós podemos mudar a forma como comunidades acreditam e pensam. E se nós conseguirmos mudar as comunidades o suficiente, nós podemos mudar as atitudes nacionais. Nós podemos mudar as atitudes nacionais com as mulheres e as atitudes nacionais com HIV. A barreira mais difícil é a redução do estigma. Nós temos os medicamentos, nós temos os testes. Mas como nós reduzimos o estigma? Para isso, é importante a divulgação.
So, a couple years ago, one of the mentor mothers came back, and she told me a story. She had been asked by one of the clients to go to the home of the client, because the client wanted to tell the mother and her brothers and sisters about her HIV status, and she was afraid to go by herself. And so the mentor mother went along with. And the patient walked into the house and said to her mother and siblings, "I have something to tell you. I'm HIV-positive." And everybody was quiet. And then her oldest brother stood up and said, "I too have something to tell you. I'm HIV-positive. I've been afraid to tell everybody." And then this older sister stood up and said, "I too am living with the virus, and I've been ashamed." And then her younger brother stood up and said, "I'm also positive. I thought you were going to throw me out of the family." And you see where this is going. The last sister stood up and said, "I'm also positive. I thought you were going to hate me." And there they were, all of them together for the first time being able to share this experience for the first time and to support each other for the first time.
Alguns anos atrás, uma das mães mentoras voltou e me contou uma história. Ela havia sido solicitada por uma de suas clientes a ir na casa dela porque a cliente queria falar para a mãe e seus irmãos e irmãs sobre a sua condição de HIV e ela estava com medo de fazer isso sozinha. E mãe mentora foi com ela. A paciente entrou em casa e disse para sua mãe e irmãos, "Eu tenho uma coisa para falar. Eu sou HIV positivo." E todos ficaram quietos. E então seu irmão mais velho levantou-se e disse, "Eu também tenho algo para falar. Eu sou HIV positivo. Eu tenho medo de contar." E então sua irmã mais velha levantou-se e disse, "Eu também estou vivendo com o vírus, e eu me sinto envergonhada". E eu então o seu irmão mais novo levantou-se e disse, "Eu também sou positivo. Eu pensei que vocês iriam me expulsar da família." Você vê onde isso vai dar. A última irmã levantou-se e disse, "Eu também sou positiva. Eu pensei que vocês me odiariam." Eles estavam, todos eles juntos, pela primeira vez sendo capazes de compartilhar essa experiência pela primeira vez e ajudar uns aos outros pela primeira vez.
(Video) Female Narrator: Women come to us, and they are crying and scared. I tell them my story, that I am HIV-positive, but my child is HIV-negative. I tell them, "You are going to make it, and you will raise a healthy baby." I am proof that there is hope.
(Vídeo) Narrador feminino: Mulheres vêm até nós, elas estão chorando e apavoradas. Eu conto a elas a minha história, que eu sou HIV positivo, e que meu filho é HIV negativo. Eu digo a elas, "Vocês farão isso e vocês terão um bebê saudável." Eu sou a prova de que há esperança.
Mitchell Besser: Remember the images I showed you of how few doctors and nurses there are in Africa. And it is a crisis in health care systems. Even as we have more tests and more drugs, we can't reach people; we don't have enough providers. So we talk in terms of what we call task-shifting. Task-shifting is traditionally when you take health care services from one provider and have another provider do it. Typically, it's a doctor giving a job to a nurse. And the issue in Africa is that there are fewer nurses, really than doctors, and so we need to find new paradigm for health care. How do you build a better health care system? We've chosen to redefine the health care system as a doctor, a nurse and a mentor mother. And so what nurses do is that they ask the mentor mothers to explain how to take the drugs, the side effects. They delegate education about infant feeding, family planning, safer sex, actions that nurses simple just don't have time for.
Mitchell Besser: Lembrem das imagens que eu mostrei de quão poucos médicos e enfermeiras existem na África. E a crise nos sistemas de saúde. Embora nós tenhamos mais testes e mais drogas, nós não podemos atingir as pessoas, nós não temos profissionais suficientes. Nós falamos em termos do que chamamos transferência de tarefas. Transferência de tarefas ocorre tradicionalmente quando você transfere serviços de cuidado com a saúde de um profissional para outro. Tipicamente, é um médico que passa o trabalho para uma enfermeira. A questão é que na África há muito menos enfermeiras que médicos e então nós temos que encontrar um novo paradigma de cuidado em saúde. Como você constrói um sistema de cuidado com a saúde melhor? Nós escolhemos redefinir o sistema de cuidado com a saúde como um médico, uma enfermeira e uma mãe mentora. O que as enfermeiras fazem é pedir às mães mentoras para explicarem como tomar os medicamentos, os efeitos colaterais. Elas delegam a educação sobre a alimentação infantil, planejamento familiar, sexo seguro, ações que as enfermeiras simplesmente não têm tempo para fazer.
So we go back to the prevention of mother to child transmission. The world is increasingly seeing these programs as the bridge to comprehensive maternal and child health. And our organization helps women across that bridge. The care doesn't stop when the baby's born -- we deal with the ongoing health of the mother and baby, ensuring that they live healthy, successful lives.
Agora vamos voltar para a prevenção da transmissão de mãe para filho. O mundo está cada vez mais vendo esses programas como uma ponte para abranger saúde materna e infantil. E a nossa organização ajuda mulheres a atravessar essa ponte. O cuidado não para quando os bebês nascem. Nós seguimos cuidando da saúde da mãe e de seu bebê, para estar certos que eles estão saudáveis, vivendo com sucesso.
Our organization works on three levels. The first, at the patient level -- mothers and babies keeping babies from getting HIV, keeping mothers healthy to raise them. The second, communities -- empowering women. They become leaders within their communities. They change the way communities think -- we need to change attitudes to HIV. We need to change attitudes to women in Africa. We have to do that. And then rework the level of the health care systems, building stronger health care systems. Our health care systems are broken. They're not going to work the way they're currently designed. And so doctors and nurses who need to try to change people's behaviors don't have the skills, don't have the time -- our mentor mothers do. And so in redefining the health care teams by bringing the mentor mothers in, we can do that.
Nossa organização trabalha em três níveis. O primeiro, um nível de paciente -- mães e bebês evitando que os bebês contraiam HIV, mantendo as mães saudáveis para cuidar deles. O segundo, comunidades -- empregando mulheres. Elas se tornam líderes dentro de suas comunidades. Elas mudam a forma como a comunidade pensa. Nós precisamos mudar as atitudes em relação ao HIV. Nós precisamos mudar as atitudes com as mulheres na África. Nós temos que fazer isso. E nós trabalhos no nível dos sistemas de cuidado com a saúde, construindo sistemas de saúde mais fortes. Nossos sistemas de saúde estão quebrados. Eles não funcionarão na forma como eles estão organizados atualmente. E médicos e enfermeiras que precisam tentar mudar os comportamentos das pessoas não têm habilidades, não têm tempo. Nossas mães mentoras têm. Então, redefinindo as equipes de cuidado com a saúde, trazendo as mães, nós podemos fazer isso.
I started the program in Capetown, South Africa back in 2001. It was at that point, just the spark of an idea. Referencing Steven Johnson's very lovely speech yesterday on where ideas come from, I was in the shower at the time -- I was alone. (Laughter) The program is now working in nine countries, we have 670 program sites, we're seeing about 230,000 women every month, we're employing 1,600 mentor mothers, and last year, they enrolled 300,000 HIV-positive pregnant women and mothers. That is 20 percent of the global HIV-positive pregnant women -- 20 percent of the world. What's extraordinary is how simple the premise is. Mothers with HIV caring for mothers with HIV. Past patients taking care of present patients. And empowerment through employment -- reducing stigma.
Eu comecei o programa em Capetown, África do Sul, em 2001. Isso foi, naquele momento, apenas a faísca de uma ideia. Referindo-me a muito amável palestra de Steven Johnson ontem sobre de onde as ideias vêm, eu estava no banheiro naquele momento. Eu estava sozinho. (Risos) O programa está funcionando agora em nove países. Nós temos o programa em 670 locais. Nós assistimos cerca de 230 mil mulheres todos os meses. Nós empregamos 1600 mães mentoras. E no último ano, elas inscreveram 300 mil mulheres HIV gestantes e mães. Isso é 20 por cento do número global de mulheres HIV positivo, 20 por cento do mundo. O extraordinário é quão simples essa premissa é. Mães com HIV cuidando de mães com HIV. Pacientes anteriores cuidando de pacientes do presente. E empoderamento através do emprego -- reduzindo o estigma.
(Video) Female Narrator: There is hope, hope that one day we shall win this fight against HIV and AIDS. Each person must know their HIV status. Those who are HIV-negative must know how to stay negative. Those who are HIV-infected must know how to take care of themselves. HIV-positive pregnant women must get PMTCT services in order to have HIV-negative babies. All of this is possible, if we each contribute to this fight.
(Vídeo) Narrador feminino: Há esperança, esperança de que um dia nós venceremos essa luta contra o HIV e a AIDS. Cada pessoa deve saber sua condição de HIV. Aquelas que são HIV negativo devem saber como continuar negativo. Aquelas que estão infectadas pelo HIV devem saber como cuidar de si mesmas. Gestantes HIV positivo devem participar de serviços de PMTCT a fim de terem bebês HIV negativo. Tudo isso é possível se cada um de nós contribuir para essa luta.
MB: Simple solutions to complex problems. Mothers caring for mothers. It's transformational.
MB: Soluções simples para problemas complexos. Mães cuidando de mães. Isso é transformador.
Thank you.
Obrigado.
(Applause)
(Aplausos)