I'm a bit of a perfectionist. Now, how many times have you heard that one? Over drinks, maybe, with friends, or perhaps with family at Thanksgiving. It's everyone's favorite flaw, it's that now quite common response to the difficult, final question at job interviews: "My biggest weakness? That's my perfectionism."
Sou um pouco perfeccionista. Agora, quantas vezes você já ouviu isso? Durante drinques, talvez, com amigos, ou talvez com a família na Ação de Graças. É o defeito preferido de todo mundo, e atualmente é uma resposta muito comum à difícil pergunta final em entrevistas de emprego: "Minha maior fraqueza? É o meu perfeccionismo".
You see, for something that supposedly holds us back,
(Risos)
it's quite remarkable how many of us are quite happy to hold our hands up and say we're perfectionists. But there's an interesting and serious point because our begrudging admiration for perfection is so pervasive that we never really stop to question that concept in its own terms. What does it say about us and our society that there is a kind of celebration in perfection?
Veja, para algo que supostamente nos entrava, é notável quantos de nós estamos bem felizes em levantar a mão e dizer que somos perfeccionistas. Mas existe um ponto interessante e sério no fato de nossa relutante admiração pela perfeição ser tão difundida que nunca paramos realmente pra questionar esse conceito em seus próprios termos. O que diz sobre nós e nossa sociedade o fato de existir uma certa celebração na perfeição?
We tend to hold perfectionism up as an insignia of worth. The emblem of the successful. Yet, in my time studying perfectionism, I've seen limited evidence that perfectionists are more successful. Quite the contrary -- they feel discontented and dissatisfied amid a lingering sense that they're never quite perfect enough. We know from clinician case reports that perfectionism conceals a host of psychological difficulties, including things like depression, anxiety, anorexia, bulimia and even suicide ideation. And what's more worrying is that over the last 25 years, we have seen perfectionism rise at an alarming rate. And at the same time, we have seen more mental illness among young people than ever before. Rates of suicide in the US alone increased by 25 percent across the last two decades. And we're beginning to see similar trends emerge across Canada, and in my home country, the United Kingdom.
Tendemos a exibir o perfeccionismo como uma insígnia de valor. O emblema do sucesso. Até agora, estudando o perfeccionismo, vi poucas evidências de que os perfeccionistas sejam mais bem-sucedidos, pelo contrário. Eles se sentem descontentes e insatisfeitos, com uma sensação persistente de que nunca são perfeitos o suficiente. Relatórios de casos clínicos mostram que o perfeccionismo esconde uma série de dificuldades psicológicas, incluindo coisas como depressão, ansiedade, anorexia, bulimia e até mesmo pensamentos suicidas. E o mais preocupante é que, nos últimos 25 anos, vemos o perfeccionismo aumentar em um índice alarmante. E, ao mesmo tempo, vemos mais doenças mentais entre jovens do que nunca antes. As taxas de suicídio, apenas nos EUA, aumentaram 25% nas últimas duas décadas. E começamos a ver tendências similares surgirem pelo Canadá e em meu país de origem, o Reino Unido.
Now, our research is suggesting that perfectionism is rising as society is changing. And a changed society reflects a changed sense of personal identity and, with it, differences in the way in which young people interact with each other and the world around them. And there are some unique characteristics about our preeminent, market-based society that include things like unrestricted choice and personal freedom, and these are characteristics that we feel are contributing to almost epidemic levels of this problem.
Nossa pesquisa sugere que o perfeccionismo está aumentando à medida que a sociedade está mudando. E uma sociedade modificada reflete um senso modificado de identidade pessoal e, com isso, diferenças no modo como os jovens interagem uns com os outros e o mundo à sua volta. E há algumas características únicas sobre nossa notável sociedade baseada no mercado que inclui coisas como escolhas irrestritas e liberdade pessoal, e essas são características que sentimos que contribuem para os níveis quase epidêmicos desse problema.
So let me give you an example. Young people today are more preoccupied with the attainment of the perfect life and lifestyle. In terms of their image, status and wealth. Data from Pew show that young people born in the US in the late 1980s are 20 percent more likely to report being materially rich as among their most important life goals, relative to their parents and their grandparents. Young people also borrow more heavily than did older generations, and they spend a much greater proportion of their income on image goods and status possessions. These possessions, their lives and their lifestyles are now displayed in vivid detail on the ubiquitous social media platforms of Instagram, Facebook, Snapchat. In this new visual culture, the appearance of perfection is far more important than the reality.
Então deixe-me dar um exemplo. Os jovens hoje estão mais preocupados com a conquista da vida e do estilo de vida perfeitos. Em termos da sua imagem, status e riqueza. Dados de Pew mostra que jovens nascidos nos EUA no final da década de 1980 são 20% mais prováveis de dizer que ser materialmente rico está entre os seus mais importantes objetivos, em relação aos seus pais e avós. Jovens também pedem emprestado mais do que as antigas gerações, e eles gastam em uma proporção muito maior de sua renda em bens de imagem e posses de status. Essas posses, suas vidas e estilos de vida estão agora à mostra em detalhes nas onipresentes plataformas de mídias sociais do Instagram, Facebook, Snapchat. Nessa nova cultura visual, a aparência de perfeição é muito mais importante do que a realidade.
If one side of the modern landscape that we have so lavishly furnished for young people is this idea that there's a perfectible life and that there's a perfectible lifestyle, then the other is surely work. Nothing is out of reach for those who want it badly enough. Or so we're told. This is the idea at the heart of the American dream. Opportunity, meritocracy, the self-made person, hard work. The notion that hard work always pays off. And above all, the idea that we're captains of our own destiny. These ideas, they connect our wealth, our status and our image with our innate, personal value.
Se um lado da paisagem moderna que temos tão prodigamente moldado para os jovens é essa ideia de que há uma vida aperfeiçoável e que há um estilo de vida aperfeiçoável, então o outro lado é certamente trabalho. Nada está fora de alcance para aqueles que querem muito. É o que nos dizem. Essa é a ideia no coração do sonho americano. Oportunidade, meritocracia, pessoa que se esforça, trabalho duro. A ideia de que trabalho duro sempre vale a pena. E, acima de tudo, a ideia de que somos donos do nosso destino. Essas ideias conectam nossa riqueza, nosso status e a nossa imagem com nosso valor pessoal inato.
But it is, of course, complete fiction. Because even if there were equality of opportunity, the idea that we are captains of our own destiny disguises a much darker reality for young people that they are subject to an almost ongoing economic tribunal. Metrics, rankings, lead tables have emerged as the yardsticks for which merit can be quantified and used to sort young people into schools, classes and colleges.
Mas isso, é claro, é pura ficção. Porque, mesmo que houvesse igualdade de oportunidade, a ideia de que somos donos do nosso próprio destino disfarça uma realidade mais obscura para os jovens que eles estão sujeitos a um quase contínuo tribunal econômico. Métricas, posições, liderança têm emergido assim como a bitola pela qual mérito pode ser quantificado e costumavam classificar os jovens para escolas, cursos e faculdades.
Education is the first arena where measurement is so publicly played out and where metrics are being used as a tool to improve standards and performance. And it starts young. Young people in America's big city high schools take some 112 mandatory standardized tests between prekindergarten and the end of 12th grade. No wonder young people report a strong need to strive, perform and achieve at the center of modern life. They've been conditioned to define themselves in the strict and narrow terms of grades, percentiles and lead tables.
Educação é a primeira arena onde a medida é tão publicamente reproduzida e onde as métricas estão sendo usadas como uma ferramenta para melhorar padrões e desempenho. E começa cedo. Jovens no ensino médio de grandes cidades nos EUA fazem cerca de 112 testes padronizados obrigatórios entre a pré-escola e o final do ensino médio. Não admira jovens relatarem uma forte necessidade de se esforçar, realizar e conquistar no centro da vida moderna. Eles são condicionados a a se definirem pelos termos rigorosos e limitados das notas, percentuais e classificações.
This is a society that preys on their insecurities. Insecurities about how they are performing and how they are appearing to other people. This is a society that amplifies their imperfections. Every flaw, every unforeseen setback increases a need to perform more perfectly next time, or else, bluntly, you're a failure. That feeling of being flawed and deficient is especially pervasive -- just talk to young people. "How should I look, how should I behave?" "I should look like that model, I should have as many followers as that Instagram influencer, I must do better in school."
Essa é uma sociedade que fomenta as suas inseguranças. Inseguranças sobre seu desempenho e sua imagem perante as outras pessoas. Essa é a sociedade que amplifica suas imperfeições. Cada falha, cada imprevisto aumenta a necessidade de executar perfeitamente na próxima vez, ou então, simplesmente, você é um fracasso. Esse sentimento de ser falho e incompleto é especialmente presente... basta conversar com um jovem. "Como devo aparentar, como devo me comportar?" "Devo parecer aquele modelo, devo ter muitos seguidores no Instagram igual àquele influenciador. Tenho de sair melhor na escola."
In my role as mentor to many young people, I see these lived effects of perfectionism firsthand. And one student sticks out in my mind very vividly. John, not his real name, was ambitious, hardworking and diligent and on the surface, he was exceptionally high-achieving, often getting first-class grades for his work. Yet, no matter how well John achieved, he always seemed to recast his successes as abject failures, and in meetings with me, he would talk openly about how he'd let himself and others down. John's justification was quite simple: How could he be a success when he was trying so much harder than other people just to attain the same outcomes?
Atuando como mentor para muitos jovens, eu vejo esses efeitos do perfeccionismo em primeira mão. E um estudante me vem à cabeça vividamente. John, não é seu nome de verdade, era ambicioso, trabalhador e diligente e, na superfície, era excepcionalmente bem-sucedido, sempre conseguindo as melhores notas da classe por seu trabalho. Ainda assim, não importa quão bem John se saía, parecia que ele sempre via seu sucesso como falhas desprezíveis e, em sessões comigo, ele falava abertamente sobre como desapontava os outros e a si próprio. A justificativa de John era muito simples: como ele poderia ser um sucesso quando ele se esforçava muito mais do que os outros só para conseguir os mesmos resultados?
See, John's perfectionism, his unrelenting work ethic, was only serving to expose what he saw as his inner weakness to himself and to others. Cases like John's speak to the harmfulness of perfectionism as a way of being in the world. Contrary to popular belief, perfectionism is never about perfecting things or perfecting tasks. It's not about striving for excellence. John's case highlights this vividly. At its root, perfectionism is about perfecting the self. Or, more precisely, perfecting an imperfect self.
Veja, o perfeccionismo de John, sua ética de trabalho implacável, estava servindo apenas para expor o que ele via como sua fraqueza interna para ele mesmo e outros. Casos como o de John mostram a nocividade do perfeccionismo como uma maneira de estar no mundo. Ao contrário da crença popular, perfeccionismo nunca é sobre aperfeiçoar coisas ou aperfeiçoar tarefas. Não é sobre lutar pela excelência. O caso de John destaca isso vividamente. Como mostra sua raiz, o perfeccionismo é sobre aperfeiçoar o ser. Ou, mais precisamente, aperfeiçoar um ser imperfeito.
And you can think about it like a mountain of achievement that perfectionism leads us to imagine ourselves scaling. And we think to ourselves, "Once I've reached that summit, then people will see I'm not flawed, and I'll be worth something." But what perfectionism doesn't tell us is that soon after reaching that summit, we will be called down again to the fresh lowlands of insecurity and shame, just to try and scale that peak again. This is the cycle of self-defeat. In the pursuit of unattainable perfection, a perfectionist just cannot step off. And it's why it's so difficult to treat.
E pode-se imaginar isso como uma montanha de realizações que o perfeccionismo nos leva a nos imaginar escalando. E dizemos a nós mesmos: "Uma vez que eu alcançar o topo, então as pessoas vão ver que eu não sou falho, e serei digno de alguma coisa". Mas o que o perfeccionismo não nos diz é que, logo após ter alcançado o topo, seremos chamados novamente para as frescas planícies da insegurança e vergonha, só para tentar escalar aquele pico novamente. Esse é o ciclo da autoderrota. À procura da inatingível perfeição, o perfeccionista simplesmente não consegue desistir. E é por isso que é tão difícil de tratar.
Now, we've known for decades and decades that perfectionism contributes to a host of psychological problems, but there was never a good way to measure it. That was until the late 1980s when two Canadians, Paul Hewitt and Gordon Flett, came along and developed a self-report measure of perfectionism. So that's right, folks, you can measure this, and it essentially captures three core elements of perfectionism. The first is self-oriented perfectionism, the irrational desire to be perfect: "I strive to be as perfect as I can be." The second is socially prescribed perfectionism, the sense that the social environment is excessively demanding: "I feel that others are too demanding of me." And the third is other-oriented perfectionism, the imposition of unrealistic standards on other people: "If I ask somebody to do something, I expect it to be done perfectly."
Sabemos há décadas e décadas que o perfeccionismo contribui para muitos problemas psicológicos, mas nunca houve um bom jeito de medir isso. Não até o final da década de 1980, quando dois canadenses, Paul Hewitt e Gordon Flett, desenvolveram uma medida de autorrelato do perfeccionismo. É isso mesmo, nós podemos medir isso. E ela capta essencialmente três elementos chave do perfeccionismo. O primeiro é o perfeccionismo auto-orientado, o desejo irracional de ser perfeito: "Eu me esforço pra ser perfeito o máximo que puder". O segundo é o perfeccionismo socialmente prescrito, o senso de que o ambiente social é excessivamente exigente: "Eu sinto que os outros exigem muito de mim". E o terceiro é o perfeccionismo orientado por outros, a imposição dos padrões irrealísticos a outras pessoas: "Se eu pedir a alguém para fazer algo, espero que seja feito perfeitamente".
Now, research shows that all three elements of perfectionism associate with compromised mental health, including things like heightened depression, heightened anxiety and suicide ideation. But, by far, the most problematic element of perfectionism is socially prescribed perfectionism. That sense that everyone expects me to be perfect. This element of perfectionism has a large correlation with serious mental illness. And with today's emphasis on perfection at the forefront of my mind, I was curious to see whether these elements of perfectionism were changing.
Agora, a pesquisa mostra que os três elementos do perfeccionismo se associam à saúde mental comprometida, incluindo coisas como depressão profunda, ansiedade profunda e pensamentos suicidas. Mas, de longe, a mais problemática forma de perfeccionismo é o perfeccionismo socialmente prescrito. Aquele senso de que todos esperam que eu seja perfeito. Esse elemento do perfeccionismo tem uma grande correlação com sérias doenças mentais. E com a ênfase moderna da perfeição na minha cabeça, fiquei curioso de ver se esses elementos do perfeccionismo estavam mudando.
To date, research in this area is focused on immediate family relations, but we wanted to look at it at a broader level. So we took all of the data that had ever been collected in the 27 years since Paul and Gordon developed that perfectionism measure, and we isolated the data in college students. This turned out to be more than 40,000 young people from American, Canadian and British colleges, and with so much data available, we looked to see if there was a trend. And in all, it took us more than three years to collate all of this information, crunch the numbers, and write our report. But it was worth it because our analysis uncovered something alarming. All three elements of perfectionism have increased over time. But socially prescribed perfectionism saw the largest increase, and by far.
Até então, pesquisa nessa área é focada em relações familiares imediatas, mas queríamos olhar para isso de modo mais abrangente. Então pegamos todos os dados que haviam sido coletados nos 27 anos desde que Paul e Gordon desenvolveram a medida de perfeccionismo, e isolamos os dados em universitários. Isso acabou por ser mais de 40 mil jovens de faculdades dos EUA, do Canadá e da Inglaterra, e, com tanto dado disponível, olhamos para saber se havia uma tendência. E, ao todo, demoramos mais de três anos para coletar toda essa informação, analisar os números e escrever nosso relatório. Mas valeu a pena, porque nossa análise descobriu algo alarmante. Todos os três elementos do perfeccionismo aumentaram com o tempo. Mas o perfeccionismo socialmente prescrito teve, de longe, o maior aumento.
In 1989, just nine percent of young people report clinically relevant levels of socially prescribed perfectionism. Those are levels that we might typically see in clinical populations. By 2017, that figure had doubled to 18 percent. And by 2050, projections based on the models that we tested indicate that almost one in three young people will report clinically relevant levels of socially prescribed perfectionism. Remember, this is the element of perfectionism that has the largest correlation with serious mental illness, and that's for good reason.
Em 1989, apenas 9% dos jovens reportaram índices clinicamente relevantes do perfeccionismo socialmente prescrito. Esses são índices que normalmente podemos ver em populações clínicas. Em 2017, esse número dobrou para 18%. E, em 2050, projeções baseadas nos modelos que testamos mostram que quase um em três jovens reportarão clinicamente níveis relevantes de perfeccionismo socialmente prescrito. Lembre-se, esse é o elemento do perfeccionismo que tem a maior correlação com sérias doenças mentais, e isso tem uma boa razão.
Socially prescribed perfectionists feel a unrelenting need to meet the expectations of other people. And even if they do meet yesterday's expectation of perfection, they then raise the bar on themselves to an even higher degree because these folks believe that the better they do, the better that they're expected to do. This breeds a profound sense of helplessness and, worse, hopelessness.
Perfeccionistas socialmente prescritos sentem uma necessidade constante de cumprir as expectativas de outros. E mesmo que eles cumpram a expectativa de perfeição de ontem, eles irão aumentar ainda mais o nível a um grau ainda maior porque essas pessoas acreditam que, quanto melhor eles fazem, melhor é o que se espera que façam. Isso gera um profundo senso de desamparo e, pior ainda, desesperança.
But is there hope? Of course there's hope. Perfectionists can and should hold on to certain things -- they are typically bright, ambitious, conscientious and hardworking. And yes, treatment is complex. But a little bit of self-compassion, going easy on ourselves when things don't go well, can turn those qualities into greater personal peace and success. And then there's what we can do as caregivers.
Mas há esperança? É claro que há esperança. Perfeccionistas podem e devem agarrar-se a algumas coisas -- eles são tipicamente brilhantes, ambiciosos, honestos e trabalhadores. E, sim, o tratamento é complexo. Mas um pouco de autocompaixão, pegar leve com nós mesmos quando as coisas não vão bem, podem tornar essas qualidades em maior paz pessoal e sucesso. E então há o que nós podemos fazer como cuidadores.
Perfectionism develops in our formative years, and so young people are more vulnerable. Parents can help their children by supporting them unconditionally when they've tried but failed. And Mom and Dad can resist their understandable urge in today's highly competitive society to helicopter-parent, as a lot of anxiety is communicated when parents take on their kids' successes and failures as their own.
Perfeccionismo se desenvolve em nossos anos de formação, e então os jovens estão mais vulneráveis. Os pais podem ajudar os filhos ao apoiá-los apoiam incondicionalmente quando eles tentam mas falham. E os pais podem resistir a seu compreensível impulso na atual sociedade altamente competitiva de serem superprotetores, como muita ansiedade é passada quando os pais pegam os fracassos e sucessos dos seus filhos como seus.
But ultimately, our research raises important questions about how we are structuring society and whether our society's heavy emphasis on competition, evaluation and testing is benefiting young people. It's become commonplace for public figures to say that young people just need a little bit more resilience in the face of these new and unprecedented pressures. But I believe that is us washing our hands of the core issue because we have a shared responsibility to create a society and a culture in which young people need less perfection in the first place.
Mas, enfim, nossa pesquisa levanta importantes perguntas sobre como estamos estruturando a sociedade e se a forte ênfase da sociedade em competição, avaliação e testes está beneficiando os jovens. Tornou-se comum para uma figura pública dizer que os jovens só precisam de um pouco mais de resiliência diante destas pressões novas e sem precedentes. Mas acredito que estamos lavando nossas mãos da questão central porque temos a responsabilidade conjunta de criar uma sociedade e uma cultura onde os jovens precisem menos da perfeição em primeiro lugar.
Let's not kid ourselves. Creating that kind of world is an enormous challenge, and for a generation of young people that live their lives in the 24/7 spotlight of metrics, lead tables and social media, perfectionism is inevitable, so long as they lack any purpose in life greater than how they are appearing or how they are performing to other people.
Não vamos nos enganar. Criar um mundo desse tipo é um grande desafio, e para uma geração de jovens que vivem suas vidas 24 horas por dia nos holofotes das métricas, lideranças e mídias sociais, perfeccionismo é inevitável, enquanto lhes faltam propósito em sua vida maior do que estão aparentando ou como estão realizando para outras pessoas.
What can they do about it? Every time they are knocked down from that mountaintop, they see no other option but to try scaling that peak again. The ancient Greeks knew that this endless struggle up and down the same mountain is not the road to happiness. Their image of hell was a man called Sisyphus, doomed for eternity to keep rolling the same boulder up a hill, only to see it roll back down and have to start again. So long as we teach young people that there is nothing more real or meaningful in their lives than this hopeless quest for perfection, then we are going to condemn future generations to that same futility and despair.
O que eles podem fazer sobre isso? Toda vez que são derrubados do topo da montanha, eles não vêem opção a não ser tentar escalar o cume novamente. Os gregos antigos sabiam que esse esforço sem fim pra cima e pra baixo da mesma montanha não é o caminho para a felicidade. A imagem deles de inferno era um homem chamado Sísifo, condenado a rolar pra sempre pro topo de uma colina uma pedra, só para vê-la rolar abaixo de novo e ter que recomeçar. Enquanto ensinarmos os jovens que não há nada mais real ou significante em suas vidas do que essa desesperada busca por perfeição, estaremos condenando as gerações futuras à mesma futilidade e desespero,
And so we're left with a question. When are we going to appreciate that there is something fundamentally inhuman about limitless perfection? No one is flawless. If we want to help our young people escape the trap of perfectionism, then we will teach them that in a chaotic world, life will often defeat us, but that's OK. Failure is not weakness. If we want to help our young people outgrow this self-defeating snare of impossible perfection, then we will raise them in a society that has outgrown that very same delusion.
E assim nos resta uma pergunta. Quando vamos perceber que há algo fundamentalmente desumano sobre perfeição sem limites? Ninguém é perfeito. Se quisermos ajudar nossos jovens a escapar da armadilha do perfeccionismo, então vamos ensiná-los que, em um mundo caótico, a vida vai nos derrotar ás vezes, mas tudo bem. Falhar não é uma fraqueza. Se quisermos ajudar nossos jovens a superar essa armadilha autodestrutiva da perfeição impossível. então vamos criá-los em uma sociedade que superou essa mesma desilusão.
But most of all, if we want our young people to enjoy mental, emotional and psychological health, then we will invite them to celebrate the joys and the beauties of imperfection as a normal and natural part of everyday living and loving.
Mais importante ainda, se quisermos que nossos jovens aproveitem a saúde mental, emocional e psicológica, então vamos convidá-los a celebrar as alegrias e as belezas da imperfeição como uma parte natural da vida cotidiana e do amor.
Thank you very much.
Muito obrigado.
(Applause)
(Aplausos)