Because of what I'm about to say, I really should establish my green credentials. When I was a small boy, I took my pledge as an American, to save and faithfully defend from waste the natural resources of my country, its air, soil and minerals, its forests, waters and wildlife. And I've stuck to that. Stanford, I majored in ecology and evolution. 1968, I put out the Whole Earth Catalog. Was "mister natural" for a while.
Por causa do que eu vou dizer aqui, devo primeiro apresentar as minhas credenciais "verdes". Quando eu era criança, fiz um juramento de, como norte-americano, salvar e defender do desperdício os recursos naturais do meu país, a atmosfera, solo e minerais, as florestas, águas e vida selvagem. E mantive o meu juramento. Em Stanford, licenciei-me em Ecologia e Evolução. Em 1968, publiquei o Catálogo da Terra Inteira.
And then worked for the Jerry Brown administration. The Brown administration, and a bunch of my friends, basically leveled the energy efficiency of California, so it's the same now, 30 years later, even though our economy has gone up 80 percent, per capita. And we are putting out less greenhouse gasses than any other state. California is basically the equivalent of Europe, in this.
Fui o "senhor natural" por algum tempo. E depois eu trabalhei para a administração de Jerry Brown. O governo Brown e muitos dos meus amigos equalizaram a eficiência energética da Califórnia, e hoje ainda é a mesma, 30 anos depois, embora nossa economia tenha crescido 80%, "per capita". Estamos a produzir menos gases de estufa que qualquer outro estado norte-americano. A Califórnia equivale à Europa nesse aspeto.
This year, Whole Earth Catalog has a supplement that I'll preview today, called Whole Earth Discipline. The dominant demographic event of our time is this screamingly rapid urbanization that we have going on. By mid-century we'll be about 80 percent urban, and that's mostly in the developing world, where that's happening. It's interesting, because history is driven to a large degree by the size of cities. The developing world now has all of the biggest cities, and they are developing three times faster than the developed countries, and nine times bigger. It's qualitatively different. They are the drivers of history, as we see by looking at history.
Este ano, o Catálogo da Terra Inteira traz um suplemento que eu vou pré-estrear hoje, chamado Disciplina da Terra Inteira. O evento demográfico do nosso tempo é a urbanização extremamente rápida que nós vemos hoje. Em meados do século seremos 80% urbanos, e é no mundo em desenvolvimento que isso está a acontecer. É interessante, porque a História é movida grandemente pelo tamanho das cidades. O mundo em desenvolvimento agora tem as maiores cidades, e elas desenvolvem-se três vezes mais depressa que os países desenvolvidos, e nove vezes mais em tamanho. A diferença é qualitativa. Elas são os motores da história,
1,000 years ago this is what the world looked like. Well we now have a distribution of urban power similar to what we had 1,000 years ago. In other words, the rise of the West, dramatic as it was, is over. The aggregate numbers are absolutely overwhelming: 1.3 million people a week coming to town, decade after decade. What's really going on? Well, what's going on is the villages of the world are emptying out. Subsistence farming is drying up basically.
como nós vemos se olharmos para a História. Há mil anos o mundo era assim. Nós agora temos uma distribuição do poder urbano semelhante ao que tínhamos há mil anos. Por outras palavras, a hegemonia do Ocidente, dramática como era, já passou. Os números agregados são avassaladores: 1,3 milhões de pessoas por semana a chegar às cidades, década após década. O que está realmente a acontecer? O que se passa é que os vilarejos mundo fora se estão a esvaziar. A agricultura de subsistência está a acabar.
People are following opportunity into town. And this is why. I used to have a very romantic idea about villages, and it's because I never lived in one. (Laughter) Because in town -- this is the bustling squatter city of Kibera, near Nairobi -- they see action. They see opportunity. They see a cash economy that they were not able to participate in back in the subsistence farm.
As pessoas estão a ir para as cidades em busca de oportunidades. E esta é a razão. Eu costumava ter uma ideia romântica dos vilarejos, porque eu nunca vivi num. (Risos) Porque na cidade — este é o burburinho da cidade clandestina de Kibera, perto de Nairobi — as pessoas veem ação e oportunidade. Veem uma economia monetária em que antes não podiam participar na época da agricultura de subsistência.
As you go around these places there's plenty of aesthetics. There is plenty going on. They are poor, but they are intensely urban. And they are intensely creative. The aggregate numbers now are that basically squatters, all one billion of them, are building the urban world, which means they're building the world -- personally, one by one, family by family, clan by clan, neighborhood by neighborhood. They start flimsy and they get substantial as time goes by. They even build their own infrastructure. Well, steal their own infrastructure, at first. Cable TV, water, the whole gamut, all gets stolen. And then gradually gentrifies.
Ao andarem por esses lugares vocês verão muita estética. Há muita coisa a acontecer. Eles são pobres, mas intensamente urbanos. E intensamente criativos. Os números agregados mostram que os moradores dos bairros clandestinos, ao todo, mil milhões, estão a construir o mundo urbano — ou seja, estão a construir o mundo — pessoalmente, um a um, família a família, clã a clã, bairro a bairro. Eles começam raquíticos e ganham substância com o passar do tempo. Eles constroem a sua infraestrutura. Bem, roubam a sua própria infraestrutura, a princípio. Televisão por cabo, água, tudo é roubado. E, gradualmente, tudo se vai aburguesando.
It is not the case that slums undermine prosperity, not the working slums; they help create prosperity. So in a town like Mumbai, which is half slums, it's 1/6th of the GDP of India. Social capital in the slums is at its most urban and dense. These people are valuable as a group. And that's how they work.
Não é verdade que os bairros de lata minem a prosperidade, na verdade, os bairros de lata operários ajudam a criar prosperidade. Uma cidade como Mumbai, que é metade bairros de lata, perfaz 1/6 do PIB da índia. O capital social nos bairros de lata é o mais urbano e denso. Essas pessoas são importantes como grupo. E é como grupo que elas trabalham.
There is a lot of people who think about all these poor people, "Oh there's terrible things. We've got to fix their housing." It used to be, "Oh we've got to get them phone service." Now they're showing us how they do their phone service. Famine mostly is a rural event now. There are things they care about. And this is where we can help. And the nations they're in can help. And they are helping each other solve these issues.
Muitos estão a pensar nessas pessoas pobres: "Que coisa terrível! Temos que reabilitar a habitação delas." Costumava ser: "Temos que lhes dar um serviço telefónico." Agora eles mostram-nos o seu serviço telefónico. A fome é um evento rural hoje em dia. Há coisas que os preocupam. Nisso nós podemos ajudar. E as nações onde vivem podem ajudá-los. Eles estão a ajudar-se uns aos outros na resolução destes assuntos.
And you go to a nice dense place like this slum in Mumbai. You look at that lane on the right. And you can ask, "Okay what's going on there?" The answer is, "Everything." This is better than a mall. It's much denser. It's much more interactive. And the scale is terrific. The main event is, these are not people crushed by poverty. These are people busy getting out of poverty just as fast as they can. They're helping each other do it. They're doing it through an outlaw thing, the informal economy. The informal economy, it's sort of like dark energy in astrophysics: it's not supposed to be there, but it's huge. We don't understand how it works yet, but we have to.
Vão a um lugar denso como este bairro de lata em Mumbai. Vejam aquela via à direita. Podem-se perguntar: "O que está a acontecer ali?" A resposta é: "Está a acontecer tudo." É melhor do que um centro comercial. É muito mais denso. Muito mais interativo. E a escala é fantástica. O evento principal não é que essas pessoas sejam esmagadas pela pobreza. Elas estão a trabalhar para saírem da pobreza tão depressa quanto possam. Ajudam-se uns aos outros nesse propósito. Fazem isso de uma maneira fora da lei, por meio da economia informal. A economia informal é como a energia escura em astrofísica: não deveria estar ali, mas é tremenda. Não entendemos como funciona, mas temos que entender.
Furthermore, people in the informal economy, the gray economy -- as time goes by, crime is happening around them. And they can join the criminal world, or they can join the legitimate world. We should be able to make that choice easier for them to get toward the legitimate world, because if we don't, they will go toward the criminal world. There's all kinds of activity.
Além disso, as pessoas na economia informal — a economia parda — com o passar do tempo, os crimes acontecem ao redor delas. Elas podem-se juntar ao mundo do crime, ou juntar-se ao mundo legítimo. Nós devíamos tornar essa escolha mais fácil, fazê-los aproximarem-se do mundo legítimo, senão eles vão procurar o mundo do crime. Há todo tipo de atividades.
In Dharavi the slum performs not only a lot of services for itself, but it performs services for the city at large. And one of the main events are these ad-hoc schools. Parents pool their money to hire some local teachers to a private, tiny, unofficial school. Education is more possible in the cities, and that changes the world. So you see some interesting, typical, urban things.
Em Dharavi, o bairro de lata desempenha um monte de serviços para si mesma, mas também serviços para a cidade em volta. Um dos eventos mais importantes são as escolas improvisadas. Os pais reúnem dinheiro para contratarem professores locais para uma escola privada, pequena e não oficial. A educação é possível nas cidades e ela muda o mundo. Portanto, como veem, algumas coisas tipicamente urbanas, interessantes.
So one thing slammed up against another, such as in Sao Paulo here. That's what cities do. That's how they create value, is by slamming things together. In this case, supply right next to demand. So the maids and the gardeners and the guards that live in this lively part of town on the left walk to work, in the boring, rich neighborhood.
Umas coisas empilhadas sobre as outras, como em São Paulo. É isso que as cidades fazem. Assim elas criam valor, empilhando umas coisas sobre as outras. Neste caso, a oferta ao lado da procura. As empregadas, os jardineiros e os guardas que vivem nesta parte mais animada da cidade, à esquerda, caminham para o trabalho no bairro monótono e rico.
Proximity is amazing. We are learning about how dense proximity can be. Connectivity between the city and the country is what's going to keep the country good, because the city has interesting ways of doing things. This is what makes cities -- (Applause) this is what makes cities so green in the developing world.
A proximidade é impressionante. Estamos a ver quão densa pode ser uma tal proximidade. A ligação entre a cidade e o campo é o que mantém a viabilidade do campo, porque a cidade tem um modo interessante de fazer as coisas. Isso é o que faz as cidades... (Aplausos) Isto é o que faz as cidades tão verdes no mundo em desenvolvimento.
Because people leave the poverty trap, an ecological disaster of subsistence farms, and head to town. And when they're gone the natural environment starts to come back very rapidly. And those who remain in the village can shift over to cash crops to send food to the new growing markets in town. So if you want to save a village, you do it with a good road, or with a good cell phone connection, and ideally some grid electrical power.
Porque as pessoas saem da armadilha da pobreza, do desastre ecológico da agricultura de subsistência, e vão para a cidade. E sem pessoas, o ambiente natural começa a regenerar-se rapidamente. E os que ficam nas aldeias voltam-se para as lavouras comerciais para enviar comida para os mercados crescentes nas cidades. Então, o modo de salvar uma aldeia é construir uma boa estrada, ou uma boa ligação de telemóvel, e idealmente, uma rede de eletricidade.
So the event is: we're a city planet. That just happened. More than half. The numbers are considerable. A billion live in the squatter cities now. Another billion is expected. That's more than a sixth of humanity living a certain way. And that will determine a lot of how we function.
O acontecimento aqui é que nós somos um planeta urbano. Isso aconteceu. Mais de metade. Os números são consideráveis. Mil milhões a viver neste momento nas cidades clandestinas. Outros mil milhões são esperados. É mais do que 1/6 da humanidade a viver de um certo modo.
Now, for us environmentalists,
E isso vai determinar como funcionamos.
maybe the greenest thing about the cities is they diffuse the population bomb. People get into town. The immediately have fewer children. They don't even have to get rich yet. Just the opportunity of coming up in the world means they will have fewer, higher-quality kids, and the birthrate goes down radically.
Agora, para nós ambientalistas, a coisa mais ecológica nas cidades é que elas difundem a bomba demográfica. As pessoas vêm para a cidade. Imediatamente têm menos filhos. Eles nem têm ainda que enriquecer. Apenas a oportunidade de ascender no mundo indica que eles terão menos filhos, de mais qualidade,
Very interesting side effect here, here's a slide from Phillip Longman. Shows what is happening. As we have more and more old people, like me, and fewer and fewer babies. And they are regionally separated. What you're getting is a world which is old folks, and old cities, going around doing things the old way, in the north. And young people in brand new cities they're inventing, doing new things, in the south. Where do you think the action is going to be?
e a taxa de natalidade baixa radicalmente. Um efeito colateral muito interessante, neste gráfico de Phillip Longman. Mostra o que está a acontecer. À medida que há cada vez mais idosos, como eu, e menos bebés. E eles estão separados por região. Estamos a ter um mundo composto de idosos, e cidades envelhecidas, a fazerem as coisas à maneira antiga, no Norte. E jovens em cidades novíssimas que estão a inventar, a fazer coisas novas, no Sul. Onde pensam que vai haver mais ação?
Shift of subject. Quickly drop by climate. The climate news, I'm sorry to say, is going to keep getting worse than we think, faster than we think. Climate is a profoundly complex, nonlinear system, full of runaway positive feedbacks, hidden thresholds and irrevocable tipping points. Here's just a few samples. We're going to keep being surprised. And almost all the surprises are going to be bad ones.
Mudança de tema. Queda rápida por conta do clima. Os relatos sobre o clima vão continuar a ser piores do que pensamos e mais depressa do que pensamos. O clima é um sistema profundamente complexo e não linear, repleto de reações positivas que não se podem controlar, limites escondidos e pontos de inflexão irrevogáveis. Aqui estão uns exemplos simples. Vamos continuar a ser surpreendidos. E quase todas as surpresas serão más.
From your standpoint this means a great increase in climate refugees over the coming decades, and what goes along with that, which is resource wars and chaos wars, as we're seeing in Darfur. That's what drought does. It brings carrying capacity down, and there's not enough carrying capacity to support the people. And then you're in trouble.
Do vosso ponto de vista isto significa um grande aumento em refugiados do clima nas próximas décadas, e, consequentemente, guerras pelos recursos e guerras caóticas, como vemos em Darfur. Isso é o que a seca faz. A seca reduz a capacidade que uma área tem de suportar uma população. E então temos um problema.
Shift to the power situation. Baseload electricity is what it takes to run a city, or a city planet. So far there is only three sources of baseload electricity: coal, some gas, nuclear and hydro. Of those, only nuclear and hydro are green. Coal is what is causing the climate problems. And everyone will keep burning it because it's so cheap, until governments make it expensive. Wind and solar can't help, because so far we don't have a way to store that energy.
Mudando para a condição energética. A eletricidade de carga básica é o que faz funcionar uma cidade, ou um planeta urbano. Por enquanto, há apenas três fontes de eletricidade de carga básica: carvão mineral, gás, energia nuclear ou hidroelétrica. Destas, a energia nuclear e hidroelétrica são "verdes". O carvão é o que está a causar os problemas climáticos. E todos vão continuar a queimar carvão porque é barato, até que os governos o tornem caro. As energias eólica e solar não ajudam,
So with hydro maxed out, coal and lose the climate, or nuclear, which is the current operating low-carbon source, and maybe save the climate. And if we can eventually get good solar in space, that also could help. Because remember, this is what drives the prosperity in the developing world in the villages and in the cities.
porque não há forma de armazenar essas energias. Com a produção hidroelétrica a chegar à capacidade máxima, restam o carvão — com perda para o clima — ou a nuclear — que, atualmente, é a fonte que requer baixo consumo de carbono — e talvez salvemos o clima. E se, porventura, obtivermos boa energia solar no espaço, isto também ajudaria. Porque, lembrem-se, isto é o que faz avançar a prosperidade no mundo em desenvolvimento
So, between coal and nuclear, compare their waste products. If all of the electricity you used in your lifetime was nuclear, the amount of waste that would be added up would fit in a Coke can. Whereas a coal-burning plant, a normal one gigawatt coal plant, burns 80 rail cars of coal a day, each car having 100 tons. And it puts 18 thousand tons of carbon dioxide in the air. So and then when you compare the lifetime emissions of these various energy forms, nuclear is about even with solar and wind, and ahead of solar -- oh, I'm sorry -- with hydro and wind, and ahead of solar.
nas aldeias e nas cidades. Assim, entre o carvão e a energia nuclear, comparem seus subprodutos. Se toda a energia que usam na vossa vida fosse nuclear, todo o subproduto derivado daquele consumo caberia numa lata de Coca-Cola. Já uma fábrica que queime carvão mineral, normalmente produzindo um gigawatt, queima 80 vagões de carvão por dia, cada vagão com cem toneladas. E despeja 18 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Quando se comparam as emissões ao longo da vida dessas diferentes formas de energia, a energia nuclear é quase tão eficiente como a hidroelétrica e a energia eólica e mais eficiente do que a energia solar. E a energia nuclear pode competir com o carvão?
And does nuclear really compete with coal? Just ask the coal miners in Australia. That's where you see some of the source, not from my fellow environmentalists, but from people who feel threatened by nuclear power. Well the good news is that the developing world, but frankly, the whole world, is busy building, and starting to build, nuclear reactors. This is good for the atmosphere. It's good for their prosperity.
Perguntem aos mineiros na Austrália. É lá que se encontra uma das fontes, não partindo dos meus colegas ambientalistas, mas de pessoas que se veem ameaçadas pela energia nuclear. Felizmente, o mundo em desenvolvimento, mas francamente, o mundo inteiro está ocupado a construir reatores nucleares. Isso é bom para a atmosfera. É bom para a prosperidade deles.
I want to point out one interesting thing, which is that environmentalists like the thing we call micropower. It's supposed to be, I don't know, local solar and wind and cogeneration, and good things like that. But frankly micro-reactors which are just now coming on, might serve even better.
Quero realçar uma coisa interessante, é que os ambientalistas gostam do que chamamos microenergia. É suposto ser a cogeração de energia solar e eólica a nível local, coisas boas como essas. Mas os microrreatores que estão a aparecer agora, podem funcionar ainda melhor.
The Russians, who started this, are building floating reactors, for their new passage, where the ice is melting, north of Russia. And they're selling these floating reactors, only 35 megawatts, to developing countries. Here's the design of an early one from Toshiba. It's interesting, say, to take a 25-megawatt, 25 million watts, and you compare it to the standard big iron of an ordinary Westinghouse or Ariva, which is 1.2, 1.6 billion watts. These things are way smaller. They're much more adaptable. Here's an American design from Lawrence Livermore Lab. Here's another American design that came out of Los Alamos, and is now commercial.
Os russos estão a construir reatores flutuantes, para uma nova passagem, onde o gelo está a derreter, no norte da Rússia. E eles estão a vender esses reatores flutuantes, de apenas 35 megawatts, para os países em desenvolvimento. Esse é o "design" de um modelo antigo da Toshiba. É interessante tomar um reator de 25 megawatts, 25 milhões de watts, e comparar com o padrão de ferro normal da Westinghouse ou Ariva, que é de 1,2 ou 1,6 mil milhões de watts. Esses são muito menores. São muito mais adaptáveis. Esse é o modelo norte-americano do Laboratório Lawrence Livermore. E este é outro modelo norte-americano, criado em Los Álamos, que está a ser comercializado.
Almost all of these are not only small, they are proliferation-proof. They're typically buried in the ground. And the innovation is moving very rapidly. So I think microreactors is going to be important for the future. In terms of proliferation, nuclear energy has done more to dismantle nuclear weapons than any other activity. And that's why 10 percent of the electricity in this room, 20 percent of electricity in this room is probably nuclear. Half of that is coming from dismantled warheads from Russia, soon to be joined by our dismantled warheads. And so I would like to see the GNEP program, that was developed in the Bush administration, go forward aggressively. And I was glad to see that president Obama supported the nuclear fuel bank strategy when he spoke in Prague the other week.
Quase todos, além de pequenos, são à prova de proliferação. Tipicamente são enterrados no chão. E a inovação continua rapidamente. Então eu acho que os microrreatores serão importantes para o futuro. Em termos de proliferação, a energia nuclear teve mais influência no desarmamento de armas nucleares que qualquer outra atividade. Por isso, 10% da eletricidade nesta sala, 20% da eletricidade nesta sala é provavelmente nuclear. Metade vem de ogivas russas desmontadas, para a seguir serem unidas às nossas ogivas desmontadas. Eu gostaria de ver a Parceria Global para a Energia Nuclear que foi desenvolvida na administração Bush, avançar agressivamente. Fiquei contente ao ver que o presidente Obama apoiou a estratégia do banco de combustível nuclear quando discursou em Praga, há umas semanas.
One more subject. Genetically engineered food crops, in my view, as a biologist, have no reason to be controversial. My fellow environmentalists, on this subject, have been irrational, anti-scientific, and very harmful. Despite their best efforts, genetically engineered crops are the most rapidly successful agricultural innovation in history. They're good for the environment because they enable no-till farming, which leaves the soil in place, getting healthier from year to year -- slso keeps less carbon dioxide going from the soil into the atmosphere. They reduce pesticide use. And they increase yield, which allows you to have your agricultural area be smaller, and therefore more wild area is freed up.
Outro tema. As safras geneticamente alteradas, no meu entender, como biólogo que sou, não dão motivo para controvérsias. Os meus colegas ambientalistas, neste tema, têm sido irracionais, anticientíficos e muito nocivos. Apesar dos seus melhores esforços, as safras geneticamente alterada são a mais rápida e bem sucedida inovação agrícola na História. Elas são boas para o ambiente porque permitem o cultivo direto, que deixa o solo sem arar, tornando-se mais saudável a cada ano e também mantém o dióxido de carbono no solo em vez de libertá-lo para a atmosfera. Eles reduzem o uso de pesticidas. E aumentam a produtividade, o que permite uma área menor de cultivo, deixando mais áreas para a flora e fauna silvestres.
By the way, this map from 2006 is out of date because it shows Africa still under the thumb of Greenpeace, and Friends of the Earth from Europe, and they're finally getting out from under that. And biotech is moving rapidly in Africa, at last.
Por falar nisso, este mapa de 2006 está desatualizado porque mostra a África ainda sob o punho do Greenpeace, e Friends of the Earth da Europa, e eles estão finalmente livrar-se disso. A biotecnologia está a avançar rapidamente em África, finalmente.
This is a moral issue. The Nuffield Council on Bioethics met on this issue twice in great detail and said it is a moral imperative to make genetically engineered crops readily available. Speaking of imperatives, geoengineering is taboo now, especially in government circles, though I think there was a DARPA meeting on it a couple of weeks ago, but it will be on your plate -- not this year but pretty soon, because some harsh realizations are coming along. This is a list of them.
Isto é um tema moral. O Conselho Nuffield de Bioética reuniu-se duas vezes para discutir o assunto e disse que era um imperativo moral disponibilizar o cultivo de safras alteradas geneticamente. E falando de imperativos, a geoengenharia é um "tabu" agora, especialmente nos círculos governamentais, embora tenha havido uma reunião da Agência Militar de Pesquisa Avançada de Defesa, mas vai estar na vossa agenda — não neste ano, mas muito em breve — porque algumas duras constatações estão a aparecer. Aqui está uma lista:
Basically the news is going to keep getting more scary. There will be events, like 35,000 people dying of a heat wave, which happened a while back. Like cyclones coming up toward Bangladesh. Like wars over water, such as in the Indus. And as those events keep happening we're going to say, "Okay, what can we do about that really?"
As notícias vão continuar a ser cada vez mais assustadoras a cada dia. Haverá acontecimentos, como 35 mil pessoas a morrer devido a ondas de calor, como aconteceu há algum tempo. Como ciclones a avançar na direção de Bangladeche. Como guerras por água, como ao redor do Rio Indo. Com o desenrolar desses acontecimentos vamos perguntar-nos: "O que é que podemos quanto a isso?"
But there's this little problem with geoengineering: what body is going to decide who gets to engineer? How much they do? Where they do it? Because everybody is downstream, downwind of whatever is done. And if we just taboo it completely we could lose civilization. But if we just say "OK, China, you're worried, you go ahead. You geoengineer your way. We'll geoengineer our way." That would be considered an act of war by both nations. So this is very interesting diplomacy coming along. I should say, it is more practical than people think.
Mas há um problema com a geoengenharia: quem vai decidir, quem vai operar essas alterações? Quanto vão fazer? Onde o vão fazer? Porque nós todos estamos rio abaixo, do que seja feito. E se nós impusermos um tabu completo nós podemos perder a civilização. Mas se dissermos: "Ok, China, vocês estão preocupados, vão em frente. "Vocês operam a geoengenharia ao vosso modo. "Nós vamos operar do nosso modo." Isso seria considerado um ato de guerra por ambas as nações. Então esta é uma diplomacia muito interessante que está a surgir.
Here is an example that climatologists like a lot, one of the dozens of geoengineering ideas. This one came from the sulfur dioxide from Mount Pinatubo in 1991 -- cooled the earth by half a degree. There was so much ice in 1992, the following year, that there was a bumper crop of polar bear cubs who were known as the Pinatubo cubs. To put sulfur dioxide in the stratosphere would cost on the order of a billion dollars a year. That's nothing, compared to all of the other things we may be trying to do about energy.
Devo dizer que é mais prático do que se pensa. Um exemplo de que os climatólogos gostam bastante, uma de dúzias de ideias da geoengenharia. Esta ideia apareceu do dióxido sulfúrico libertado pelo Monte Pinatubo em 1991. Ele esfriou a Terra meio grau. Houve tanto gelo em 1992, no ano seguinte, que houve uma supersafra de crias de urso polar conhecidos como as crias do Pinatubo. Pôr dióxido sulfúrico na estratosfera custaria na ordem de mil milhões de dólares por ano. Não é nada, comparado com tudo o mais que estamos a tentar fazer a respeito da energia.
Just to run by another one: this is a plan to brighten the reflectance of ocean clouds, by atomizing seawater; that would brighten the albedo of the whole planet. A nice one, because it can happen lots of little ways in lots of little places, is by copying the ancient Amazon Indians who made good agricultural soil by pyrolizing, smoldering, plant waste, and biochar fixes large quantities of carbon while it's improving the soil.
E mais um exemplo: este é um plano para clarear a refletância das nuvens oceânicas pela atomização da água do mar; isso iria clarear o albedo de todo o planeta. Um bom plano, porque pode ser levado a cabo de diferentes maneiras em muitos lugares, seria copiar os índios ancestrais da Amazónia que faziam bom solo para cultivo agrícola por meio de pirólise, a queima branda dos restos de plantas, e carvão biológico fixam grandes quantidades de carbono enquanto melhoram o solo.
So here is where we are. Nobel Prize-winning climatologist Paul Crutzen calls our geological era the Anthropocene, the human-dominated era. We are stuck with its obligations. In the Whole Earth Catalog, my first words were, "We are as Gods, and might as well get good at it." The first words of Whole Earth Discipline are, "We are as Gods, and have to get good at it." Thank you. (Applause)
Aqui estamos nós. O climatólogo Paul Crutzen, vencedor de um Prémio Nobel chama à nossa era geológica o Antropoceno, a era dominada por humanos. Estamos comprometidos com as obrigações que advêm de tal domínio. No Catálogo da Terra Inteira, as minhas primeiras palavras foram: "Nós somos como deuses, mais vale sermos bons nisso." As primeiras palavras da Disciplina da Terra Inteira são: "Nós somos como deuses, e temos que nos tornar bons nisso." Obrigado. (Aplausos)