Hi. I'm going to talk to you today about laughter, and I just want to start by thinking about the first time I can ever remember noticing laughter. This is when I was a little girl. I would've been about six. And I came across my parents doing something unusual, where they were laughing. They were laughing very, very hard. They were lying on the floor laughing. They were screaming with laughter. I did not know what they were laughing at, but I wanted in. I wanted to be part of that, and I kind of sat around at the edge going, "Hoo hoo!" (Laughter) Now, incidentally, what they were laughing at was a song which people used to sing, which was based around signs in toilets on trains telling you what you could and could not do in toilets on trains. And the thing you have to remember about the English is, of course, we do have an immensely sophisticated sense of humor. (Laughter)
Oi, hoje eu vou falar sobre o riso, e vou começar falando sobre a primeira vez que me lembro percebendo risos. Isto foi quando eu era pequena, devia ter uns 6 anos. E vi meus pais fazendo algo fora do comum; eles estavam rindo. Eles riam muito, muito mesmo. Eles rolavam no chão de tanto rir. Eles gritavam de tanto rir. Eu não sabia do que riam, mas eu queria entrar nessa. Queria participar e sentei por perto, assim: "Hoo hoo!" (Risos) A propósito, eles estavam rindo era de uma música que as pessoas costumavam cantar, que era baseada em avisos em banheiros de trens explicando o que você podia e não podia fazer nos banheiros dos trens. E vocês precisam lembrar que nós ingleses, temos um senso de humor sofisticado. (Risos) Naquele tempo eu não entendia nada, eu só queria saber das risadas,
At the time, though, I didn't understand anything of that. I just cared about the laughter, and actually, as a neuroscientist, I've come to care about it again. And it is a really weird thing to do. What I'm going to do now is just play some examples of real human beings laughing, and I want you think about the sound people make and how odd that can be, and in fact how primitive laughter is as a sound. It's much more like an animal call than it is like speech. So here we've got some laughter for you. The first one is pretty joyful.
e, na verdade, como uma neurocientista, me interessei por isso de novo. E isto é realmente algo estranho de se fazer. Agora darei a vocês alguns exemplos de pessoas rindo, e quero que pensem sobre os sons que fazemos e o quão estranhos podem ser, e como o som de um riso é muito primitivo. Parece mais uma comunicação entre animais do que uma fala. Aqui temos algumas risadas para vocês. A primeira é muito alegre. (Áudio: Risos)
(Audio: Laughing)
Now this next guy, I need him to breathe. There's a point in there where I'm just, like, you've got to get some air in there, mate, because he just sounds like he's breathing out.
Agora, o próximo rapaz, torcemos para que ele respire. Há um instante em que ele parece precisar de ar, pois soa como se estivesse sem respiração. (Áudio: Rindo)
(Audio: Laughing)
Isto não foi editado; este é ele.
This hasn't been edited; this is him.
(Áudio: Rindo) (Risos)
(Audio: Laughing) (Laughter)
E, finalmente, temos esta, uma mulher rindo.
And finally we have -- this is a human female laughing. And laughter can take us to some pretty odd places in terms of making noises. (Audio: Laughing) She actually says, "Oh my God, what is that?" in French. We're all kind of with her. I have no idea.
O riso pode produzir ruídos bem estranhos. (Áudio: Risos) Ela está dizendo em francês: "Oh meu Deus, o que é que isso?". Estamos juntos nessa, porque não tenho a mínima ideia.
Now, to understand laughter, you have to look at a part of the body that psychologists and neuroscientists don't normally spend much time looking at, which is the ribcage, and it doesn't seem terribly exciting, but actually you're all using your ribcage all the time. What you're all doing at the moment with your ribcage, and don't stop doing it, is breathing. So you use the intercostal muscles, the muscles between your ribs, to bring air in and out of your lungs just by expanding and contracting your ribcage, and if I was to put a strap around the outside of your chest called a breath belt, and just look at that movement, you see a rather gentle sinusoidal movement, so that's breathing. You're all doing it. Don't stop. As soon as you start talking, you start using your breathing completely differently. So what I'm doing now is you see something much more like this. In talking, you use very fine movements of the ribcage to squeeze the air out -- and in fact, we're the only animals that can do this. It's why we can talk at all.
Para entender o riso temos de olhar para a parte do corpo que os psicólogos e os neurocientistas não prestam muita atenção: o tórax e isso não parece muito empolgante, mas usamos o tórax o tempo todo. O que todos estão fazendo agora com o tórax, e não parem de fazê-lo, é a respiração. Usamos os músculos intercostais, os músculos entre as costelas, trazendo ar para dentro e fora dos pulmões, expandindo e contraindo o tórax. Se eu atar uma tira em volta do seu peito, o cinto de respiração, e ver o movimento, nota-se um movimento sinusoidal leve. Isto é a respiração. Todos vocês estão respirando. Não parem. Assim que você começa a falar você usa uma respiração totalmente diferente, como estou fazendo agora. Você vê algo assim. Ao falar, os movimentos no tórax são bem sutis para expelir o ar, e somos os únicos animais capazes disso; por isso podemos falar. Agora, a fala e a respiração, ambos têm um inimigo mortal,
Now, both talking and breathing has a mortal enemy, and that enemy is laughter, because what happens when you laugh is those same muscles start to contract very regularly, and you get this very marked sort of zig-zagging, and that's just squeezing the air out of you. It literally is that basic a way of making a sound. You could be stamping on somebody, it's having the same effect. You're just squeezing air out, and each of those contractions -- Ha! -- gives you a sound. And as the contractions run together, you can get these spasms, and that's when you start getting these -- (Wheezing) -- things happening. I'm brilliant at this. (Laughter)
e este inimigo é o riso, porque quando você ri, esses músculos se contraem de forma muito regular, e você passa a ter uma espécie de ziguezague bem visível e isto simplesmente tira o ar de você, literalmente, é a forma básica de se fazer um som. Pisar em cima de alguém teria o mesmo efeito. Você apenas expele o ar, e cada contração (Ha), lhe dá um som. E, quando as contrações ocorrem juntas, você tem espasmos, é quando começa a acontecer estas... (Chiado) coisas. Eu sou ótima nisso. (Risos)
Now, in terms of the science of laughter, there isn't very much, but it does turn out that pretty much everything we think we know about laughter is wrong. So it's not at all unusual, for example, to hear people to say humans are the only animals that laugh. Nietzsche thought that humans are the only animals that laugh. In fact, you find laughter throughout the mammals. It's been well-described and well-observed in primates, but you also see it in rats, and wherever you find it -- humans, primates, rats -- you find it associated with things like tickling. That's the same for humans. You find it associated with play, and all mammals play. And wherever you find it, it's associated with interactions. So Robert Provine, who has done a lot of work on this, has pointed out that you are 30 times more likely to laugh if you are with somebody else than if you're on your own, and where you find most laughter is in social interactions like conversation. So if you ask human beings, "When do you laugh?" they'll talk about comedy and they'll talk about humor and they'll talk about jokes. If you look at when they laugh, they're laughing with their friends. And when we laugh with people, we're hardly ever actually laughing at jokes. You are laughing to show people that you understand them, that you agree with them, that you're part of the same group as them. You're laughing to show that you like them. You might even love them. You're doing all that at the same time as talking to them, and the laughter is doing a lot of that emotional work for you. Something that Robert Provine has pointed out, as you can see here, and the reason why we were laughing when we heard those funny laughs at the start, and why I was laughing when I found my parents laughing, is that it's an enormously behaviorally contagious effect. You can catch laughter from somebody else, and you are more likely to catch laughter off somebody else if you know them. So it's still modulated by this social context. You have to put humor to one side and think about the social meaning of laughter because that's where its origins lie.
Na ciência do riso, não há muita coisa, mas uma coisa é certa, quase tudo que a gente pensa que sabe sobre o riso, está errado. Não é incomum ouvir dizerem, por exemplo, que os humanos são os únicos que riem Nietzsche dizia: "Somente humanos riem." Na verdade, vemos o riso em todos os mamíferos. Isto é bem descrito e observado em primatas, mas também vê-se em ratos, e, onde quer que o encontre, em humanos, primatas, ratos, isto será relacionado com coisas tipo cócegas. É o mesmo com os humanos. Você vê isso associado com o brincar, e, todos os mamíferos brincam. E, onde quer que você veja isso, está ligado às interações. Robert Provine fez vários trabalhos sobre isto, e mostrou que você é propenso a rir 30 vezes mais se estiver acompanhado do que se estiver sozinho. E, onde se vê mais risadas é em interações sociais, como em uma conversa. Então, se você pergunta a uma pessoa: "Quando você ri?" As pessoas dirão que riem de comédias, de humor, de piadas. Se você observar quando elas riem, elas riem com seus amigos. E, quando rimos com as pessoas, raramente rimos das piadas. Rimos para mostrar que as entendemos, que concordamos com elas, que fazemos parte do mesmo grupo. Você ri para demonstrar que gosta delas. Talvez até as ame. Você faz tudo isso enquanto conversa, e, na verdade, o riso faz uma boa parte do trabalho emocional para você. Algo que Robert Provine disse, como podem ver, e a razão de termos rido quando ouvimos as risadas no começo, e o porquê de eu ter rido, quando vi meus pais rindo, é que isto tem um efeito comportamental muito contagiante. Você pode se contagiar com a risada de alguém, e isto fica mais provável se você conhece esse alguém. Então, isto ainda é mediado por um contexto social. Coloque o humor de lado, e pense no significado social do riso, porque é ali que está a sua origem. Algo que me interessa muito são os diferentes tipos de risadas,
Now, something I've got very interested in is different kinds of laughter, and we have some neurobiological evidence about how human beings vocalize that suggests there might be two kinds of laughs that we have. So it seems possible that the neurobiology for helpless, involuntary laughter, like my parents lying on the floor screaming about a silly song, might have a different basis to it than some of that more polite social laughter that you encounter, which isn't horrible laughter, but it's behavior somebody is doing as part of their communicative act to you, part of their interaction with you; they are choosing to do this. In our evolution, we have developed two different ways of vocalizing. Involuntary vocalizations are part of an older system than the more voluntary vocalizations like the speech I'm doing now. So we might imagine that laughter might actually have two different roots.
e temos algumas evidências neurobiológicas sobre como os humanos vocalizam que sugerem que talvez existam dois tipos de risos. Parece possível para a neurobiologia que o incontrolável riso involuntário, como o dos meus pais deitados no chão gritando por causa de uma música boba, pode ter uma base diferente daquela risada social, mais educada, que não é uma risada horrível, mas é um comportamento que adotam como parte de uma comunicação com você, parte da interação deles com você; eles escolhem fazer deste jeito. Evoluímos com duas formas de vocalização. As vocalizações involuntárias fazem parte de um sistema mais antigo do que as vocalizações mais voluntárias, como a fala. Podemos imaginar que o riso tem duas raízes distintas.
So I've been looking at this in more detail. To do this, we've had to make recordings of people laughing, and we've had to do whatever it takes to make people laugh, and we got those same people to produce more posed, social laughter. So imagine your friend told a joke, and you're laughing because you like your friend, but not really because the joke's all that. So I'm going to play you a couple of those. I want you to tell me if you think this laughter is real laughter, or if you think it's posed. So is this involuntary laughter or more voluntary laughter?
Venho estudando isto em maiores detalhes. Para fazer isto, tivemos que gravar as pessoas rindo, e fizemos de tudo para que elas rissem, e pedimos a essas pessoas que dessem um riso social forçado. Imagine: um amigo lhe conta uma piada e você ri porque gosta dele, mas não, você sabe, não ri por ser uma boa piada. Vou mostrar dois risos para vocês. Digam se acham que é um riso verdadeiro. ou se pensam que é um riso forçado. Então, os risos são involuntários ou voluntários? (Áudio: Risos)
(Audio: Laughing)
Como isso soa para você?
What does that sound like to you? Audience: Posed. Sophie Scott: Posed? Posed. How about this one?
Plateia: Forçado. Sophie: Forçado. E quanto a este? (Áudio: Risos)
(Audio: Laughing)
(Risos)
(Laughter)
Sou a melhor.
I'm the best.
(Laughter) (Applause)
(Risos) (Aplausos)
Not really. No, that was helpless laughter, and in fact, to record that, all they had to do was record me watching one of my friends listening to something I knew she wanted to laugh at, and I just started doing this.
Não, é brincadeira. Não, este foi um riso incontrolável, e, na verdade, para gravar isto só precisaram me gravar vendo uma amiga ouvir algo que eu sabia que faria ela rir e comecei a rir
What you find is that people are good at telling the difference between real and posed laughter. They seem to be different things to us. Interestingly, you see something quite similar with chimpanzees. Chimpanzees laugh differently if they're being tickled than if they're playing with each other, and we might be seeing something like that here, involuntary laughter, tickling laughter, being different from social laughter. They're acoustically very different. The real laughs are longer. They're higher in pitch. When you start laughing hard, you start squeezing air out from your lungs under much higher pressures than you could ever produce voluntarily. For example, I could never pitch my voice that high to sing. Also, you start to get these sort of contractions and weird whistling sounds, all of which mean that real laughter is extremely easy, or feels extremely easy to spot.
Somos bons em dizer a diferença entre o riso real e o forçado. Eles parecem ser coisas diferentes para nós. Há algo algo bem parecido entre os chimpanzés. Riem quando se faz cócegas neles, mas brincando juntos riem de outro modo. E aqui há semelhanças, risos involuntários e com cócegas diferem dos risos sociais. Acusticamente são muito diferentes. Risos verdadeiros são mais longos e mais agudos. Quando você começa a rir sem parar, o ar é levado para fora dos seus pulmões sob pressões muito mais altas do que no riso forçado. Por exemplo, eu não posso cantar com uma voz tão alta assim. Além disso, você tem contrações e sons de assobios estranhos, o que implica que o riso verdadeiro é extremamente fácil de se detectar. Em contraste, o riso forçado, pode soar um pouco falso.
In contrast, posed laughter, we might think it sounds a bit fake. Actually, it's not, it's actually an important social cue. We use it a lot, we're choosing to laugh in a lot of situations, and it seems to be its own thing. So, for example, you find nasality in posed laughter, that kind of "ha ha ha ha ha" sound that you never get, you could not do, if you were laughing involuntarily. So they do seem to be genuinely these two different sorts of things.
Bem, não é falso, mas um indicador social importante. Nós o usamos muito quando escolhemos rir em muitas situações, e isto parece ser próprio do riso. Por exemplo, o riso forçado é anasalado: “"ha, ha, ha, ha", um som que você jamais emitiria ao rir de forma involuntária. Então parecem ser genuinamente dois tipos de coisas.
We took it into the scanner to see how brains respond when you hear laughter. And when you do this, this is a really boring experiment. We just played people real and posed laughs. We didn't tell them it was a study on laughter. We put other sounds in there to distract them, and all they're doing is lying listening to sounds. We don't tell them to do anything. Nonetheless, when you hear real laughter and when you hear posed laughter, the brains are responding completely differently, significantly differently. What you see in the regions in blue, which lies in auditory cortex, are the brain areas that respond more to the real laughs, and what seems to be the case, when you hear somebody laughing involuntarily, you hear sounds you would never hear in any other context. It's very unambiguous, and it seems to be associated with greater auditory processing of these novel sounds. In contrast, when you hear somebody laughing in a posed way, what you see are these regions in pink, which are occupying brain areas associated with mentalizing, thinking about what somebody else is thinking. And I think what that means is, even if you're having your brain scanned, which is completely boring and not very interesting, when you hear somebody going, "A ha ha ha ha ha," you're trying to work out why they're laughing. Laughter is always meaningful. You are always trying to understand it in context, even if, as far as you are concerned, at that point in time, it has not necessarily anything to do with you, you still want to know why those people are laughing.
Usamos um escâner para observar como o cérebro reage ao ouvir risos. E este experimento é muito chato. Mostramos risos reais e risos falsos. Não revelamos que era um estudo sobre o riso. Colocamos outros sons para distraí-los. Deviam ficar deitados, sem fazer nada, apenas ouvindo os sons. Sem instruções. No entanto, quando se ouve uma risada real e outra forçada, é completamente diferente o modo como o cérebro reage. O que vemos nas regiões em azul, situadas no córtex auditivo, são áreas cerebrais mais reativas ao riso verdadeiro, o que parece ser o caso, quando se escuta um riso involuntário; ouvem-se sons que jamais ouviríamos em outro contexto, é inconfundível, e parece estar associado a um processo auditivo mais amplo desses sons inéditos. Em contraste, ao ouvir alguém rindo de maneira forçada, o que vemos são essas regiões em rosa, que ocupam as áreas do cérebro associadas à mentalização, pensando no que o outro está pensando. Acho que isto significa que mesmo se o cérebro estiver sendo escaneado o que é totalmente chato, quando você ouve pessoas rindo: "Ha, ha, ha," você quer saber por que riem. O riso tem sempre um significado. Sempre tentamos entendê-lo no contexto. Mesmo se, naquele momento, não tiver nada a ver com você, você ainda quer saber por que as pessoas estão rindo. Observamos como as pessoas escutam o riso verdadeiro e o forçado
Now, we've had the opportunity to look at how people hear real and posed laughter across the age range. So this is an online experiment we ran with the Royal Society, and here we just asked people two questions. First of all, they heard some laughs, and they had to say, how real or posed do these laughs sound? The real laughs are shown in red and the posed laughs are shown in blue. What you see is there is a rapid onset. As you get older, you get better and better at spotting real laughter. So six-year-olds are at chance, they can't really hear the difference. By the time you are older, you get better, but interestingly, you do not hit peak performance in this dataset until you are in your late 30s and early 40s. You don't understand laughter fully by the time you hit puberty. You don't understand laughter fully by the time your brain has matured at the end of your teens. You're learning about laughter throughout your entire early adult life.
em todas as faixas etárias. Este é um experimento on-line que fizemos com a Royal Society, em que fizemos duas perguntas. Primeiro elas ouviram risos, e tinham que dizer como soavam: verdadeiros ou forçados? Os verdadeiros em vermelho e os forçados em azul. O que se vê é uma reação rápida. Conforme envelhecemos podemos distinguir melhor o riso verdadeiro. Para crianças de 6 anos é aleatório, elas não percebem a diferença. Mas conforme você envelhece, isso melhora, mas o interessante é que não atingimos o desempenho máximo nesses dados até chegarmos ao final dos 30 anos e o começo dos 40. Você não entende o riso plenamente quando chega à puberdade, nem mesmo no fim da adolescência, com o cérebro já amadurecido. Aprendemos sobre o riso no começo inteiro da idade adulta.
If we turn the question around and now say not, what does the laughter sound like in terms of being real or posed, but we say, how much does this laughter make you want to laugh, how contagious is this laughter to you, we see a different profile. And here, the younger you are, the more you want to join in when you hear laughter. Remember me laughing with my parents when I had no idea what was going on. You really can see this. Now everybody, young and old, finds the real laughs more contagious than the posed laughs, but as you get older, it all becomes less contagious to you. Now, either we're all just becoming really grumpy as we get older, or it may mean that as you understand laughter better, and you are getting better at doing that, you need more than just hearing people laugh to want to laugh. You need the social stuff there.
Se em vez de perguntamos se o riso lhe parece real ou forçado, quiséssemos saber o quanto esse riso lhe faz querer rir, e lhe contagia, aí veríamos um perfil diferente. E aqui, quanto mais jovem é a pessoa, mais ela quer participar quando ouve outros rindo. Lembra quando eu ria com meus pais, sem saber o porquê? Você pode ver isso. Todos, jovens e velhos, acham o riso real mais contagiante que o forçado, mas quando ficamos mais velhos, torna-se menos contagiante para nós. Bem, ou ficamos mal-humorados com o passar dos anos, ou, talvez, quando entendemos o riso melhor, e sejamos bons nisso, não seja bastante ouvir alguém rindo para querer rir. Precismos do aspecto social. Nós temos um comportamento interessante baseado em muitas suposições incorretas,
So we've got a very interesting behavior about which a lot of our lay assumptions are incorrect, but I'm coming to see that actually there's even more to laughter than it's an important social emotion we should look at, because it turns out people are phenomenally nuanced in terms of how we use laughter. There's a really lovely set of studies coming out from Robert Levenson's lab in California, where he's doing a longitudinal study with couples. He gets married couples, men and women, into the lab, and he gives them stressful conversations to have while he wires them up to a polygraph so he can see them becoming stressed. So you've got the two of them in there, and he'll say to the husband, "Tell me something that your wife does that irritates you." And what you see is immediately -- just run that one through your head briefly, you and your partner -- you can imagine everybody gets a bit more stressed as soon as that starts. You can see physically, people become more stressed. What he finds is that the couples who manage that feeling of stress with laughter, positive emotions like laughter, not only immediately become less stressed, they can see them physically feeling better, they're dealing with this unpleasant situation better together, they are also the couples that report high levels of satisfaction in their relationship and they stay together for longer. So in fact, when you look at close relationships, laughter is a phenomenally useful index of how people are regulating their emotions together. We're not just emitting it at each other to show that we like each other, we're making ourselves feel better together.
mas eu vejo que, na verdade, há mais no riso do que uma emoção social importante que deveríamos analisar, porque as pessoas são muito sutis no modo como usam o riso. Há uma série de estudos extraordinários dos laboratórios de Robert Levenson, na California; ele fez um estudo longitudinal com casais. Ele leva homens e mulheres casados para o laboratório, e lhes dá conversas estressantes e os conecta a um polígrafo para os observar se estressando. Estão os dois ali e ele diz ao marido: "Me diz uma coisa que sua esposa faz que lhe irrita." E, vê-se imediatamente, pensem sobre isto, você e seu companheiro, que todo mundo fica mais estressado assim que isto começa. Vemos que fisicamente as pessoas ficam mais tensas. Ele constatou que os casais que manejam o estresse com risadas, com emoções positivas como o riso, não só ficam menos estressados imediatamente, como eles se sentem melhor fisicamente, e enfrentam melhor esta situação desagradável, juntos. São também os casais que relatam altos níveis de satisfação em suas relações, e permanecem mais tempo juntos. De fato, quando se observam relações estreitas, o riso é um indicador fenomenalmente útil de como as pessoas ajustam suas emoções juntas. Não só o trocamos demonstrando nosso amor, mas nos sentimos melhor juntos.
Now, I don't think this is going to be limited to romantic relationships. I think this is probably going to be a characteristic of close emotional relationships such as you might have with friends, which explains my next clip, which is of a YouTube video of some young men in the former East Germany on making a video to promote their heavy metal band, and it's extremely macho, and the mood is very serious, and I want you to notice what happens in terms of laughter when things go wrong and how quickly that happens, and how that changes the mood.
Não creio que isto se limite às relações românticas. Acho que, talvez, isto seja uma característica das relações estreitas afetivas como aquelas entre amigos, o que explica o próximo vídeo, um vídeo YouTube de jovens da antiga Alemanha Oriental, fazendo um vídeo promocional de sua banda de heavy metal, é extremamente machista, e o clima é muito sério. Eu quero que notem o que ocorre com os risos, quando as coisas não dão certo, como isto acontece rápido e como isto muda o tom.
He's cold. He's about to get wet. He's got swimming trunks on, got a towel. Ice. What might possibly happen? Video starts. Serious mood. And his friends are already laughing. They are already laughing, hard. He's not laughing yet. (Laughter) He's starting to go now. And now they're all off. (Laughter) They're on the floor. (Laughter)
Ele está com frio. Está a ponto de se molhar. Ele vai nadar de sunga, Pega uma toalha. Gelo. Que será que vai acontecer? O vídeo começa. O clima é sério. Vamos embora. E seus amigos já começaram a rir. Já estão rindo muito. Ele ainda não está rindo. Agora ele começa a rir. Agora todos riem. (Risos) Eles estão no chão. (Risos)
The thing I really like about that is it's all very serious until he jumps onto the ice, and as soon as he doesn't go through the ice, but also there isn't blood and bone everywhere, his friends start laughing. And imagine if that had played him out with him standing there going, "No seriously, Heinrich, I think this is broken," we wouldn't enjoy watching that. That would be stressful. Or if he was running around with a visibly broken leg laughing, and his friends are going, "Heinrich, I think we need to go to the hospital now," that also wouldn't be funny. The fact that the laughter works, it gets him from a painful, embarrassing, difficult situation, into a funny situation, into what we're actually enjoying there, and I think that's a really interesting use, and it's actually happening all the time.
O que eu gosto muito aqui é que tudo é muito sério até o ponto em que ele pula no gelo, e quando não fura o gelo, mas também não se vê sangue e ossos espalhados, os amigos dele começam a rir. E imaginem se ele tivesse ficado lá, dizendo: "Não, sério, Heinrich, acho que quebrei algo." Não teríamos curtido. Seria estressante. Ou, se ele estivesse com a perna quebrada, rindo, e seus amigos: "Heinrich, acho melhor irmos ao hospital," também não seria engraçado. O fato é que rir funciona, o transporta de uma situação dolorosa, constrangedora, difícil, à uma situação engraçada, que curtimos, e este é um uso realmente interessante, acontece o tempo todo. Por exemplo, me lembro de algo parecido ter acontecido no enterro do meu pai.
For example, I can remember something like this happening at my father's funeral. We weren't jumping around on the ice in our underpants. We're not Canadian. (Laughter) (Applause) These events are always difficult, I had a relative who was being a bit difficult, my mum was not in a good place, and I can remember finding myself just before the whole thing started telling this story about something that happened in a 1970s sitcom, and I just thought at the time, I don't know why I'm doing this, and what I realized I was doing was I was coming up with something from somewhere I could use to make her laugh together with me. It was a very basic reaction to find some reason we can do this. We can laugh together. We're going to get through this. We're going to be okay.
Não estávamos pulando no gelo com nossas ceroulas. Não somos canadenses. (Risos) (Aplausos) Essas situações são difíceis. Um parente meu era um pouco difícil, minha mãe não estava legal, e eu me lembro, antes de tudo começar, que eu contava uma história sobre algo em uma comédia dos 70, e naquele momento pensei: "Não sei porque estou fazendo isto," e eu percebi que eu queria usar alguma coisa que a fizesse rir junto comigo. Foi uma reação muito básica, encontrar uma desculpa. Nós podemos rir juntas. Podemos superar isto juntas. Vamos ficar bem. E na verdade todos nós fazemos isto o tempo todo.
And in fact, all of us are doing this all the time. You do it so often, you don't even notice it. Everybody underestimates how often they laugh, and you're doing something, when you laugh with people, that's actually letting you access a really ancient evolutionary system that mammals have evolved to make and maintain social bonds, and clearly to regulate emotions, to make ourselves feel better. It's not something specific to humans -- it's a really ancient behavior which really helps us regulate how we feel and makes us feel better.
Fazemos tanto isso que nem percebemos. Todo mundo subestima o quão frequente se consegue rir, e fazemos algo quando rimos juntos, que, na verdade, permite o acesso a um sistema evolucionário muito antigo que os mamíferos desenvolveram para criar e manter vínculos sociais, e claramente regular as emoções que nos fazem sentir melhor. Não é algo específico dos humanos, isto é realmente um comportamento antigo que nos ajuda a regular como nos sentimos e nos faz sentir melhor. Em outras palavras, em matéria de riso
In other words, when it comes to laughter, you and me, baby, ain't nothing but mammals. (Laughter)
você e eu, 'baby', não somos nada, além de mamíferos. Obrigada.
Thank you.
Obrigada. (Aplausos)
Thank you. (Applause)