The child's symptoms begin with mild fever, headache, muscle pains, followed by vomiting and diarrhea, then bleeding from the mouth, nose and gums. Death follows in the form of organ failure from low blood pressure.
Os sintomas da criança começam com febre amena, dor de cabeça e muscular, seguido por vômito e diarreia, e então sangramento da boca, nariz e gengivas. A morte segue na forma de falência dos órgãos, pela baixa pressão sanguínea.
Sounds familiar? If you're thinking this is Ebola, actually, in this case, it's not. It's an extreme form of dengue fever, a mosquito-born disease which also does not have an effective therapy or a vaccine, and kills 22,000 people each year. That is actually twice the number of people that have been killed by Ebola in the nearly four decades that we've known about it. As for measles, so much in the news recently, the death toll is actually tenfold higher. Yet for the last year, it has been Ebola that has stolen all of the headlines and the fear.
Soa familiar? Se você está pensando que isso é Ebola, na verdade, neste caso, não é. É uma forma extrema da febre da dengue, uma doença gerada por um mosquito que também não possui nenhuma terapia ou vacina eficiente, e mata 22 mil pessoas cada ano. Esse é na verdade o dobro do número de pessoas que foram mortas pelo Ebola nas quase quatro décadas que sabemos sobre ele. No caso do sarampo, também nos noticiários recentemente, a taxa de morte é dez vezes maior. Ainda assim, no último ano, foi o Ebola quem roubou todas as manchetes e o medo.
Clearly, there is something deeply rooted about it, something which scares us and fascinates us more than other diseases. But what is it, exactly? Well, it's hard to acquire Ebola, but if you do, the risk of a horrible death is high. Why? Because right now, we don't have any effective therapy or vaccine available.
Claramente, alguma coisa está profundamente enraizada nisso, algo que nos assusta e que nos fascina mais do que outras doenças. Mas o quê, exatamente? Bem, é difícil de contrair Ebola, mas se você contrai, o risco de uma morte horrível é alto. Por quê? Porque agora, nós não temos nenhuma terapia ou vacina eficiente disponível.
And so, that's the clue. We may have it someday. So we rightfully fear Ebola, because it doesn't kill as many people as other diseases. In fact, it's much less transmissible than viruses such as flu or measles. We fear Ebola because of the fact that it kills us and we can't treat it. We fear the certain inevitability that comes with Ebola. Ebola has this inevitability that seems to defy modern medical science.
E então, essa é a pista. Nós podemos tê-la algum dia. Então nós certamente tememos o Ebola, porque ele não mata a mesma quantidade de pessoas que outras doenças. Na verdade, é muito menos transmissível do que vírus como a gripe ou o sarampo. Nós tememos o Ebola pelo fato de que ele nos mata e não podemos curá-lo. Nós tememos essa certa inevitabilidade que vem com o Ebola. O Ebola tem essa inevitabilidade que parece desafiar a ciência médica moderna.
But wait a second, why is that? We've known about Ebola since 1976. We've known what it's capable of. We've had ample opportunity to study it in the 24 outbreaks that have occurred. And in fact, we've actually had vaccine candidates available now for more than a decade. Why is that those vaccines are just going into clinical trials now?
Mas espere um segundo, por quê isso? Nós sabemos sobre o Ebola desde 1976. Nós sabemos sobre o que ele é capaz. Nós tivemos ampla chance para estudá-lo nos 24 surtos que ocorreram. E de fato, nós na verdade temos candidatos a vacinas disponíveis por mais de uma década. Por que então essas vacinas só estão indo para teste clínico agora?
This goes to the fundamental problem we have with vaccine development for infectious diseases. It goes something like this: The people most at risk for these diseases are also the ones least able to pay for vaccines. This leaves little in the way of market incentives for manufacturers to develop vaccines, unless there are large numbers of people who are at risk in wealthy countries. It's simply too commercially risky.
Isso mostra o problema fundamental que temos com o desenvolvimento de vacinas para doenças infecciosas. Acontece mais ou menos assim: As pessoas mais expostas ao risco dessas doenças também são as menos capazes de pagar por estas vacinas. Isso deixa pouco caminho para incentivos de mercado para fabricantes desenvolverem vacinas, a não ser que haja um grande número de pessoas em risco em países ricos. É comercialmente muito arriscado.
As for Ebola, there is absolutely no market at all, so the only reason we have two vaccines in late-stage clinical trials now, is actually because of a somewhat misguided fear. Ebola was relatively ignored until September 11 and the anthrax attacks, when all of a sudden, people perceived Ebola as, potentially, a bioterrorism weapon.
E para o Ebola, não há absolutamente mercado nenhum, então o único motivo de termos duas vacinas na fase final do teste clínico, é na verdade, um medo relativamente equivocado. O Ebola foi bastante ignorado até o 11 de Setembro e os ataques de anthrax, quando, de repente, as pessoas perceberam o Ebola como uma arma de bioterrorismo em potencial.
Why is it that the Ebola vaccine wasn't fully developed at this point? Well, partially, because it was really difficult -- or thought to be difficult -- to weaponize the virus, but mainly because of the financial risk in developing it. And this is really the point. The sad reality is, we develop vaccines not based upon the risk the pathogen poses to people, but on how economically risky it is to develop these vaccines. Vaccine development is expensive and complicated. It can cost hundreds of millions of dollars to take even a well-known antigen and turn it into a viable vaccine.
Por que a vacina do Ebola não estava completamente desenvolvida nesse ponto? Bom, parcialmente porque era realmente difícil, ou pensado ser difícil, de tornar o vírus uma arma, mas principalmente por causa do risco financeiro em desenvolvê-la. E esse é verdadeiramente o ponto. A triste realidade é que, desenvolvemos vacinas não pelo risco patogênico às pessoas, mas pelo risco económico de desenvolver estas vacinas. Desenvolver uma vacina é caro e complicado. Pode custar centenas de milhares de dólares pegar um antígeno bem conhecido e torná-lo em uma vacina viável.
Fortunately for diseases like Ebola, there are things we can do to remove some of these barriers. The first is to recognize when there's a complete market failure. In that case, if we want vaccines, we have to provide incentives or some type of subsidy. We also need to do a better job at being able to figure out which are the diseases that most threaten us. By creating capabilities within countries, we then create the ability for those countries to create epidemiological and laboratory networks which are capable of collecting and categorizing these pathogens. The data from that then can be used to understand the geographic and genetic diversity, which then can be used to help us understand how these are being changed immunologically, and what type of reactions they promote.
Felizmente para doenças como o Ebola, há coisas que podemos fazer para eliminar algumas dessas barreiras. A primeira é reconhecer quando há uma completa falha do mercado. Nesse caso, se queremos vacinas, temos que fornecer incentivos ou alguma forma de subsídio. Também temos de melhorar em ser capazes de perceber quais são as doenças que mais nos ameaçam. Gerando capacidades dentro dos países, nós criamos então, a habilidade destes países produzirem redes epidemiológicas e laboratoriais capazes de coletar e categorizar estes patogênicos. Os dados então podem ser usados para entender a diversidade geográfica e genética, que pode ser usada para nos ajudar a entender como estes foram alterados imunologicamente, e que tipo de reações eles desenvolveram.
So these are the things that can be done, but to do this, if we want to deal with a complete market failure, we have to change the way we view and prevent infectious diseases. We have to stop waiting until we see evidence of a disease becoming a global threat before we consider it as one. So, for Ebola, the paranoid fear of an infectious disease, followed by a few cases transported to wealthy countries, led the global community to come together, and with the work of dedicated vaccine companies, we now have these: Two Ebola vaccines in efficacy trials in the Ebola countries --
Estas são coisas que podem ser feitas, mas para fazer isso, se temos que lidar com uma falha completa de mercado, temos que mudar a maneira que enxergamos e que prevenimos as doenças infecciosas. Temos que parar de esperar até que enxerguemos a evidência da doença se tornar uma ameaça global antes de considerá-la como uma. Então, para o Ebola, o medo paranoico da doença infecciosa, seguido de alguns casos transportados para países ricos, levou a comunidade global a se unir, e com o trabalho de empresas dedicadas, que produzem vacinas, nós agora temos isso: Duas vacinas do Ebola em triagem de eficácia nos países com Ebola...
(Applause)
(Aplausos)
and a pipeline of vaccines that are following behind.
e outras vacinas que virão a seguir.
Every year, we spend billions of dollars, keeping a fleet of nuclear submarines permanently patrolling the oceans to protect us from a threat that almost certainly will never happen. And yet, we spend virtually nothing to prevent something as tangible and evolutionarily certain as epidemic infectious diseases. And make no mistake about it -- it's not a question of "if," but "when." These bugs are going to continue to evolve and they're going to threaten the world. And vaccines are our best defense. So if we want to be able to prevent epidemics like Ebola, we need to take on the risk of investing in vaccine development and in stockpile creation. And we need to view this, then, as the ultimate deterrent -- something we make sure is available, but at the same time, praying we never have to use it.
Todo ano, gastamos bilhões de dólares, mantendo uma frota de submarinos nucleares permanentemente patrulhando os oceanos para nos proteger de uma ameaça que talvez certamente nunca aconteça. E ainda assim, gastamos praticamente nada para prevenir algo tão tangível e evolucionariamente certo como as epidemias de doenças infecciosas. E não se engane sobre isso. Não é uma questão de "se", mas de "quando". Estas doenças continuarão a evoluir e elas irão ameaçar o mundo. E as vacinas são nossa melhor defesa. Então, para sermos capazes de prevenir epidemias como o Ebola, nós precisamos assumir o risco de investir no desenvolvimento de vacinas e na criação de estoque. E temos que ver isso, então, como a dissuasão definitiva, algo que temos certeza que está disponível mas ao mesmo tempo, rezando para que nunca tenhamos de usar.
Thank you.
Obrigado.
(Applause)
(Aplausos)