I want to argue to you that in fact, politics and religion, which are the two primary factors -- not the sole, but overwhelmingly, the primary factors -- which are driving towards a war which looks extremely likely -- bordering on the inevitable at this point, whether one is in favor of that or not -- that politics and religion are, in fact, themselves better conceptualized as kinds of technology, and subject to kinds of questions that we regularly consider in the space of conceptual design.
Eu quero argumentar que, de fato, política e religião, que são os dois fatores principais -- não os únicos, mas, flagrantemente, os fatores primários -- que estão nos conduzindo a uma guerra que parece extremamente provável -- quase inevitável, a esta altura, independentemente de ser a favor dela ou não -- que política e religião são, de fato, elas mesmas mais bem conceitualizadas como formas de tecnologia, e sujeitas aos tipos de questões que normalmente consideramos no campo do design conceitual
Here's what I mean. Politics and -- let's focus on the political system in particular question here, which is the system of democracy. Democracy, as a type of politics, is a technology for the control and deployment of power. You can deploy power in a wide range of ways. The famous ones -- despotism is a good one; anarchy is a way to not deploy the power in any organized way, to do it in a radically diffused fashion; and democracy is a set of technologies, which have the effect of, in principle, diffusing the power source to a large number of people and then re-concentrating it in a smaller group of people who govern, and who themselves are, in principle, authorized to govern by virtue of what the broader public has done.
Quero dizer. Politica e -- vamos focalizar o sistema politico nesta questão específica, que é o sistema democrático. Democracia, como uma espécie de política, é uma tecnologia para o controle e emprego do poder. Você pode desenvolver o poder em uma ampla variedade de formas. Entre as famosas, despotismo é um bom exemplo. Anarquia é uma froma de não distribuir o poder de forma organizada, de fazer isto de forma radicalmente difusa. E democracia é um conjunto de tecnologias, que tem o efeito de, em principio, difundir a fonte de poder para um grande número de pessoas e então reconcentrar este poder em um pequeno grupo de pessoas que governam, e estas estão, em principio, autorizadas a governar em virtude do que grande público fez.
Now, consider religion -- in this case Islam, which is the religion that, in some direct sense, can be said to be precipitating what we're about to enter. Let me say parenthetically why I think that's the case, because I think it's a potentially controversial statement. I would put it in the following equation: no 9/11, no war. At the beginning of the Bush administration, when President Bush, now President Bush, was running for president, he made it very clear that he was not interested in intervening broadly in the world. In fact, the trend was for disengagement with the rest of the world. That's why we heard about the backing away from the Kyoto protocol, for example. After 9/11, the tables were turned. And the president decided, with his advisors, to undertake some kind of an active intervention in the world around us. That began with Afghanistan, and when Afghanistan went extremely smoothly and quickly, a decision was made through the technology of democracy -- again, notice, not a perfect technology -- but through the technology of democracy that this administration was going to push in the direction of another war -- this time, a war in Iraq.
Agora, considere a religião -- neste caso o Islamismo, que é a religião da qual, de certa forma direta, pode-se dizer que está precipitando o que está a ponto de começar. Deixem-me dizer claramente porque penso que isso aconteça porque acho que este é uma afirmação potencialmente controversa. Eu colocaria isto da seguinte forma: sem 11 de setembro, não haveria guerra. No inicio da administração Bush, quando o Presidente Bush, que agora é o Presidente Bush, estava concorrendo à presidência, ele deixou bem claro que não estava interessado em intervir amplamente no mundo. De fato, a ídeia era de desvinculação com o resto do mundo. Por isto escutamos sobre a recusa com relação ao protocolo de Kyoto, por exemplo. Depois de 11/9, tudo virou de pernas para o ar. E o presidente decidiu junto a seus acessores, assumir um tipo de intervenção ativa no mundo a nosso redor. Isso começou pelo Afeganistão, e quando no Afeganistão as coisas correram de forma rápida e tranquila, uma decisão foi tomada através da tecnologia da democracia -- novamente, notem, não é uma perfeita tecnologia -- mas pela tecnologia da democracia. que essa administração iria avançar em direção a uma nova guerra. Desta vez uma guerra no Iraque.
Now, the reason I begin by saying "no 9/11, no war" is that we have to acknowledge that Islam, as interpreted by a very, very small, extremely radical group of people, was a precipitating cause of the 9/11 attacks -- the precipitating cause of the 9/11 attacks -- and as a consequence, at one degree of remove, the precipitating cause of the coming war that we're about to be engaged in. And I would add that bin Laden and his followers are consciously devoted to the goal of creating a conflict between democracy, or at least capitalist democracy, on the one hand, and the world of Islam as they see and define it.
Agora, a razão pela qual eu comecei dizendo sem 11/9 não haveria guerra é que precisamos reconhecer que o Islamismo, conforme ele é entendido por um pequeno, muito pequeno, grupo de pessoas extremamente radicais, foi a causa que precipitou os ataques de 11/9 -- a causa que precipitou os ataques de 11/9 -- e como consequencia, num segundo momento, a causa que precipitou a guerra na qual iríamos nos engajar. E eu gostaria de mencionar ainda que Bin Laden e seus seguidores são devotos conscientes do objetivo de criar um conflito entre a democracia, ou pelo menos a democracia capitalista, de um lado, e o mundo do Islamismo como eles o veêm e definem.
Now, how is Islam a technology in this conceptual apparatus? Well, it's a technology for, first, salvation in its most basic sense. It's meant to be a mechanism for construing the universe in a way that will bring about the salvation of the individual believer, but it's also meant by the Islamists -- and I use that term to mean people who believe that Islam -- they follow the slogan, Islam is the answer to a wide range of questions, whether they're social, or political, or personal, or spiritual. Within the sphere of people who have that view, and it's a large number of people in the Muslim world who disagree with bin Laden in his application, but agree that Islam is the answer. Islam represents a way of engaging the world through which one can achieve certain desirable goals. And the goals from the perspective of Muslims are, in principle, peace, justice and equality, but on terms that correspond to traditional Muslim teachings.
Agora, como pode o Islamismo ser uma forma de tecnologia neste modelo conceitual? Bem, é uma tecnologia, a principio, para a salvação na sua forma básica. Ele pretende ser um mecanismo para construir o universo de forma que venha trazer a salvação para o crente individual, mas isso também significa também para os Islamitas -- e uso este termo para designar as pessoas que acreditam no Islamismo -- eles seguem o slogan, "O Islamismo é a resposta para um grande gama de questões, quer sejam elas sociais, ou políticas, ou pessoais, ou espirituais." Dentro da esfera das pessoas que tem esta visão, e há um grande número de pessoas no mundo Muçulmano que discordam de bin Laden em sua causa, mas acreditam que o Islamismo é a resposta. O Islamismo representa uma forma de encarar o mundo pelo qual uma pessoa pode alcançar os objetivos que deseja. E os objetivos na perspectiva dos Muçulmanos são, em principio, paz, justiça e igualdade, mas em termos que correspondem aos ensinamentos muçulmanos tradicionais.
Now, I don't want to leave a misimpression by identifying either of these propositions -- rather, either of these phenomena, democracy or Islam -- as technologies. I don't want to suggest that they are a single thing that you can point to. And I think a good way to prove this is simply to demonstrate to you what my thought process was when deciding what to put on the wall behind me when I spoke. And I ran immediately into a conceptual problem: you can't show a picture of democracy. You can show a slogan, or a symbol, or a sign that stands for democracy. You can show the Capitol -- I had the same problem when I was designing the cover of my forthcoming book, in fact -- what do you put on the cover to show democracy? And the same problem with respect to Islam. You can show a mosque, or you can show worshippers, but there's not a straightforward way of depicting Islam. That's because these are the kinds of concepts that are not susceptible to easy representation.
Agora, não quero ser mal interpretado por identificar qualquer destas proprosições -- menos ainda qualquer destes fenomenos, democracia ou Islamismo, como tecnologias. Não quero sugerir que sejam uma cooisa única que se possa apontar. E creio que uma boa forma de provar isto é simplesmente demonstrar a vocês qual foi meu processo de raciocínio enquanto decidia o que colocar na parade atras de mim enquanto falo. Então eu cheguei imediatamente a um problema conceitual -- você não pode mostrar uma foto da democracia. Você pode mostrar um slogan, ou um simbolo, ou um sinal que represente a democracia. Você pode mostrar o Capitolio -- Tive o mesmo problema enquanto desenvolvia a capa de meu livro a ser publicado, de fato -- o que você colocaria na capa para mostrar democracia? E há o mesmo problema a respeito do Islamismo. Você pode mostrar uma mesquita, ou pode mostrar adoradores, mas não há um forma direta de mostrar o Islamismo. Porque estes são os tipos de conceitos que não são suscetíveis de representação fácil.
Now, it follows from that, that they're deeply contestable. It follows from that that all of the people in the world who say that they are Muslims can, in principle, subscribe to a wide range of different interpretations of what Islam really is, and the same is true of democracy. In other words, unlike the word hope, which one could look up in a dictionary and derive origins for, and, perhaps, reach some kind of a consensual use analysis, these are essentially contested concepts. They're ideas about which people disagree in the deepest possible sense. And as a consequence of this disagreement, it's very, very difficult for anyone to say, "I have the right version of Islam." You know, post-9/11, we were treated to the amazing phenomenon of George W. Bush saying, "Islam means peace." Well, so says George W. Bush. Other people would say it means something else. Some people would say that Islam means submission. Other people would say it means an acknowledgement or recognition of God's sovereignty. There are a wide range of different things that Islam can mean. And ostensibly, the same is true of democracy. Some people say that democracy consists basically in elections. Other people say no, that's not enough, there have to be basic liberal rights: free speech, free press, equality of citizens. These are contested points, and it's impossible to answer them by saying, "Ah ha, I looked in the right place, and I found out what these concepts mean."
Agora, nesta mesma linha, eles são profundamente contestáveis. De forma que todas as pessoas no mundo que dizem ser muçulmanos podem, em principio, adotar uma vasta gama de diferentes interpretações do que o Islamismo realmente é, e o mesmo se aplica a democracia. Em outras palavras, diferente da palavra "esperança", que se pode procurar no dicionário e encontrar significados, e, talvez, encontrar algum tipo de análise de uso consensual, estes são essencialmente conceitos contestáveis. São ideias sobre as quais as pessoas discordam do modo mais profundo que é possível. E, como consequencia deste desacordo, é muito, muito difícil para qualquer um dizer, "Eu tenho a versão correta do Islamismo." Sabem, após 11/9, éramos apresentados ao impressionante fenômeno que era George W. Bush dizendo, "Islamismo significa paz." Bem, assim disse George W. Bush. Outras pessoas diriam que isto tem outro significado. Outras diriam ainda que Islamismo significa submissão. Outras que significa um aprendizado ou reconhecimento da soberania divina. Há uma vasta gama de diferentes coisas que o Islamismo pode significar. E ostensivamente, o mesmo se aplica a democracia. Alguns diriam que a democracia consiste basicamente em eleições. Outros dizem não, isto não é o bastante, devem haver direitos liberais básicos, liberdade de expressão, imprensa livre, igualdade entre os cidadãos. Estes são pontos contestáveis, e é impossível respondê-los dizendo, Ah ha, eu procurei no lugar certo e encontrei o significado destes conceitos."
Now, if Islam and democracy are at present in a moment of great confrontation, what does that mean? Well, you could fit it into a range of different interpretative frameworks. You could begin with the one that we began with a couple of days ago, which was fear. Fear is not an implausible reaction with a war just around the corner and with a very, very high likelihood that many, many people are going to die as a consequence of this confrontation -- a confrontation which many, many people in the Muslim world do not want, many, many people in the American democracy do not want, many people elsewhere in the world do not want, but which nonetheless is favored by a large enough number of people -- at least in the relevant space, which is the United States -- to actually go forward. So fear is not a crazy response at all. And I think that that's, in fact, probably the first appropriate response.
Agora, se Islamismo e democracia estão presentes num momento de grande confrontação, o que isto significa? Bem, você poderia colocar isso em diferentes esquemas interpretativos. Você poderia começar com um pelo qual passamos há alguns dias atrás, que foi o medo. Medo não é uma reação reprovável quando há uma guerra acontecendo e com uma probabilidade muito, muito grande de que muitas, muitas pessoas irão morrer como consequencia deste confronto -- um confronto que muitas, muitas pessoas no mundo muçulmano não querem, muitas, muitas pessoas na democracia americana não querem, muitas pessoas em qualquer outro lugar do mundo não querem, mas que todavia é favorecido por um número suficientemente grande de pessoas -- ao menos no lugar onde importa, que são os Estados Unidos -- para de fato prosseguir. Então medo não é um resposta louca de modo algum. E penso eu que isso seja, de fato, provavelmente a primeira resposta apropriada.
What I want to suggest to you, though, in the next couple of minutes is that there's also a hopeful response to this. And the hopeful response derives from recognizing that Islam and democracy are technologies. And by virtue of being technologies, they're manipulable. And they're manipulable in ways that can produce some extremely positive outcomes. What do I have in mind? Well, all over the Muslim world there are people who take Islam deeply seriously, people who care about Islam, for whom it's a source either of faith, or of civilization, or of deep values, or just a source of powerful personal identity, who think and are saying loudly that Islam and democracy are in fact not in conflict, but are in fact deeply compatible. And these Muslims -- and it's the vast majority of Muslims -- disagree profoundly with bin Laden's approach, profoundly. And they furthermore think overwhelmingly -- again one can't speak of every person, but overwhelmingly, and one can find this by reading any of the sources that they have produced, and they're all over the Internet and in all sorts of languages -- one can see that they're saying that their concern in their own countries is primarily to free up themselves to have choice in the spheres of personal life, in the sphere of economics, in the sphere of politics, and, yes, in the sphere of religion, which is itself closely regulated in most of the Muslim world.
O que quero sugerir a vocês, porém, no proximos minutos é que há também um resposta esperançosa para isto. E a resposta esperançosa deriva de reconhecer que o Islamismo e a democracia são tecnologias. E em virtude de serem tecnologias, são manipuláveis. E são manipuláveis de formas que possam produzir resultados extremamente positivos. O quero dizer com isto? Bem, por todo o mundo muçulmano há pessoas que levam o Islamismo profundamente a sério, pessoas que se importam com o Islamismo, para as quais ele é uma fonte de fé, de civilização, de valores profundos, ou simplesmente uma fonte de poderosa identidade pessoal, que pensam e afirmam que o Islamismo e a democracia não estão de fato em conflito, mas são profundamente compatíveis. E estes muçulmanos -- e é a grande maioria dos muçulmanos, discordam profundamente com a metodologia de bin Laden, profundamente. E além disso pensam ostensivamente -- novamente ninguem pode falar por todos, mas ostensivamente, e todos podem descobri-lo lendo qualquer publicação que eles tenham produzido, e elas estão por toda a internet em todo tipo de idioma -- todos podem constatar o que eles tem a dizer que sua preocupação em seus proprios países é primariamente de libertarem-se a si mesmos. de terem escolhas nas esferas de vida privada, na esfera da economia, na esfera da política, e, sim, na esfera da religião que é por si mesma rigorosamente regulada na maioria do mundo muçulmano.
And many of these Muslims further say that their disagreement with the United States is that it, in the past and still in the present, has sided with autocratic rulers in the Muslim world in order to promote America's short-term interests. Now, during the Cold War, that may have been a defensible position for the United States to take. That's an academic question. It may be that there was a great war to be fought between West and East, and it was necessary on the axis of democracy against communism. And it was necessary in some way for these to contradict each other, and as a consequence you have to make friends wherever you can get them. But now that the Cold War is over, there's nearly universal consensus in the Muslim world -- and pretty close to the same here in the United States, if you talk to people and ask them -- that in principle, there's no reason that democracy and Islam cannot co-exist. And we see this among activist, practical Muslims, like the Muslims who are presently the elected, parliamentary, democratic government of Turkey, who are behaving pragmatically, not ideologically, who are promoting their own religious values, who are elected by their own people because they were perceived as honest and sincere because of their religious values, but who do not think that Islam and a democratic system of governance are fundamentally incompatible.
E muitos destes muçulmanos dirão que seu disacordo com os Estados Unidos é que, no passado e ainda no presente, estes se posicionaram ao lado de governantes autocratas no mundo muçulmano de forma a promover os interesses americanos de curto prazo. Bem, durante a Guerra Fria, isso pode ter sido uma posição defensável por parte dos Estamos Unidos. Há uma questão acadêmica. Pode ser que tenha havido uma grande guerra a ser lutada entre Leste e Oeste, e que isto tenha sido necessário para o eixo da democracia contra o comunismo. E que tenha sido necessário de alguma forma que um lado contestasse o outro, e como consequencia fosse necessário fazer amigos onde quer que se pudesse encontrá-los. Mas agora que a Guerra Fria acabou, há um consenso quase universal no mundo muçulmano -- muito próximo do que acontece aqui nos Estados Unidos, se você conversar com as pessoas e perguntar-lhes, que, em principio, não há razão para que democracia e Islamismo não possam co-existir E podemos ver isto entre ativistas, muçulmanos praticantes, como os muçulmanos que atualmente estão eleitos, parlamentaristas, no democratico governo da Turquia, que se comportam de forma pragmática, não ideológica, que estão promovendo seus próprios valores religiosos, que são eleitos por seu próprio povo porque eles foram reconhecidos como honestos e sinceros em função de seus valores religiosos, mas que não pensam que o Islamismo e um sistema de governo democrático são fundamentalmente incompatíveis.
Now, you may say, but surely, what we've seen on television about Saudi Islam convinces us that it can't possibly be compatible with what we consider the core of democracy -- namely, free political choice, basic liberty and basic equality. But I'm here to tell you that technologies are more malleable than that. I'm here to tell you that many, many Muslims believe -- the vast majority, in fact -- in fact I think I would go so far as to say that many Muslims in Saudi Arabia believe that the core values of Islam, namely acknowledgement of God's sovereignty and basic human equality before God, are themselves compatible with liberty, equality and free political choice. And there are Muslims, many Muslims out there, who are saying precisely this. And they're making this argument wherever they're permitted to make it. But their governments, needless to say, are relatively threatened by this. And for the most part try to stop them from making this argument.
Agora, você dirá, mas certamente, o que vimos na televião sobre o Islamismo Saudita nos convence que ele não pode ser compatível com o que consideramos o núcleo da democracia, a saber, livre escolha política, liberdade e igualdade basicas. Mas estou aqui para lhes dizer que tecnologias são mais maleáveis que isto. Estou aqui para lhes dizer que muitos, muitos muçulmanos acreditam -- a grande maioria, de fato -- de fato eu chegaria a dizer que muitos muçulmanos na Arabia Saudita acreditam que o núcleo de valores do Islamismo, a saber, reconhecimento da soberania divina e igualdade humana perante a Deus. são eles mesmos compatíveis com liberdade, igualdade e livre escolha política. E há muçulmanos, muitos muçulmanos lá fora, que estão dizendo precisamente isto. E estão usando este argumento onde quer que sejam autorizados a fazê-lo. Mas seus governos, não é necessário dizer, são relativamente ameaçados por isto. E na maioria das vezes tentam impedi-los de usar este argumento.
So, for example, a group of young activists in Egypt try to form a party known as the Center Party, which advocated the compatibility of Islam and democracy. They weren't even allowed to form a party. They were actually blocked from even forming a party under the political system there. Why? Because they would have done extraordinarily well. In the most recent elections in the Muslim world -- which are those in Pakistan, those in Morocco and those in Turkey -- in each case, people who present themselves to the electorate as Islamic democrats were far and away the most successful vote-getters every place they were allowed to run freely. So in Morocco, for example, they finished third in the political race but they were only allowed to contest half the seats. So had they contested a larger number of the seats, they would have done even better. Now what I want to suggest to you is that the reason for hope in this case is that we are on the edge of a real transformation in the Muslim world. And that's a transformation in which many sincerely believing Muslims -- who care very, very deeply about their traditions, who do not want to compromise those values -- believe, through the malleability of the technology of democracy and the malleability and synthetic capability of the technology of Islam, that these two ideas can work together.
Entao, por exemplo, um grupo de jovens ativistas no Egito tentam formar um grupo conhecido por Partido Central, que advogou a compatibilidade do Islamismo e da democracia. Eles não foram autorizados a formar o partido. Eles foram na verdade proibidos de formar um partido qualquer no sistema político de lá. Por que? Porque eles se sairiam extraordinariamente bem. Nas mais recentes eleições do mundo muçulmano -- que foram aquelas no Paquistão, aquelas no Marrocos e aquelas na Turquia -- em cada caso, pessoas que se apresentaram ao eleitorado como democratas Islamicos foram de longe os mais bem votados em todo lugar onde foram autorizados a concorrerem livremente. Em Marrocos, por exemplo, eles terminaram em terceiro na disputa política mas só foram autorizados a concorrerem para a metade das cadeiras. Se tivessem concorrido a um número maior de cadeiras, teriam feito ainda melhor. Agora, o que quero sugerir a vocês, é que a razão para esperança neste caso é que estamos no limiar de uma real transformação no mundo muçulmano. E é uma transformação na qual muitos crentes muçulmanos sinceros -- que se importam muito, muito profundamente com suas tradições, que não querem comprometer seus valores -- acreditam, através da maleabilidade da tecnologia da democracia e da maleabilidade e capacidade sintética da tecnologia do Islamismo, que estas duas idéias podem funcionar em conjunto.
Now what would that look like? What does it mean to say that there's an Islamic democracy? Well, one thing is, it's not going to look identical to democracy as we know it in the United States. That may be a good thing, in light of some of the criticisms we've heard today -- for example, in the regulatory context -- of what democracy produces. It will also not look exactly the way either the people in this room, or Muslims out in the rest of the world -- I don't mean to imply there aren't Muslims here, there probably are -- conceptualize Islam. It will be transformative of Islam as well. And as a result of this convergence, this synthetic attempt to make sense of these two ideas together, there's a real possibility that, instead of a clash of Islamic civilization -- if there is such a thing -- and democratic civilization -- if there is such a thing -- we'll in fact have close compatibility.
E então, como seria isso? O que significa dizer que existe uma democracia Islamica? Bem, uma coisa é certa, não irá parecer idêntica à democracia como nós a conhecemos nos Estados Unidos. O que pode vir a ser algo bom, à luz de algumas criticas que escutamos hoje em dia, por exemplo, no contexto regulatório do que a democracia produz. E não se parecerá exatamente com a forma com que qualquer pessoa nesta sala, ou os muçulmanos mundo afora -- e não quero dar a entender que não há muçulmanos aqui, provavelmente há -- conceitualizam o Islamismo. E será transformador para o Islamismo também. E como resultado desta convergencia, esta tentativa de sintetizar o que faz sentido para estas duas ideias simultaneamente, há uma real possiblidade de que, ao invés de um enfrentamento da civilização islamica -- se há algo deste tipo -- e a civilização democratica -- se há algo assim -- terão de fato boa compatibilidade.
Now, I began with the war because it's the elephant in the room, and you can't pretend that there isn't about to be a war if you're talking about these issues. The war has tremendous risks for the model that I'm describing because it's very possible that as a consequence of a war, many Muslims will conclude that the United States is not the kind of place that they want to emulate with respect to its forms of political government. On the other hand, there's a further possibility that many Americans, swept up in the fever of a war, will say, and feel, and think that Islam is the enemy somehow -- that Islam ought to be construed as the enemy. And even though, for political tactical reasons, the president has been very, very good about saying that Islam is not the enemy, nonetheless, there's a natural impulse when one enters war to think of the other side as an enemy. And one furthermore has the impulse to generalize, as much as possible, in defining who that enemy is. So the risks are very great.
Agora, eu comecei falando da guerra porque ela é o elefante na sala, e você não pode fingir que não está para haver uma guerra, quando se está falando destas questões. A guerra possui riscos tremendos para o modelo que estou descrevendo porque é bem possível que como consequencia de uma guerra, muitos muçulmanos irão concluir que os Estados Unidos não são o tipo de lugar que eles irão querer como modelo em relação a suas formas de política governamental. Por outro lado, há ainda a possibilidade de que muitos americanos, tomados pela febre de uma guerra, dirão, e sentirão, e pensarão que o Islamismo é o inimigo -- que o Islamismo deve ser interpretado como sendo o inimigo. E ainda, por razões tático-políticas, o presidente vem sendo muito, muito correto por dizer que o Islamismo não é o inimigo, todavia, há um impulso natural quando se entra em guerra de pensar que o outro lado é um inimigo. E, além disto, tem-se o impluso de se generalizar, o máximo possível, a definição de quem é esse inimigo. Então os riscos são muito grandes.
On the other hand, the capacities for positive results in the aftermath of a war are also not to be underestimated, even by, and I would say especially by, people who are deeply skeptical about whether we should go to war in the first place. Those who oppose the war ought to realize that if a war happens, it cannot be the right strategy, either pragmatically, or spiritually, or morally, to say after the war, "Well, let's let it all run itself out, and play out however it wants to play out, because we opposed the war in the first place." That's not the way human circumstances operate. You face the circumstances you have in front of you and you go forward.
Por outro lado, as capacidades de resultados positivos ao fim de um guerra não devem ser subestimadas, mesmo que por, e eu diria especialmente por pessoas que estão profundamente céticas sobre se deveriamos ir a guerra para início de conversa. Aqueles que se opõem à guerra devem reconhecer que, no caso deacontecer uma guerra, não pode ser uma estratégia correta, mesmo que pragmaticamente, ou espiritualmente, ou moralmente, dizer após a guerra, "Bem, vamos ver como as coisas vão, e fazer o que tenha de ser feito, porque nos opusemos a guerra desde o início." Não é desta forma que operam as circunstancias humanas. Você encara as circunstancias a sua frente e você segue.
Well, what I'm here to say then is, for people who are skeptical about the war, it's especially important to recognize that in the aftermath of the war there is a possibility for the government of the United States and the Muslim peoples with whom it interacts to create real forms of government that are truly democratic and also truly Islamic. And it is crucial -- it is crucial in a practical, activist way -- for people who care about these issues to make sure that within the technology of democracy, in this system, they exercise their preferences, their choices and their voices to encourage that outcome. That's a hopeful message, but it's a message that's hopeful only if you understand it as incurring serious obligation for all of us. And I think that we are capable of taking on that obligation, but only if we put what we can into it. And if we do, then I don't think that the hope will be unwarranted altogether.
Bem, o que estou querendo dizer é que, para pessoas que são céticas sobre a guerra, é especialmente importante reconhecer que no fim desta guerra há uma possiblidade de o governo dos Estados Unidos e os povos muçulmanos com os quais ele interage criem formas reais de governo que sejam verdadeiramente democraticas e ao mesmo tempo verdadeiramente Islamicas. E é crucial, é crucial de forma prática, de forma ativista, para as pessoas que se importam com estes assuntos se assegurarem de que, dentro da tecnologia da democracia, neste sistema, elas exerçam suas preferencias, suas escolhas e suas vozes para encorajar o que está por vir. Há uma mensagem de esperança, mas que só traz esperança se você entende que ela traz sérias obrigações para todos nós. E eu penso que somos capazes de assumir esta obrigação, mas apenas se nos esforçarmos para isto. E se o fizermos, então eu não penso que a esperança será despropositada.
Thanks.
Obrigado.