You probably don't know me, but I am one of those .01 percenters that you hear about and read about, and I am by any reasonable definition a plutocrat. And tonight, what I would like to do is speak directly to other plutocrats, to my people, because it feels like it's time for us all to have a chat. Like most plutocrats, I too am a proud and unapologetic capitalist. I have founded, cofounded or funded over 30 companies across a range of industries. I was the first non-family investor in Amazon.com. I cofounded a company called aQuantive that we sold to Microsoft for 6.4 billion dollars. My friends and I, we own a bank. I tell you this — (Laughter) — unbelievable, right?
Vocês provavelmente não me conhecem mas eu sou um dos 0,01% sobre quem leem e ouvem falar. e sou, em termos razoáveis, um plutocrata. E esta noite, eu gostaria de falar diretamente a outros plutocratas, ao meu povo, porque parece que está na hora de termos uma conversa. Como a maioria dos plutocratas, eu sou um capitalista orgulhoso e sem remorso. Eu fundei, cofundei ou financiei mais de 30 empresas em várias áreas da indústria. Fui o primeiro investidor não-familiar da Amazon.com, cofundei uma empresa chamada aQuantive que vendemos à Microsoft por 6,4 bilhões de dólares. Meus amigos e eu temos um banco. - Eu digo isso... - (risos) Inacreditável, não?
I tell you this to show that my life is like most plutocrats. I have a broad perspective on capitalism and business, and I have been rewarded obscenely for that with a life that most of you all can't even imagine: multiple homes, a yacht, my own plane, etc., etc., etc. But let's be honest: I am not the smartest person you've ever met. I am certainly not the hardest working. I was a mediocre student. I'm not technical at all. I can't write a word of code. Truly, my success is the consequence of spectacular luck, of birth, of circumstance and of timing. But I am actually pretty good at a couple of things. One, I have an unusually high tolerance for risk, and the other is I have a good sense, a good intuition about what will happen in the future, and I think that that intuition about the future is the essence of good entrepreneurship.
Eu digo isso para mostrar que a minha vida é como a da maioria dos plutocratas. Eu tenho uma visão ampla do capitalismo e dos negócios, e fui obscenamente recompensado por isso, com uma vida que a maioria de vocês não pode nem imaginar: várias casas, um iate, meu próprio avião, etc., etc., etc. Mas sejamos honestos: eu não sou a pessoa mais esperta da Terra, com certeza não sou a mais esforçada, eu era um aluno medíocre, não sei ser técnico, não sei escrever uma linha de código. De fato, meu sucesso é o produto de uma sorte espetacular, de nascença, de circunstância e de momento. Mas eu sou muito bom em algumas coisas. Uma é que tenho uma tolerância anormalmente alta a correr riscos, e a outra é que tenho um bom sentido, uma boa intuição do que vai acontecer no futuro, e eu acho que essa intuição sobre o futuro é a essência do bom empreendedorismo.
So what do I see in our future today, you ask? I see pitchforks, as in angry mobs with pitchforks, because while people like us plutocrats are living beyond the dreams of avarice, the other 99 percent of our fellow citizens are falling farther and farther behind. In 1980, the top one percent of Americans shared about eight percent of national [income], while the bottom 50 percent of Americans shared 18 percent. Thirty years later, today, the top one percent shares over 20 percent of national [income], while the bottom 50 percent of Americans share 12 or 13. If the trend continues, the top one percent will share over 30 percent of national [income] in another 30 years, while the bottom 50 percent of Americans will share just six.
Então o que eu vejo no nosso futuro hoje, vocês perguntam? Eu vejo forcados, tipo multidões enfurecidas com tochas e forcados, porque enquanto pessoas como nós, plutocratas, estão vivendo além dos sonhos da ganância, os outros 99% dos nossos concidadãos estão ficando mais e mais para trás. Em 1980, o 1% mais rico dos Americanos concentrava em torno de 8% da riqueza nacional, enquanto que os 50% mais pobres concentravam 18%. Trinta anos depois, hoje, o 1% mais rico concentra mais de 20% da riqueza nacional enquanto que os 50% mais pobres concentram 12 ou 13%. Se esse padrão continuar, o 1% vai ter mais de 30% da riqueza nacional em 30 anos, enquanto que os 50% vão ter só 6%.
You see, the problem isn't that we have some inequality. Some inequality is necessary for a high-functioning capitalist democracy. The problem is that inequality is at historic highs today and it's getting worse every day. And if wealth, power, and income continue to concentrate at the very tippy top, our society will change from a capitalist democracy to a neo-feudalist rentier society like 18th-century France. That was France before the revolution and the mobs with the pitchforks.
Entendam, o problema não é que temos desigualdade. Um pouco de desigualdade é necessária para uma democracia capitalista eficiente. O problema é que a desigualdade está batendo recordes hoje em dia e está ficando pior a cada dia. E se a riqueza, o poder e a renda continuarem a se concentrar na pontinha de cima, nossa sociedade vai passar de uma democracia capitalista para uma sociedade rentista neofeudal como a França do século 18. Essa era, vocês sabem, a França antes da revolução e das multidões com forcados.
So I have a message for my fellow plutocrats and zillionaires and for anyone who lives in a gated bubble world: Wake up. Wake up. It cannot last. Because if we do not do something to fix the glaring economic inequities in our society, the pitchforks will come for us, for no free and open society can long sustain this kind of rising economic inequality. It has never happened. There are no examples. You show me a highly unequal society, and I will show you a police state or an uprising. The pitchforks will come for us if we do not address this. It's not a matter of if, it's when. And it will be terrible when they come for everyone, but particularly for people like us plutocrats.
Tenho uma mensagem para meus companheiros plutocratas e zilionários e para qualquer um que mora numa bolha com portaria: Acordem. Acordem, que isso não pode durar. Porque se não fizermos alguma coisa para consertar as gritantes desigualdades econômicas da sociedade, os forcados vão vir atrás de nós, pois nenhuma sociedade livre e aberta pode manter esse tipo de desigualdade por muito tempo. Nunca aconteceu. Não existem exemplos. Me mostre uma sociedade altamente desigual e eu vou te mostrar um estado policial ou uma insurreição. Os forcados vão vir atrás de nós se não dermos um jeito nisso. Não é um "se", é um "quando". E vai ser horrível quando eles vierem para todos, mas particularmente para pessoas como nós plutocratas.
I know I must sound like some liberal do-gooder. I'm not. I'm not making a moral argument that economic inequality is wrong. What I am arguing is that rising economic inequality is stupid and ultimately self-defeating. Rising inequality doesn't just increase our risks from pitchforks, but it's also terrible for business too. So the model for us rich guys should be Henry Ford. When Ford famously introduced the $5 day, which was twice the prevailing wage at the time, he didn't just increase the productivity of his factories, he converted exploited autoworkers who were poor into a thriving middle class who could now afford to buy the products that they made. Ford intuited what we now know is true, that an economy is best understood as an ecosystem and characterized by the same kinds of feedback loops you find in a natural ecosystem, a feedback loop between customers and businesses. Raising wages increases demand, which increases hiring, which in turn increases wages and demand and profits, and that virtuous cycle of increasing prosperity is precisely what is missing from today's economic recovery.
Eu sei que devo parecer um bom samaritano liberal. Mas não sou. Não estou usando um argumento moral de que a desigualdade econômica é errada. O que eu estou argumentando é que a desigualdade crescente é burra e inevitavelmente autodestrutiva. A desigualdade crescente não só aumenta o risco de forcados, mas também é péssima para os negócios. Então o modelo para nós, ricos, deve ser Henry Ford. Quando ele instituiu o famoso "dia de 5 dólares", que era o dobro do salário predominante na época, ele não apenas aumentou a produtividade de suas fábricas, ele transformou automotrizes explorados e pobres em uma próspera classe média que podia comprar os produtos que faziam. Ford adivinhou o que nós sabemos hoje, que uma economia é melhor vista como um ecossistema e caracterizada pelos mesmos ciclos de feedback encontrados em um ecossistema natural, um ciclo entre os clientes e os negociantes. Salários maiores criam uma demanda maior, que gera contratações, que faz aumentar os salários e a demanda e os lucros, e esse virtuoso círculo de prosperidade crescente é exatamente o que falta na recuperação econômica de hoje.
And this is why we need to put behind us the trickle-down policies that so dominate both political parties and embrace something I call middle-out economics. Middle-out economics rejects the neoclassical economic idea that economies are efficient, linear, mechanistic, that they tend towards equilibrium and fairness, and instead embraces the 21st-century idea that economies are complex, adaptive, ecosystemic, that they tend away from equilibrium and toward inequality, that they're not efficient at all but are effective if well managed. This 21st-century perspective allows you to clearly see that capitalism does not work by [efficiently] allocating existing resources. It works by [efficiently] creating new solutions to human problems. The genius of capitalism is that it is an evolutionary solution-finding system. It rewards people for solving other people's problems. The difference between a poor society and a rich society, obviously, is the degree to which that society has generated solutions in the form of products for its citizens. The sum of the solutions that we have in our society really is our prosperity, and this explains why companies like Google and Amazon and Microsoft and Apple and the entrepreneurs who created those companies have contributed so much to our nation's prosperity.
E é por isso que temos que deixar para trás as políticas de migalhas enraizadas em ambos os partidos e abraçar o que eu chamo de economia de classe média. A economia de classe média rejeita o pensamento econômico neoclássico de que economias são eficientes, lineares e mecanísticas, de que elas tendem ao equilíbrio e à justiça, e, no lugar, abraça a ideia do século 21 de que economias são complexas, adaptáveis, ecossistêmicas, de que elas tendem contra o equilíbrio e a favor da desigualdade, de que não são nem um pouco eficientes mas são eficazes se bem administradas. Essa perspectiva do século 21 permite ver claramente que o capitalismo não funciona alocando eficientemente recursos disponíveis. Ele funciona eficientemente criando novas soluções para os problemas humanos. A genialidade do capitalismo é que ele é um sistema evolucionário de criação de soluções. Ele recompensa as pessoas por resolver os problemas alheios. A diferença entre uma sociedade pobre e uma rica, é claro, é o grau no qual essa sociedade criou soluções na forma de produtos para seus cidadãos. A soma das soluções que temos em nossa sociedade é nossa prosperidade, e isso explica por que empresas como Google, Amazon Microsoft, Apple e os empreendedores que criaram essas empresas contribuíram tanto para a prosperidade da nossa nação.
This 21st-century perspective also makes clear that what we think of as economic growth is best understood as the rate at which we solve problems. But that rate is totally dependent upon how many problem solvers — diverse, able problem solvers — we have, and thus how many of our fellow citizens actively participate, both as entrepreneurs who can offer solutions, and as customers who consume them. But this maximizing participation thing doesn't happen by accident. It doesn't happen by itself. It requires effort and investment, which is why all highly prosperous capitalist democracies are characterized by massive investments in the middle class and the infrastructure that they depend on.
Essa perspectiva do século 21 também deixa claro que o que nós consideramos crescimento econômico é melhor entendido como o ritmo em que solucionamos problemas. Mas esse ritmo depende totalmente de quantos solucionadores, variados e capazes, nós temos, e assim quantos de nossos concidadãos participam ativamente, tanto como empreendedores que oferecem soluções quanto como clientes que as consomem. Mas essa maximização da participação não acontece por acidente, não acontece sozinha. Ela requer esforço e investimento, e é por isso que todas as democracias capitalistas altamente prósperas são caracterizadas por investimentos maciços na classe média e na infraestrutura da qual ela depende.
We plutocrats need to get this trickle-down economics thing behind us, this idea that the better we do, the better everyone else will do. It's not true. How could it be? I earn 1,000 times the median wage, but I do not buy 1,000 times as much stuff, do I? I actually bought two pairs of these pants, what my partner Mike calls my manager pants. I could have bought 2,000 pairs, but what would I do with them? (Laughter) How many haircuts can I get? How often can I go out to dinner? No matter how wealthy a few plutocrats get, we can never drive a great national economy. Only a thriving middle class can do that. There's nothing to be done, my plutocrat friends might say. Henry Ford was in a different time. Maybe we can't do some things. Maybe we can do some things. June 19, 2013, Bloomberg published an article I wrote called "The Capitalist’s Case for a $15 Minimum Wage." The good people at Forbes magazine, among my biggest admirers, called it "Nick Hanauer's near-insane proposal." And yet, just 350 days after that article was published, Seattle's Mayor Ed Murray signed into law an ordinance raising the minimum wage in Seattle to 15 dollars an hour, more than double what the prevailing federal $7.25 rate is. How did this happen, reasonable people might ask. It happened because a group of us reminded the middle class that they are the source of growth and prosperity in capitalist economies. We reminded them that when workers have more money, businesses have more customers, and need more employees. We reminded them that when businesses pay workers a living wage, taxpayers are relieved of the burden of funding the poverty programs like food stamps and medical assistance and rent assistance that those workers need. We reminded them that low-wage workers make terrible taxpayers, and that when you raise the minimum wage for all businesses, all businesses benefit yet all can compete.
Nós plutocratas temos que deixar essa economia de migalhas para trás, essa ideia de que quanto melhor nos dermos, melhor o resto do mundo vai se dar. Não é verdade. Como poderia ser? Eu ganho mil vezes o salário médio mas não compro mil vezes mais coisas, compro? Eu comprei dois pares dessas calças, que o meu parceiro Mike chama de "calças de gerente". Eu podia ter comprado duas mil calças, mas o que eu faria com elas? (Risos) Quantas vezes eu posso cortar o cabelo? Quantas vezes eu posso sair para jantar? Não importa quanto dinheiro alguns plutocratas ganhem, nós nunca vamos conseguir manter uma economia nacional forte. Só uma classe média próspera pode fazer isso. Não há nada a fazer, meus amigos plutocratas podem dizer, Henry Ford é de outra época. Talvez não possamos fazer algumas coisas. Talvez possamos fazer algumas coisas. Em 19 de Junho de 2013, a Bloomberg publicou um artigo meu chamado "O Argumento do Capitalista A Favor de Um Salário Mínimo de US$15". As ótimas pessoas da revista Forbes, alguns de meus maiores admiradores, o chamaram de "A insana proposta de Nick Hanauer" E mesmo assim, meros 350 dias após a publicação do artigo, Ed Murray, o prefeito de Seattle, sancionou a lei aumentando o salário mínimo na cidade para US$15 a hora, mais que o dobro do valor federal prevalente, US$7.25. "Como isso aconteceu?", pessoas sensatas podem perguntar. Aconteceu porque alguns de nós lembraram a classe média que eles são a fonte do crescimento e prosperidade nas economias capitalistas. Nós os lembramos que quando trabalhadores tem mais dinheiro, os comércios tem mais fregueses e precisam de mais empregados. Nós os lembramos que quando os empregadores pagam um salário digno, os contribuintes são aliviados do peso de financiar programas de assistência social como valerrefeições, assistência médica e assistência de aluguel de que os trabalhadores precisam. Lembramos eles que trabalhadores mal pagos são péssimos contribuintes, e que quando você aumenta o salário mínimo para todos os negócios, todos eles se beneficiam e mesmo assim todos podem competir.
Now the orthodox reaction, of course, is raising the minimum wage costs jobs. Right? Your politician's always echoing that trickle-down idea by saying things like, "Well, if you raise the price of employment, guess what happens? You get less of it."
Agora, a reação ortodoxa, é claro, é a de que aumentar o salário mínimo causa desemprego, certo? Seu candidato está sempre papagaiando essa ideia das migalhas ao dizer coisas como "Bom, se você aumentar o custo do emprego, adivinhe? Você tem menos emprego".
Are you sure? Because there's some contravening evidence. Since 1980, the wages of CEOs in our country have gone from about 30 times the median wage to 500 times. That's raising the price of employment. And yet, to my knowledge, I have never seen a company outsource its CEO's job, automate their job, export the job to China. In fact, we appear to be employing more CEOs and senior managers than ever before. So too for technology workers and financial services workers, who earn multiples of the median wage and yet we employ more and more of them, so clearly you can raise the price of employment and get more of it.
Você está certo disso? Porque há algumas provas do contrário. Desde 1980, os salários dos CEOs no nosso país foram de 30 vezes o salário médio para 500 vezes. Isso é aumentar o preço do emprego. E mesmo assim, pelo que eu sei, nunca uma empresa terceirizou o trabalho do CEO, o automatizou ou exportou para a China. Na verdade, parece que estamos empregando mais CEOs e gerentes seniores que nunca. Assim como especialistas em tecnologia e em serviços financeiros que ganham várias vezes o salário médio e mesmo assim empregamos cada vez mais deles, então claramente é possível aumentar o preço do emprego e ter mais dele.
I know that most people think that the $15 minimum wage is this insane, risky economic experiment. We disagree. We believe that the $15 minimum wage in Seattle is actually the continuation of a logical economic policy. It is allowing our city to kick your city's ass. Because, you see, Washington state already has the highest minimum wage of any state in the nation. We pay all workers $9.32, which is almost 30 percent more than the federal minimum of 7.25, but crucially, 427 percent more than the federal tipped minimum of 2.13. If trickle-down thinkers were right, then Washington state should have massive unemployment. Seattle should be sliding into the ocean. And yet, Seattle is the fastest-growing big city in the country. Washington state is generating small business jobs at a higher rate than any other major state in the nation. The restaurant business in Seattle? Booming. Why? Because the fundamental law of capitalism is, when workers have more money, businesses have more customers and need more workers. When restaurants pay restaurant workers enough so that even they can afford to eat in restaurants, that's not bad for the restaurant business. That's good for it, despite what some restaurateurs may tell you.
Eu sei que a maioria acha que o salário mínimo de US$15 é uma experiência econômica maluca e arriscada. Nós discordamos. Nós acreditamos que o mínimo de US$15 em Seattle é, na verdade, a continuação de uma política econômica lógica. Ele está permitindo que a nossa cidade arrebente com a sua. Porque, vejam, o estado de Washington já tem o maior salário mínimo dentre todos os estados do país. Nós pagamos US$9.32 a todos os trabalhadores que é quase 30% a mais que o mínimo federal de US$7.25, mas, crucialmente, 427% a mais que o mínimo federal para regimes de gorjeta, $2.13. Se os pensadores migalhas estivessem certos, Washington deveria ter um índice de desemprego gigantesco e Seattle deveria estar afundando no mar. E mesmo assim, Seattle é a metrópole que mais cresce no país. Washington gera empregos em pequenas empresas numa taxa maior que qualquer outro estado no país. O setor dos restaurantes em Seattle? Decolando. Por que? Porque a lei fundamental do capitalismo é quando trabalhadores têm mais dinheiro, os comércios tem mais fregueses e precisam de mais trabalhadores. Quando os restaurantes pagam os funcionários o suficiente para que eles próprios possam comer em restaurantes, isso não é ruim para o setor dos restaurantes. É bom para ele, apesar do que alguns donos podem dizer.
Is it more complicated than I'm making out? Of course it is. There are a lot of dynamics at play. But can we please stop insisting that if low-wage workers earn a little bit more, unemployment will skyrocket and the economy will collapse? There is no evidence for it. The most insidious thing about trickle-down economics is not the claim that if the rich get richer, everyone is better off. It is the claim made by those who oppose any increase in the minimum wage that if the poor get richer, that will be bad for the economy. This is nonsense. So can we please dispense with this rhetoric that says that rich guys like me and my plutocrat friends made our country? We plutocrats know, even if we don't like to admit it in public, that if we had been born somewhere else, not here in the United States, we might very well be just some dude standing barefoot by the side of a dirt road selling fruit. It's not that they don't have good entrepreneurs in other places, even very, very poor places. It's just that that's all that those entrepreneurs' customers can afford.
É mais complicado do que eu faço parecer? Claro que é. Existem várias dinâmicas em jogo. Mas será que podemos por favor parar de insistir que se os salários mais baixos aumentarem o desemprego vai à Lua e a economia vai falir? Não há provas disso. A coisa mais traiçoeira da economia de migalhas não é a ideia de que se os ricos ficarem mais ricos, todo mundo sai ganhando. É a ideia de quem se opõe a qualquer aumento no salário mínimo, de que se os pobres ficarem mais ricos, isso vai ser ruim para a economia. Isso é besteira. Então, será que podemos largar essa retórica de que caras ricos como eu e meus amigos plutocratas construíram nosso país? Nós plutocratas sabemos, mesmo que não gostemos de admitir, que se tivéssemos nascido em outro lugar e não aqui nos Estados Unidos, poderíamos muito bem ter sido só um cara de pé descalço vendendo frutas no acostamento. Não é que não existam bons empreendedores em outros lugares, mesmo lugares paupérrimos. É só que isso é tudo que a clientela desses empreendedores pode pagar.
So here's an idea for a new kind of economics, a new kind of politics that I call new capitalism. Let's acknowledge that capitalism beats the alternatives, but also that the more people we include, both as entrepreneurs and as customers, the better it works. Let's by all means shrink the size of government, but not by slashing the poverty programs, but by ensuring that workers are paid enough so that they actually don't need those programs. Let's invest enough in the middle class to make our economy fairer and more inclusive, and by fairer, more truly competitive, and by more truly competitive, more able to generate the solutions to human problems that are the true drivers of growth and prosperity. Capitalism is the greatest social technology ever invented for creating prosperity in human societies, if it is well managed, but capitalism, because of the fundamental multiplicative dynamics of complex systems, tends towards, inexorably, inequality, concentration and collapse. The work of democracies is to maximize the inclusion of the many in order to create prosperity, not to enable the few to accumulate money. Government does create prosperity and growth, by creating the conditions that allow both entrepreneurs and their customers to thrive. Balancing the power of capitalists like me and workers isn't bad for capitalism. It's essential to it. Programs like a reasonable minimum wage, affordable healthcare, paid sick leave, and the progressive taxation necessary to pay for the important infrastructure necessary for the middle class like education, R and D, these are indispensable tools shrewd capitalists should embrace to drive growth, because no one benefits from it like us.
Então, aqui vai uma ideia para um novo tipo de economia, um novo tipo de política, que eu chamo de Novo Capitalismo. Vamos reconhecer que o capitalismo é melhor que as alternativas, mas também que quanto mais pessoas incluirmos, tanto como empreendedores quanto como clientes, melhor é o resultado. Com certeza, vamos diminuir os gastos do governo, mas não prejudicando os programas de assistência, e sim garantindo que os empregados ganhem o suficiente para não precisarem deles. Vamos investir na classe média o bastante para tornar nossa economia mais justa e inclusiva, e, sendo mais justa, mais de fato competitiva e sendo mais competitiva, mais capaz de gerar as soluções para os problemas humanos que são as verdadeiras motrizes do crescimento e da prosperidade. O capitalismo é a melhor tecnologia social já inventada para criar prosperidade nas sociedades humanas, se for bem administrado, mas o capitalismo, devido às dinâmicas multiplicativas inerentes aos sistemas complexos, tende, inevitavelmente, à desigualdade, à concentração e ao colapso. A função das democracias é a de maximizar a inclusão do povo para gerar a prosperidade, não permitir que a elite acumule dinheiro. O governo de fato cria prosperidade e crescimento criando as condições que permitem que empreendedores e seus clientes prosperem. Equilibrar o poder de capitalistas como eu e trabalhadores não é ruim para o capitalismo, é essencial para ele. Programas como um salário mínimo decente, atendimento médico acessível, licença médica remunerada e a tributação progressiva necessária para custear a infraestrutura importante necessária para a classe média como educação, P&D, essas são ferramentas indispensáveis que capitalistas espertos deveriam abraçar para impelir o crescimento, pois ninguém se beneficia dele como nós.
Many economists would have you believe that their field is an objective science. I disagree, and I think that it is equally a tool that humans use to enforce and encode our social and moral preferences and prejudices about status and power, which is why plutocrats like me have always needed to find persuasive stories to tell everyone else about why our relative positions are morally righteous and good for everyone: like, we are indispensable, the job creators, and you are not; like, tax cuts for us create growth, but investments in you will balloon our debt and bankrupt our great country; that we matter; that you don't. For thousands of years, these stories were called divine right. Today, we have trickle-down economics. How obviously, transparently self-serving all of this is. We plutocrats need to see that the United States of America made us, not the other way around; that a thriving middle class is the source of prosperity in capitalist economies, not a consequence of it. And we should never forget that even the best of us in the worst of circumstances are barefoot by the side of a dirt road selling fruit.
Muitos economistas os fariam acreditar que o campo deles é uma ciência objetiva, Eu discordo, e acho que é tanto isso quanto uma ferramenta humana para fazer valer e programar nossas preferências e preconceitos sociais e morais sobre status e poder, e é por isso que plutocratas como eu sempre tiveram que encontrar histórias convincentes para dizer a todo mundo porque nossas posições relativas são moralmente corretas e boas para todos. Como: nós somos indispensáveis, os criadores de empregos, e vocês não; isenções fiscais para nós geram crescimento, mas investimentos em vocês vão inchar a dívida e levar nosso grande país à falência; que nós somos importantes; que vocês não são. Por milhares de anos, essas histórias foram chamadas de direito divino. Hoje, temos a economia de migalhas. Quão óbvio e transparentemente egoísta tudo isso é. Nós plutocratas temos que entender que os Estados Unidos nos fizeram, não o contrário; que uma classe média forte é a fonte da prosperidade numa economia capitalista, não uma consequência dela. E nunca deveríamos esquecer que até os melhores de nós, na pior situação, estão descalços no acostamento vendendo frutas.
Fellow plutocrats, I think it may be time for us to recommit to our country, to commit to a new kind of capitalism which is both more inclusive and more effective, a capitalism that will ensure that America's economy remains the most dynamic and prosperous in the world. Let's secure the future for ourselves, our children and their children. Or alternatively, we could do nothing, hide in our gated communities and private schools, enjoy our planes and yachts — they're fun — and wait for the pitchforks.
Amigos plutocratas, eu acho que é hora de nos dedicarmos ao nosso país novamente, nos dedicarmos a um novo tipo de capitalismo que é mais inclusivo e mais eficaz, um capitalismo que vai garantir que a economia dos EUA continue sendo a mais dinâmica e próspera do mundo. Vamos garantir o futuro para nós mesmos, nossos filhos e os filhos deles. Ou, ao invés, podemos não fazer nada, nos esconder em nossos condomínios e escolas particulares, curtir nossos aviões e iates - eles são muito divertidos - e esperar pelos forcados.
Thank you.
Obrigado.
(Applause)
(Aplausos)