Five years ago, I experienced a bit of what it must have been like to be Alice in Wonderland. Penn State asked me, a communications teacher, to teach a communications class for engineering students. And I was scared. (Laughter) Really scared. Scared of these students with their big brains and their big books and their big, unfamiliar words. But as these conversations unfolded, I experienced what Alice must have when she went down that rabbit hole and saw that door to a whole new world. That's just how I felt as I had those conversations with the students. I was amazed at the ideas that they had, and I wanted others to experience this wonderland as well. And I believe the key to opening that door is great communication.
Há cinco anos, experimentei um bocadinho o que deve ter sido ser a Alice no País das Maravilhas. Penn State pediu-me, uma professora de comunicação, que desse uma aula de comunicação a estudantes de engenharia. E eu fiquei assustada. Mesmo assustada. Assustada por estes alunos com um grande cérebro, os seus grandes livros e as suas grandes e complicadas palavras. Mas à medida que as conversa se desenrolavam, eu experimentei aquilo que a Alice deve ter sentido quando desceu pela toca do coelho e viu aquela porta para um mundo completamente novo. Foi assim que me senti quando tive aquelas conversas com os estudantes. Fiquei surpreendida com as ideias que eles tinham, e queria que outros também conhecessem este país das maravilhas. Eu acredito que a chave para abrir aquela porta é uma ótima comunicação.
We desperately need great communication from our scientists and engineers in order to change the world. Our scientists and engineers are the ones that are tackling our grandest challenges, from energy to environment to health care, among others, and if we don't know about it and understand it, then the work isn't done, and I believe it's our responsibility as non-scientists to have these interactions. But these great conversations can't occur if our scientists and engineers don't invite us in to see their wonderland. So scientists and engineers, please, talk nerdy to us.
Precisamos desesperadamente de uma ótima comunicação vinda dos nossos cientistas e engenheiros para mudarmos o mundo. Os nossos cientistas e engenheiros são os que enfrentam os nossos maiores desafios, desde a energia ao ambiente, aos sistemas de saúde, entre outros. Se não os conhecermos e compreendermos, então o trabalho não será feito. Eu acredito que é nossa responsabilidade, enquanto não-cientistas, ter estas interações. Mas estas ótimas conversas não podem ocorrer se os nossos cientistas e engenheiros não nos convidarem para ver o seu país das maravilhas. Portanto cientistas e engenheiros, por favor, falem em "nerdês" connosco.
I want to share a few keys on how you can do that to make sure that we can see that your science is sexy and that your engineering is engaging. First question to answer for us: so what? Tell us why your science is relevant to us. Don't just tell me that you study trabeculae, but tell me that you study trabeculae, which is the mesh-like structure of our bones because it's important to understanding and treating osteoporosis.
Quero partilhar algumas chaves sobre como o podem fazer para se certificarem que nós conseguimos ver que a vossa ciência é sensual e que a vossa engenharia é cativante. Primeira pergunta para nos responder: "E então?" Digam-nos porque é que a vossa ciência é relevante para nós. Não me digam apenas que estudam trabéculas, digam-me que estudam trabéculas, que são a estrutura dos ossos, parecida com uma malha, porque isso é importante para compreender e tratar a osteoporose.
And when you're describing your science, beware of jargon. Jargon is a barrier to our understanding of your ideas. Sure, you can say "spatial and temporal," but why not just say "space and time," which is so much more accessible to us? And making your ideas accessible is not the same as dumbing it down. Instead, as Einstein said, make everything as simple as possible, but no simpler. You can clearly communicate your science without compromising the ideas. A few things to consider are having examples, stories and analogies. Those are ways to engage and excite us about your content. And when presenting your work, drop the bullet points. Have you ever wondered why they're called bullet points? (Laughter) What do bullets do? Bullets kill, and they will kill your presentation. A slide like this is not only boring, but it relies too much on the language area of our brain, and causes us to become overwhelmed. Instead, this example slide by Genevieve Brown is much more effective. It's showing that the special structure of trabeculae are so strong that they actually inspired the unique design of the Eiffel Tower. And the trick here is to use a single, readable sentence that the audience can key into if they get a bit lost, and then provide visuals which appeal to our other senses and create a deeper sense of understanding of what's being described.
Quando estão a descrever a vossa ciência, tenham atenção ao jargão. O jargão é uma barreira à nossa compreensão das vossas ideias. Claro, podem dizer "espacial e temporal", mas porque não dizer apenas "espaço e tempo", que é muito mais acessível para nós? Tornar as vossas ideias acessíveis não é o mesmo que fazê-las menos inteligentes. Pelo contrário, como Einstein disse, façam tudo o mais simples possível, mas não mais simples. Podem perfeitamente comunicar a vossa ciência sem comprometerem as ideias. Algumas coisas a considerar é fornecer exemplos, histórias e analogias. São formas de nos atrair e entusiasmar a propósito das vossas ideias. E quando apresentarem o vosso trabalho, esqueçam os pontos balas. Já pensaram porque é que se chamam assim? O que é que as balas fazem? As balas matam, e vão matar a vossa apresentação. Um diapositivo como este não é só aborrecido, mas também depende demasiado da área cerebral para a linguagem, e faz-nos sentir esmagados. Em vez disso, este diapositivo-exemplo, de Genevieve Brown, é muito mais eficaz. Mostra que a estrutura especial das trabéculas é tão forte que inspirou o desenho único da Torre Eiffel. O truque aqui é usar uma frase apenas, e legível, a que a audiência se pode agarrar, se se sentir um pouco perdida. Depois, forneçam suportes visuais que apelem aos nossos outros sentidos e criem uma sensação mais profunda de compreensão do que está a ser descrito.
So I think these are just a few keys that can help the rest of us to open that door and see the wonderland that is science and engineering. And because the engineers that I've worked with have taught me to become really in touch with my inner nerd, I want to summarize with an equation. (Laughter) Take your science, subtract your bullet points and your jargon, divide by relevance, meaning share what's relevant to the audience, and multiply it by the passion that you have for this incredible work that you're doing, and that is going to equal incredible interactions that are full of understanding. And so, scientists and engineers, when you've solved this equation, by all means, talk nerdy to me. (Laughter) Thank you. (Applause)
Acho que estas são apenas algumas chaves que nos podem ajudar a abrir essa porta e a ver o país das maravilhas que é a ciência e a engenharia. E como os engenheiros com que trabalhei me ensinaram a estar em contacto com o meu "nerd" interior, quero resumir com uma equação. Peguem na vossa ciência, subtraiam os pontos bala e o jargão, dividam pela relevância, — o que significa partilhar o que é relevante para a audiência — e multipliquem pela paixão que têm por esse trabalho incrível que estão a fazer. Isso vai ser igual a interações incríveis, que estão cheias de compreensão. Então, cientistas e engenheiros, quando tiverem resolvido esta equação, fico à espera, falem comigo em "nerdês". (Risos)