So a couple of years ago, I went through a pretty brutal breakup, and to keep myself distracted, I decided to set myself a ridiculous art challenge: o create the closest thing to a real-life time machine with very little technical experience and the bank account of a college graduate.
Há uns anos, passei por uma separação bastante violenta, e, para me manter ocupado, decidi dedicar-me a um ridículo desafio artístico: criar a coisa mais parecida com uma máquina do tempo, com muito pouca experiência técnica e a conta bancária dum licenciado.
Now, I know this sounds crazy, but avoiding your feelings is a very powerful force. And I had a plan. You see, all I had to do was to spend an entire year wearing 3D cameras on my face, record my life in first person for 365 days, transfer that into a series of hard drives and then build a virtual reality simulation that will let me experience those memories in 3D. That's all I had to do. In other words, I was going to create a personal time machine, a virtual-reality invention that will let me go back in time and experience moments from my past. And building this was pretty insane. I had to learn a lot of technical skills in a really short span of time, and for an entire year, my Tinder profile looked like this.
Eu sei que isto parece uma loucura, mas ignorar os sentimentos é uma força muito poderosa. E eu tinha um plano. Eu só tinha de passar um ano inteiro a usar câmaras 3D na minha cara, registar a minha vida na primeira pessoa, durante 265 dias, transferir isso para uma série de discos rígidos e depois criar uma simulação de realidade virtual em que pudesse reviver essas memórias em 3D. Era só o que eu tinha de fazer. Por outras palavras, eu ia criar uma máquina do tempo pessoal, uma invenção de realidade virtual que me permitisse recuar no tempo e reviver momentos do meu passado. Construir isso era uma verdadeira loucura. Eu tinha de aprender muitas competências técnicas num espaço de tempo muito curto e, durante todo o ano, o meu perfil Tinder era este.
(Laughter)
[Tenho uma câmara na cara Não posso tirá-la durante o sexo]
But in the end, it was all worth it
(Risos)
because the final result was so much cooler than I could have ever imagined. So this is how it works. You put on a VR headset, you select a date and time you’d like to go back to, you pull a lever and then, bam. I got to see exactly what I saw at that given point in time. And in this case, I was eating a bagel in a tree, which was the thing that I used to do. And now I could go back in time and re-experience a past trip, try a meal again for the first time and even hang out with a friend who is no longer with us.
Mas, no fim, valeu a pena porque o resultado final foi muito mais fixe do que alguma vez imaginara. É assim que funciona. Pomos um auricular de RV, escolhemos a data e a hora em que queremos voltar atrás, manobramos uma alavanca... e pronto. Vejo exatamente o que via nesse determinado momento. Aqui, eu estava a comer um pãozinho em cima duma árvore, uma coisa que eu costumava fazer. Posso voltar atrás no tempo e reviver uma viagem passada, provar de novo uma refeição, pela primeira vez e até passear com um amigo que já não se encontra entre nós.
And the longer I spent with this time machine, the more I realized that I had accidentally built something that was much more meaningful than I initially imagined. Because this wasn't just an entirely new way for you to experience your memories. This was an entirely new way for you to understand yourself. As I used the time machine, I started to become hyper aware of how much of our lives we forget over the years and how important it is for us to enjoy the moments we have before our minds inevitably forget them. I learned to be kinder to myself, as watching myself wander through life in third person kind of taught me how much of a dick I am to myself when things get rough. And I even started to have an active friendship with myself, as in many of my recordings, you find me talking to future me, sending thoughts, hopes and feelings across time.
Quanto mais tempo passo com esta máquina do tempo, mais me convenço que, por acaso, construí uma coisa muito mais significativa do que inicialmente imaginava. Porque isto não foi apenas uma forma nova de reviver as nossas memórias. Foi uma forma totalmente nova de nos compreendermos a nós mesmos. À medida que eu usava a máquina do tempo, comecei a tomar consciência de quanto da nossa vida esquecemos ao longo dos anos e de como é importante gozar os momentos que temos antes de inevitavelmente os esquecermos. Eu aprendi a ser mais simpático para mim mesmo, visto que observar-me a viver na terceira pessoa ensinou-me como sou idiota para mim mesmo quando as coisas se complicam. E até comecei a travar uma amizade ativa comigo mesmo, porque em muitas das gravações me veem a falar com o meu eu futuro, a enviar pensamentos, esperanças e sentimentos, através do tempo.
And this was really cool. And it was also really confusing. Because I was just trying to get over my ex with some art. But somehow by mixing art and technology, we ended up in a really interesting place. And the world agreed. The time machine went super viral, 50 million people saw it, and it even inspired people to start entire companies based off this concept.
Isto é realmente muito fixe. E também muito confuso. Porque eu estava a tentar esquecer a minha ex com alguma arte. Mas, sem querer, misturando a arte e a tecnologia, acabámos num sítio muito interessante. E o mundo concordou. A máquina do tempo tornou-se viral, foi vista por 50 milhões de pessoas e até inspirou pessoas a iniciar empresas com base neste conceito.
So it seemed that by mixing art and tech, I created something innovative by accident. And because that made me feel pretty good, I was like, can we do that again? Could I just take emerging technology, you know, the stuff that's weird, the stuff that we don't understand, do some art and just accidentally innovate?
Assim, parecia que, misturando a arte e a tecnologia, eu criara uma coisa inovativa, por acaso. E como isso me fazia sentir muito bem, pensei, podemos fazer isso outra vez? Posso agarrar em tecnologia emergente, naquilo que é esquisito, naquilo que não percebemos, fazer arte e, sem querer, inovar?
And so our journey begins. A couple of months go by, and ladies and gentlemen, I was back in the game. I had a new girlfriend. Her name was Max, and things were going well, and Valentine's Day was just around the corner. So me being me, I decided to gift her a little bit of an art project. So we're about to see is what I can see from my perspective. I'm wearing an AR headset that's tracking her body in real time. So here we go.
Aí começou o nosso percurso. Passaram-se uns meses e, senhoras e senhores, eu voltei ao jogo. Arranjei uma nova namorada. Chamava-se Max e as coisas estavam a correr bem, o Dia dos Namorados estava quase a chegar. Sendo como sou, decidi dedicar-lhe um pouco de um projeto de arte. O que vamos ver é aquilo que eu vejo segundo a minha perspetiva. Estou a usar um auricular de RV que está a seguir o corpo dela em tempo real. Cá vamos.
So love is a really abstract feeling. It's something we all feel but we can't see or hear. So I created this experience that turned the touch between two lovers into this visual and auditory symphony, basically transforming intimacy into visuals and sounds, which I thought was pretty cool. And Max got to play me too, which I think she liked.
O amor é um sentimento muito abstrato. É uma coisa que todos sentem mas não vemos bem ouvimos. Assim, criei esta experiência que transforma o contacto entre dois apaixonados nesta sinfonia visual e audível, transformando a intimidade em imagens e sons, coisa que pensei ser muito fixe. E Max fez o mesmo comigo, e acho que ela gostou.
But when I posted this online, people started telling me that I had built something completely different. And that is when I realized that by engaging in this artistic exploration of intimacy, I created a new kind of musical instrument, a particle synthesizer that lets you play complex sounds in midair like this.
Mas, quando publiquei isto <i>online</i>, as pessoas começaram a dizer-me que eu tinha criado uma coisa totalmente diferente. Foi quando eu percebi que, ao envolver-me nesta exploração artística da intimidade, criara um novo tipo de instrumento musical, um sintetizador de partículas que permite que toquemos sons complexos como estes.
(Music)
(Música)
Pretty cool, right?
Muito fixe, não acham?
(Applause)
(Aplausos)
Wait, we're not done. Just for good measure, I took those instruments, and I attached them to a piece of clothing so I could now play my own clothes with my hand in mid-air, which is ridiculous. And I think it's the first example of interactive digital musical fashion. So for better or for worse, art took us to some really interesting ideas. And at this point, I thought I was onto something. But then I had another breakup.
Esperem, ainda não acabou. Só para terem uma ideia, Agarrei nestes instrumentos e prendi-os a uma peça de roupa e assim, agora posso tocar a minha roupa, com as mãos, em qualquer lado, o que é ridículo. Penso que é o primeiro exemplo da moda musical digital interativa. Para o melhor ou para o pior, a arte transporta-nos a ideias muito interessantes. Nessa altura, eu pensei que tinha alguma coisa. Mas depois sofri outra separação.
Audience: Aww.
Audiência: Oh!
LR: But it’s OK because an artist can do what an artist does best, which is to turn heartbreak into art. So jokes aside, this was actually a really difficult time in my life because not only I was going through all of that emotional turmoil, I was also moving to an entirely new country. I was leaving my hometown from Brazil and moving into the United States, thousands of miles away from family, no friends, didn't know anybody. So it was probably the loneliest I've been in my entire life. So why not use this opportunity to take my misery and make something cool? What if we use VR to create an experience that's specifically designed to foster the connection that I needed to make me feel closer to strangers?
Mas tudo bem, porque um artista pode fazer aquilo que sabe fazer melhor, ou seja, transformar um desgosto em arte. Piadas à parte, foi de facto uma época muito difícil na minha vida não só porque estava a passar por uma turbilhão emocional, mas também porque me mudei para um país muito diferente. Saí da minha cidade natal no Brasil e fui para os EUA, a milhares de quilómetros de distância da família, sem amigos, onde não conhecia ninguém. Foi talvez o momento mais solitário de toda a minha vida. Então, porque não usar essa oportunidade para agarrar na minha tristeza e fazer uma coisa fixe? E se eu usasse a RV para criar uma experiência especialmente destinada a promover as ligações de que precisava para me sentir mais próximo de estranhos?
And that was the genesis of "Where Thoughts Go." So this is how it works. You enter these virtual worlds in which you're surrounded by these sleeping creatures. Each one of them is a voice message left by another user who was there before you were. If you raise your fingers and touch them gently, you can listen to the voice messages that people have left behind. And in each one of these worlds, you're asked a different personal question. So by playing this experience, you're essentially going down an intimacy funnel in which you're getting to learn about deeply intimate aspects of other people's lives. And of course, at the end of each one of these worlds, you can put your hands together, give birth to your own little creature, speak into it, and leave your messages behind for others to find. It was sweet, beautiful, anonymous. And people would say things in this experience that they wouldn't share with their closest friends. And when I was making this, everyone told me it was a horrible idea. People would tell me that trolls would destroy the entire app, that people would be mean to each other, they would make each other cry. And you know what? They weren't wrong.
Foi essa a génese de “Where Thoughts Go”. É assim que funciona. Entramos em mundos virtuais em que estamos rodeados por estas criaturas a dormir. Cada uma delas tem uma mensagem de voz deixada por outro utilizador que esteve ali antes de nós. Se lhes tocarmos ao de leve com os dedos, ouvimos as mensagens de voz que as pessoas lá deixaram. E em cada um desses mundos, fazem-nos uma pergunta pessoal diferente. Ao jogarmos esta experiência, estamos a descer por um funil de intimidade em que vamos conhecendo os aspetos profundamente íntimos da vida de outras pessoas. Claro, no fim de cada um desses mundos, juntamos as mãos e damos origem à nossa criaturinha, falamos com ela, e deixamos s nossas mensagens para outros encontrarem. Era simpático, belo, anónimo. As pessoas diriam nesta experiência coisas que não contariam nem aos melhores amigos. Quando eu estava a fazer isto, todos me diziam que era uma ideia péssima. Diziam-me que os <i>trolls</i> iam destruir toda a aplicação, que as pessoas iam ser más umas para as outras, iam fazer chorar os outros. Mas sabem uma coisa? Não estavam enganadas.
(Laughter)
(Risos)
So when I started testing "Where Thoughts Go" with the first couple of hundred users, I found out that roughly 20 percent of them were crying at least once per session. This is what I like to call "Where Thoughts Go's" cry rate. But people weren't crying because they were being bullied. People were crying because they were feeling emotionally moved by the messages of others. We had created a system that instilled a deep sense of empathy and connection in a really short span of time. And by making this, not only I was able to get the connection that I was craving, but I was able to give it to others as well. And because of how this experience was designed, there were virtually zero trolls in the system. It's like people were walking into a church and instinctively knew to lower their voices, treat each other respectfully and treat the space they were in as sacred, which is a cool thing you can only do in VR.
Quando comecei a testar “Where Thoughts Go”, com as primeiras centenas de utilizadores, descobri que cerca de 20% deles chorava pelo menos uma vez por sessão. Chamei a isso a taxa de choro de “Where Thoughts Go”. Mas as pessoas não choravam por estarem a ser maltratadas. Choravam porque se sentiam emocionalmente comovidas pelas mensagens dos outros. Tínhamos criado um sistema que instilava um profundo sentimento de empatia e ligação num muito curto espaço de tempo. Ao fazer isto, não só consegui a ligação que desejava, como consegui proporcioná-la também a outros. Por causa da forma como a experiência foi concebida, praticamente não houve <i>trolls </i>no sistema É como se as pessoas estivessem numa igreja e instintivamente soubessem que deviam baixar a voz, tratar os outros com respeito e tratar o espaço em que estavam como um local sagrado, o que é uma coisa fixe que só se pode fazer em RV.
And when I put things that way, it's clear that there's something interesting here. Some innovative ideas that could be used, designs and lessons and approach that could be applied towards the entire internet. But at this point, you might go like, Lucas, you're not really innovating anymore. There's a lot of thought behind this. And yes, but no, because a year after I launched this, medical doctors contacted me and told me I invented a new form of group therapy. And now this art piece is being used in a medical trial as an anxiety treatment tool. And shortly after that, I got to collaborate with SpaceX and St Jude's to make a version of this that astronauts could use so they could emotionally connect with kids on Earth. This is not what I was trying to do.
Quando ponho as coisas desta forma, é óbvio que há qualquer coisa de interessante aqui. Ideias inovadoras que podem ser usadas, conceitos e lições e uma abordagem que pode ser aplicada em toda a Internet. Mas, nesta altura, podem dizer: “Lucas, já não estás a inovar nada. “Há muita reflexão por trás disto.” Sim e não, porque um ano depois de eu lançar isto, os médicos contactaram-me e disseram-me que eu tinha inventado uma nova forma de terapia de grupo. Agora, esta obra de arte está a ser usada num teste médico como um instrumento de tratamento da ansiedade. Pouco depois disso, comecei a colaborar com a SpaceX e St Jude’s para fazer uma versão disto que os astronautas possam usar para se ligarem emocionalmente com os miúdos, na Terra. Não era nada disso que eu estava a tentar fazer.
(Laughter)
(Risos)
(Applause)
(Aplausos)
But that's when it started to make sense. And it's really simple. When you take technology that we don't understand and you approach it as an artist, you do things that the conventional engineer would never think of doing. And when you do that in a space brimming with possibility, like emerging tech, it's only a matter of time before you stumble upon something of value. That is why mixing art and tech is a great way to accidentally innovate. It takes you off the beaten path, it removes creative constraints, and it allows you to approach technology in a way that's unique to you, that leverages your passions and your interests and your life events and breakups. And all of this just comes together and gives you a unique angle of approach. And that unique angle is everything.
Mas foi quando começou a fazer sentido. Com efeito, é muito simples. Quando usamos tecnologia que não compreendemos e a abordamos como um artista, fazemos coisas que o engenheiro convencional nunca pensaria fazer. Quando fazemos isso num espaço cheio de possibilidades, como a tecnologia emergente, é só uma questão de tempo até tropeçarmos numa coisa de valor. Assim, misturar a arte e a tecnologia é uma ótima forma de inovar por acaso. Faz-nos sair do caminho trilhado, elimina constrangimentos criativos, e permite-nos abordar a tecnologia de uma forma única, só nossa, que potencie as nossas paixões e os nossos interesses os acontecimentos e as separações da nossa vida. Tudo isto está relacionado e dá-nos um ângulo de abordagem único. Esse ângulo único é tudo
Because here's the thing about emerging technology, and this applies to everything, VR, AI, brain computers and whatever’s next. No one knows what they're doing. Everyone is just following blind hunches. It's too early in a technology's life cycle for anyone to have a comprehensive view of what it's good for. And in a world where no one knows what they're doing, just following your gut is a really great thing to do. Because what we have here is unlimited creative potential. It's the ability to create impossible objects out of thin air at no carbon costs, the ability to connect people in ways never possible before. And it's the ability to create technology that changes how we look at ourselves and the world around us.
porque há uma coisa sobre a tecnologia emergente — e isso aplica-se à RV, à IA, aos computadores cerebrais e o mais que virá a seguir. Ninguém sabe o que se anda a fazer. Todos andam a seguir palpites cegos. É demasiado cedo no círculo da vida da tecnologia ter uma visão abrangente sobre para que é que aquilo serve, Num mundo em que ninguém sabe o que anda a fazer, seguir o nosso instinto é o melhor a fazer. Porque o que temos aqui é um potencial criativo ilimitado. É a capacidade de criar objetos impossíveis a partir do nada sem custos em carbono, a capacidade de interligar as pessoas de formas nunca possíveis. É a capacidade de criar tecnologia que muda a forma como olhamos para nós mesmos e para o mundo à nossa volta.
We have all the tools we need to create a future that's beautiful and human and exciting. And the only thing that threatens this is if we have a massive lapse of imagination.
Temos todos os instrumentos de que precisamos para criar um futuro que é belo, humano e emocionante. E a única coisa que nos ameaça é haver uma enorme falta de imaginação.
So ... Today I’m working on a new project called “Pillow,” and I'm trying to turn your bed, the most comfortable place in your home, into a mixed reality playground of wellness, play and human connection. And this is an early prototype, but look how beautiful this is. We're using mixed reality to connect two beds together and give people a way to engage that's never been possible before. And even though this is early, there's so much that we're learning about how to create meaningful connections between people and virtual environments, how to use artificial intelligence to create immersive experiences that really feel personal and how to approach products with accessibility in mind from the get-go. Things that work just as well lying down on a couch as they do in a hospital bed. And I don't know where this is going to go, but it's going to be somewhere interesting.
Agora estou a trabalhar num novo projeto chamado “Pillow”. Estou a tentar transformar a cama, o local mais confortável da nossa casa, num parque de diversões de realidade mista de bem-estar, diversão e ligação humana. Isto é um primeiro protótipo mas reparem como é belo. Estamos a usar a realidade mista para interligar duas camas e dar às pessoas uma forma de envolvimento nunca possível dantes. Apesar de isto ser experimental, estamos já a aprender imensas coisas sobre como criar interligações significativas entre pessoas e ambientes virtuais, como usar a inteligência artificial para criar experiências intensas que se sentem como pessoais e como abordarmos produtos com preocupação de acessibilidade logo a partir do início. Coisas que funcionem igualmente bem quer deitados num sofá, quer numa cama de hospital. Não sei onde é que isto vai ter, mas vai ser qualquer coisa interessante.
And when I look at this, I just don't see art. I see research. I see things that could be turned into products and companies. And I want more artists to start tech companies. We need more artists in technology, but we also just need more technologists to think a little bit like artists. Because some of the world's most important ideas, you really can't stumble upon them by just trying to chase the highest valuation. Sometimes you only stumble upon them when you approach technology from a place of truth. When you build things just because you need to make them and you don't know where you're going, but if you follow your gut, you will be rewarded. And I don't know how or when, like with anything else that I told you about today, but you will be rewarded. We will all be rewarded. And being true to yourself is just a really good long-term strategy.
Quando olho para isto, não vejo só arte, vejo investigação. Vejo coisas que podem ser transformadas em produtos e em empresas. Quero mais artistas a iniciar empresas de tecnologia. Precisamos de mais artistas em tecnologia, mas também precisamos de mais técnicos que pensem um pouco como artistas. Porque algumas das ideias mais importantes do mundo não podem ser descobertas apenas tentando alcançar uma maior valorização. Por vezes, só as descobrimos quando abordamos a tecnologia a partir de um lugar de verdade, quando criamos coisas apenas porque precisamos de as fazer e não sabemos para onde vamos. Mas, se seguirem o vosso instinto, serão recompensados. Eu não sei como ou quando, tal como tudo aquilo de que vos falei hoje, mas serão recompensados. Todos nós seremos recompensados. Sendo sinceros connosco mesmos é uma boa estratégia a longo prazo.
Technology gives us the tools, but art shows us the way. It's always been like this. It's hard to find a single futuristic startup that hasn't been deeply inspired by some kind of science fiction material. Engineers have always followed the imaginations of artists, and that's not going to change anytime soon. But what is changing is that technology is becoming easier to use. I didn't know how to do any of this five years ago. Artists don't have to be in the background anymore. We can get our hands dirty and build science nonfiction instead to create projects and companies that challenge the engineer-dominated visions of technology and propose something new, something a little weirder with a little more heart. And I think in the process, we can unlock new realities that not only we are excited to live in, but that we're excited to see our children grow up in.
A tecnologia dá-nos os instrumentos, mas a arte mostra-nos o caminho. Sempre assim foi. É difícil encontrar uma única <i>startup </i>futurista que não tenha sido inspirada por qualquer tipo de material de ficção científica. Os engenheiros sempre seguiram a imaginação dos artistas, e isso não vai mudar tão cedo. Mas o que está a mudar é que a tecnologia está mais fácil de usar. Eu não sabia fazer nada disto há cinco anos. Os artistas não têm de continuar a estar em segundo plano. Podemos sujar as mãos e usar a não-ficção científica para criar projetos e empresas que desafiem as visões da tecnologia dos engenheiros e proponham algo de novo, algo um pouco mais esquisita com um pouco mais de coração. Penso que, neste processo, podemos desbloquear novas realidades em que nos entusiasme viver, e em que nos entusiasme ver os nossos filhos crescerem.
For the longest time in technology artists imagine so engineers can build.
Durante muito tempo, na tecnologia,
But I think engineers build, so artists can imagine. So if you have a crazy project in your back pocket, something you always wanted to do but never got around to, you should go for it. You will never know what you're going to find on the other side.
os artistas imaginaram para os engenheiros construírem. Mas eu acho que os engenheiros constroem para os artistas poderem imaginar. Assim, se tiverem um projeto louco no vosso bolso traseiro, uma coisa que sempre quiseram fazer mas nunca chegaram a concretizar, devem ir em frente. Senão, nunca saberão o que vão encontrar do outro lado.
Thank you.
Obrigado.
(Applause and cheers)
(Aplausos)