(Applause) I want to talk to you a little bit about user-generated content. I'm going to tell you three stories on the way to one argument that's going to tell you a little bit about how we open user-generated content up for business. So, here's the first story.
Quero falar-vos um pouco sobre o conteúdo gerado por utilizadores. Vou contar-vos três histórias conducentes a um argumento que vos vai contar um pouco como abrimos o conteúdo gerado por utilizadores para negócios. Aqui vai a primeira história.
1906. This man, John Philip Sousa, traveled to this place, the United States Capitol, to talk about this technology, what he called the, quote, "talking machines." Sousa was not a fan of the talking machines. This is what he had to say. "These talking machines are going to ruin artistic development of music in this country. When I was a boy, in front of every house in the summer evenings, you would find young people together singing the songs of the day, or the old songs. Today, you hear these infernal machines going night and day. We will not have a vocal chord left," Sousa said. "The vocal chords will be eliminated by a process of evolution as was the tail of man when he came from the ape."
1906. Este homem, John Philip Sousa, viajou até aqui, o Capitólio dos EUA, para falar sobre esta tecnologia, a que ele chamou, e passo a citar, "Máquinas Falantes". Sousa não era fã das máquinas falantes. Isto foi o que ele disse: "Estas máquinas falantes vão arruinar o desenvolvimento artístico "da música neste país. "Quando eu era rapaz, em frente de todas as casas, nas tardes de verão, "encontravam-se jovens reunidos, "cantando as canções do dia, ou as canções antigas. "Hoje ouvimos estas máquinas infernais a tocar dia e noite. "Não nos restará sequer uma corda vocal", disse Sousa. "As cordas vocais serão eliminadas por um processo de evolução "tal como a cauda do homem quando ele evoluiu a partir do macaco."
Now, this is the picture I want you to focus on.
(Risos)
This is a picture of culture. We could describe it using modern computer terminology as a kind of read-write culture. It's a culture where people participate in the creation and the re-creation of their culture. In that sense, it's read-write. Sousa's fear was that we would lose that capacity because of these, quote, "infernal machines." They would take it away. And in its place, we'd have the opposite of read-write culture, what we could call read-only culture. Culture where creativity was consumed but the consumer is not a creator. A culture which is top-down, owned, where the vocal chords of the millions have been lost.
Esta é a imagem em que eu quero que vocês se concentrem. É uma imagem de "cultura". Podemos descrevê-la usando a terminologia moderna dos computadores como uma espécie de cultura "ler-escrever". É uma cultura onde as pessoas participam na criação e na recriação da sua cultura. Neste sentido, é uma cultura "ler-escrever". O receio de Sousa era de que iríamos perder essa capacidade por causa destas "máquinas infernais". Elas tirar-nos-iam isso. E, em seu lugar, teríamos o oposto de uma cultura "ler-escrever", aquilo a que poderíamos chamar uma cultura "só-ler". Uma cultura em que a criatividade era consumida mas o consumidor não é um criador. Uma cultura que é possuída de cima para baixo em que se perderam as cordas vocais de milhões.
Now, as you look back at the twentieth century, at least in what we think of as the, quote, "developed world" -- hard not to conclude that Sousa was right. Never before in the history of human culture had it been as professionalized, never before as concentrated. Never before has creativity of the millions been as effectively displaced, and displaced because of these, quote, "infernal machines." The twentieth century was that century where, at least for those places we know the best, culture moved from this read-write to read-only existence.
Se olharmos para trás, para o século XX, pelo menos no que pensamos ser o "mundo desenvolvido", é difícil não concluir que Sousa estava certo. Nunca antes na história da cultura humana ela foi tão profissionalizada, nunca antes tão concentrada. Nunca antes a criatividade de milhões foi tão efetivamente deslocada, e deslocada por causa destas alegadas "máquinas infernais". O século XX foi aquele século em que, pelo menos relativamente aos lugares que melhor conhecemos, a cultura passou de uma existência "ler-escrever" para "só-ler".
So, second. Land is a kind of property -- it is property. It's protected by law. As Lord Blackstone described it, land is protected by trespass law, for most of the history of trespass law, by presuming it protects the land all the way down below and to an indefinite extent upward. Now, that was a pretty good system for most of the history of the regulation of land, until this technology came along, and people began to wonder, were these instruments trespassers as they flew over land without clearing the rights of the farms below as they traveled across the country? Well, in 1945, Supreme Court got a chance to address that question.
Segunda história. A terra é uma espécie de propriedade. É propriedade, é protegida pela lei. Como descreveu Lord Blackstone, a terra é protegida contra possíveis violações durante a maior parte da história da lei sobre violações de propriedade pela presunção que ela protege a terra até ao fundo e por uma extensão indefinida para cima. Este foi um sistema muito satisfatório durante a maior parte da história da regulação de propriedade das terras até que chegou esta tecnologia, e as pessoas começaram a pensar se estes instrumentos seriam invasores da sua propriedade enquanto sobrevoavam a terra sem direitos de passagem sobre as quintas à medida que atravessavam o país. Em 1945, o Supremo Tribunal teve oportunidade de responder a essa questão.
Two farmers, Thomas Lee and Tinie Causby, who raised chickens, had a significant complaint because of these technologies. The complaint was that their chickens followed the pattern of the airplanes and flew themselves into the walls of the barn when the airplanes flew over the land. And so they appealed to Lord Blackstone to say these airplanes were trespassing. Since time immemorial, the law had said, you can't fly over the land without permission of the landowner, so this flight must stop. Well, the Supreme Court considered this 100-years tradition and said, in an opinion written by Justice Douglas, that the Causbys must lose. The Supreme Court said the doctrine protecting land all the way to the sky has no place in the modern world, otherwise every transcontinental flight would subject the operator to countless trespass suits. Common sense, a rare idea in the law, but here it was. Common sense -- (Laughter) -- Revolts at the idea. Common sense.
Dois agricultores, Thomas Lee e Tinie Cosby, que criavam galinhas, fizeram uma queixa significativa por causa destas tecnologias. A queixa era que as suas galinhas seguiam o padrão dos aviões e voavam embatendo contra as paredes do galinheiro quando os aviões sobrevoavam a sua propriedade. Por isso eles recorreram a Lord Blackstone dizendo que estes aviões eram invasores. Desde tempos imemoriais que a lei dizia que não se pode sobrevoar a propriedade sem a autorização do proprietário, por isso, esses voos tinham de parar. Bem, o Supremo Tribunal estudou essa tradição de 100 anos e disse, numa opinião relatada pelo Juíz Douglass, que os Cosbys perdiam. O Supremo Tribunal disse que a doutrina que protegia a propriedade até aos céus não tinha lugar no mundo moderno, senão todos os voos transcontinentais ficariam sujeitos, sujeitariam o operador a inúmeras ações por violação da propriedade. O senso comum — uma ideia rara na lei, mas aqui estava — o senso comum... (Risos) ... revolta-se contra a ideia. "Senso comum"
Finally. Before the Internet, the last great terror to rain down on the content industry was a terror created by this technology. Broadcasting: a new way to spread content, and therefore a new battle over the control of the businesses that would spread content. Now, at that time, the entity, the legal cartel, that controlled the performance rights for most of the music that would be broadcast using these technologies was ASCAP. They had an exclusive license on the most popular content, and they exercised it in a way that tried to demonstrate to the broadcasters who really was in charge. So, between 1931 and 1939, they raised rates by some 448 percent, until the broadcasters finally got together and said, okay, enough of this. And in 1939, a lawyer, Sydney Kaye, started something called Broadcast Music Inc. We know it as BMI. And BMI was much more democratic in the art that it would include within its repertoire, including African American music for the first time in the repertoire. But most important was that BMI took public domain works and made arrangements of them, which they gave away for free to their subscribers. So that in 1940, when ASCAP threatened to double their rates, the majority of broadcasters switched to BMI. Now, ASCAP said they didn't care. The people will revolt, they predicted, because the very best music was no longer available, because they had shifted to the second best public domain provided by BMI. Well, they didn't revolt, and in 1941, ASCAP cracked. And the important point to recognize is that even though these broadcasters were broadcasting something you would call second best, that competition was enough to break, at that time, this legal cartel over access to music.
Finalmente. Antes da Internet, o último grande terror que assolou a indústria de conteúdo foi o terror causado por esta tecnologia: as emissoras. Uma nova forma de divulgar conteúdo e, como tal, uma nova luta pelo controlo dos negócios que iriam divulgar conteúdo. Agora, naquele tempo a entidade, o cartel legal que controlava os direitos de espetáculos para a maior parte da música que seria difundida usando estes tecnologias era a ASCAP. Tinham uma licença exclusiva para os conteúdos mais populares, e exerciam-na de uma forma que tentava demonstrar aos outros emissores quem é que mandava ali. Por isso, entre 1931 e 1939 eles subiram as taxas em cerca de 448%, até que os emissores se juntaram e disseram "Ok, já chega". E em 1939 o jurista Sydney Kaye começou uma coisa chamada Broadcast Music Incorporated, também conhecido por BMI. O BMI era muito mais democrático na arte que incluía no seu reportório. Incluía pela primeira vez música afro-americana no seu repertório. Mas, mais importante do que isso, o BMI pegou em obras do domínio público fez algumas combinações com elas, e depois deram-nas aos seus assinantes de graça. Por isso, em 1940, quando a ASCAP ameaçou duplicar as suas taxas a maioria dos emissores mudou-se para o BMI. A ASCAP disse que não se importava. As pessoas revoltar-se-iam, previram eles, porque a melhor música já não estava disponível, porque eles tinham mudado para o segundo melhor domínio público, fornecido pelo BMI. Mas, as pessoas não se revoltaram e, em 1941, a ASCAP caiu. O que é importante e que precisamos de reconhecer é que, embora estes emissores estivessem a emitir estivessem a emitir uma coisa a que chamaríamos de segunda classe, essa competição foi suficiente para deitar abaixo, naquela altura, este cartel legal sobre o acesso à música.
Okay. Three stories. Here's the argument. In my view, the most significant thing to recognize about what this Internet is doing is its opportunity to revive the read-write culture that Sousa romanticized. Digital technology is the opportunity for the revival of these vocal chords that he spoke so passionately to Congress about. User-generated content, spreading in businesses in extraordinarily valuable ways like these, celebrating amateur culture. By which I don't mean amateurish culture, I mean culture where people produce for the love of what they're doing and not for the money. I mean the culture that your kids are producing all the time. For when you think of what Sousa romanticized in the young people together, singing the songs of the day, of the old songs, you should recognize what your kids are doing right now. Taking the songs of the day and the old songs and remixing them to make them something different. It's how they understand access to this culture. So, let's have some very few examples to get a sense of what I'm talking about here.
Ok. Três histórias. Aqui está o argumento. Quanto a mim, a coisa mais significativa que precisamos de reconhecer sobre o que esta Internet está a fazer é a sua oportunidade de fazer renascer a cultura "ler-escrever" que Sousa romantizou. A tecnologia digital é a oportunidade para o renascer dessas cordas vocais sobre as quais ele falou de forma tão ardente no Congresso. O conteúdo gerado pelos utilizadores, difundindo-se nos negócios em formas extraordinariamente valiosas como estas, celebrando a cultura amadora. Não quero com isto dizer cultura "amadorística". Quero dizer cultura em que as pessoas produzem pelo amor ao que estão a fazer e não pelo dinheiro. Quero dizer a cultura que os nossos filhos estão sempre a produzi. Quando pensamos naquilo que Sousa romantizou nos jovens reunidos, cantando as músicas do dia, as velhas músicas, devemos reconhecer o que os nossos filhos estão a fazer agora. Agarrando nas músicas do dia e nas músicas velhas e remisturando-as para torná-las numa coisa diferente. É assim que eles compreendem o acesso a esta cultura. Por isso, vou mostrar alguns exemplos para perceberem melhor do que eu estou a falar aqui.
Here's something called Anime Music Video, first example, taking anime captured from television re-edited to music tracks. (Music) This one you should be -- confidence. Jesus survives. Don't worry. (Music) (Laughter) And this is the best. (Music) My love ... There's only you in my life ... The only thing that's bright ... My first love ... You're every breath that I take ... You're every step I make ... And I .... I want to share all my love with you ... No one else will do ... And your eyes ... They tell me how much you care ... (Music) So, this is remix, right? (Applause) And it's important to emphasize that what this is not is not what we call, quote, "piracy." I'm not talking about nor justifying people taking other people's content in wholesale and distributing it without the permission of the copyright owner. I'm talking about people taking and recreating using other people's content, using digital technologies to say things differently. Now, the importance of this is not the technique that you've seen here. Because, of course, every technique that you've seen here is something that television and film producers have been able to do for the last 50 years. The importance is that that technique has been democratized. It is now anybody with access to a $1,500 computer who can take sounds and images from the culture around us and use it to say things differently. These tools of creativity have become tools of speech. It is a literacy for this generation. This is how our kids speak. It is how our kids think. It is what your kids are as they increasingly understand digital technologies and their relationship to themselves.
Isto é uma coisa chamada "Anime Music Video", primeiro exemplo, tirando desenhos animados captados na televisão reeditando-os para faixas de música. (Vídeo) (Música) (Fim de música) Este devia ser... ...confiança. Jesus sobrevive. Não te preocupes. (Música: "I Will Survive" de Gloria Gaynor) (Fim de música) (Risos) E este é o melhor. (Música: "Endless Love" por Lionel Ritche e Diana Ross) ♪ Meu amor ♪ ♪ Só existes tu na minha vida ♪ ♪ A única coisa que brilha ♪ ♪ Meu primeiro amor ♪ ♪ Tu és o ar que eu respiro ♪ ♪ Tu és todos os passos que dou ♪ ♪ E eu ♪ ♪ Quero partilhar contigo ♪ todo o meu amor ♪ ♪ Mais ninguém o fará ♪ ♪ E os teus olhos ♪ ♪ Dizem-me o quanto te preocupas ♪ Isto é remisturar. (Aplausos) É importante sublinhar o que isto não é, isto não é aquilo a que nós chamamos, e passo a citar, "pirataria". Eu não estou a falar sobre as pessoas, nem a desculpá-las, que tiram o conteúdo de outras pessoas no mercado e o distribuem sem a autorização do proprietário dos direitos de autor. Estou a falar sobre as pessoas que tiram e recriam, usando o conteúdo de outras pessoas, usando as tecnologias digitais para dizer as coisas diferentemente. A importância disto não está na técnica que viram aqui. Porque, claro, todas as técnicas que viram aqui são coisas que a televisão e os produtores de filmes já conseguem fazer há 50 anos. A importância é que esta técnica foi democratizada. Agora, qualquer pessoa com acesso a um computador de 1500 dólares, consegue retirar sons e imagens da cultura à nossa volta e usá-los para dizer as coisas de forma diferente. Estas ferramentas da criatividade tornaram-se ferramentas de discurso. É uma literacia para esta geração. É assim que os nossos filhos falam. É como os nossos filhos pensam. É o que os nossos filhos são à medida que compreendem cada vez mais as tecnologias digitais e a sua relação com eles próprios.
Now, in response to this new use of culture using digital technologies, the law has not greeted this Sousa revival with very much common sense. Instead, the architecture of copyright law and the architecture of digital technologies, as they interact, have produced the presumption that these activities are illegal. Because if copyright law at its core regulates something called copies, then in the digital world the one fact we can't escape is that every single use of culture produces a copy. Every single use therefore requires permission; without permission, you are a trespasser. You're a trespasser with about as much sense as these people were trespassers. Common sense here, though, has not yet revolted in response to this response that the law has offered to these forms of creativity. Instead, what we've seen is something much worse than a revolt. There's a growing extremism that comes from both sides in this debate, in response to this conflict between the law and the use of these technologies.
Em resposta a este novo uso da cultura usando tecnologias digitais, a lei ainda não acolheu este renascimento de Sousa com muito senso comum. Em vez disso, a arquitetura da lei dos direitos de autor e as arquiteturas das tecnologias digitais, à medida que interagem, têm produzido a presunção de que estas atividades são ilegais, porque se a lei dos direitos de autor regula, no essencial, uma coisa chamada cópias então no mundo digital um dos factos que não podemos iludir é que todo o tipo de uso de cultura produz uma cópia. Portanto, todo o uso requer uma autorização. Sem autorização, somos violadores da propriedade. Somos violadores da propriedade quase no mesmo sentido em que esta gente o era. Contudo, o senso comum aqui ainda não se revoltou em resposta a esta resposta que a lei ofereceu a estas formas de criatividade. Em vez disso, o que temos visto é bem pior do que uma revolta. Há um crescente extremismo que vem de ambos os lados, neste debate, em resposta a este conflito entre a lei e o uso das tecnologias.
One side builds new technologies, such as one recently announced that will enable them to automatically take down from sites like YouTube any content that has any copyrighted content in it, whether or not there's a judgment of fair use that might be applied to the use of that content. And on the other side, among our kids, there's a growing copyright abolitionism, a generation that rejects the very notion of what copyright is supposed to do, rejects copyright and believes that the law is nothing more than an ass to be ignored and to be fought at every opportunity possible. The extremism on one side begets extremism on the other, a fact we should have learned many, many times over, and both extremes in this debate are just wrong. Now, the balance that I try to fight for, I, as any good liberal, try to fight for first by looking to the government. Total mistake, right? (Laughter)
Um dos lados constrói novas tecnologias como a que mencionámos atrás que lhes permitirá automaticamente retirar de sites como o YouTube qualquer conteúdo que tenha qualquer tipo de conteúdo protegido por direitos de autor, quer haja ou não uma valoração de "uso honesto" que possa ser aplicada ao uso desse conteúdo. E, do outro lado, entre os nossos filhos, há um crescente abolicionismo dos direitos de autor, uma geração que rejeita a noção do que os direitos de autor defendem, rejeitam os direitos de autor e acreditam que a lei não passa duma burrice que deve ser ignorada e contra a qual devemos lutar sempre que seja possível. O extremismo de um lado gera o extremismo do outro, um facto que já devíamos ter aprendido há muito, muito tempo. Ambos os extremos neste debate estão errados. O equilíbrio pelo qual eu tento lutar... Eu, como qualquer outro bom liberal, tento lutar olhando primeiro para o governo. Completo disparate, não é? (Risos)
Looked first to the courts and the legislatures to try to get them to do something to make the system make more sense. It failed partly because the courts are too passive, partly because the legislatures are corrupted, by which I don't mean that there's bribery operating to stop real change, but more the economy of influence that governs how Congress functions means that policymakers here will not understand this until it's too late to fix it. So, we need something different, we need a different kind of solution. And the solution here, in my view, is a private solution, a solution that looks to legalize what it is to be young again, and to realize the economic potential of that, and that's where the story of BMI becomes relevant. Because, as BMI demonstrated, competition here can achieve some form of balance. The same thing can happen now. We don't have a public domain to draw upon now, so instead what we need is two types of changes.
Olhando primeiro para os tribunais e para as legislaturas para tentar que eles deem mais sentido ao sistema, Em parte, fracassei porque os tribunais são demasiado passivos, em parte porque as legislaturas estão corrompidas, e por isto não quero dizer que haja subornos em ação, para impedir uma verdadeira mudança, mas outrossim, a economia de influências que governa o modo de funcionamento do Congresso, significa que os decisores políticos nunca compreenderão isto, até que seja demasiado tarde para emendar isto. Por isso, precisamos de uma espécie de solução diferente, e a solução aqui, na minha opinião, é uma solução privada, uma solução que pretende legalizar o que é ser jovem outra vez, e perceber o potencial económico disso. É aqui que a história do BMI adquire relevância. Porque como o BMI demonstrou, a competição aqui pode conseguir uma forma de equilíbrio. O mesmo pode acontecer agora. Não temos hoje um domínio público para aproveitar por isso, em vez disso, precisamos de dois tipos de mudanças.
First, that artists and creators embrace the idea, choose that their work be made available more freely. So, for example, they can say their work is available freely for non-commercial, this amateur-type of use, but not freely for any commercial use. And second, we need the businesses that are building out this read-write culture to embrace this opportunity expressly, to enable it, so that this ecology of free content, or freer content, can grow on a neutral platform where they both exist simultaneously, so that more-free can compete with less-free, and the opportunity to develop the creativity in that competition can teach one the lessons of the other.
Primeiro, que os artistas e criadores acolham a ideia. Decidam que o seu trabalho possa ser acessível de forma grátis. Por exemplo, podem dizer que o seu trabalho está disponível gratuitamente para usos não comerciais e utilizações do tipo amador, mas não para qualquer uso comercial. Em segundo lugar, precisamos de negócios que estão a construir esta cultura "ler-escrever", para abraçarem expressamente esta oportunidade, para a lançarem, de modo a que esta ecologia do conteúdo grátis ou mais grátis possa crescer numa plataforma neutra onde existam ambos simultaneamente, para que o mais grátis possa competir com o menos grátis, e a oportunidade de desenvolver a criatividade nessa competição possa ensinar a um as lições do outro.
Now, I would talk about one particular such plan that I know something about, but I don't want to violate TED's first commandment of selling, so I'm not going to talk about this at all. I'm instead just going to remind you of the point that BMI teaches us. That artist choice is the key for new technology having an opportunity to be open for business, and we need to build artist choice here if these new technologies are to have that opportunity. But let me end with something I think much more important -- much more important than business. It's the point about how this connects to our kids. We have to recognize they're different from us. This is us, right? (Laughter) We made mixed tapes; they remix music. We watched TV; they make TV.
Eu falaria de um plano específico deste género sobre o qual sei algumas coisas mas não quero violar o primeiro mandamento da TED sobre vendas por isso não vou falar nisso. Em vez disso, vou apenas recordar-vos a lição que o BMI nos ensina. Que a escolha dos artistas é a chave para a nova tecnologia ter uma oportunidade de estar aberta a negócios, e nós precisamos de construir uma escolha dos artistas aqui se queremos que estas tecnologias tenham essa oportunidade. Vou terminar com uma coisa que penso ser muito mais importante do que os negócios. É o argumento sobre como isto tudo se relaciona com os nossos filhos. Temos de reconhecer que eles são diferentes de nós. Isto somos nós, certo? (Risos) Nós gravávamos em cassetes. Eles remisturam música. Nós víamos televisão. Eles fazem televisão.
It is technology that has made them different, and as we see what this technology can do, we need to recognize you can't kill the instinct the technology produces. We can only criminalize it. We can't stop our kids from using it. We can only drive it underground. We can't make our kids passive again. We can only make them, quote, "pirates." And is that good? We live in this weird time. It's kind of age of prohibitions, where in many areas of our life, we live life constantly against the law. Ordinary people live life against the law, and that's what I -- we are doing to our kids. They live life knowing they live it against the law. That realization is extraordinarily corrosive, extraordinarily corrupting. And in a democracy, we ought to be able to do better. Do better, at least for them, if not for opening for business. Thank you very much. (Applause)
Foi a tecnologia que os tornou diferentes. À medida que vemos o que esta tecnologia pode fazer precisamos de reconhecer que não podemos matar o instinto que a tecnologia produz, apenas podemos criminalizá-lo. Não podemos impedir que os nossos filhos a usem. Só podemos torná-la clandestina. Não podemos tornar os nossos filhos passivos outra vez; só podemos torná-los, volto a citar, "piratas". Será isso bom? Vivemos neste tempo estranho, é uma espécie de era das proibições em que, em muitas áreas da nossa vida, vivemos a vida constantemente contra a lei. As pessoas comuns vivem em violação à lei e é isso que nós estamos a fazer aos nossos filhos. Eles vivem a vida sabendo que estão a vive-la contra a lei. Essa perceção é extraordinariamente corrosiva, extraordinariamente corruptiva. Numa democracia, devíamos conseguir fazer melhor. Fazer melhor, pelo menos para eles, se não para abrir negócios. Muito obrigado. (Aplausos)