I'm Kelli Anderson. I work as an artist and designer. And I like to try to find the hidden talents of everyday things. So before I get started, I want to show you a fast smattering of some examples of what I do. But this talk today is really less about what I make and is more about why I make these things.
Chamo-me Kelli Anderson. A minha profissão é artista e "designer". Gosto de procurar os talentos ocultos nas coisas do dia a dia Antes de começar, gostava de mostrar alguns exemplos do que eu faço. Mas esta palestra de hoje é menos sobre o que eu faço e mais sobre porque é que faço essas coisas.
So, I get to tinker with everyday experiences. As we go through our everyday lives, visual and experiential things exert this invisible authority over our brains at all times. And they yield this power in subtle and sneaky ways. So visuals, for example, speak volumes through these teeny, tiny details, codified in things like type, shape, color and texture. So these small, picky things form the vocabulary that come together and make the sentences, enabling us to make tangible things like ... a solar-powered Popsicle truck.
Eu consigo intervir nas experiências quotidianas. Conforme percorremos o nosso quotidiano, os objetos visuais e experimentais exercem uma autoridade invisível sobre os nossos cérebros permanentemente. E esse poder é gerado de forma subtil e sorrateira. É por isso que, por exemplo, as imagens dizem muito através de pequenos detalhes codificados em elementos como o tipo, a forma a cor, e a textura. Esses pequenos e minuciosos elementos dão forma ao vocabulário que se aglutina para formar frases, permitindo-nos criar coisas concretas, como uma carrinha de gelados movida a energia solar.
(Laughter)
(Risos)
It educates the public about renewable energy. It's basically a physical infographic on wheels. And this unexpected pairing of sugar, bright colors and the threat of humanity's self-inflicted demise actually makes for a pretty convincing argument for solar.
Educa as pessoas sobre a energia renovável. É basicamente um infográfico físico sobre rodas. Esta inesperada combinação entre açúcar, cores vivas, e a ameaça do desaparecimento autoinfligido da humanidade é um convincente argumento a favor da energia solar.
People arrive at experiences like these with expectations. And when we make things, we're actively choosing what to do with those expectations. In my work, I want to create disruptive wonder. I want to confound these expectations, because I think that every day, fundamental things and experiences frame reality in a way that we often take for granted. The small things we make can work to reinforce our assumptions about the world. Or small things can come out of left field and draw us into reassessing our complacent expectations about reality. This doesn't happen often, but when it does, it's awesome. Because then, these small things act as sort of a humble back door into understanding a reality that's infinitely surprising.
Estas experiências são abordadas com expetativa pelas pessoas, e quando fazemos estas coisas, escolhemos ativamente o que fazer com essas expetativas. No meu trabalho, eu quero criar uma perplexidade perturbadora. Eu quero confundir essas expetativas, porque penso que, todos os dias, os objetos e as vivências fundamentais modelam a realidade de uma maneira frequentemente tomada como certa. As pequenas coisas que fazemos podem reforçar as nossas suposições a respeito do mundo. Ou as pequenas coisas inesperadas podem aparecer e levar-nos a reavaliar as nossas expetativas complacentes com a realidade. Isso não acontece com frequência mas, quando acontece, é incrível. Porque aí essas pequenas coisas atuam como uma humilde porta traseira para a compreensão de uma realidade infinitamente surpreendente.
So, as a little demonstration, back to the most basic and fundamental part of myself again: my name, kellianderson.com, spelled out in block letters. This is how people find me in the world. It means me. But in a more objective sense, it's really just this random jumble of letters that I've confined to the single possibility of making my name. So naturally, I wondered: What else can these letters spell? Turns out, all kinds of interesting phrases, like ... "Ken doll is near dot com."
Como uma pequena demonstração, voltando de novo à minha parte mais básica e fundamental: o meu nome, KELLYANDERSON.COM — escrito em letras maiúsculas. É assim que as pessoas me encontram no mundo. O meu nome é o meu significado. Porém, num sentido mais objetivo, ele é apenas um agrupamento aleatório de letras que eu reduzi à possibilidade singular de formar o meu nome. Daí eu imaginei: o que mais essas letras podem dizer? Aparentemente, todo o tipo de frases interessantes, como: "KEN DOLL IS NEAR.COM".
(Laughter)
(Risos)
A little bit creepy. And "A colder melon skin." Period.
Um pouco mais macabro: "A COLDER MELON SKIN. "Ponto final".
(Laughter)
(Risos)
Far better use of those kellianderson.com letters, I'm sure you'll agree.
Um uso muito melhor das letras do que kellyanderson.com, de certeza que vocês concordam.
This is a dumb game, but it underscores a belief I have, that the world is full of order that doesn't necessarily deserve our respect. Sometimes, there's meaning, justice and logic present in the way things are. But sometimes there just isn't. I think that the moment we realize this is the moment we become creative people, because it prompts us to mess things up and do something better with the basic pieces of experience. What I'm after in my work, really, is this: the hidden talents of everyday things -- all of those overlooked powers bestowed on the things that surround us by the wonders of physics, the complexities of cultural associations and a gazillion other only partially chartable things. So today, I want to show you three projects that reconsider the vast properties of commonplace experience and try to do something better by doing something more absurd.
Este é um jogo pateta, mas sublinha uma crença que eu tenho, de que o mundo é cheio de ordem que não necessariamente merece o nosso respeito. Às vezes, há sentido, justiça e lógica nas coisas como elas são. Outras vezes simplesmente não há. Eu acho que, quando percebemos isso é que nos tornamos pessoas criativas, porque isso nos incita a baralhar um pouco as coisas e a fazer algo melhor com os fragmentos da experiência. O que estou a procurar com o meu trabalho, é isto: os talentos escondidos das coisas do dia a dia, todos esses poderes ignorados que foram conferidos às coisas que nos cercam pelas maravilhas da física, as complexidades das associações culturais e triliões de outras coisas apenas parcialmente mapeadas. Hoje, vou mostrar-vos três projetos que reavaliam as vastas propriedades das experiências comuns e tentam fazer algo melhor através de algo mais absurdo.
This first project is a holiday card I made for my friends. My goal in this was to get people to notice this going-through-the-motions holiday thing that I'm sure we've all felt before. And I did that through a holiday card, of course. From the outside, it looks pretty normal. But paper has this memory; paper never forgets how it was bent. I was able to use that material memory to guide the recipient through the experience of the card. So when you first pick it up, while floppy, it's clear it wants to bend in all of these certain ways. As people tinker with it, they discover that bending the card brings them through this simple story. And as you can see, it's a story about itself.
O primeiro projeto é um postal de férias que eu fiz para os meus amigos. O meu objetivo era fazer com que as pessoas reparassem no cumprimento das formalidades das férias que, certamente, todos já sentimos. Eu fiz isso a partir de um postal de férias, claro. Por fora, tudo parece muito normal. Mas o papel tem uma memória; o papel nunca esquece como foi dobrado. Eu consegui usar essa memória material para guiar o destinatário através da experiência do postal. Quando lhe pegamos pela primeira vez, embora flexível, fica claro que ele quer ser desdobrado de determinada maneira. À medida que as pessoas o manuseiam, descobrem que dobrar o postal leva-as a uma história simples. Como vocês podem ver, é uma história sobre si mesmo.
(Laughter)
(Risos)
This card is literally a four-frame documentary about receiving the card.
Este postal é literalmente um documentário com quatro lados sobre a receção do cartão.
(Laughter)
(Risos)
So it's a recursive experience.
É uma experiência recorrente.
(Applause)
(Aplausos)
Oh, well, thank you. This excites me, because it's a recursive experience of a holiday card that gets the viewer to feel this repetitive ritual of all holiday cards. And it begins life as a humble piece of paper that came out of my inkjet printer. I think that's pretty cool.
Oh, bem, obrigada. Isso estimula-me porque é a experiência recorrente de um postal de férias que faz o destinatário sentir o ritual repetitivo de todos os postais de férias. Inicia a vida como um simples pedaço de papel que saiu da minha impressora a jato de tinta. Eu acho isso muito giro.
In a sense, that project was all about ritual becoming empty gesture. And it speaks to the fact that the more an experience repeats itself, the less it means --
De certo modo, esse projeto foi sobre rituais que se transformam em gestos vazios. E corrobora o facto de que, quanto mais uma experiência se repete, menos ela significa,
(Laughter)
(Risos)
because we begin to take it for granted. And that's why cliches aren't interesting, and why people get in car wrecks near their homes. When we experience things over and over again, they just lose their gravity. So while paper does have all of these astonishing, overlooked capabilities, it takes a hell of a lot of intervention into getting us to see it as new again.
porque começamos a tomá-la como certa. É por isso que os "clichês" não são interessantes, e que as pessoas sofrem acidentes de viação perto de casa. Quando temos as mesmas experiências repetidas vezes elas perdem a importância. Assim, embora o papel possua todas estas incríveis capacidades negligenciadas, é preciso muita intervenção para voltarmos a vê-lo como se fosse novo.
This next project I want to show you is a wedding invitation, which is a format practically begging for reinvention.
O próximo projeto que vou mostrar é um convite de casamento, que é um formato que está a implorar uma intervenção.
(Laughter)
(Risos)
This is a card I made for my friends Mike and Karen, who happen to be really awesome people. Far more awesome, in fact, than the format of wedding invitations. So it was a really good excuse to push the boundaries of this format. And as far as how to push it, the facts of our shared history made it clear that this card should be about music. We're all total music nerds, and Karen and Mike have even recorded songs together. But you know, you also find inspiration in the darnedest of places. And we found some with this guy, Mr. Wizard --
Fiz este cartão para os meus amigos, Mike e Karen, que são pessoas incríveis. Muito mais incríveis que o formato dos convites de casamento. Isso foi uma desculpa muito boa para empurrar os limites deste formato. No que diz respeito a como fazer isso, os eventos da nossa história comum tornaram claro que este cartão devia ser sobre música. Nós somos completos "nerds" musicais, e Karen e Mike até já gravaram canções juntos. Mas vocês sabem, também se encontra inspiração nos lugares mais miseráveis. E nós encontrámos algumas com este tipo, o Mr. Wizard.
(Laughter)
(Risos)
who had a much-beloved TV show, teaching kids about the science behind everyday things. And I remembered this episode that demonstrated sound is physical, with this simple experiment. He rolled up a cone of paper, he taped it shut, he taped a needle to the end of it, and -- voilà! -- it was a record player. I remember seeing this as a kid, and it totally blew my mind. If you can make a record player out of a piece of paper and a sewing needle, what isn't possible out of the world?
que tinha um programa de TV muito apreciado, que ensinava às crianças a ciência por trás do quotidiano. Eu lembrei-me de um episódio que demonstrava que o som era físico com uma experiência simples. Ele enrolou um cone de papel, fechou-o com fita adesiva, prendeu uma agulha com fita adesiva, na parte de baixo e, "voilà", transformou-o num gira-discos. Lembro-me de ter visto isso quando criança e de ter ficado muito impressionada. Se podíamos fazer um gira-discos de papel e uma agulha de costura, o que não seria possível neste mundo?
So I explained this idea to Mike and Karen, and we all decided that it would be way better to make their guests paper record players, rather than traditional, boring invitations. We started getting really, really excited. And I started getting really nervous, because I'm the one who had to actually make it work. So I began spending an inordinate amount of time thinking about needles: Like, would we find needles with the right fidelity? I started calling paper suppliers, looking for the paper with the best audio properties.
Expliquei esta ideia ao Mike e à Karen, e decidimos que seria muito melhor fazer gira-discos de papel para os convidados do que fazer os tradicionais e aborrecidos convites. Começámos a ficar muito animados. E eu comecei a ficar muito nervosa, porque era eu quem tinha de pôr aquilo a funcionar. Então, comecei a gastar muito tempo a pensar em agulhas: encontraríamos agulhas fiáveis? Comecei a ligar para fornecedores de papel à procura do papel com a melhor propriedade acústica.
(Laughter)
(Risos)
And they thought I was crazy.
Eles pensaram que eu era maluca.
Meanwhile, Mike and Karen were recording a song, which they had mastered to a clear flexi disc. I had this black-and-white character printed on it, so that way, when the disc is turned, it completes the couple in all of these different guises.
Enquanto isso, Mike e Karen gravavam uma canção, que colocaram num disco limpo e flexível. Eu imprimi nele umas figuras a preto e branco, de modo que, quando o disco girava, formava o casal nos mais diversos disfarces.
(Laughter)
(Risos)
So we did it, we really did it! We made a paper record player -- 200 recipient-operated paper record players. This is an actual recording of how it sounds. And then it segues into the real song for comparison.
E conseguimos, realmente conseguimos! Fizemos um gira-discos de papel, 200 gira-discos de papel postos a funcionar pelos destinatários. Esta é uma gravação de como ele soa. E depois segue a versão original para comparação.
(Music and singing)
(Canção gravada) (Canção original)
(Music ends)
(Música termina)
We were so excited when we finally got that to work.
Ficámos entusiasmados quando por fim conseguimos fazê-lo funcionar.
(Laughter)
(Risos)
And I was excited that we uncovered this hidden talent of paper in the process.
Foi muito excitante revelar este talento escondido do papel nesse processo.
I also love that project because it brings attention to the fact that we approach media with all these expectations that we do not necessarily need. We have assumptions about material experience, like that paper should be silent or that websites should be flat. But we also have these assumptions --
Eu também gosto deste projeto porque chama a atenção para o facto de que nos aproximamos dos "media" com expetativas de que afinal não precisamos. Temos pressupostos sobre a experiência material: "O papel é silencioso" e "Os 'sites' são planos". E também assumimos... [os jornais relatam factos]
(Laughter)
(Risos)
that should be a lot scarier in a democracy, because they're like these little thought loopholes. We sleepwalk through our assumptions about the authority in media and assumptions put forth about political realities by media, like newspapers. But I, for one, have faith in these small, hacked experiences to inspire a sense of skepticism at this limited reality we've been handed. And this next project demonstrates just that.
que assustam muito mais numa democracia, uma vez que são como lacunas do pensamento. Não nos damos conta das nossas suposições sobre a autoridade dos "media" e sobre assunções da realidade política impulsionadas pelos "media". Mas eu, pessoalmente, tenho fé de que estas pequenas experiências clandestinas possam inspirar um sentimento de ceticismo nesta realidade limitada que nos foi dada. O projeto seguinte demonstra exatamente isso.
Imagine your normal, everyday commuter-newspaper-reading ritual. But what if you are handed a paper filled with stories from an alternate reality?
Pensem no vosso ritual diário da leitura do jornal no metro? E se nos entregassem um jornal repleto de notícias de uma realidade paralela?
(Laughter)
(Risos)
Specifically: What if some crazy person had meticulously recreated a typical paper depicting an alternate reality? This is something we actually did do in the fall of 2008, in a project that was conceptualized by artist Steve Lambert, organized by The Yes Men and executed by many, many people, some of whom are me. We made a perfectly counterfeited "New York Times." We didn't ask anyone for permission, we just did it.
Especificamente: e se algum maluco recriasse um típico jornal retratando uma realidade alternativa? Fizemos isso no outono de 2008. num projeto imaginado pelo artista Steve Lambert, organizado pelos The Yes Men e executado por muitas, muitas pessoas, inclusive eu. Fizemos uma réplica perfeita do "New York Times". Não pedimos a ninguém, fizemos e pronto.
(Laughter)
(Risos)
We had it mass-produced, and we put it in the hands of hundreds of thousands of commuters on a Thursday morning in New York City.
Foi produzido em massa, e entregámo-lo a milhares de passageiros que iam para o trabalho numa quinta-feira de manhã em Nova Iorque.
(Laughter)
(Risos)
(Applause and cheers)
(Aplausos)
Thanks!
Obrigada.
(Applause)
(Aplausos)
"Why?," you might ask. "Why make a fake newspaper?" Well, quite frankly, because the real newspaper is depressing. We ostensibly live in a democracy where we should have some say in what happens in the world. But the truth is, we never see the stories we want to see in the newspaper. So we made a paper with only good news.
"Porquê?", podem perguntar. "Porquê fazer um jornal fictício?" Para ser sincera, porque os jornais verdadeiros são muito deprimentes. Vivemos numa democracia na qual devíamos ter alguma voz sobre o que acontece no mundo. Mas a verdade é que nós nunca vemos as histórias que queremos nos jornais. Então fizemos um jornal só com boas notícias.
(Laughter)
(Risos)
We put in all the policy ideas we thought would actually help the world. Years before the withdrawal was even discussed, we ended the war in Iraq. Years before Occupy Wall Street, we put in a maximum wage law --
Colocámos todas as ideias políticas que nós achamos que podem ajudar o mundo. Anos antes de ser discutida o fim da guerra do Iraque, nós acabámos com ela.. Anos antes do Ocupe Wall Street, nós implementámos a lei do salário máximo
(Laughter)
(Risos)
to end the ginormous wage inequities between the lowest and highest income earners. We returned civics class to high school curriculum.
para acabar com a gigantesca desigualdade salarial entre pessoas com os salários mais baixos e os mais altos. Reintroduzimos as aulas cívicas nos programas escolares.
(Laughter)
(Risos)
See? These are good ideas! So then students would know how their government works again. There's a very important difference between these two papers.
Veem? Essas são boas ideias! Desse modo, os estudantes voltam a saber como funcionam os governos. Há uma diferença muito importante entre estes dois jornais.
(Laughter)
(Risos)
While the real "New York Times" has this slogan of, "All the News that's Fit to Print," we offered a more forward-thinking message of, "All the News We Hope to Print."
Enquanto o verdadeiro "New York Times" tem o lema: "Todas as notícias dignas de publicação", nós propusemos uma mensagem mais visionária, "Todas as notícias que esperamos publicar".
(Laughter)
(Risos)
And that's because our paper is postdated six months into the future, so when people are handed these on the street, they were literally getting an artifact from the utopian future, sort of a blueprint for an attainably utopian future brought about by this very important idea of popular pressure.
Isso porque a data do nosso jornal está adiantada seis meses e quando as pessoas o recebem na rua, estão literalmente a receber um artefacto de um futuro utópico, uma espécie de modelo para um futuro possível suscitado por uma ideia muito importante de pressão popular.
And our hoax worked perfectly. We suspended people in this strange mental space, because while the stories in the paper couldn't be real, it just felt so perfectly, impeccably real. Here's a video showing --
A nossa farsa funcionou perfeitamente. Mantivemos as pessoas neste estranho estado mental porque, apesar de as histórias do jornal não poderem ser verdadeiras, pareciam ser perfeitamente críveis. Este é um vídeo que mostra...
(Laughter)
(Risos)
yes, we did that! -- showing the first few seconds of conflicted belief, where people could feel for a moment what --
— sim, nós fizemos aquilo! — que mostra os primeiros segundos de uma crença em conflito, em que as pessoas podiam sentir por um momento o que...
(Laughter)
(Risos)
Yes!
(Laughter)
(Risos)
This guy's good.
Este tipo é bom.
(Laughter)
(Risos)
But in order to get this type of reaction, our paper had to be radically believable. And Daniel Dunnam, my other half, and I formed the believability team. He made sure that the typography, the layout, the smell of the ink -- everything -- was just like a real "New York Times." And I supplied fake advertisements from the utopian future.
Mas, para conseguir este tipo de reação, o nosso jornal precisava ser radicalmente crível. Daniel Dunnam, o meu parceiro, e eu formámos a equipa da credibilidade. Ele garantiu que a tipografia, o "layout", o cheiro da tinta — tudo — fossem exatamente como o verdadeiro "New York Times". E eu forneci anúncios falsos do futuro utópico.
(Laughter)
(Risos)
We decided that the utopian future would be a perfect venue to help these companies who had done wrong in the past try making amends for that wrongdoing.
Decidimos que o futuro utópico seria o espaço adequado para ajudar as empresas que tinham feito erros no passado a repararem esses delitos.
(Laughter)
(Risos)
And we do this through the vocabulary of their own advertising. So for Ikea, what if instead of cheap furniture, you could buy your own wind farm? It comes flat-packed, clearly easy to assemble --
Fizemos isso usando o vocabulário dos seus próprios anúncios. No caso do Ikea: e se, em vez de móveis baratos, pudéssemos comprar a nossa central eólica? "Vem em embalagem modular, fácil de montar
(Laughter)
(Risos)
with that little zigzag tool and the wooden pegs. That would be awesome, right? More nefarious are companies like De Beers, who are making amends for their sale of blood diamonds by donating prosthetics to war-torn African countries. And this is our take on a used car dealership ad. They're now offering a "cash for polluters" program. So now you can trade in your car for a non-polluting type of transportation: a bicycle!
"com a chave de montagem e cavilhas de madeira." Isso seria fantástico, não é? Pusemos empresas mais desonestas como a De Beers, a penitenciar-se pela venda de diamantes de sangue realizando doações prostéticas a países africanos destruídos pela guerra. Esta é a nossa proposta para um anúncio de carros usados. A oferta de um programa chamado "dinheiro para poluidores". Podíamos trocar o nosso carro por um meio de transporte não poluente: uma bicicleta!
(Laughter)
(Risos)
And here's my favorite, Dr. Zizmor, who is giving you a beautiful, clear conscience. If you haven't taken a ride on the New York City subway, you may not know Dr. Z. But if you have, then you do, because his cheesy rainbow ads are everywhere. But now he is foregoing these superficial services. He's no longer cleaning up your face, now he's cleaning up our mess in Iraq.
E este é o meu favorito, o Dr. Zizmor, que nos promete uma bela consciência limpa. Se nunca apanharam o metro de Nova Iorque, talvez não conheçam o Dr. Z. Mas se já o apanharam, conhecem-no de certeza, porque os seus anúncios apelativos com arco-íris estão por toda a parte. Mas agora ele está a renunciar aos seus serviços superficiais. Já deixou de fazer limpezas faciais, agora está a limpar a nossa porcaria no Iraque.
(Laughter)
(Risos)
So the news of our fake paper made it onto the real news all around the world. These unexpected messages of hope were able to get out there through our sheer brazenness in ripping off the "New York Times," but also because we leveraged this pathway that no one had expected. We pushed our paper beyond its expected role in reporting the news, and we made a blueprint for a better world.
As notícias do nosso jornal fictício foram parar aos jornais verdadeiros do mundo inteiro. As mensagens inesperadas de esperança conseguiram lá chegar graças ao nosso puro atrevimento em imitar o "New York Times," mas também porque fomos por um caminho que ninguém esperava. Ultrapassámos o limite esperado para um jornal de veicular notícias, e fizemos um modelo para um mundo melhor.
With those three projects, I demonstrate that by rejecting normal order, by messing things up and by rearranging the pieces, we can expand our notion of what we demand from reality. So today, I want to put forth this idea that an avenue to better is through a million teeny, tiny disruptions to whatever is sitting in front of you. So go mess with the complacently rational. And you can see more of my work at: I'll snore naked dot com.
Com estes três projetos, demonstrei que, rejeitando a ordem comum, baralhando as coisas, e reorganizando os pedaços, expandimos a nossa noção sobre o que procuramos na realidade. Hoje, gostaria de mostrar a ideia de que o caminho para melhor dá-se através de milhões de pequeninos distúrbios seja o que for que esteja diante de nós. Então, toca a baralhar complacentemente o racional. Podem ver mais do meu trabalho em: I'LL SNORE NAKED.COM
(Laughter)
(Risos)
Thank you.
Obrigada.
(Applause)
(Aplausos)