The Silicon Valley and the internet gave me superpowers, tools to go to battle with, a suit to take bullets with and a giant signal in the sky that told me when it was time to fight.
Silicon Valley e a Internet deram-me superpoderes, ferramentas para levar para a batalha, um colete para o transporte das balas, e um sinal gigante no céu que me dizia quando era a hora de lutar.
Now, I can't actually prove any of this. I am not a "scientist," I don't have "facts." In fact, my Rotten Tomato score is running around 50 percent right now, so I'm not sure why they let me in.
Mas eu não consigo provar nada disto. Não sou um "cientista", Não tenho "factos." Na verdade, a minha pontuação Rotten Tomato está a uns 50%, por isso, não sei porque me deixaram entrar.
(Laughter)
(Risos)
But if we're talking about colliding with a power that's bigger than us, then I'm in the right place, because this last year, I had an interesting year with a movie called "Crazy Rich Asians" that I did --
Mas se estamos a falar de colidir com um poder que é maior do que nós então, estou no lugar certo, porque neste último ano, eu tive um ano interessante com um filme chamado "Crazy Rich Asians" que fiz.
(Applause and cheers)
(Aplausos)
Thank you, thank you.
Obrigado, Obrigado.
And if we're talking about connection specifically today, then I know my story is only possible because of a collection of connections that happened throughout my life, and so hopefully by telling a little bit of my story, it will help someone else find their path a little sooner than I did.
E se estamos a falar de conexão, especialmente hoje, então eu sei que a minha história só é possível por um conjunto de conexões que aconteceram ao longo da minha vida e então tenho esperança de que contar a minha história pode ajudar alguém a encontrar o seu caminho
My story begins when I opened the holy book for the first time ...
mais cedo do que eu encontrei.
The holy book of gadgets, of course, "Sharper Image."
A minha história começa quando eu abri o livro sagrado pela primeira vez... O livro sagrado dos dispositivos, claro, "The Sharper Image."
(Laughter)
(Risos)
Yes, those who know. It was a magical magazine of dreams and had things in there that you knew could not possibly exist, but it was right there. You could order it -- come in the mail. And some things that probably should have never existed, like "Gregory," a lifelike, portable mannequin who deters crime by his strong, masculine appearance. This is a real --
Aqueles que conhecem. Foi uma revista mágica de sonhos e havia lá coisas que nem sabíamos que existiam, mas estavam ali. Podíamos encomendar e vinham por correio. Algumas dessas coisas que talvez nunca deviam ter existido, como Gregory, "um manequim realista e portátil "que impede o crime com o seu aspeto forte e masculino". Isso é real...
(Laughter)
(Risos)
This is a real thing, by the way.
A propósito, aquilo é uma coisa real.
(Laughter)
Mas os meus olhos fixaram-se no Video Ed/it Sima 2.
But my eyes were set on the Sima Video Ed/it 2. This thing was so cool at the age of 10. You could connect all your VHS players together and cut something together, so I called my parents and convinced them to buy this for me. But before I get into that, let me give you a little rundown about my parents. They came to the United States when they were young, they're from Taiwan and China and they settled in Los Altos, California -- the Silicon Valley before the Silicon Valley -- and they started a restaurant called Chef Chu's. 50 years later, today, they still work at the restaurant, they're still there, and I grew up there, so it was great. Talk about connection -- this place was a hub of connection. People coming there to celebrate birthdays, anniversaries, business deals, eating, drinking -- connection. And I got to grow up in that environment. And my parents always said America is the greatest place in the world. You can -- if you love anything, you can work hard and you can accomplish anything you want. So, they raised five all-American kids. I am the youngest -- you can see I'm the one with the eyes closed there -- and they named actually my sister and I, Jennifer and Jonathan, after Jennifer and Jonathan Hart from that TV show "Hart to Hart."
Era um aparelho muito fixe quando eu tinha 10 anos. Podíamos ligar todos os leitores VHS uns aos outros e fazer montagens. Então liguei aos meus pais e convenci-os a comprar-me um. Mas antes de lá chegar, vou fazer-vos um resumo sobre os meus pais. Eles vieram jovens para os EUA. Vieram de Taiwan e da China e foram viver para Los Altos, na Califórnia, — em Silicon Valley antes de ser Silicon Valley. Abriram um restaurante chamado Chef Chu's. 50 anos depois, hoje em dia, ainda lá trabalham, eles continuam aqui, e eu cresci aqui, o que foi ótimo. Falando sobre conexão — este lugar era o centro de conexão. As pessoas iam lá para festejar aniversários, acordos comerciais, para comer e beber — para se relacionarem. Eu cresci naquele ambiente. E os meus pais sempre disseram que a América era o melhor lugar do mundo. Vocês podem... Se vocês gostam de uma coisa, podem trabalhar a sério e conseguir o que quiserem. Eles criaram cinco crianças americanas. Eu sou o mais novo. Eu sou aquele de olhos fechados ali. Chamaram-me e à minha irmã Jennifer e Jonathan, como a Jeniffer e o Jonathan Hart da série "Hart to Hart".
(Laughter)
(Risos)
So that's how much they loved America, apparently. And they thought that we were The Kennedys -- my mom specifically -- so she dressed us up all the time like each other and she put us in etiquette classes and ballroom dance classes, made sure that we had the right dental plan --
Assim se vê quanto eles amavam a América, pelo menos é o que parece. E achavam que nós éramos os Kennedys — principalmente a minha mãe. Ela vestia-nos sempre de igual e inscrevia-nos em aulas de etiqueta e danças de salão, assegurou que tivéssemos o plano odontológico correto.
(Laughter)
(Risos)
This is a real picture of me. That is not fake. Thank God for that one.
Esta é uma foto minha. Não está retocada. Obrigado meu Deus por isso.
And I was in charge of the video camera every time we went on vacations, so I would collect all these videos and had nothing to do with it. Thus, the Sima Video Ed/it 2. I convinced them to get it for me, and I spent all night trying to wrangle all the VCRs from my brother's and sister's room, tangled in wires, and now I had something to show them. So I brought them into the living room one night, it was probably 1991, somewhere around there, and I sit them down in the living room -- my heart was pounding, my breaths were deep -- sort of like right now -- and I pressed play and something extraordinary happened actually. They cried. And cried. They cried not because it was the most amazing home video edit ever -- although it was pretty good --
Era eu que ficava com a câmara sempre que íamos de férias, por isso pude gravar todos estes vídeos e ficar fora deles. Este é o Video Ed/it 2 Sima que os convenci a comprarem-me e passei toda a noite a debater-me com os magnetoscópios do quarto dos meus irmãos, emaranhado em fios, e depois já tinha algo para lhes mostrar. Uma noite levei-os para a sala, foi provavelmente em 1991, por volta disso, e mandei-os sentar na sala — tinha o coração aos pulos, a respiração ofegante. como estou agora — e carreguei em Play. E aconteceu uma coisa extraordinária, Eles choraram. E choraram. Mas não choraram por ser a melhor edição de um vídeo do mundo — apesar de ser muito bom.
(Laughter)
(Risos)
but because they saw our family as a normal family that fit in and belonged on the screen in front of them, just like the movies that they worshipped and the TV shows that they named us after. I remember as the youngest of these five kids feeling heard for the first time. There was this place where all these things in my head could go into the great, electric somewhere-out-there and exist and escape, and I knew from this moment on, I wanted to do this for the rest of my life, whether I was going to get paid for it or not.
Mas porque viram a nossa família como uma família normal que se integra nessa TV em frente deles, exatamente como os filmes que adoravam e na série onde tinham ido buscar os nossos nomes. Lembro-me como o mais novo desses cinco miúdos se sentiu ouvido pela primeira vez. Havia um lugar onde todas aquelas minhas ideias podiam tornar-se vivas e escapar-se para o mundo exterior. E eu soube, a partir daquele momento, que queria fazer isto para o resto da vida, quer fosse pago para isso ou não.
So I had this passion and now I needed some tools, and my dad went to work. He continued to brag about my home video editing skills to the customers at Chef Chu's, and luckily this is the Silicon Valley, so they're working on stuff, hardware and software -- these are all engineers. And they offered to give me things for digital video editing. This is like the mid-'90s, early '90's, where this stuff didn't exist for kids like me. So I'd get this beta software and hardware from places like HP and Sun and Russell Brown at Adobe. And I had no manual, so I'd figure it out and I fell in love with it even more.
Eu tinha essa paixão e precisava de ferramentas. O meu pai ia trabalhar e continuava a gabar a minha aptidão para editar vídeos junto dos clientes do restaurante Chef Chu's. Por sorte estávamos em Silicon Valley, onde se trabalhava em "software" e "hardware" — eram todos engenheiros. Ofereceram-se para me dar ferramentas para continuar a editar vídeos. Isso foi em meados ou início dos anos 90, em que essas coisas não existiam para miúdos como eu. Então eu arranjei "software" beta e "hardware" em locais como HP e Sun e Russel Brown no Adobe. Eu não tinha nenhum manual, e, por isso, aprendia sozinho e apaixonava-me ainda mais.
I went to USC School of Cinematic Arts and started to go there, and my mom and dad would always call me randomly and remind me that I've got to do movies about my Chinese heritage. That China was going to be a huge market for movies one day. I was like, "Yeah right, guys".
Fui para a Escola de Arte Cinematográfica da Universidade da Califórnia e os meus pais ligavam-me de vez em quando, para me lembrarem que eu tinha de fazer um filme sobre a minha origem chinesa. E que um dia a China seria um enorme mercado para filmes. E eu respondia: "OK".
(Laughter)
(Risos)
Always listen to your parents.
Deem sempre ouvidos aos vossos pais.
(Laughter)
(Risos)
I wanted to be Zemeckis, Lucas and Spielberg. The last thing I wanted to talk about was my own cultural identity, my ethnicity. And honestly, I had no one else to talk -- there was no one at school that I could really open up to, and even if I did, like, what would I say? So I ignored it and I moved on with my life.
Eu queria ser Zemeckis, Lucas e Spielberg. A última coisa que queria era falar sobre a minha identidade cultural, a minha etnia. E, francamente, não tinha ninguém com quem conversar, não tinha ninguém na escola com quem me pudesse abrir e, mesmo que pudesse, o que é que eu ia dizer? Então, ignorei isso e segui a minha vida.
Cut to 15 years later, I made it in Hollywood. I got discovered by Spielberg, I worked with The Rock and Bruce Willis and Justin Bieber. I even came to the TED stage to present my dance company LXD, and it was great. And then a couple years ago, I felt a little bit lost, creatively. The engine was going down a little bit, and I got a sign ... I heard from voices from the sky ... or more it was like, birds. OK, fine, it was Twitter. And Twitter --
Quinze anos depois, fui para Hollywood. Fui descoberto pelo Spielberg. Trabalhei com o The Rock, com Bruce Willis e Justin Bieber. Até subi ao palco do TED para apresentar a minha companhia de dança LXD, e foi incrível. Então, há uns anos, senti-me um pouco perdido, criativamente Comecei a sentir-me um pouco em baixo, e tive um sinal. Eu ouvi vozes do céu, pareciam mais o som de pássaros. OK, era o Twitter. E o Twitter...
(Laughter)
(Risos)
It was Constance Wu on Twitter, it was Daniel Dae Kim, it was Jenny Yang, who's here today, it was Alan Yang -- all of these people who were writing their frustrations with representation in Hollywood. And it really hit me. I thought these things but never really registered -- I was really focused on -- and I felt lucky to be working, and so then I realized -- yeah, what is wrong with Hollywood? Why aren't they doing this? And then I looked at myself in the mirror and realized I am Hollywood. I literally -- I popped my collar before I came out here, that's how Hollywood I am.
Era Constance Wu no Twitter, era Daniel Dae Kim, era Jenny Yang, que está aqui hoje. Era Alan Yang. Todos eles estavam a escrever sobre as suas frustrações com a sua representação em Hollywood. E isso mexeu comigo. Eu pensava as mesmas coisas mas nunca tinha registado — eu estava muito concentrado. Sentia que tinha sorte em ter trabalho e só então percebi: o que está errado em Hollywood? Porque é que estão a fazer isto? Então, olhei para o espelho e percebi que eu sou Hollywood. Eu literalmente eu levantei a gola antes de vir para aqui, sou tão Hollywood como isso.
(Laughter)
(Risos)
Is it still up? OK, good.
Ainda está para cima? OK, ótimo.
(Applause)
(Aplausos)
For all these years I felt I had been given so much, and what was I giving back to the film business that I loved? I felt lucky to be here, but at this moment, I realized that I was not just lucky to be here, I had the right to be here. No, I earned the right to be here. All those sleepless nights, all those parties I missed on Fridays, every friend and girlfriend I lost because I was editing -- I earned the right to be here not just to have a voice but to say something, and say something important, and I had, actually, the power -- the superpower to change things if I really, really wanted to.
Durante todos estes anos sentia que tinha recebido muito, e pouco estava a dar a este negócio de filmes de que tanto gosto. Sentia que tinha sorte por estar ali mas nesse momento, percebi que não era uma questão de sorte, eu tinha o direito de estar aqui. Eu ganhara o direito de estar ali. Todas aquelas noites sem dormir, todas as festas que perdi, todos os amigos e a namorada que perdi porque estava a editar... Eu ganhara o direito de estar ali não só de ter uma voz mas de dizer algo e dizer algo importante, E eu tinha o poder, o superpoder de mudar as coisas se eu realmente quisesse.
When you try to tell stories about yourself and people who look like you and look like your family, it can be scary, and all those feelings of being alone came back. But the internet is what told me -- sent the sign that there was going to be a whole army waiting for me to support me and to love me for it. And so I found Kevin Kwan's amazing novel "Crazy Rich Asians," and we went to work. We put this movie together. All-Asian cast -- the first all-Asian cast in 25 years with a contemporary story --
Quando tentamos contar histórias sobre nós mesmos sobre pessoas parecidas connosco, com a nossa família, isso pode ser assustador, e voltam os sentimentos de estar sozinho. Mas a Internet disse-me, enviou-me o sinal de que ia aparecer um exército inteiro à minha espera para me dar apoio e para me adorar por isso. Então, encontrei Kevin Kwan com a sua novela "Crazy Rich Asians" e deitámo-nos ao trabalho. Fizemos esse filme juntos. Todos os atores eram asiáticos — o primeiro filme só com asiáticos em 25 anos de história.
(Applause and cheers)
(Aplausos)
But when we started it was not a guarantee at all. There was no comp for this kind of movie. Every time we did surveys and stuff, the audiences weren't going to show up. In fact, even in our test screenings where you give free tickets to people to watch your movie, we had a one to 25 ratio, meaning after 25 asks, only one person said yes, which is super low for these types of things. Asian people who knew the book didn't trust Hollywood at all, Asian people who didn't know the book thought the title was offensive and other people who weren't Asian just didn't think it was for them. So we were pretty screwed. Luckily, Warner Brothers didn't turn away from us. But then the electric somewhere struck again, and this army of Asian-American writers, reporters, bloggers, who over the years had worked their way up through their respective publications, went to work, unbeknownst to me. And they started to post things. Also, some tech founders out here started to post stuff on social media, write stuff about us in articles in the "LA Times," in "The Hollywood Reporter" and "Entertainment Weekly." It was like this grassroots uprising of making ourselves news. What an amazing thing to witness.
Mas quando começámos não havia nenhuma garantia. Não havia competição para este tipo de filme. Sempre que fizemos pesquisas, as audiências não seriam nada boas. Na verdade, mesmo nos nossos testes de ante-estreia, em que oferecemos bilhetes para as pessoas verem o filme, tínhamos uma taxa de 1 para 25, ou seja, só uma entre 25 pessoas dizia que sim, o que é um número muito baixo para este tipo de coisas. Os asiáticos que conheciam o livro não confiavam em Hollywood. Os asiáticos que não conheciam o livro achavam o título ofensivo e as outras pessoas que não eram asiáticas, achavam que o filme não era para elas. Então, estávamos feitos. Felizmente, a Warner Brothers não desistiu de nós. Mas depois apareceu de novo a corrente elétrica e um exército de escritores, repórteres e bloguistas americano-asiáticos que, durante anos tinham aberto caminho nas suas publicações, puseram-se ao trabalho, sem eu saber, e começaram a publicar coisas. Alguns investidores de tecnologia começaram a publicar nas redes sociais, escreveram coisas sobre nós em artigos no "LA Times", no "The Hollywood Reporter" e no "Entertainment Weekly". Era como se todos quisessem escrever notícias sobre nós, uma coisa incrível de testemunhar!
And the swell of support turned into this conversation online between all these Asian Americans where we could actually debate and discuss what stories we wanted to tell, what stories should be told or not, what kind of -- are we allowed to make fun of ourselves? What about casting? What are we allowed to do? And we didn't agree -- and we still don't, but that wasn't the point. The point was the conversation was happening. And this conversation stream became an infrastructure. It took all these different groups that were trying to achieve the same thing and put us all together in this connective tissue. And again, not perfect, but the start of how we determine our own representation on the big screen.
Toda essa onda de apoio transformou-se numa conversa "online" entre todos esses americano-asiáticos em que pudemos debater e discutir que histórias queríamos contar, que histórias deviam ser contadas ou não. Podemos fazer troça de nós mesmos? E quanto aos atores? O que podemos fazer? Nós não concordávamos — e ainda não concordamos, mas a questão não era essa.. A questão era que essa conversa estava a acontecer. E essa conversa tornou-se numa infraestrutura. Reuniu todos esses diferentes grupos que tentavam conseguir a mesma coisa e colocou-nos a todos juntos nesse tecido de ligação. Mais uma vez, não era perfeito mas o começo de como determinaríamos a nossa representação no grande ecrã.
It became more physical when I went to the movie theater. I'll never forget going -- opening weekend, and I went into the theater, and it's not just Asians -- all types of people -- and I go in and sit down, and people laughed, people cried, and when I went into the lobby, people stayed. It's like they didn't want to leave. They just hugged each other, high-fived each other, took selfies, they debated it, they laughed about it. All these different things. I had such an intimate relationship with this movie, but I didn't understand when we were making it what we were making until it was happening -- that it was the same thing that my parents felt when they watched our family videos in that living room that day. Seeing us on the screen has a power to it, and the only way I can describe it is pride. I have always understood this word intellectually -- I've probably talked about this word, but to actually feel pride -- and those of you who have felt it know -- it's like you just want to like, touch everybody and grab and run around. It's like a very -- I can't explain -- it's just a very physical feeling, all because of a long pattern of connection.
Isso tornou-se mais físico quando eu fui para o cinema. Eu nunca me vou esquecer — no primeiro fim de semana, fui ao cinema e não havia lá só asiáticos, eram todos os tipos de pessoas. Entrei e sentei-me e as pessoas riam, as pessoas choravam. Quando fui para o átrio, as pessoas continuaram ali, como se não quisessem ir-se embora. Começaram a abraçar-se, a dar as mãos, a tirar "selfies", conversavam, riam. Todas essas coisas. Eu tinha uma relação muito íntima com aquele filme, mas não percebi, enquanto o estávamos a fazer, o que estávamos a fazer, senão quando aquilo aconteceu. Foi a mesma coisa que os meus pais sentiram quando assistiram aos vídeos de família naquela sala de estar, naquele dia. Ver-nos no ecrã tem um poder em si mesmo e a única forma como posso descrever isso é o orgulho. Sempre compreendi esta palavra intelectualmente — provavelmente já falei sobre esta palavra, mas sentir mesmo esse orgulho — e aqueles que já sentiram, sabem-no bem — é como se quiséssemos abraçar todos e falar com todos. É como uma... não consigo explicar. É uma sensação muito física, tudo por causa de um longo padrão de ligação.
Film was a gift given to me, and through the years I've learned a lot of things. You can plan, you can write scripts, you can do your storyboards, but at a certain point, your movie will speak back to you, and it's your job to listen. It's this living organism and it sort of presents itself, so you better catch it before it slips through your hands, and that's the most exciting part about making movies. When I look at life, it's not that different actually. I've been led through these sort of breadcrumbs of connections through people, through circumstances, through luck. And it changed when I realized that once you start listening to the silent beats and the messy noises around you, you realize that there's this beautiful symphony already written for you. A direct line to your destiny. Your superpower.
O filme foi um presente que me foi dado, e ao longo dos anos aprendi muitas coisas. Podemos planear, escrever guiões, fazer o nosso roteiro, mas a certa altura, o filme vai responder-nos, e temos de o ouvir. É um organismo vivo que se apresenta a si mesmo. É melhor agarrar nele antes que se escape entre os dedos. Essa é a parte mais interessante quando fazemos filmes. Quando eu olho para a vida não é assim tão diferente. Eu fui sendo orientado por entre essas interligações, por pessoas, por circunstâncias, pela sorte. Isso mudou quando eu percebi que, quando começamos a ouvir as batidas silenciosas e os barulhos à nossa volta, percebemos que essa bela sinfonia já está escrita para nós. Uma linha direta para o nosso destino. O nosso superpoder.
Now, film was a gift given to me, sort of spurred on by my parents and supported by my community. I got to be who I wanted to be when I needed to be it. My mom posted something on Facebook the other day, which is usually a really bad thing to say out loud -- scary, she should not have a Facebook, but --
Filmar foi um presente que me foi dado, foi estimulado pelos meus pais e incentivado pela minha comunidade, Eu tinha de ser quem eu queria ser quando precisava de o ser. A minha mãe publicou uma coisa no Facebook, o que habitualmente é uma coisa muito má de se dizer em voz alta — assustador, ela não devia ter Facebook.
(Laughter)
(Risos)
She posted this thing, and it was a meme, you know, one of those funny things, and it said, "You can't change someone who doesn't want to change, but never underestimate the power of planting a seed." And as I was doing the finishing touches on this talk, I realized that all the powerful connections in my life were through generosity and kindness and love and hope. So when I think about my movies "Crazy Rich Asians" and "In the Heights" which I'm working on right now --
Ela publicou este "meme", uma daquelas coisas engraçadas: "Não podemos mudar alguém que não quer mudar, "mas nunca subestimem o poder de plantar uma semente." Quando eu estava a dar os últimos retoques nesta apresentação, percebi que todas as poderosas conexões na minha vida foram através da generosidade, da bondade, do amor e da esperança. Quando penso nos meus filmes "Crazy Rich Asians" e "In the Heights" em que estou a trabalhar agora...
(Applause and cheers)
(Aplausos)
Yes, it's a good one.
Sim, esse é um dos bons.
All I want to do is show joy and hope in them, because I refuse to believe that our best days are behind us, but in fact, around the corner. Because you see love -- love is the superpower that was given to me. Love is the superpower that was passed onto me. Love is the only thing that can stop a speeding bullet before it even exits the chamber. Love is the only thing that can leap over a building and have a whole community look up into the sky, join hands, and have the courage to face something that's impossibly bigger than themselves.
Tudo o que eu quero fazer é mostrar neles alegria e esperança, porque recuso-me a acreditar que os nossos melhores dias já passaram, que, na verdade, estão ao virar da esquina. Porque vemos amor — o amor é o superpoder que me foi dado. O amor é o superpoder que foi passado para mim. O amor é a única coisa que pode deter uma bala antes de ela ter sido disparada. O amor é a única coisa que pode saltar por cima de um prédio e pôr toda a comunidade a olhar para o céu, de mãos dadas, e ter a coragem de enfrentar algo que não pode ser maior que eles mesmos.
So I have a challenge for myself and for anyone here. As you're working on your thing, on your company, and you're forging this thing to life, and you're making the impossible possible, let's just not forget to be kind to each other, because I believe that is the most powerful form of connection we can give to this planet. In fact, our future depends on it.
Então eu tenho um desafio para mim mesmo e para todos aqui. Quando vocês estiverem a trabalhar na vossa empresa, e estiverem a dar vida às coisas, a tornar possível o impossível, não se esqueçam de serem gentis com os outros, porque eu acredito que é essa a forma mais poderosa de conexão que podemos dar a este planeta. O nosso futuro depende disso.
Thank you.
Obrigado.
(Applause and cheers)
(Aplausos)
Thank you.
Obrigado.
(Applause)
(Aplausos)