So I'd like to start by focusing on the world's most dangerous animal.
Gostaria de começar por me concentrar no animal mais perigoso do mundo.
Now, when you talk about dangerous animals, most people might think of lions or tigers or sharks. But of course the most dangerous animal is the mosquito. The mosquito has killed more humans than any other creature in human history. In fact, probably adding them all together, the mosquito has killed more humans. And the mosquito has killed more humans than wars and plague.
Quando falamos de animais perigosos, a maioria das pessoas pensa em leões, tigres ou tubarões. Mas é claro que o animal mais perigoso é o mosquito. O mosquito já matou mais seres humanos do que qualquer outra criatura na história da humanidade. De facto, provavelmente, somando-os todos, o mosquito matou mais seres humanos. O mosquito matou mais seres humanos do que as guerras e a peste.
And you would think, would you not, that with all our science, with all our advances in society, with better towns, better civilizations, better sanitation, wealth, that we would get better at controlling mosquitos, and hence reduce this disease. And that's not really the case. If it was the case, we wouldn't have between 200 and 300 million cases of malaria every year, and we wouldn't have a million and a half deaths from malaria, and we wouldn't have a disease that was relatively unknown 50 years ago now suddenly turned into the largest mosquito-borne virus threat that we have, and that's called dengue fever.
Poderiam pensar que, com toda a nossa ciência, com todos os nossos avanços na sociedade, com melhores cidades, melhores civilizações, melhor saneamento, riqueza, seríamos melhores a controlar os mosquitos, e, por consequência, a reduzir esta doença. Mas não é esse o caso. Se fosse esse o caso, não teríamos entre 200 e 300 milhões de casos de malária por ano, e não teríamos um milhão e meio de mortes devido à malária, e não teríamos uma doença que era relativamente desconhecida há 50 anos e que, de repente, se tornou na maior ameaça de vírus originado em mosquitos, que se chama "febre de dengue".
So 50 years ago, pretty much no one had heard of it, no one certainly in the European environment. But dengue fever now, according to the World Health Organization, infects between 50 and 100 million people every year, so that's equivalent to the whole of the population of the U.K. being infected every year. Other estimates put that number at roughly double that number of infections. And dengue fever has grown in speed quite phenomenally. In the last 50 years, the incidence of dengue has grown thirtyfold.
Há 50 anos, quase ninguém tinha ouvido falar dela, ninguém certamente no ambiente europeu. Mas agora a febre de dengue, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, infeta entre 50 a 100 milhões de pessoas por ano, o que é equivalente à população total do Reino Unido ser infetada por ano. Outras estimativas praticamente dobram esse número de infeções. A febre de dengue acelerou fenomenalmente. Nos últimos 50 anos a incidência de dengue aumentou 30 vezes.
Now let me tell you a little bit about what dengue fever is, for those who don't know. Now let's assume you go on holiday. Let's assume you go to the Caribbean, or you might go to Mexico. You might go to Latin America, Asia, Africa, anywhere in Saudi Arabia. You might go to India, the Far East. It doesn't really matter. It's the same mosquito, and it's the same disease. You're at risk. And let's assume you're bitten by a mosquito that's carrying that virus. Well, you could develop flu-like symptoms. They could be quite mild. You could develop nausea, headache, your muscles could feel like they're contracting, and you could actually feel like your bones are breaking. And that's the nickname given to this disease. It's called breakbone fever, because that's how you can feel.
Agora vou falar-vos do que é a febre de dengue, para aqueles que não sabem. Vamos presumir que vão de férias. Vamos presumir que vão para as Caraíbas ou para o México. Podem ir para a América Latina, Ásia, África ou qualquer parte da Arábia Saudita. Podem ir para a Índia, o Extremo-Oriente. Não importa muito. É o mesmo mosquito e é a mesma doença. Estão em risco. Vamos presumir que são mordidos por um mosquito que está a transportar esse vírus. Podem ter sintomas como os da gripe. Podem ser bastante suaves. Podem ter náuseas, dores de cabeça, os vossos músculos podem parecer estar a contrair-se e podem até sentir que os vossos ossos se estão a partir. É essa a alcunha dada a esta doença. Chamam-lhe a febre "quebra-ossos", porque é assim que nos podemos sentir.
Now the odd thing is, is that once you've been bitten by this mosquito, and you've had this disease, your body develops antibodies, so if you're bitten again with that strain, it doesn't affect you. But it's not one virus, it's four, and the same protection that gives you the antibodies and protects you from the same virus that you had before actually makes you much more susceptible to the other three. So the next time you get dengue fever, if it's a different strain, you're more susceptible, you're likely to get worse symptoms, and you're more likely to get the more severe forms, hemorrhagic fever or shock syndrome. So you don't want dengue once, and you certainly don't want it again.
O mais estranho é que, depois de sermos picados por este mosquito, e de termos contraído esta doença, o nosso corpo cria anticorpos. Por isso, se formos mordidos outra vez com essa variante, não nos afeta. Mas não é só um vírus, são quatro, e a proteção que nos dá anticorpos e que nos protege desse mesmo vírus que tivemos anteriormente, torna-nos muito mais suscetíveis aos outros três. Por isso, da vez seguinte que tivermos febre de dengue, se for uma variante diferente, estamos mais suscetíveis, é mais provável que tenhamos sintomas piores, e é mais provável apanharmos as formas mais graves: febre hemorrágica ou síndrome de choque. Por isso, não queremos apanhar dengue uma vez, e ainda menos a queremos apanhar mais vezes.
So why is it spreading so fast? And the answer is this thing. This is Aedes aegypti. Now this is a mosquito that came, like its name suggests, out of North Africa, and it's spread round the world. Now, in fact, a single mosquito will only travel about 200 yards in its entire life. They don't travel very far. What they're very good at doing is hitchhiking, particularly the eggs. They will lay their eggs in clear water, any pool, any puddle, any birdbath, any flower pot, anywhere there's clear water, they'll lay their eggs, and if that clear water is near freight, it's near a port, if it's anywhere near transport, those eggs will then get transported around the world. And that's what's happened. Mankind has transported these eggs all the way around the world, and these insects have infested over 100 countries, and there's now 2.5 billion people living in countries where this mosquito resides.
Porque é que se está a espalhar tão depressa? A resposta é isto. Este é o Aedes aegypti. É um mosquito que veio, como o nome sugere, do Norte de África, e se espalhou pelo mundo. Na realidade, um só mosquito viaja cerca de 180 metros na sua vida inteira. Não vai muito longe. O que eles fazem muito bem é apanhar boleias, especialmente os ovos. Eles põem os ovos em água límpida. Qualquer piscina, qualquer charco, qualquer chafariz, qualquer vaso, qualquer sítio onde haja água límpida, eles põem os ovos. Se essa água estiver perto de mercadorias, de um porto, se estiver perto de qualquer tipo de transporte, esses ovos serão então transportados à volta do mundo. Foi isso que aconteceu. O Homem transportou estes ovos por todo o mundo, e estes insetos infestaram mais de 100 países, e há agora 2500 milhões de pessoas a viver em países onde este mosquito vive.
To give you just a couple of examples how fast this has happened, in the mid-'70s, Brazil declared, "We have no Aedes aegypti," and currently they spend about a billion dollars now a year trying to get rid of it, trying to control it, just one species of mosquito. Two days ago, or yesterday, I can't remember which, I saw a Reuters report that said Madeira had had their first cases of dengue, about 52 cases, with about 400 probable cases. That's two days ago. Interestingly, Madeira first got the insect in 2005, and here we are, a few years later, first cases of dengue. So the one thing you'll find is that where the mosquito goes, dengue will follow. Once you've got the mosquito in your area, anyone coming into that area with dengue, mosquito will bite them, mosquito will bite somewhere else, somewhere else, somewhere else, and you'll get an epidemic.
Para vos dar alguns exemplos de quão rápido isto aconteceu, em meados dos anos 70, o Brasil declarou: "Não temos o Aedes aegypti". E atualmente gastam cerca de mil milhões de dólares por ano a tentar livrar-se dele, a tentar controlá-lo, apenas uma espécie de mosquito. Há dois dias, ou ontem, não me lembro bem quando, vi uma reportagem da Reuters que dizia que a Madeira tinha tido os primeiros casos de dengue, cerca de 52 casos, com cerca de 400 casos prováveis. Isso foi há dois dias. É interessante, pois o inseto apareceu na Madeira em 2005, e cá estamos, uns anos mais tarde, com os primeiros casos de dengue. Concluímos então que onde quer que vá o mosquito, a dengue segue-o. Quando o mosquito aparece na vossa área, qualquer pessoa que entre nessa área infetada com dengue o mosquito vai picá-la, e a outra, a outra, e a outra e teremos uma epidemia.
So we must be good at killing mosquitos. I mean, that can't be very difficult. Well, there's two principle ways. The first way is that you use larvicides. You use chemicals. You put them into water where they breed. Now in an urban environment, that's extraordinarily difficult. You've got to get your chemical into every puddle, every birdbath, every tree trunk. It's just not practical. The second way you can do it is actually trying to kill the insects as they fly around. This is a picture of fogging. Here what someone is doing is mixing up chemical in a smoke and basically spreading that through the environment. You could do the same with a space spray. This is really unpleasant stuff, and if it was any good, we wouldn't have this massive increase in mosquitos and we wouldn't have this massive increase in dengue fever. So it's not very effective, but it's probably the best thing we've got at the moment. Having said that, actually, your best form of protection and my best form of protection is a long-sleeve shirt and a little bit of DEET to go with it.
Por isso, temos de ser bons a matar mosquitos. Quer dizer, não deve ser assim tão difícil. Nós temos duas maneiras principais. A primeira é usar larvicidas. Usam-se químicos. Colocam-se na água onde eles procriam. Mas, num ambiente urbano, isso é extremamente difícil. Temos de colocar o químico em todos os charcos, todos os chafarizes, todos os troncos de árvore. Não é nada prático. A segunda maneira de fazê-lo é tentar matar os mosquitos enquanto eles voam por aí. Esta é uma fotografia de pulverização. Aqui, o que alguém está a fazer é misturar químicos num fumo e basicamente espalhá-lo pelo ambiente. Pode fazer-se o mesmo com um "spray". Isto são coisas muito desagradáveis, e se fossem eficazes não teríamos este extremo aumento de mosquitos, e não teríamos este extremo aumento da febre de dengue. Isto não é muito eficiente, mas é provavelmente o melhor que temos de momento. Dito isto, na verdade, a nossa melhor forma de proteção é uma camisa de manga comprida e um pouco de repelente para combinar.
So let's start again. Let's design a product, right from the word go, and decide what we want. Well we clearly need something that is effective at reducing the mosquito population. There's no point in just killing the odd mosquito here and there. We want something that gets that population right the way down so it can't get the disease transmission. Clearly the product you've got has got to be safe to humans. We are going to use it in and around humans. It has to be safe. We don't want to have a lasting impact on the environment. We don't want to do anything that you can't undo. Maybe a better product comes along in 20, 30 years. Fine. We don't want a lasting environmental impact. We want something that's relatively cheap, or cost-effective, because there's an awful lot of countries involved, and some of them are emerging markets, some of them emerging countries, low-income. And finally, you want something that's species-specific. You want to get rid of this mosquito that spreads dengue, but you don't really want to get all the other insects. Some are quite beneficial. Some are important to your ecosystem. This one's not. It's invaded you. But you don't want to get all of the insects. You just want to get this one. And most of the time, you'll find this insect lives in and around your home, so this -- whatever we do has got to get to that insect. It's got to get into people's houses, into the bedrooms, into the kitchens.
Então vamos começar de novo. Vamos desenhar um produto, mesmo do início e decidir o que queremos. Claramente precisamos de algo que seja eficaz a reduzir a população de mosquitos. Não faz sentido matar um mosquito aqui e outro ali. Queremos algo que reduza drasticamente a população de forma a não poder transmitir a doença. É claro que o produto tem que ser seguro para os seres humanos. Vamos usá-lo nas pessoas e à sua volta. Tem que ser seguro. Não queremos que tenha um impacto duradouro no ambiente. Não queremos nada que não possamos desfazer. Talvez venha um produto melhor daqui a 20, 30 anos. Tudo bem. Não queremos um impacto ambiental duradouro. Queremos algo que seja relativamente barato, ou com boa relação eficiência-preço, porque há um grande número de países envolvidos, e alguns deles são mercados emergentes, países em vias de desenvolvimento, com baixos rendimentos. E, finalmente, queremos algo específico para esta espécie. Queremos livrar-nos do mosquito que espalha a dengue, mas não queremos matar os outros insetos todos. Alguns são benéficos. Outros são importantes para o nosso ecossistema. Este não é. Invadiu-nos. Mas não os queremos matar todos, apenas este. E, na maioria das vezes, descobrimos que este inseto vive dentro e à volta da nossa casa, então o que quer que façamos tem que chegar a esse inseto. Tem que ir dentro da casa das pessoas, dentro dos quartos, dentro das cozinhas.
Now there are two features of mosquito biology that really help us in this project, and that is, firstly, males don't bite. It's only the female mosquito that will actually bite you. The male can't bite you, won't bite you, doesn't have the mouth parts to bite you. It's just the female. And the second is a phenomenon that males are very, very good at finding females. If there's a male mosquito that you release, and if there's a female around, that male will find the female.
Há duas características da biologia dos mosquitos que nos ajudam bastante neste projeto. Em primeiro lugar, os machos não picam. Apenas o mosquito fêmea nos pica. O macho não nos pode picar, não nos vai picar, não tem a parte da boca necessária para nos picar. Apenas a fêmea. A segunda é o fenómeno de que os machos são muito bons a encontrar as fêmeas. Se soltarmos um mosquito macho, e houver uma fêmea nas redondezas, esse macho vai encontrar a fêmea.
So basically, we've used those two factors. So here's a typical situation, male meets female, lots of offspring. A single female will lay about up to 100 eggs at a time, up to about 500 in her lifetime. Now if that male is carrying a gene which causes the death of the offspring, then the offspring don't survive, and instead of having 500 mosquitos running around, you have none. And if you can put more, I'll call them sterile, that the offspring will actually die at different stages, but I'll call them sterile for now. If you put more sterile males out into the environment, then the females are more likely to find a sterile male than a fertile one, and you will bring that population down. So the males will go out, they'll look for females, they'll mate. If they mate successfully, then no offspring. If they don't find a female, then they'll die anyway. They only live a few days.
Então, basicamente, usámos esses dois fatores. Aqui está uma situação típica: o macho encontra a fêmea, muitas crias. Uma única fêmea põe até cerca de 100 ovos de cada vez, e até cerca de 500 na sua vida inteira. Se esse macho tiver um gene que causa a morte das crias, as crias não sobrevivem e, em vez de termos 500 mosquitos a voar por aí, não temos nenhum. Se pusermos mais — vou chamar-lhes estéreis, porque as crias vão realmente morrer em estágios diferentes, mas vou chamar-lhes estéreis para já — se pusermos mais machos estéreis no ambiente, é mais provável que as fêmeas encontrem um macho estéril do que um fértil, e conseguimos baixar a população. Então libertamos os machos, eles vão procurar as fêmeas e acasalar. Se conseguirem acasalar, não têm crias. Se não encontrarem uma fêmea, vão morrer de qualquer maneira. Eles só vivem alguns dias.
And that's exactly where we are. So this is technology that was developed in Oxford University a few years ago. The company itself, Oxitec, we've been working for the last 10 years, very much on a sort of similar development pathway that you'd get with a pharmaceutical company. So about 10 years of internal evaluation, testing, to get this to a state where we think it's actually ready. And then we've gone out into the big outdoors, always with local community consent, always with the necessary permits. So we've done field trials now in the Cayman Islands, a small one in Malaysia, and two more now in Brazil.
E é exatamente aqui que estamos. Isto é tecnologia que foi desenvolvida na Universidade de Oxford há uns anos. Nós, empresa Oxitec, temos estado a trabalhar, nos últimos 10 anos, com uma orientação de desenvolvimento semelhante à de uma empresa farmacêutica: cerca de 10 anos de avaliações internas e testes, até chegar ao ponto em que achamos que está mesmo pronto. E então fomos para a rua, sempre com o consentimento da comunidade local, sempre com as autorizações necessárias. Fizemos testes de campo nas Ilhas Caimão, um pequeno teste na Malásia, e agora mais dois no Brasil.
And what's the result? Well, the result has been very good. In about four months of release, we've brought that population of mosquitos — in most cases we're dealing with villages here of about 2,000, 3,000 people, that sort of size, starting small — we've taken that mosquito population down by about 85 percent in about four months. And in fact, the numbers after that get, those get very difficult to count, because there just aren't any left. So that's been what we've seen in Cayman, it's been what we've seen in Brazil in those trials.
Qual foi o resultado? Bom, o resultado foi muito bom. Em cerca de 4 meses de testes, conseguimos levar essa população de mosquitos — na maioria dos casos, estamos a lidar com aldeias de cerca de 2000, 3000 pessoas, esse tipo de tamanho, começámos com pouco — conseguimos fazer diminuir a população de mosquitos cerca de 85 % em cerca de quatro meses. De facto, os números depois disso ficam difíceis de contabilizar, pois já não sobram mosquitos. Então, isto foi o que aconteceu nas Caimão, o que aconteceu no Brasil nesses testes.
And now what we're doing is we're going through a process to scale up to a town of about 50,000, so we can see this work at big scale. And we've got a production unit in Oxford, or just south of Oxford, where we actually produce these mosquitos. We can produce them, in a space a bit more than this red carpet, I can produce about 20 million a week. We can transport them around the world. It's not very expensive, because it's a coffee cup -- something the size of a coffee cup will hold about three million eggs. So freight costs aren't our biggest problem. (Laughter) So we've got that. You could call it a mosquito factory. And for Brazil, where we've been doing some trials, the Brazilian government themselves have now built their own mosquito factory, far bigger than ours, and we'll use that for scaling up in Brazil.
Agora estamos a passar por um processo no sentido de aumentar a escala a uma cidade de cerca de 50 000, para vermos isto a funcionar em grande escala. Temos uma unidade de produção em Oxford, mesmo a sul de Oxford, onde produzimos estes mosquitos. Podemos produzi-los num espaço um pouco maior que este tapete vermelho. Consigo produzir cerca de 20 milhões por semana. Podemos transportá-los pelo mundo. Não é muito caro, porque uma coisa do tamanho de uma chávena de café consegue guardar cerca de 3 milhões de ovos. Os custos de transporte não são o nosso maior problema. (Risos) Portanto, temos isto. Podemos chamar-lhe uma fábrica de mosquitos. No Brasil, onde estivemos a fazer alguns testes, o governo brasileiro construiu a sua fábrica de mosquitos, bem maior do que a nossa, e vamos usá-la para aumentar a escala no Brasil.
There you are. We've sent mosquito eggs. We've separated the males from the females. The males have been put in little pots and the truck is going down the road and they are releasing males as they go. It's actually a little bit more precise than that. You want to release them so that you get good coverage of your area. So you take a Google Map, you divide it up, work out how far they can fly, and make sure you're releasing such that you get coverage of the area, and then you go back, and within a very short space of time, you're bringing that population right the way down.
Aí têm. Enviámos ovos de mosquito. Separámos os machos das fêmeas. Os machos foram colocados em pequenos frascos, a carrinha está a andar pela estrada e eles vão libertando os machos. É um pouco mais exato do que isso. Queremos libertá-los de forma a cobrir toda a área. Portanto, pegamos num mapa Google, dividimo-lo, vemos quão longe eles voam, e certificamo-nos de que os libertamos de forma a cobrir a área, e depois voltamos. Ao fim de um curto intervalo de tempo, estamos a reduzir drasticamente essa população.
We've also done this in agriculture. We've got several different species of agriculture coming along, and I'm hoping that soon we'll be able to get some funding together so we can get back and start looking at malaria.
Também fizemos isto na agricultura. Estamos a trabalhar em várias espécies de agricultura, e espero que, em breve, possamos reunir fundos para começar a tratar da malária. É este o ponto em que estamos de momento,
So that's where we stand at the moment, and I've just got a few final thoughts, which is that this is another way in which biology is now coming in to supplement chemistry in some of our societal advances in this area, and these biological approaches are coming in in very different forms, and when you think about genetic engineering, we've now got enzymes for industrial processing, enzymes, genetically engineered enzymes in food. We have G.M. crops, we have pharmaceuticals, we have new vaccines, all using roughly the same technology, but with very different outcomes. And I'm in favor, actually. Of course I am. I'm in favor of particularly where the older technologies don't work well or have become unacceptable. And although the techniques are similar, the outcomes are very, very different, and if you take our approach, for example, and you compare it to, say, G.M. crops, both techniques are trying to produce a massive benefit. Both have a side benefit, which is that we reduce pesticide use tremendously. But whereas a G.M. crop is trying to protect the plant, for example, and give it an advantage, what we're actually doing is taking the mosquito and giving it the biggest disadvantage it can possibly have, rendering it unable to reproduce effectively. So for the mosquito, it's a dead end.
e tenho apenas uns pensamentos finais, que são: esta é outra forma pela qual a biologia está agora a entrar para complementar a química nalguns dos nossos avanços sociais nesta área. Estas abordagens biológicas estão a chegar de formas muito diferentes. Quando pensamos em engenharia genética, temos agora enzimas para o processamento industrial, enzimas geneticamente desenvolvidas na comida. Temos culturas de OGMs, temos fármacos, temos novas vacinas, todos usando praticamente a mesma tecnologia, mas com resultados bastante diferentes. Eu sou a favor disso. É claro que sou. Sou a favor disso particularmente nos campos em que as tecnologias antigas não funcionam bem ou se tornaram inaceitáveis. Apesar de as técnicas serem semelhantes, os resultados são muito diferentes. Se pegarem na nossa abordagem e a compararem com as culturas de OGMs, ambas as técnicas estão a tentar produzir um benefício enorme. Ambas têm uma benesse adicional, que é reduzir drasticamente o uso de pesticidas. Mas enquanto que as culturas de OGMs estão a proteger a planta, por exemplo, e a dar-lhe uma vantagem, o que nós estamos a fazer é pegar no mosquito e dar-lhe a pior desvantagem que ele pode ter, deixando-o incapaz de se reproduzir eficazmente.
Thank you very much. (Applause)
Por isso, para o mosquito, é um beco sem saída.