For most of history, humans had no idea what purpose the heart served. In fact, the organ so confused Leonardo da Vinci, that he gave up studying it. Although everyone could feel their own heart beating, it wasn't always clear what each thump was achieving. Now we know that the heart pumps blood. But that fact wasn't always obvious, because if a heart was exposed or taken out, the body would perish quickly. It's also impossible to see through the blood vessels, and even if that were possible, the blood itself is opaque, making it difficult to see the heart valves working. Even in the 21st century, only a few people in surgery teams have actually seen a working heart. Internet searches for heart function, point to crude models, diagrams or animations that don't really show how it works. It's as if there has been a centuries old conspiracy amongst teachers and students to accept that heart function cannot be demonstrated. Meaning that the next best thing is simply to cut it open and label the parts. That way students might not fully grasp the way it works, but can superficially understand it, learning such concepts as the heart is a four-chambered organ, or potentially misleading statements like, mammals have a dual-circulation: one with blood going to the lungs and back, and another to the body and back. In reality, mammals have a figure-eight circulation. Blood goes from one heart pump to the lungs, back to the second heart pump, which sends it to the body, and then back to the first pump. That's an important difference because it marks two completely different morphologies. This confusion makes many students wary of the heart in biology lessons, thinking it signals an intimidating subject full of complicated names and diagrams. Only those who end up studying medicine compeltely understand how it all actually works. That's when its functions become apparent as medics get to observe the motion of the heart's valves. So, let's imagine you're a medic for a day. What you'll need to get started is a whole fresh heart, like one from a sheep or pig. Immerse this heart in water and you'll see that it doesn't pump when squeezed by hand. That's because water doesn't enter the heart cleanly enough for the pumping mechanism to work. We can solve this problem in an extraordinarly simple way. Simply identify the two atria and cut them off, trimming them down to the tops of the ventricles. This makes the heart look less complicated because the atria have several incoming veins attached. So without them there, the only vessels remaining are the two major heart arteries: the aorta and pulmonary artery, which rise like white columns from between the ventricles. It looks -- and really is -- very simple. If you run water into the right ventricle from a tap (the left also works, but less spectacularly), you'll see that the ventricular valve tries to close against the incoming stream. And then ventricle inflates with water. Squeeze the ventricle and a stream of water squirts out of the pulmonary artery. The ventricular valves, called the tricuspid in the right ventricle and the mitral in the left, can be seen through the clear water opening and closing like parachutes as the ventricle is rhythmically squeezed. This flow of water mimics the flow of blood in life. The valves are completely efficient. You'll notice they don't leak at all when the ventricles are squeezed. Over time, they also close against each other with very little wear and tear, which explains how this mechanism continues to work seamlessly for more than 2 billion beats a heart gives in its lifetime. Now, anyone studying the heart can hold one in their hands, make it pump for real and watch the action unfold. So place your hand above your own and feel its rhymic beat. Understanding how this dependable inner pump works gives new resonance to the feeling you get when you run a race, drink too much caffeine or catch the eye of the one you love.
Durante a maior parte da história, o homem não teve ideia do papel do coração. Na verdade, o órgão deixou Leonardo da Vinci tão confuso, que ele desistiu de estudá-lo. Embora todos pudessem sentir seu próprio coração bater, não se sabia o porquê de cada batida. Hoje sabemos que o coração bombeia sangue. Mas isso não era tão óbvio porque, se o coração fosse extraído ou exposto, o corpo morreria rapidamente. Além disso, é impossível ver através dos vasos sanguíneos, e, mesmo que isto fosse possível, o sangue é opaco, o que dificultaria ver as válvulas do coração funcionando. Mesmo no século XXI, apenas algumas pessoas em equipes de cirurgia já viram um coração funcionando de fato. Buscas na internet pela função do coração trazem modelos brutos, diagramas ou animações que não mostram exatamente como ele funciona. É como se tivesse ocorrido uma conspiração por séculos, entre professores e alunos, para aceitarem que a função do coração não pode ser demonstrada, o que significa que a melhor coisa é simplesmente abri-lo e classificar as partes. Dessa maneira, talvez os alunos não entendam de fato como ele funciona, mas podem compreendê-lo superficialmente, aprendendo conceitos tais como que o coração é um órgão composto por quatro câmaras, ou afirmações potencialmente equivocadas, como "os mamíferos possuem circulação dupla: uma em que o sangue vai até os pulmões e volta, e outra que vai para o corpo e volta." Na realidade, os mamíferos possuem uma circulação em forma de oito. O sangue vai de um dos lados do coração para os pulmões, volta ao outro lado do coração, que o envia ao corpo, e retorna ao lado original. Essa é uma diferença importante, porque marca duas morfologias completamente diferentes. Essa confusão faz com que muitos alunos fiquem receosos nas aulas de biologia sobre o coração, achando que este seja um assunto intimidador, repleto de nomes e diagramas complicados. Apenas aqueles que acabam estudando medicina entendem completamente como tudo funciona. É aí que as funções do coração ficam claras, quando os médicos conseguem observar o movimento das válvulas do coração. Então, imaginemos que você seja médico por um dia. Para começar, você vai precisar de um coração fresco, como o de uma ovelha ou o de um porco. Mergulhe-o em água e você verá que ele não bombeia quando espremido com a mão. Isso porque a água não entra no coração de forma cuidadosa o bastante para que o mecanismo de bombeamento funcione. Podemos resolver este problema de forma extraordinariamente simples. Simplesmente identifique os dois átrios e os retire, cortando-os até o alto dos ventrículos. Isso faz com que o coração pareça menos complicado, porque os átrios possuem diversas veias de entrada. Sem elas, os únicos vasos que permanecem são as duas maiores artérias do coração: as artérias aorta e pulmonar, que surgem do meio dos ventrículos como colunas brancas. Parece -- e de fato é -- muito simples. Se você puser água vinda de uma torneira dentro do ventrículo direito (o esquerdo também funciona, mas não tão espetacularmente), verá que a válvula ventricular tenta se fechar diante da corrente que entra. Então, o ventrículo se enche de água. Espremendo o ventrículo, a corrente de água é esguichada através da artéria pulmonar. As válvulas ventriculares, sendo chamada tricúspide a do ventrículo direito e mitral a do esquerdo, podem ser vistas através da água límpida, abrindo-se e fechando-se como paraquedas, conforme o ventrículo é comprimido de forma rítmica. Esse fluxo de água imita o fluxo de sangue. As válvulas são totalmente eficientes. Percebe-se que elas não vazam nada, quando os ventrículos se comprimem. Com o tempo, elas também se fecham uma contra a outra, com muito pouco desgaste, o que explica como esse mecanismo continua funcionando perfeitamente pelos mais de dois bilhões de batidas que o coração dá ao longo da vida. Hoje, todos que estudam o coração podem segurar um em suas mãos, fazê-lo bater e assistir enquanto isso acontece. Então, coloque sua mão sobre o seu coração e sinta as batidas dele. Compreender como essa confiável válvula interna funciona traz uma nova perspectiva à sensação que você tem quando disputa uma corrida, quando toma cafeína demais ou quando quem você ama olha para você.