There are two groups of women when it comes to screening mammography -- women in whom mammography works very well and has saved thousands of lives and women in whom it doesn't work well at all. Do you know which group you're in? If you don't, you're not alone. Because the breast has become a very political organ. The truth has become lost in all the rhetoric coming from the press, politicians, radiologists and medical imaging companies. I will do my best this morning to tell you what I think is the truth. But first, my disclosures. I am not a breast cancer survivor. I'm not a radiologist. I don't have any patents, and I've never received any money from a medical imaging company, and I am not seeking your vote.
Há dois grupos de mulheres quando se trata de mamografias: mulheres nas quais a mamografia funciona muito bem e já salvou milhares de vidas e mulheres nas quais ela não funciona bem mesmo. Você sabe qual é o seu grupo? Se não sabe, você não é a única. Porque o seio tornou-se um órgão político. A verdade se perdeu em toda a retórica vinda da imprensa, dos políticos, radiologistas e empresas de imagens médicas. Eu farei o melhor esta manhã para contar o que eu acho que é a verdade. Mas antes, minhas informações. Eu não sou uma sobrevivente do câncer de mama. Eu não sou radiologista. Eu não tenho quaisquer patentes, e eu nunca recebi dinheiro de empresas de imagens médicas. Eu não estou atrás do seu voto.
(Laughter)
(Risos)
What I am is a doctor of internal medicine who became passionately interested in this topic about 10 years ago when a patient asked me a question. She came to see me after discovering a breast lump. Her sister had been diagnosed with breast cancer in her 40s. She and I were both very pregnant at that time, and my heart just ached for her, imagining how afraid she must be. Fortunately, her lump proved to be benign. But she asked me a question: how confident was I that I would find a tumor early on her mammogram if she developed one? So I studied her mammogram, and I reviewed the radiology literature, and I was shocked to discover that, in her case, our chances of finding a tumor early on the mammogram were less than the toss of a coin.
Eu sou uma doutora de medicina interna e me tornei extremamente interessada neste tópico há cerca de 10 anos quando uma paciente me fez uma pergunta. Ela veio me ver depois de descobrir um caroço no seio. Sua irmã tinha sido diagnosticada com câncer de mama aos 40 e poucos anos. Ela e eu estávamos grávidas na época, e senti um aperto no coração por ela, imaginando o quanto ela estava assustada. Felizmente, o seu tumor era benigno. Mas ela me perguntou: o quão confiante eu era de achar um tumor inicial na sua mamografia se ela desenvolvesse um tumor? Então eu estudei a sua mamografia, e revisei a literatura em radiologia, e fiquei chocada ao descobrir que, no caso dela, nossas chances de achar um tumor no estágio inicial eram menores do que um "cara ou coroa".
You may recall a year ago when a firestorm erupted after the United States Preventive Services Task Force reviewed the world's mammography screening literature and issued a guideline recommending against screening mammograms in women in their 40s. Now everybody rushed to criticize the Task Force, even though most of them weren't in anyway familiar with the mammography studies. It took the Senate just 17 days to ban the use of the guidelines in determining insurance coverage. Radiologists were outraged by the guidelines. The pre-eminent mammographer in the United States issued the following quote to the Washington Post. The radiologists were, in turn, criticized for protecting their own financial self-interest. But in my view, the radiologists are heroes. There's a shortage of radiologists qualified to read mammograms, and that's because mammograms are one of the most complex of all radiology studies to interpret, and because radiologists are sued more often over missed breast cancer than any other cause. But that very fact is telling.
Talvez vocês lembrem no ano passado do furor causado depois que a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos revisou a literatura mundial do processo de mamografias e estabeleceu diretrizes recomendando contra a mamografia em mulheres em seus 40 anos. Todos correram para criticar a força tarefa, mesmo que a maioria não tivesse conhecimento algum em estudos de mamografia. O Senado levou apenas 17 dias para banir o uso das diretrizes ao determinar a cobertura dos seguros. Radioligistas ficaram indignados com as diretrizes. As pessoas proeminentes em mamografia nos EUA deram este depoimento para o Washington Post. Os radiologistas foram criticados por protegerem os próprios interesses financeiros. Mas ao meu ver, os radiologistas são heróis. Há uma falta de radiologistas qualificados em analisar mamografias, e isso porque as mamografias são uma das coisas mais complexas de se interpretar nos estudos radiológicos, e porque os radiologistas são processados com mais frequência por não verem o câncer de mama do que qualquer outra causa. Mas esse fato nos diz que
Where there is this much legal smoke, there is likely to be some fire. The factor most responsible for that fire is breast density. Breast density refers to the relative amount of fat -- pictured here in yellow -- versus connective and epithelial tissues -- pictured in pink. And that proportion is primarily genetically determined. Two-thirds of women in their 40s have dense breast tissue, which is why mammography doesn't work as well in them. And although breast density generally declines with age, up to a third of women retain dense breast tissue for years after menopause.
onde há muita fumaça "jurídica", é provavel que haja fogo. O fator mais responsável por esse fogo é a densidade do seio. A densidade do seio se refere à quantidade relativa de gordura - nesta imagem em amarelo - versus tecidos conjuntivos e epiteliais - mostrados em rosa. E esta proporção é principalmente determinada geneticamente. Dois terços das mulheres em seus 40 anos têm tecidos dos seios densos, e é por isso que a mamografia não funciona tão bem com elas. E embora a densidade do seio geralmente caia com a idade, até um terço das mulheres continuam com tecido denso por anos após a menopausa.
So how do you know if your breasts are dense? Well, you need to read the details of your mammography report. Radiologists classify breast density into four categories based on the appearance of the tissue on a mammogram. If the breast is less than 25 percent dense, that's called fatty-replaced. The next category is scattered fibroglandular densities, followed by heterogeneously dense and extremely dense. And breasts that fall into these two categories are considered dense. The problem with breast density is that it's truly the wolf in sheep's clothing. Both tumors and dense breast tissue appear white on a mammogram, and the X-ray often can't distinguish between the two. So it's easy to see this tumor in the upper part of this fatty breast. But imagine how difficult it would be to find that tumor in this dense breast. That's why mammograms find over 80 percent of tumors in fatty breasts, but as few as 40 percent in extremely dense breasts.
Então como você sabe se os seus seios são densos? Bem, você precisa ler os detalhes da sua mamografia. Os radiologistas classificam a densidade do seio em quatro categorias baseadas na aparência do tecido na mamografia. Se o seio tem menos do que 25% de densidade, é chamado tecido gorduroso substituído. A próxima categoria é densidades fibroglandulares espalhadas, seguida por tecido heterogeniamente denso e extremamente denso. E o seio que fica numa dessas duas categorias são considerados densos. O problema com a densidade do seio é que realmente é um lobo em pele de cordeiro. O tumor e o tecido do seio denso aparecem brancos na mamografia, e o raio-X geralmente não distingue entre os dois. Então é fácil ver este tumor na parte superior do seio gorduroso. Mas imagine como seria difícil achar aquele tumor neste seio denso. É por isso que as mamografias encontram mais de 80% dos tumores em seios gordurosos, mas não mais que 40% em seios extremamente densos.
Now it's bad enough that breast density makes it hard to find a cancer, but it turns out that it's also a powerful predictor of your risk for breast cancer. It's a stronger risk factor than having a mother or a sister with breast cancer. At the time my patient posed this question to me, breast density was an obscure topic in the radiology literature, and very few women having mammograms, or the physicians ordering them, knew about this. But what else could I offer her?
Já é ruim quando a densidade do seio dificulta a localização do câncer, mas acontece que isso pode ser uma poderosa previsão do seu risco de ter câncer de mama. É um fator de risco mais forte do que ter uma mãe ou uma irmã com câncer de mama. Na época em que minha paciente me fez essa pergunta, densidade do seio era um tópico obscuro na literatura radiológica, e muito poucas mulheres fazendo mamografias, ou médicos pedindo o exame, sabiam disso. Mas o que mais eu poderia oferecer a ela?
Mammograms have been around since the 1960's, and it's changed very little. There have been surprisingly few innovations, until digital mammography was approved in 2000. Digital mammography is still an X-ray of the breast, but the images can be stored and manipulated digitally, just like we can with a digital camera. The U.S. has invested four billion dollars converting to digital mammography equipment, and what have we gained from that investment? In a study funded by over 25 million taxpayer dollars, digital mammography was found to be no better over all than traditional mammography, and in fact, it was worse in older women. But it was better in one group, and that was women under 50 who were pre-menopausal and had dense breasts, and in those women, digital mammography found twice as many cancers, but it still only found 60 percent. So digital mammography has been a giant leap forward for manufacturers of digital mammography equipment, but it's been a very small step forward for womankind.
Mamografias estão presentes desde os anos 60. E mudaram muito pouco. Houve surpreendentemente poucas inovações, até que a mamografia digital foi aprovada em 2000. Mamografia digital ainda é um raio-X do seio, mas as imagens podem ser guardadas e manipuladas digitalmente, assim como fazemos com uma câmera digital. Os EUA investiram quatro bilhões de dólares convertendo equipamentos para mamografia digital. E o que ganhamos com esse investimento? Num estudo de mais de 25 milhões de dólares financiado pela população, foi descoberto que a mamografia digital não apresentou melhorias comparada com a tradicional. E na verdade era pior em mulheres mais velhas. Mas foi melhor para um grupo, o de mulheres abaixo dos 50 que estavam na pré-menopausa e tinham seios densos. E nestas mulheres, a mamografia digital achou duas vezes mais câncer, mas mesmo assim encontrou apenas 60%. Então a mamografia digital foi um grande salto para os fabricantes de equipamento para mamografia digital, mas foi um passo muito pequeno para as mulheres.
What about ultrasound? Ultrasound generates more biopsies that are unnecessary relative to other technologies, so it's not widely used. And MRI is exquisitely sensitive for finding tumors, but it's also very expensive. If we think about disruptive technology, we see an almost ubiquitous pattern of the technology getting smaller and less expensive. Think about iPods compared to stereos. But it's the exact opposite in health care. The machines get ever bigger and ever more expensive. Screening the average young woman with an MRI is kind of like driving to the grocery store in a Hummer. It's just way too much equipment. One MRI scan costs 10 times what a digital mammogram costs. And sooner or later, we're going to have to accept the fact that health care innovation can't always come at a much higher price.
E o ultrassom? O ultrassom gera mais biópsias que são desnecessárias em relação a outras tecnologias, então não é muito usado. E resonância magnética é extremamente sensível para encontrar tumores, mas também é muito cara. Se pensarmos em tecnologia perturbadora, vemos quase que um padrão predominante de tecnologia ficando menor e mais barata. Pense nos iPods comparados aos estéreos. Mas acontece exatamente o oposto na saúde. As máquinas são cada vez maiores e muito mais caras. Examinar uma mulher com resonância magnética é como dirigir para o supermercado num Hummer. É simplesmente equipamento demais. Um exame de resonância magnética custa 10 vezes mais do que uma mamografia digital. E cedo ou tarde teremos que aceitar o fato de que inovação na assistência médica não pode acontecer com um preço muito alto.
Malcolm Gladwell wrote an article in the New Yorker on innovation, and he made the case that scientific discoveries are rarely the product of one individual's genius. Rather, big ideas can be orchestrated, if you can simply gather people with different perspectives in a room and get them to talk about things that they don't ordinarily talk about. It's like the essence of TED. He quotes one innovator who says, "The only time a physician and a physicist get together is when the physicist gets sick." (Laughter) This makes no sense, because physicians have all kinds of problems that they don't realize have solutions. And physicists have all kinds of solutions for things that they don't realize are problems. Now, take a look at this cartoon that accompanied Gladwell's article, and tell me if you see something disturbing about this depiction of innovative thinkers.
Malcolm Gladwell escreveu um artigo na revista The New Yorker sobre inovação, e ele apontou que as descobertas científicas raramente são o produto do gênio individual. Ao contrário, grandes ideias podem ser orquestradas se você simplesmente juntar pessoas com diferentes perspectivas e fazê-las falar sobre coisas que elas geralmente não falam. É como a essência do TED. Ele menciona um inovador que diz: "A única vez que um médico e um físico se juntam é quando o físico fica doente." (Risos) Isso não faz sentido, porque médicos têm todos os tipos de problemas os quais eles não percebem que têm soluções. E físicos têm todos os tipos de soluções para coisas as quais eles não percebem que são problemas. Agora, vejam este desenho que acompanhava o artigo de Gladwell, e me digam se veem algo perturbador sobre esta imagem de pensadores inovadores.
(Laughter)
(Risos)
So if you will allow me a little creative license, I will tell you the story of the serendipitous collision of my patient's problem with a physicist's solution. Shortly after her visit, I was introduced to a nuclear physicist at Mayo named Michael O'Conner, who was a specialist in cardiac imaging, something I had nothing to do with. And he happened to tell me about a conference he'd just returned from in Israel, where they were talking about a new type of gamma detector. Now gamma imaging has been around for a long time to image the heart, and it had even been tried to image the breast. But the problem was that the gamma detectors were these huge, bulky tubes, and they were filled with these scintillating crystals, and you just couldn't get them close enough around the breast to find small tumors. But the potential advantage was that gamma rays, unlike X-rays, are not influenced by breast density. But this technology could not find tumors when they're small, and finding a small tumor is critical for survival. If you can find a tumor when it's less than a centimeter, survival exceeds 90 percent, but drops off rapidly as tumor size increases. But Michael told me about a new type of gamma detector that he'd seen, and this is it. It's made not of a bulky tube, but of a thin layer of a semiconductor material that serves as the gamma detector. And I started talking to him about this problem with breast density, and we realized that we might be able to get this detector close enough around the breast to actually find small tumors.
Então se me permitirem um pouco de criatividade, vou contar a história da incrível colisão do problema da minha paciente com a solução de um físico. Pouco depois da sua visita, eu conheci um físico nuclear na [clínica] Mayo chamado Michael O'Conner, que era um especialista em imagens cardíacas, algo que não tinha nada a ver comigo. E ele me contou sobre uma conferência da qual ele recém tinha voltado em Israel, onde falaram sobre um novo tipo de detector gama. Imagens gama estão presentes há muito tempo sendo usadas no coração, e até mesmo foram testadas no seio. Mas o problema era que os detectores gama eram tubos enormes e volumosos, com cristais cintilantes dentro, e não era possível fazê-los ficar perto o suficiente do seio para encontrar tumores pequenos. Mas a vantagem em potencial era que raios gama, diferente dos raios-X, não são influenciados pela densidade do seio. Mas essa tecnologia não conseguia achar tumores pequenos. E achar um tumor pequeno é crucial para sobrevivência. Se você acha um tumor quando é menor que um centímetro, a sobrevivência ultrapassa os 90%, mas cai rapidamente à medida que o tumor cresce. Mas Michael me falou sobre um novo tipo de detector gama que ele tinha visto, e é isto. Não é feito com um tubo volumoso, mas com uma camada fina de um material semicondutor que serve como um detector gama. E eu falei com ele sobre o problema de densidade do seio, e percebemos que talvez pudéssemos fazer com que este detector chegasse perto o suficiente do seio para realmente achar tumores pequenos.
So after putting together a grid of these cubes with tape -- (Laughter) -- Michael hacked off the X-ray plate of a mammography machine that was about to be thrown out, and we attached the new detector, and we decided to call this machine Molecular Breast Imaging, or MBI. This is an image from our first patient. And you can see, using the old gamma technology, that it just looked like noise. But using our new detector, we could begin to see the outline of a tumor.
Então depois de montar uma grade destes cubos com fita adesiva (Risos) Michael tirou a placa de raio-X de uma máquina de mamografia que estava para ser descartada. E anexamos o novo detector, e decidimos chamar esta máquina "Imagem de Seio Molecular", ou ISM. Esta é uma imagem de nossa primeira paciente. E podem ver que, usando a velha tecnologia gama, tudo parecia um borrão. Mas usando o novo detector, começamos a ver o esboço de um tumor.
So here we were, a nuclear physicist, an internist, soon joined by Carrie Hruska, a biomedical engineer, and two radiologists, and we were trying to take on the entrenched world of mammography with a machine that was held together by duct tape. To say that we faced high doses of skepticism in those early years is just a huge understatement, but we were so convinced that we might be able to make this work that we chipped away with incremental modifications to this system. This is our current detector. And you can see that it looks a lot different. The duct tape is gone, and we added a second detector on top of the breast, which has further improved our tumor detection.
Então cá estávamos, um físico nuclear, uma médica, logo com a ajuda de Carrie Hruska, uma engenheira biomédica, e dois radiologistas, e tentamos desafiar o mundo enredado da mamografia com uma máquina que foi montada com fita adesiva. Dizer que encaramos altas doses de descrença naqueles primeiros anos é um grande eufemismo. Mas estávamos tão convencidos de que poderíamos fazer funcionar que seguimos com modificações incrementadoras no sistema. Este é o nosso detector atual. E podem ver que parece muito diferente. A fita adesiva já era, e adicionamos um segundo detector em cima do seio, o que aumentou a detecção de tumores.
So how does this work? The patient receives an injection of a radio tracer that's taken up by rapidly proliferating tumor cells, but not by normal cells, and this is the key difference from mammography. Mammography relies on differences in the appearance of the tumor from the background tissue, and we've seen that those differences can be obscured in a dense breast. But MBI exploits the different molecular behavior of tumors, and therefore, it's impervious to breast density. After the injection, the patient's breast is placed between the detectors. And if you've ever had a mammogram -- if you're old enough to have had a mammogram -- you know what comes next: pain. You may be surprised to know that mammography is the only radiologic study that's regulated by federal law, and the law requires that the equivalent of a 40-pound car battery come down on your breast during this study. But with MBI, we use just light, pain-free compression. (Applause) And the detector then transmits the image to the computer.
Como isso funciona? A paciente recebe uma injeção de rastreador de rádio que é absorvida pelas células cancerígenas que se espalham rapidamente, mas não pelas células normais. E esta é a diferença chave da mamografia. A mamografia baseia-se nas diferenças da aparência do tumor com o tecido ao fundo, e vimos que essas diferenças podem ser cobertas num seio denso. Mas ISM explora o diferente comportamento molecular dos tumores, e portanto é insensível à densidade do seio. Depois da injeção, o seio da paciente é posicionado entre os detectores. E se você já fez uma mamografia - se você tem idade suficiente para ter feito uma - você sabe o que vem depois: dor. Você pode se surpreender ao saber que a mamografia é o único estudo radiológico que é regulado por lei federal, e que a lei requer que o equivalente a uma bateria de carro de quase 20 quilos desça sobre o seu seio durante o estudo. Mas com ISM, usamos compressão leve e sem dor. (Aplausos) E o detector então transmite a imagem para o computador.
So here's an example. You can see, on the right, a mammogram showing a faint tumor, the edges of which are blurred by the dense tissue. But the MBI image shows that tumor much more clearly, as well as a second tumor, which profoundly influence that patient's surgical options. In this example, although the mammogram found one tumor, we were able to demonstrate three discrete tumors -- one is small as three millimeters.
Vou dar um exemplo. Vocês podem ver à direita, uma mamografia mostrando um tumor fraco, os cantos dele estão embaçados pelo tecido denso. Mss a imagem da ISM mostra o mesmo tumor muito mais claramente, assim como um segundo tumor, o que muda profundamente as opções de cirurgia da paciente. Neste exemplo, embora a mamografia tenha achado um tumor, nós conseguimos demonstrar três tumores discretos - um tão pequeno quanto três milímetros.
Our big break came in 2004. After we had demonstrated that we could find small tumors, we used these images to submit a grant to the Susan G. Komen Foundation. And we were elated when they took a chance on a team of completely unknown investigators and funded us to study 1,000 women with dense breasts, comparing a screening mammogram to an MBI. Of the tumors that we found, mammography found only 25 percent of those tumors. MBI found 83 percent. Here's an example from that screening study. The digital mammogram was read as normal and shows lots of dense tissue, but the MBI shows an area of intense uptake, which correlated with a two-centimeter tumor. In this case, a one-centimeter tumor. And in this case, a 45-year-old medical secretary at Mayo, who had lost her mother to breast cancer when she was very young, wanted to enroll in our study. And her mammogram showed an area of very dense tissue, but her MBI showed an area of worrisome uptake, which we can also see on a color image. And this corresponded to a tumor the size of a golf ball. But fortunately it was removed before it had spread to her lymph nodes.
Nossa grande chance veio em 2004. Depois de demonstrarmos que conseguimos achar tumores pequenos, usamos essas imagens para conseguir um auxílio financeiro da Fundação Susan G. Komen. E ficamos eufóricos quando eles resolveram apostar numa equipe de investigadores completamente desconhecida e nos financiaram para estudarmos mil mulheres com seios densos, comparando uma mamografia comum com a ISM. Dos tumores que nós achamos, a mamografia achou apenas 25% deles. IMS achou 83%. Aqui vai um exemplo do estudo. A mamografia digital foi interpretada como normal e mostra muitos tecidos densos, mas a IMS mostra uma área de intenso destaque, correlacionada com um tumor de dois centímetros. Neste caso, um tumor de um centímetro. E neste caso, uma secretária médica de 45 anos da Mayo, que perdeu sua mãe para o câncer de mama quando era bem jovem, queria fazer parte do nosso estudo. E sua mamografia mostrou uma área de tecido muito denso, mas a ISM mostrou uma área de destaque preocupante, que também podemos ver em cores. E isso correspondeu a um tumor do tamanho de uma bola de golfe. Mas felizmente foi removido antes de atingir seus nódulos linfáticos.
So now that we knew that this technology could find three times more tumors in a dense breast, we had to solve one very important problem. We had to figure out how to lower the radiation dose, and we have spent the last three years making modifications to every aspect of the imaging system to allow this. And I'm very happy to report that we're now using a dose of radiation that is equivalent to the effective dose from one digital mammogram. And at this low dose, we're continuing this screening study, and this image from three weeks ago in a 67-year-old woman shows a normal digital mammogram, but an MBI image showing an uptake that proved to be a large cancer. So this is not just young women that it's benefiting. It's also older women with dense tissue. And we're now routinely using one-fifth the radiation dose that's used in any other type of gamma technology.
Então agora que sabíamos que esta tecnologia poderia achar três vezes mais tumores em seios densos, tínhamos que resolver um problema muito importante. Tínhamos que descobrir como baixar a dose de radiação. E passamos os últimos três anos modificando todos os aspectos do sistema de imagem para permitir isso. E estou muito feliz em dizer que agora estamos usando uma dose de radiação que é equivalente à dose eficaz de uma mamografia digital. E a esta dose baixa, continuamos nossos estudos, e esta imagem de três semanas atrás de uma mulher de 67 anos mostra uma mamografia digital normal, mas uma imagem ISM mostrando um destaque provando ser um grande câncer. Então não são somente mulheres jovens que se beneficiam. Mas também mulheres mais velhas com tecido denso. E agora estamos usando um quinto da dose de radiação que é usada em qualquer outro tipo de tecnologia gama.
MBI generates four images per breast. MRI generates over a thousand. It takes a radiologist years of specialty training to become expert in differentiating the normal anatomic detail from the worrisome finding. But I suspect even the non-radiologists in the room can find the tumor on the MBI image. But this is why MBI is so potentially disruptive -- it's as accurate as MRI, it's far less complex to interpret, and it's a fraction of the cost. But you can understand why there may be forces in the breast-imaging world who prefer the status quo.
ISM gera quatro imagens por seio. A ressonância gera mais de mil. Um radiologista leva anos de treinamento especializado para tornar-se um expert em diferenciar o detalhe anatômico normal do achado preocupante. Mas eu suspeito que mesmo os não-radiologistas presentes conseguem achar o tumor na imagem ISM. Mas é por isso que a ISM é tão potencialmente perturbadora. É tão precisa quanto uma ressonância, é muito menos complexa de se interpretar, e é uma fração do custo. Mas vocês podem entender por que podem haver forças no mundo da imagem do seio que preferem o status quo.
After achieving what we felt were remarkable results, our manuscript was rejected by four journals. After the fourth rejection, we requested reconsideration of the manuscript, because we strongly suspected that one of the reviewers who had rejected it had a financial conflict of interest in a competing technology. Our manuscript was then accepted and will be published later this month in the journal Radiology. (Applause) We still need to complete the screening study using the low dose, and then our findings will need to be replicated at other institutions, and this could take five or more years. If this technology is widely adopted, I will not benefit financially in any way, and that is very important to me, because it allows me to continue to tell you the truth. But I recognize -- (Applause) I recognize that the adoption of this technology will depend as much on economic and political forces as it will on the soundness of the science.
Depois de atingirmos o que pensamos ser resultados surpreendentes, nosso manuscrito foi rejeitado por quatro publicações da área. Depois da quarta rejeição, pedimos reconsideração do manuscrito, pois suspeitávamos que um dos revisores que tinham rejeitado o trabalho tinha um conflito de interesse financeiro numa tecnologia concorrente. Nosso manuscrito foi então aceito e será publicado ainda este mês na publicação Radiology. (Aplausos) Ainda temos que completar o estudo usando a dose baixa, e então nossos achados terão que ser replicados em outras instituições. E isso pode levar cinco anos ou mais. Se essa tecnologia for largamente adotada, eu não terei qualquer benefício financeiro. E isso é muito importante para mim, porque vai permitir que eu continue falando a verdade para vocês. Mas eu reconheço - (Aplausos) Eu reconheço que a adoção desta tecnologia vai depender tanto de forças econômicas e políticas quanto da solidez da ciência.
The MBI unit has now been FDA approved, but it's not yet widely available. So until something is available for women with dense breasts, there are things that you should know to protect yourself. First, know your density. Ninety percent of women don't, and 95 percent of women don't know that it increases your breast cancer risk. The State of Connecticut became the first and only state to mandate that women receive notification of their breast density after a mammogram. I was at a conference of 60,000 people in breast-imaging last week in Chicago, and I was stunned that there was a heated debate as to whether we should be telling women what their breast density is. Of course we should. And if you don't know, please ask your doctor or read the details of your mammography report. Second, if you're pre-menopausal, try to schedule your mammogram in the first two weeks of your menstrual cycle, when breast density is relatively lower. Third, if you notice a persistent change in your breast, insist on additional imaging. And fourth and most important, the mammography debate will rage on, but I do believe that all women 40 and older should have an annual mammogram.
A unidade de ISM já foi aprovada pelo FDA, ainda não está amplamente disponível. Então até que algo esteja disponível para mulheres com seios densos, há coisas que vocês deveriam saber para se protegerem. Primeiro, conheça sua densidade. 90% das mulheres não conhecem, e 95% das mulheres não sabem que isso aumenta o seu risco de câncer de mama. O estado de Connecticut tornou-se o primeiro e único estado que obrigou que mulheres sejam notificadas da sua densidade de seio depois de uma mamografia. Eu estive numa conferência com 60 mil pessoas da área de imagem do seio semana passada em Chicago. E fiquei chocada que havia um debate caloroso sobre se deveríamos dizer às mulheres qual era a sua densidade de seio. É claro que devemos. E se você não sabe, por favor pergunte para o seu médico ou leia os detalhes da sua mamografia. Segundo, se você está na pré-menopausa, tente agendar sua mamografia nas primeiras duas semanas do seu ciclo menstrual, quando a densidade do seio é relativamente mais baixa. Terceiro, se você notar uma mudança persistente no seu seio, insista nas imagens adicionais. E quarto e mais importante, o debate da mamografia vai esquentar, mas eu acredito que todas as mulheres de 40 anos para cima deveriam fazer uma mamografia anual.
Mammography isn't perfect, but it's the only test that's been proven to reduce mortality from breast cancer. But this mortality banner is the very sword which mammography's most ardent advocates use to deter innovation. Some women who develop breast cancer die from it many years later, and most women, thankfully, survive. So it takes 10 or more years for any screening method to demonstrate a reduction in mortality from breast cancer. Mammography's the only one that's been around long enough to have a chance of making that claim. It is time for us to accept both the extraordinary successes of mammography and the limitations. We need to individualize screening based on density. For women without dense breasts, mammography is the best choice. But for women with dense breasts; we shouldn't abandon screening altogether, we need to offer them something better.
A mamografia não é perfeita, mas é o único teste que foi provado ter reduzido a mortalidade por câncer de mama. Mas esta bandeira da mortalidade é uma espada, que os mais ardentes defensores da mamografia usam para impedir a inovação. Algumas mulheres que desenvolvem câncer de mama morrem da doença muitos anos depois. E muitas mulheres, felizmente, sobrevivem. Então leva 10 anos ou mais para qualquer método de exame demonstrar uma redução na mortalidade por câncer de mama. A mamografia é a única que está presente tempo o bastante para ter uma chance de fazer essa reivindicação. É tempo de nós aceitarmos os sucessos extraordinários da mamografia mas também suas limitações. Nós temos que individualizar o exame baseado em densidade. Para mulheres sem seios densos, a mamografia é a melhor escolha. Mas para mulheres com seios densos, não devemos abandonar o exame completamente, temos que oferecer-lhes algo melhor.
The babies that we were carrying when my patient first asked me this question are now both in middle school, and the answer has been so slow to come. She's given me her blessing to share this story with you. After undergoing biopsies that further increased her risk for cancer and losing her sister to cancer, she made the difficult decision to have a prophylactic mastectomy. We can and must do better, not just in time for her granddaughters and my daughters, but in time for you.
Os bebês que carregávamos quando minha paciente me fez aquela pergunta estão agora no ensino fundamental, e a resposta tem levando tanto tempo para vir. Ela me deu a permissão de compartilhar sua história com vocês. Depois de fazer biópsias que aumentaram seu risco de câncer e perder sua irmã para o câncer, ela tomou uma decisão difícil de fazer uma mastectomia profilática. Nós podemos e temos que fazer mais, não só na época das suas netas e minhas filhas, mas na época de vocês.
Thank you.
Obrigada.
(Applause)
(Aplausos)