I was born and raised in Sierra Leone, a small and very beautiful country in West Africa, a country rich both in physical resources and creative talent.
Nasci e fui criado na Serra Leoa, um pequeno e lindo país da África Ocidental, um país rico, tanto em recursos físicos quanto em criatividade.
However, Sierra Leone is infamous for a decade-long rebel war in the '90s when entire villages were burnt down. An estimated 8,000 men, women and children had their arms and legs amputated during this time. As my family and I ran for safety when I was about 12 from one of those attacks, I resolved that I would do everything I could to ensure that my own children would not go through the same experiences we had. They would, in fact, be part of a Sierra Leone where war and amputation were no longer a strategy for gaining power.
No entanto, a Serra Leoa é tristemente conhecida por 10 anos de guerra na década de 90 em que foram queimadas aldeias inteiras. Cerca de 8 000 homens, mulheres e crianças ficaram sem braços e pernas nesse período. Quando eu e a minha família fugimos de um desses ataques, tinha eu cerca de 12 anos, , decidi que faria tudo o que pudesse para assegurar que os meus filhos não passassem pelo mesmo tipo de experiência que tivemos. Na verdade, eles fariam parte de uma Serra Leoa em que a guerra e as amputações deixariam de ser uma estratégia para tomar o poder.
As I watched people who I knew, loved ones, recover from this devastation, one thing that deeply troubled me was that many of the amputees in the country would not use their prostheses. The reason, I would come to find out, was that their prosthetic sockets were painful because they did not fit well. The prosthetic socket is the part in which the amputee inserts their residual limb, and which connects to the prosthetic ankle. Even in the developed world, it takes a period of three weeks to often years for a patient to get a comfortable socket, if ever. Prosthetists still use conventional processes like molding and casting to create single-material prosthetic sockets. Such sockets often leave intolerable amounts of pressure on the limbs of the patient, leaving them with pressure sores and blisters. It does not matter how powerful your prosthetic ankle is. If your prosthetic socket is uncomfortable, you will not use your leg, and that is just simply unacceptable in our age.
Enquanto eu via pessoas que conhecia, pessoas queridas, a recuperar dessa devastação, uma coisa que me incomodava profundamente era que muitos desses amputados do país não usavam as suas próteses. A razão, como vim a saber mais tarde, era que o encaixe das próteses era doloroso por não ser um encaixe perfeito. O encaixe de uma prótese é a parte em que o amputado insere o coto do membro, e que liga com a articulação prostética. Mesmo no mundo desenvolvido, demora um período de três semanas a anos até um paciente ter um encaixe confortável, se é que chega a ter. Os protésicos ainda usam processos convencionais, como a criação de moldes e gesso, para confecionar encaixes de próteses de um único material. Esses encaixes provocam uma quantidade intolerável de pressão nos membros dos pacientes, deixando-os com escaras e feridas. Não importa a alta qualidade de uma prótese. Se o encaixe da nossa prótese for desconfortável, não usaremos a perna, e isso é inaceitável nos nossos tempos.
So one day, when I met professor Hugh Herr about two and a half years ago, and he asked me if I knew how to solve this problem, I said, "No, not yet, but I would love to figure it out." And so, for my Ph.D. at the MIT Media Lab, I designed custom prosthetic sockets quickly and cheaply that are more comfortable than conventional prostheses. I used magnetic resonance imaging to capture the actual shape of the patient's anatomy, then use finite element modeling to better predict the internal stresses and strains on the normal forces, and then create a prosthetic socket for manufacture. We use a 3D printer to create a multi-material prosthetic socket which relieves pressure where needed on the anatomy of the patient. In short, we're using data to make novel sockets quickly and cheaply. In a recent trial we just wrapped up at the Media Lab, one of our patients, a U.S. veteran who has been an amputee for about 20 years and worn dozens of legs, said of one of our printed parts, "It's so soft, it's like walking on pillows, and it's effing sexy." (Laughter)
Um dia, quando conheci o Professor Hugh Herr, há cerca de dois anos e meio, ele perguntou-me se eu sabia como resolver esse problema. Eu disse: "Não, ainda não, "mas gostaria muito de descobrir." Então, para a minha tese de doutoramento no Media Lab da MIT, desenvolvi encaixes de próteses por medida, de forma rápida e barata, que são mais confortáveis que as próteses convencionais. Usei imagens de ressonância magnética para captar a real anatomia do paciente, depois usei modelagem por elementos finitos para prever melhor as tensões e os esforços internos sobre as forças normais, para depois criar um encaixe de prótese para fabrico. Usamos uma impressora 3D para criar um encaixe feito de vários materiais que alivia a pressão onde é necessário, de acordo com a anatomia do paciente. Resumindo, estamos a usar dados para fazer novos encaixes, rapidamente e com baixo custo. Num ensaio recente, que acabamos de concluir no Media Lab da MIT, um dos nossos pacientes, um veterano de guerra americano, que foi amputado há cerca de 20 anos e já usou dezenas de próteses, disse que um dos nossos encaixes impressos, "é tão macio quanto andar sobre almofadas, "e é super sexy." (Risos)
Disability in our age should not prevent anyone from living meaningful lives. My hope and desire is that the tools and processes we develop in our research group can be used to bring highly functional prostheses to those who need them. For me, a place to begin healing the souls of those affected by war and disease is by creating comfortable and affordable interfaces for their bodies. Whether it's in Sierra Leone or in Boston, I hope this not only restores but indeed transforms their sense of human potential.
A deficiência física nos dias de hoje não deveria impedir as pessoas de terem vidas satisfatórias. A minha esperança e desejo é que as ferramentas e os processos que desenvolvemos no nosso grupo de pesquisa possam ser usadas para criar próteses altamente funcionais para aqueles que precisam. Para mim, um lugar para começar a curar as almas das pessoas afetadas por guerras e doenças é através da criação de dispositivos confortáveis e acessíveis para os seus corpos. Seja na Serra Leoa ou em Boston, espero que isso não só restaure mas que também transforme o seu senso de potencial humano.
Thank you very much.
Muito obrigado.
(Applause)
(Aplausos)