A couple of years ago, when I was attending the TED conference in Long Beach, I met Harriet. We'd actually met online before -- not the way you're thinking. We were introduced because we both knew Linda Avey, one of the founders of the first online personal genomic companies. And because we shared our genetic information with Linda, she could see that Harriet and I shared a very rare type of mitochondrial DNA, haplotype K1a1b1a, which meant we were distantly related. We actually share the same genealogy with Ötzi the Iceman. So -- Ötzi, Harriet and me. And being the current day, of course, we started our own Facebook group. You're all welcome to join. When I met Harriet in person the next year at the TED conference, she'd gone online and ordered our own happy haplotype T-shirts.
Há um par de anos quando eu estava a participar na Conferencia TED em Long Beach, conheci a Harriet. Nós, na realidade, tínhamo-nos conhecido antes on-line -- não da maneira que estão a pensar. Nós fomos apresentados porque ambos conhecíamos Linda Avery, uma das fundadoras da primeira companhia on-line de genoma pessoal. E como partilhámos a nossa informação genética com a Linda, ela podia ver que a Harriet e eu partilhávamos um tipo muito raro de ADN mitocondrial - - haplotype K1a1b1a - o que significava que éramos aparentados remotamente. Nós partilhamos a mesma genealogia com Ozzie, o homem do gelo Então, o Ozzie, Harriet e eu. E estando nos dias de hoje, claro que começámos o nosso próprio grupo no Facebook São todos bem-vindos para aderirem. E quando conheci a Harriet em pessoa no ano seguinte na conferencia TED, ela tinha encomendado on-line as nossas próprias T-shirts "Feliz Haplotype"
(Laughter)
(risos)
Why am I telling you this story? What does it have to do with the future of health? Well, the way I met Harriet is an example of how leveraging cross-disciplinary, exponentially growing technologies is affecting our future of health and wellness -- from low-cost gene analysis to the ability to do powerful bioinformatics to the connection of the Internet and social networking. What I'd like to talk about today is understanding these exponential technologies. We often think linearly. But if you think about it, if you have a lily pad and it just divided every single day -- two, four, eight, sixteen -- in 15 days, you'd have 32,000. What do you think you'd have in a month? We're at a billion. If we start to think exponentially, we can see how this is starting to affect all the technologies around us.
Agora, porque é que eu vos estou a contar esta história e o que é que isto tem a ver com o futuro da saúde? Bem, a maneira como conheci a Harriet é na verdade um exemplo de como potenciar a interdisciplinaridade, e crescer exponencialmente as tecnologias está a afectar o nosso futuro da saúde e bem-estar - da análise genética de baixo custo à capacidade de produzir bio-informática poderosa à ligação da internet e das redes sociais. O que eu gostaria de falar hoje é sobre a compreensão destas tecnologias exponenciais. Nós pensamos frequentemente de forma linear. Mas se pensarmos sobre isso, se tivessem uma flor de nenúfar e ela se dividisse todos os dias - dois, quatro, oito, dezasseis - em 15 dias teriam 32 000. O que é que acham que teriam num mês? Estaríamos num bilião. Então se começarmos a pensar exponencialmente, podemos ver como isto está a começar a afectar todas as tecnologias à nossa volta. E muitas destas tecnologias - falando como um médico e um inovador -
Many of these technologies, speaking as a physician and innovator, we can start to leverage, to impact the future of our own health and of health care, and to address many of the major challenges in health care today, ranging from the exponential costs to the aging population, the way we really don't use information very well today, the fragmentation of care and the often very difficult course of adoption of innovation. And one of the major things we can do is move the curve to the left. We spend most of our money on the last 20 percent of life. What if we could incentivize physicians in the health care system and our own selves to move the curve to the left and improve our health, leveraging technology as well? Now my favorite example of exponential technology, we all have in our pocket. If you think about it, these are really dramatically improving. I mean, this is the iPhone 4. Imagine what the iPhone 8 will be able to do.
podemos mesmo começar a potenciar para ter um impacto no futuro da nossa própria saúde e dos cuidados de saúde, e para abordar muitos dos maiores desafios que temos hoje no sistema de saúde, indo desde os custos verdadeiramente exponenciais à população em envelhecimento, a maneira como hoje em dia não usamos muito bem a informação, a fragmentação dos cuidados e frequentemente o percurso muito difícil de adopção da inovação. E uma das maiores coisas que podemos fazer, falámos um pouco aqui hoje, é mover a curva para a esquerda. Nós gastamos a maioria do nosso dinheiro nos últimos 20% de vida. E se pudéssemos gastar e estimular posições no sistema dos cuidados de saúde e em nós mesmos para deslocar a curva para a esquerda e melhorar a nossa saúde, potenciando a tecnologia também? Agora, a minha tecnologia favorita, exemplo de tecnologias exponenciais, todos temos no nosso bolso. Então se vocês pensarem sobre isso, estes estão mesmo a melhorar dramaticamente. Quero dizer, isto é o iPhone 4. Imaginem o que o iPhone 8 será capaz de fazer.
Now, I've gained some insight into this. I've been the track share for the medicine portion of a new institution called Singularity University, based in Silicon Valley. We bring together each summer about 100 very talented students from around the world. And we look at these exponential technologies from medicine, biotech, artificial intelligence, robotics, nanotechnology, space, and address how we can cross-train and leverage these to impact major unmet goals. We also have seven-day executive programs. And coming up next month is FutureMed, a program to help cross-train and leverage technologies into medicine.
Eu ganhei alguma compreensão sobre isto. Tenho sido o pesquisador para a secção da medicina de uma nova instituição chamada Singularity University com sede em Silicon Valley. E todos os Verões reunimos cerca de 100 estudantes muito talentosos de todo o mundo E olhamos para estas tecnologias exponenciais da medicina, biotecnologia, inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, espaço, e abordarmos como é que podemos entrecruzá-las e potenciá-las para terem impacto sobre objetivos importantes ainda não atingidos. Também temos programas executivos de sete dias. E a chegar, nos próximos meses, está o Future Med, um programa para ajudar o treino em diversos campos e potenciar tecnologias em Medicina.
Now, I mentioned the phone. These mobile phones have over 20,000 different mobile apps available. There's one out of the UK where you can pee on a little chip, connect it to your iPhone, and check for an STD. I don't know if I'd try that, but it's available. There are other sorts of applications. Merging your phone and diagnostics, for example, measuring your blood glucose on your iPhone and sending that to your physician, so they can better understand and you can better understand your blood sugars as a diabetic. So let's see how exponential technologies are taking health care. Let's start with faster. It's no secret that computers, through Moore's law, are speeding up faster and faster.
Eu mencionei o telefone. Estes telemóveis têm mais de 20 000 aplicações diferentes disponíveis -- ao ponto em que existe uma no Reino Unido em que podem urinar num pequeno chip ligado ao vosso iPhone e verem se têm alguma DST (doença/infecção sexualmente transmissível) Não sei se eu tentaria isso já, mas está disponível. Existem todo o tipo de aplicações, aliando o vosso telefone e dignósticos, por exemplo -- medir a vossa glicose sanguínea no vosso iPhone e enviarem isso, potencialmente, para o vosso médico para que eles possam compreender melhor e vocês possam compreender melhor os vossos [níveis de] açúcar no sangue como um diabético. Então vamos ver como tecnologias exponenciais estão a dominar os cuidados de saúde. Vamos começar com o mais rápido. Bem, não é segredo que os computadores, pela lei de Moore, estão a acelerar cada vez mais e mais.
We can do more powerful things with them. They're really approaching -- in many cases, surpassing -- the ability of the human mind. But where I think computational speed is most applicable is in imaging. The ability now to look inside the body in real time with very high resolution is really becoming incredible. And we're layering multiple technologies -- PET scans, CT scans and molecular diagnostics -- to find and seek things at different levels. Here you're going to see the very highest resolution MRI scan done today, of Marc Hodosh, the curator of TEDMED. And now we can see inside of the brain at a resolution and ability never before available, and essentially learn how to reconstruct and maybe even reengineer or backwards engineer the brain, so we can better understand pathology, disease and therapy. We can look inside with real-time fMRI in the brain at real time. And by understanding these sorts of processes and these connections, we're going to understand the effects of medication or meditation and better personalize and make effective, for example, psychoactive drugs.
Temos a capacidade de fazer mais coisas poderosas com eles. Estão mesmo a aproximar-se, e em muitos dos casos a ultrapassar, as capacidades da mente humana. Mas onde eu penso que a velocidade computacional é mais aplicável é na imagiologia. A capacidade atual para olhar para dentro do corpo em tempo real com muito alta resolução está a tornar-se realmente incrível E estamos a juntar múltiplas tecnologias - Scans TEP (Tomografia por Emissão de Positrões), TACs e diagnósticos moleculares -- para encontrar e procurar coisas em diferentes níveis. Aqui vão ver a resolução de Ressonância Magnética mais elevada feita até hoje, reconstrução de Marc Hodosh, o curador da TEDMED. E agora podemos ver dentro do cérebro com uma resolução e capacidade que nunca esteve disponível antes, e essencialmente aprender como reconstruir, e talvez até reprogramar, ou regenerar, o cérebro para que possamos entender melhor a patologia, doença e terapia. Podemos ver por dentro em tempo real com a ressonância magnética funcional - o cérebro em tempo real. E ao compreender estes tipos de processos e conexões, vamos conseguir compreender os efeitos da medicação ou meditação e melhor personalizar e tornar eficientes, por exemplo, drogas psicoactivas.
The scanners for these are getting smaller, less expensive and more portable. And this sort of data explosion available from these is really almost becoming a challenge. The scan of today takes up about 800 books, or 20 gigabytes. The scan in a couple of years will be one terabyte, or 800,000 books. How do you leverage that information? Let's get personal. I won't ask who here's had a colonoscopy, but if you're over age 50, it's time for your screening colonoscopy. How'd you like to avoid the pointy end of the stick? Now there's essentially virtual colonoscopy. Compare those two pictures. As a radiologist, you can basically fly through your patient's colon, and augmenting that with artificial intelligence, potentially identify a lesion that we might have missed, but using AI on top of radiology, we can find lesions that were missed before. Maybe this will encourage people to get colonoscopies that wouldn't have otherwise.
Os scanners para estas técnicas estão a tornar-se pequenos, menos caros e mais portáteis. E esta espécie de explosão de dados disponível destas tecnologias está mesmo quase a tornar-se um desafio. O scan de hoje chega a ocupar cerca de 800 livros, ou 20 gigabytes. O scan daqui a alguns anos será um terabyte, ou 800 000 livros. Como é que se potencializa essa informação? Vamos tentar ser mais pessoais. Não vou perguntar quem aqui é que já fez uma colonoscopia, mas se tem mais de 50 anos, é altura da sua colonoscopia de rastreio. Como é que gostaria de evitar a parte dolorosa desta necessidade? Bem, agora já uma colonoscopia virtual. Comparem aquelas duas imagens, e agora como um radiologista, podem, basicamente, voar pelo cólon do vosso paciente e, aumentando isso com inteligência artificial, identificar potencialmente, como vêem aqui, uma lesão. Oh, podemos tê-la perdido, mas usando inteligência artificial em conjunto com a radiologia, podemos encontrar lesões que não foram identificadas antes. E talvez isto encoraje pessoas a fazer colonoscopias que não fariam de outra forma.
This is an example of this paradigm shift. We're moving to this integration of biomedicine, information technology, wireless and, I would say, mobile now -- this era of digital medicine. Even my stethoscope is now digital, and of course, there's an app for that. We're moving, obviously, to the era of the tricorder. So the handheld ultrasound is basically surpassing and supplanting the stethoscope. These are now at a price point of what used to be 100,000 euros or a couple hundred-thousand dollars. For about 5,000 dollars, I can have the power of a very powerful diagnostic device in my hand. Merging this now with the advent of electronic medical records -- in the US, we're still less than 20 percent electronic; here in the Netherlands, I think it's more than 80 percent.
E isto é um exemplo desta mudança de paradigma. Estamos a dirigir-nos para esta integração da biomedicina, tecnologia de informação, sem fios e, eu diria, móvel agora -- esta era da medicina digital. Até o meu estetoscópio já é digital. E claro, há uma aplicação para isso. Estamos a dirigir-nos, obviamente, para a era do tricorder (gravador triplo), Por isso o ultra-som de mão está basicamente a ultrapassar e a suplantar o estetoscópio. Estes estão agora a um preço - costumava ser de 100 000€ ou um par de centenas de milhares de dólares - por cerca de 5000 dólares, posso ter o poder de um aparelho de diagnóstico muito poderoso na minha mão. E fundindo isto com a chegada de registos médicos electrónicos - nos Estados Unidos, ainda somos menos de 20 por cento electrónicos. Aqui nos Países Baixos, eu penso que estão por volta dos 80 por cento.
Now that we're switching to merging medical data, making it available electronically, we can crowd-source the information, and as a physician, I can access my patients' data from wherever I am, just through my mobile device. And now, of course, we're in the era of the iPad, even the iPad 2. Just last month, the first FDA-approved application was approved to allow radiologists to do actual reading on these sorts of devices. So certainly, the physicians of today, including myself, are completely reliable on these devices. And as you saw just about a month ago, Watson from IBM beat the two champions in "Jeopardy." So I want you to imagine when, in a couple of years, we've started to apply this cloud-based information, when we really have the AI physician and leverage our brains to connectivity to make decisions and diagnostics at a level never done. Already today, you don't need to go to your physician in many cases. Only in about 20 percent of visits do you need to lay hands on the patient. We're now in the era of virtual visits. From Skype-type visits you can do with American Well, to Cisco, that's developed a very complex health presence system,
Mas agora que estamos a mudar para fundir a informação médica, disponibilizando-a eletronicamente, podemos fazer crowd source (recolher os dados da população) dessa informação. E agora como médico, eu posso aceder à informação dos meus doentes de onde quer que esteja através do meu dispositivo móvel (mobile). E agora, claro, estamos na era do iPad, até do iPad 2. E ainda no mês passado a primeira aplicação aprovada pela FDA (Food and Drugs Administration - Administração para a comida e medicamentos) foi aprovada para permitir que os radiologistas realizem as suas leituras nestes tipos de aparelhos. Por isso certamente, os médicos de hoje, incluindo eu próprio, estão completamente dependentes nestes aparelhos. E como puderam ver ainda há cerca de um mês, Watson (computador com inteligência artificial) da IBM bateu os dois campeões do Jeopardy (concurso sobre cultura geral) Por isso queria que imaginassem quando, daqui a alguns anos quando tivermos começado a aplicar este tipo de informação baseada na nuvem (cloud) quando tivermos mesmo o médico com inteligência artificial (I.A) e potenciarmos os nossos cérebros para a conectividade para tomar decisões e [fazer] diagnósticos a um nível nunca atingido. Já hoje, não precisam de ir ao vosso médico em muitos casos. Apenas em cerca de 20 por cento das visitas que são feitas ao médico é necessário colocar as mãos no doente. Estamos agora na era das visitas virtuais - desde as consultas do tipo Skype que podem ser feitas com a American Well, à Cisco que desenvolveu um sistema de presença para saúde muito complexo.
the ability to interact with your health care provider is different. And these are being augmented even by our devices, again, today. My friend Jessica sent me a picture of her head laceration, so I can save her a trip to the emergency room, and do diagnostics that way. Or maybe we can leverage today's gaming technology, like the Microsoft Kinect, hack that to enable diagnostics, for example, in diagnosing stroke, using simple motion detection, using $100 devices. We can actually now visit our patients robotically. This is the RP7; if I'm a hematologist, I can visit another clinic or hospital. These are being augmented by a whole suite of tools actually in the home now. We already have wireless scales. You step on the scale, tweet your weight to your friends, they can keep you in line.
A capacidade de interagir com os vossos prestadores de cuidados de saúde é diferente. E estes estão a ser aumentados mesmo pelos aparelhos de hoje, mais uma vez. Aqui a minha amiga Jessica enviou-me uma imagem da sua laceração na cabeça por isso eu posso poupar-lhe uma visita às urgências - Eu posso fazer alguns diagnósticos assim. Ou podemos ser capazes de potenciar a tecnologia de jogos actual, como o Kinect da Microsoft, e adulterar isso para permitir a realização de diagnósticos, por exemplo, no diagnóstico de um AVC, usando detecção motora simples, usando aparelhos de 100 dólares. Podemos até visitar os nossos doentes roboticamente - este é o RP7; se eu for um hematologista, visitar outra clínica, visitar um hospital. Estes vão ser aumentados por uma gama inteira de ferramentas no lar. Então, imaginem que já temos balanças sem fios (wireless). Podem subir para a balança. Podem publicar no Twitter o vosso peso para os vossos amigos, e eles podem manter-vos na linha. Temos braçadeiras sem fios para a pressão arterial.
We have wireless blood pressure cuffs. A whole gamut of technologies are being put together. Instead of wearing kludgy devices, we put on a simple patch. This was developed at Stanford. It's called iRhythm; it completely supplants the prior technology at a much lower price point, with much more effectivity. We're also in the era today of quantified self. Consumers now can basically buy $100 devices, like this little Fitbit. I can measure my steps, my caloric outtake. I can get insight into that on a daily basis and share it with my friends or physician. There's watches that measure your heart rate, Zeo sleep monitors, a suite of tools that enable you to leverage and have insight into your own health.
Gamas inteiras destas tecnologias estão a ser preparadas. Por isso, em vez de usar estes aparelhos desengonçados, podemos colocar um simples adesivo. Isto foi desenvolvido por colegas em Standford, chama-se iRhythm (iRitmo) - suplanta completamente a tecnologia anterior a um preço muito inferior com muito mais eficiência. Agora, estamos também na era, hoje, do eu quantificado. Os consumidores agora podem comprar, basicamente, aparelhos de 100 dólares, como este pequeno FitBit. Posso medir os meus passos, o meu gasto calórico. Posso ter uma ideia acerca disto numa base diária. Posso partilhar isto com os meus amigos, com o meu médico. Há relógios agora que vão medir a vossa frequência cardíaca, os monitores de sono Zeo, uma gama completa de ferramentas que podem permitir que potenciem e percebam a vossa própria saúde.
As we start to integrate this information, we'll know better what to do with it, and have better insight into our own pathologies, health and wellness. There's even mirrors that can pick up your pulse rate. And I would argue, in the future, we'll have wearable devices in our clothes, monitoring us 24/7. And just like the OnStar system in cars, your red light might go on. It won't say "check engine"; it'll be a "check your body" light, and you'll go get it taken care of. Probably in a few years, you'll look in your mirror and it'll be diagnosing you.
E há medida que começamos a integrar esta informação, vamos saber melhor o que fazer com ela e como podemos ter um melhor conhecimento das nossas patologias, saúde e bem-estar. Há até espelhos que podem apanhar os vossos ritmos cardíacos. E eu ainda proporia que, no futuro, vamos ter aparelhos nas nossas roupas, a monitorizar-nos sempre. E tal como temos o sistema OnStar nos carros, a vossa luz vermelha pode ligar-se - no entanto, não vai dizer "verificar motor". Vai ser a luz "verifique o seu corpo", e vá tratar disso. Provavelmente, em alguns anos, vão olhar para os vossos espelhos e eles vão estar a diagnosticar-vos.
(Laughter)
(risos)
For those of you with kiddos at home, how would you like a wireless diaper that supports your --
Para os que de vocês têm crianças em casa, quanto gostariam de ter a fralda sem fios que vos dá apoio...
(Laughter)
demasiada informação, acho eu, do que aquilo que podem precisar.
More information, I think, than you might need, but it's going to be here.
Mas vai estar aqui. Agora, ouvimos hoje muito acerca de novas tecnologias e ligação.
Now, we've heard a lot today about technology and connection. And I think some of these technologies will enable us to be more connected with our patients, to take more time and do the important human-touch elements of medicine, as augmented by these technologies. Now, we've talked about augmenting the patient. How about augmenting the physician? We're now in the era of super-enabling the surgeon, who can now go into the body and do robotic surgery, which is here today, at a level that was not really possible even five years ago. And now this is being augmented with further layers of technology, like augmented reality. So the surgeon can see inside the patient, through their lens, where the tumor is, where the blood vessels are. This can be integrated with decision support. A surgeon in New York can help a surgeon in Amsterdam, for example. And we're entering an era of truly scarless surgery called NOTES, where the robotic endoscope can come out the stomach and pull out that gallbladder, all in a scarless way and robotically. This is called NOTES, and it's coming -- basically scarless surgery, as mediated by robotic surgery.
E eu penso que algumas destas tecnologias nos vão permitir estar mais ligados aos nossos doentes, e ter mais tempo e fazer na realidade os importantes elementos de toque humano da medicina, melhorados por este tipo de tecnologias. Agora, falámos sobre melhorar o doente, a um certo nível. E que tal melhorar o médico? Estamos agora na era de super-capacitar o cirurgião que pode agora entrar no corpo e fazer coisas com cirurgia robótica, que já é possível hoje, a um nível que não era mesmo possível nem há cinco anos atrás. atualmente isto está a ser melhorado com várias camadas de tecnologia como a realidade melhorada. Por isso o cirurgião pode ver dentro do doente, através das suas lentes, onde o tumor está, onde os vasos sanguíneos estão. Isto pode ser integrado com suporte de decisões. Um cirurgião em Nova York pode estar a ajudar um cirurgião em Amesterdão, por exemplo. E estamos a entrar numa era de cirurgia sem qualquer tipo de cicatriz chamada NOTES, onde o endoscópio robótico pode sair do estômago e puxar aquela vesícula biliar tudo de uma forma livre de cicatrizes e robótica. E isto chama-se NOTES, e isto está a vir - basicamente cirurgias sem cicatrizes, mediadas por cirurgia robótica.
Now, how about controlling other elements? For those who have disabilities -- the paraplegic, there's the brain-computer interface, or BCI, where chips have been put on the motor cortex of completely quadriplegic patients, and they can control a cursor or a wheelchair or, potentially, a robotic arm. These devices are getting smaller and going into more and more of these patients. Still in clinical trials, but imagine when we can connect these, for example, to the amazing bionic limb, such as the DEKA Arm, built by Dean Kamen and colleagues, which has 17 degrees of motion and freedom, and can allow the person who's lost a limb to have much higher dexterity or control than they've had in the past.
Agora, e controlar outros elementos? Para aqueles que têm deficiências - os paraplégicos - há a era do interface cérebro-computador, ou ICC, onde chips foram colocados no córtex motor de doentes completamente tetraplégicos e eles podem controlar um cursor ou uma cadeira de rodas ou, eventualmente, um braço robô. E estes aparelhos estão a ficar mais pequenos e a chegar a cada vez mais destes doentes. Ainda em ensaios clínicos, mas imaginem quando pudermos ligá-los, por exemplo, ao incrível membro biónico, como o braço DEKA construído por Dean Kamen e seus colaboradores, que tem 17 graus de movimentação e liberdade e pode permitir à pessoa que perdeu um membro ter níveis muito maiores de destreza ou controlo do que o que tiveram no passado.
So we're really entering the era of wearable robotics, actually. If you haven't lost a limb but had a stroke, you can wear these augmented limbs. Or if you're a paraplegic -- I've visited the folks at Berkeley Bionics -- they've developed eLEGS. I took this video last week. Here's a paraplegic patient, walking by strapping on these exoskeletons. He's otherwise completely wheelchair-bound. This is the early era of wearable robotics. And by leveraging these sorts of technologies, we're going to change the definition of disability to, in some cases, be superability, or super-enabling. This is Aimee Mullins, who lost her lower limbs as a young child, and Hugh Herr, who's a professor at MIT, who lost his limbs in a climbing accident. And now both of them can climb better, move faster, swim differently with their prosthetics than us normal-abled persons.
Na verdade, nós estamos mesmo a entrar na era da robótica de vestir. Se não perderam um membro - tiveram um AVC, por exemplo - podem usar estes membros melhorados. Ou se são paraplégicos - como visitei o pessoal da Berkley Bionics - eles desenvolveram eLEGS (ePernas). Eu fiz este vídeo na semana passada. Aqui está um doente paraplégico realmente a andar ao estar seguro neste exoesqueleto. Caso contrário, ele está completamente limitado a uma cadeira de rodas. E isto é agora o início da era da robótica de vestir. E acho que ao potenciar estes tipos de tecnologias, vamos mudar a definição de incapacidade para, em alguns casos, super capacidade, ou super-capacitação. esta é a Aimee Mullins, que perdeu os membros inferiores quando era uma criança, e o Hugh Herr, que é um professor no MIT que perdeu os membros num acidente de escalada. E agora ambos podem escalar melhor, mexer-se mais depressa, nadar de forma diferente com as suas próteses do que nós, pessoas normais.
How about other exponentials? Clearly the obesity trend is exponentially going in the wrong direction, including with huge costs. But the trend in medicine is to get exponentially smaller. A few examples: we're now in the era of "Fantastic Voyage," the iPill. You can swallow this completely integrated device. It can take pictures of your GI system, help diagnose and treat as it moves through your GI tract. We get into even smaller micro-robots that will eventually, autonomously, move through your system, and be able to do things surgeons can't do in a much less invasive manner. Sometimes these might self-assemble in your GI system, and be augmented in that reality.
E quanto a outros exponenciais? Claramente, a tendência da obesidade está a ir exponencialmente na direcção errada, incluindo com grandes custos. Mas a tendência em medicina é, na verdade, tornar-se exponencialmente mais pequena. Então, alguns exemplos: estamos agora na era da "Viagem Fantástica", o iPill (iComprimido). Podem engolir este aparelho completamente integrado. Pode tirar fotografias do vosso sistema gastrointestinal, ajudar o diagnóstico e tratamento à medida que se desloca pelo vosso trato gastrointestinal. Obtemos micro-robôs ainda mais pequenos que vão eventualmente mover-se autonomamente pelo vosso sistema outra vez e ser capazes de fazer coisas que os cirurgiões não conseguem fazer de uma maneira muito menos invasiva. Algumas vezes, estes poderão montar-se sozinhos no vosso sistema gastrointestinal e ser aumentados nessa realidade.
On the cardiac side, pacemakers are getting smaller and much easier to place, so no need to train an interventional cardiologist to place them. And they'll be wirelessly telemetered to your mobile devices, so you can go places and be monitored remotely. These are shrinking even further. This one is in prototyping by Medtronic; it's smaller than a penny. Artificial retinas, the ability to put arrays on the back of the eyeball and allow the blind to see -- also in early trials, but moving into the future. These are going to be game-changing. Or for those of us who are sighted, how about having the assisted-living contact lens? Bluetooth, Wi-Fi available -- beams back images to your eye.
No lado cardíaco, os pacemakers estão a tornar-se mais pequenos e muito mais fáceis de colocar, por isso não é necessário treinar um cardiologista de intervenção para os colocar. E eles vão ser transmitidos de forma wireless, mais uma vez, para os vossos dispositivos móveis, para que possam ir a lugares e ser monitorizados à distância. Estes estão a encolher ainda mais. Aqui está um em fase de protótipo da Medtronic que é mais pequeno que um cêntimo. Retinas artificiais, a capacidade de colocar estes componentes no fundo do globo ocular e permitir aos cegos verem. Mais uma vez, em testes iniciais, mas avançando para o futuro. Estes vão ser revolucionários. Ou para aqueles de nós que vemos, que tal termos umas lentes de contacto que nos assistem? BlueTooth, com WiFi - projectam de volta imagens para o nosso olho.
(Laughter)
Agora se tiverem problemas em manter a dieta,
Now, if you have trouble maintaining your diet, it might help to have some extra imagery to remind you how many calories are going to be coming at you.
talvez ajude ter algumas imagens extra para vos relembrar quantas calorias estão a caminho. E que tal permitir que o patologista use o telemóvel outra vez
How about enabling the pathologist to use their cell phone to see at a microscopic level and to lumber that data back to the cloud and make better diagnostics? In fact, the whole era of laboratory medicine is completely changing. We can now leverage microfluidics, like this chip made by Steve Quake at Stanford. Microfluidics can replace an entire lab of technicians; put it on a chip, enable thousands of tests at the point of care, anywhere in the world. This will really leverage technology to the rural and the underserved and enable what used to be thousand-dollar tests to be done for pennies, and at the point of care. If we go down the small pathway a little bit further, we're entering the era of nanomedicine, the ability to make devices super-small, to the point where we can design red blood cells or microrobots that monitor our blood system or immune system, or even those that might clear out the clots from our arteries.
para ver a um nível microscópico e enviar esses dados para a nuvem (cloud) e realizar melhores diagnósticos? De facto, toda a era de medicina de laboratório está a mudar completamente. Podemos agora potenciar os microfluídos, como este chip feito por Steve Quake em Standford. Os Microfluidos podem substituir um laboratório inteiro de técnicos. Coloquem-no num chip, permitam que milhares de testes sejam feitos no local da prestação de cuidados de saúde, em qualquer lugar do mundo. E isto vai mesmo potenciar a tecnologia para o [mundo] rural e para os mais necessitados e permitir que o que eram testes de milhares de dólares sejam feitos por "cêntimos" e no local de acção. Se continuarmos a descer este pequeno caminho, um pouco mais longe, entramos na era da nanomedicina, a capacidade de fazer aparelhos super pequenos ao ponto de podermos criar glóbulos vermelhos ou micro-robôs que vão monitorizar o nosso sistema sanguíneo ou sistema imunitário, ou mesmo aqueles que poderão limpar os trombos das nossas artérias.
Now how about exponentially cheaper? Not something we usually think about in the era of medicine, but hard disks used to be 3,400 dollars for 10 megabytes -- exponentially cheaper. In genomics now, the genome cost about a billion dollars about 10 years ago, when the first one came out. We're now approaching essentially a $1,000 genome, probably next year. And in two years, a $100 genome. What will we do with $100 genomes? Soon we'll have millions of these tests available. Then it gets interesting, when we start to crowd-source that information, and enter the era of true personalized medicine: the right drug for the right person at the right time, instead of what we're doing now, which is the same drug for everybody, blockbuster drug medications, which don't work for the individual. Many different companies are working on leveraging these approaches.
Agora e quanto ao exponencialmente mais barato? Não é algo que geralmente pensamos na era da medicina, mas os discos externos costumavam custar 3400 dólares por cada 10 MB - exponencialmente mais barato. Em genética, o genoma custava cerca de um bilião de dólares há cerca de 10 anos quando o primeiro saiu. Estamos agora a aproximar-nos essencialmente do genoma a mil dólares. Provavelmente no próximo ano ou no seguinte, o genoma custará provavelmente 100 dólares. O que vamos nós fazer com estes genomas a 100 dólares? E em breve teremos milhões destes testes disponíveis. E é aí que as coisas ficam interessantes, quando começarmos a fazer crowd source dessa informação. E entrarmos na era da verdadeira medicina personalizada -- o medicamento certo para a pessoa certa na altura certa -- em vez do que estamos a fazer hoje em dia, que é dar a mesma medicação a toda a gente -- tipo medicamentos blockbuster, medicamentos que não funcionam para vocês, o indivíduo. E muitas, muitas empresas diferentes estão a trabalhar em potencializar estas abordagens.
I'll show you a simple example, from 23andMe again. My data indicates I've got about average risk for developing macular degeneration, a kind of blindness. But if I take that same data, upload it to deCODEme, I can look at my risk for type 2 diabetes; I'm at almost twice the risk. I might want to watch how much dessert I have at lunch, for example. It might change my behavior. Leveraging my knowledge of my pharmacogenomics: how my genes modulate, what my drugs do and what doses I need will become increasingly important, and once in the hands of individuals and patients, will make better drug dosing and selection available.
E vou-vos mostrar também um exemplo simples, do 23andMe outra vez. Os meus dados indicam que eu tenho cerca de um risco médio de vir a sofrer de degeneração macular, uma espécie de cegueira. Mas se eu pegar nessa mesma informação, fazer o seu envio para o deCODEme, posso ver o meu risco para, por exemplo, diabetes tipo 2. Estou quase no dobro do risco normal para a diabetes de tipo 2. É melhor tomar cuidado com quanta sobremesa como no intervalo de almoço, por exemplo. Poderá mudar o meu comportamento. Influenciando o meu conhecimento sobre a minha farmacogenética -- como os meus genes funcionam, o que os medicamentos fazem e que doses preciso vão ser cada vez mais importantes, e quando estiverem nas mãos do indivíduo e do doente, vão tornar disponíveis a realização de melhores dosagens e selecção de medicamentos.
So again, it's not just genes, it's multiple details -- our habits, our environmental exposures. When was the last time your doctor asked where you've lived? Geomedicine: where you live, what you've been exposed to, can dramatically affect your health. We can capture that information. Genomics, proteomics, the environment -- all this data streaming at us individually and as physicians: How do we manage it? We're now entering the era of systems medicine, systems biology, where we can start to integrate all this information. And by looking at the patterns, for example, in our blood, of 10,000 biomarkers in a single test, we can look at patterns and detect disease at a much earlier stage. This is called by Lee Hood, the father of the field, P4 Medicine. We'll be predictive and know what you're likely to have. We can be preventative; that prevention can be personalized. More importantly, it'll be increasingly participatory. Through websites like PatientsLikeMe or managing your data on Microsoft HealthVault or Google Health, leveraging this together in participatory ways will be increasingly important.
Mais uma vez, não são apenas os genes, são múltiplos detalhes -- os nossos hábitos, a nossa exposição ambiental. Quando foi a última vez que o vosso médico vos perguntou onde já moraram? Geomedicina: onde moraram, a que foram expostos pode afectar dramaticamente a vossa saúde. Podemos capturar essa informação. Então a genómica, a proteómica (estudo das proteínas), o ambiente, toda esta corrente de informação para nós individualmente e como pobres médicos. Como é que gerimos isto? Bem, estamos agora a entrar na era da medicina dos sistemas, ou biologia dos sistemas, onde podemos começar a integrar toda esta informação. E ao olhar para os padrões, por exemplo, no nosso sangue de 10 mil marcadores biológicos num único teste, podemos começar a olhar para estes pequenos padrões e detectar doenças num estado muito mais precoce. Isto tem sido chamado por Lee Hood, pai desta área, Medicina P4. Vamos ser preditivos; vamos saber o que é provável que alguém venha a ter. Podemos ser preventivos, essa prevenção pode ser personalizada; e mais importante, vai tornar-se cada vez mais participada. Através de sites como Patients Like Me (Doentes como eu) ou gerindo os vossos dados no Microsoft HealthVault ou no Google Health, potenciar isto juntamente de maneiras participativas vai ser cada vez mais importante.
I'll finish up with exponentially better. We'd like to get therapies better and more effective. Today we treat high blood pressure mostly with pills. What if we take a new device, knock out the nerve vessels that help mediate blood pressure, and in a single therapy, basically cure hypertension? This is a new device doing essentially that. It should be on the market in a year or two. How about more targeted therapies for cancer? I'm an oncologist and know that most of what we give is essentially poison. We learned at Stanford and other places that we can discover cancer stem cells, the ones that seem to be really responsible for disease relapse. So if you think of cancer as a weed, we often can whack the weed away and it seems to shrink, but it often comes back. So we're attacking the wrong target. The cancer stem cells remain, and the tumor can return months or years later. We're now learning to identify the cancer stem cells and identify those as targets and go for the long-term cure. We're entering the era of personalized oncology, the ability to leverage all of this data together, analyze the tumor and come up with a real, specific cocktail for the individual patient.
E vou terminar com exponencialmente melhor. Gostaríamos de ter terapias melhores e mais eficientes. Ora, hoje tratamos hipertensão arterial maioritariamente com comprimidos. E se pegarmos num dispositivo novo e anulássemos os nervos dos vasos que ajudam a mediar a pressão arterial e tudo numa terapia única para curar a hipertensão. Este é um novo dispositivo que está essencialmente a fazer isso. Deve chegar ao mercado dentro de um ou dois anos. E que tal terapias para o cancro mais específicas? Certo, eu sou um oncologista e tenho de dizer que a maioria do que damos é na verdade veneno. Aprendemos em Standford e noutros sítios que podemos descobrir células estaminais cancerígenas, aquelas que parecem ser verdadeiramente responsáveis pelas recaídas na doença. Portanto, se pensarem no cancro como uma erva daninha, podemos geralmente remover completamente a erva daninha. Parece encolher, mas geralmente volta. Então estamos a atacar o alvo errado. As células estaminais cancerígenas continuam, e o tumor pode voltar meses ou anos depois. Estamos agora a aprender a identificar as células estaminais cancerígenas e a identificar essas como alvo e tentar chegar à cura a longo prazo. E estamos a entrar na era da oncologia personalizada, a capacidade de potencializar todos estes dados juntos, analisar o tumor e chegar a um cocktail real e específico para o doente individual.
I'll close with regenerative medicine. I've studied a lot about stem cells. Embryonic stem cells are particularly powerful. We have adult stem cells throughout our body; we use those in bone marrow transplantation. Geron, last year, started the first trial using human embryonic stem cells to treat spinal cord injuries. Still a phase I trial, but evolving. We've been using adult stem cells in clinical trials for about 15 years to approach a whole range of topics, particularly cardiovascular disease. If we take our own bone marrow cells and treat a patient with a heart attack, we can see much improved heart function and better survival using our own bone marrow derived cells after a heart attack.
E vou fechar com a medicina regenerativa. Portanto, eu estudei muito sobre células estaminais -- células estaminais embrionárias são particularmente poderosas. Nós também temos células estaminais adultas pelo nosso corpo. Usamo-las na minha área de transplante de medula óssea. A Geron, mesmo no ano passado, começou o primeiro ensaio usando células estaminais embrionárias humanas para tratar lesões da medula espinal. O ensaio ainda está em fase 1, mas está a evoluir. Na verdade, temos estado a usar células estaminais adultas em ensaios clínicos durante cerca de 15 anos para abordar uma grande variedade de tópicos, particularmente a doença cardiovascular. Tiramos as nossas próprias células de medula óssea e tratamos um doente com ataque cardíaco, podemos ver uma função cardíaca muito melhorada e mesmo melhor sobrevida usando as nossas próprias células de medula óssea depois de um ataque cardíaco.
I invented a device called the MarrowMiner, a much less invasive way for harvesting bone marrow. It's now been FDA approved; hopefully on the market in the next year. Hopefully you can appreciate the device going through the patient's body removing bone marrow, not with 200 punctures, but with a single puncture, under local anesthesia.
Eu inventei um dispositivo chamado MarrowMiner, uma maneira muito menos invasiva para colher medula óssea. Foi agora aprovado pela FDA, e vai estar no mercado, se tudo correr bem, no próximo ano ou por aí. Espero que possam ver o dispositivo ali a curvar pelo corpo do doente e a remover a medula óssea do doente, e em vez de usar 200 punções, usa apenas uma única punção sob anestesia local.
Where is stem-cell therapy going? If you think about it, every cell in your body has the same DNA you had when you were an embryo. We can now reprogram your skin cells to actually act like a pluripotent embryonic stem cell and utilize those, potentially, to treat multiple organs in the same patient, making personalized stem cell lines. I think there'll be a new era of your own stem cell banking to have in the freezer your own cardiac cells, myocytes and neural cells to use them in the future, should you need them. We're integrating this now with a whole era of cellular engineering, and integrating exponential technologies for essentially 3D organ printing, replacing the ink with cells, and essentially building and reconstructing a 3D organ.
Mas para onde é que a terapia com células estaminais se está mesmo a dirigir? Se pensarem sobre isso, todas as células do vosso corpo têm o mesmo ADN que vocês tinham quando eram um embrião. Podemos agora reprogramar as vossas células da pele para agirem como uma célula estaminal pluripotente embrionária e utilizá-las para potencialmente tratar múltiplos órgãos no mesmo doente -- fazendo as vossas próprias linhas de células estaminais. E eu acho que elas vão ser uma nova era do vosso próprio banco de células estaminais para terem no congelador as vossas próprias células cardíacas, miócitos e células neurais para as usar no futuro, caso precisem delas. E estamos a integrar isto agora com toda uma era de engenharia celular. E a integrar tecnologias exponenciais para, essencialmente, imprimir órgãos em 3D -- substituindo a tinta com células e essencialmente construir e reconstruir um órgão em 3D.
That's where things are heading. Still very early days, but I think, as integration of exponential technologies, this is the example. So in closing, as you think about technology trends and how to impact health and medicine, we're entering an era of miniaturization, decentralization and personalization. And by pulling these things together, if we start to think about how to understand and leverage them, we're going to empower the patient, enable the doctor, enhance wellness and begin to cure the well before they get sick. Because I know as a doctor, if someone comes to me with stage I disease, I'm thrilled; we can often cure them. But often it's too late, and it's stage III or IV cancer, for example. So by leveraging these technologies together, I think we'll enter a new era that I like to call stage 0 medicine. And as a cancer doctor, I'm looking forward to being out of a job.
É para aí que as coisas se estão a dirigir, ainda estamos no início. Mas eu acho que, no que se refere à integração de tecnologias exponenciais, este é o exemplo. Para fechar, ao pensarem sobre tendências da tecnologia e como criar impacto em saúde e medicina, estamos a entrar numa era de miniaturização, descentralização e personalização. E acho que juntando todas estas coisas, se podermos começar a pensar como compreender e potenciá-las, vamos capacitar o doente, habilitar o médico, melhorar o bem-estar e começar a curar os saudáveis antes de ficarem doentes. Porque eu sei como médico, se alguém vem ter comigo no estádio 1 de uma doença, eu fico radiante - nós podemos geralmente curá-los. Mas muitas vezes é demasiado tarde e é o estádio 3 ou 4 de cancro, por exemplo. E ao potenciar estas tecnologias conjuntamente, acho que entraremos numa nova era que eu gosto de chamar o estádio zero da medicina. E enquanto médico do cancro, espero ficar sem trabalho.
Thanks very much.
Muito obrigado.
(Applause)
Anfitriã: Obrigado. Obrigado.
Host: Thank you. Thank you.
(Aplausos)
(Applause)
Faça uma vénia. Faça uma vénia.
Take a bow, take a bow.