The air we breathe has changed. The mix of gases is shifting, with more and more greenhouse gases like carbon dioxide. And this shift is happening faster each year. In fact, concentrations of CO2 have reached levels never before breathed by humans, since Homo sapiens evolved. In just a few hundred years, eons of fossilized sunshine have been burned as coal, oil and gas. The exhaust has transformed the entire atmosphere and ocean. It’s like a pollution blanket, and the result we know as climate change.
O ar que respiramos mudou. A mistura de gases está a mudar, com mais e mais gases com efeito de estufa como o dióxido de carbono. E esta mudança está a acontecer cada vez mais rápido a cada ano. Na verdade, a concentração de CO2 atingiu níveis nunca antes respirados por humanos, desde que o Homo Sapiens evoluiu. Em apenas algumas centenas de anos, foram queimadas eras de energia solar fóssil como carvão, petróleo e gás. A descarga transformou a atmosfera e oceanos inteiros. É como um cobertor de poluição, e o resultado é por nós conhecido como alteração climática.
So how much more of that fossilized sunshine can we burn before further destabilizing the Earth’s systems? Not much. Think of it as a carbon budget. We are currently adding 55 billion metric tons of greenhouse gases to the atmosphere every year. This is the Gigaton Challenge. By some estimates, at that pace, we will have burned through the remaining budget by 2030. So to give us some room to breathe, the world must reduce greenhouse gas pollution by more than seven percent each year, every year of this decade ... starting now.
Então, qual a quantidade de energia solar fóssil que podemos queimar antes de desestabilizar ainda mais os sistemas da Terra? Não muita. Pensem nisto como um orçamento de carbono. Atualmente estamos a adicionar 55 mil milhões de toneladas métricas de gases com efeito de estufa à atmosfera, todos os anos. Este é o Desafio das Gigatoneladas. Em algumas estimativas, a este ritmo, iremos queimar o restante orçamento até 2030. Então para termos algum espaço para respirar, o mundo deve reduzir a poluição por gases com efeito de estufa em mais de 7% por ano, todos os anos desta década... a começar agora.
There are a number of ways to do that. Let’s start by looking at the greenhouse gases themselves. CO2 makes up nearly 75 percent of the pollution emitted each year. There’s also nitrous oxide, known as laughing gas, but it's no laughing matter, seeping out of farm fields and elsewhere and making up six percent of the problem. And then there’s methane, which you may also know of as natural gas. It’s 17 percent of the total. There are other greenhouse gases, but these three make up the bulk of the climate challenge. All must be reduced -- and fast.
Existem várias formas de o fazer. Vamos começar por olhar para os gases com efeito de estufa. O CO2 é responsável por quase 75% da poluição emitida por ano. Existe também o óxido nitroso, conhecido como gás do riso, mas não é matéria para rir, espalha-se a partir de campos agrícolas e outros locais, constituindo 6% do problema. E ainda existe o metano, que também conhecem como gás natural. Equivale a 17% do total. Existem outros gases com efeito de estufa, mas estes três compõem a maior parte do desafio climático. Todos devem ser reduzidos e depressa.
Methane is better at trapping the Sun’s heat, which means cutting methane pollution is a necessary and fast-acting stimulus for our carbon budget. If methane emissions from agriculture and the oil and gas industry can be eliminated in this decade, we might be able to stave off catastrophes like the loss of the Arctic sea ice and glaciers all around the world.
O metano é melhor a reter o calor do sol, o que significa que acabar com a poluição de metano é um incentivo imediato e necessário para o nosso orçamento de carbono. Se as emissões de metano da agricultura e da indústria de gás e petróleo puderem ser eliminadas nesta década, talvez consigamos evitar catástrofes como a perda do gelo do Oceano Ártico e de glaciares em todo o mundo.
CO2 has a longer life. Once it is added to the atmosphere, it can stay up there for hundreds of years, if not longer. CO2 emissions must be cut in half by 2030, and then reduced even further by 2040, to put the world on a path of adding no CO2 to the air by 2050. And that means transforming the modern world as quickly as possible.
O CO2 tem um vida mais longa. Uma vez na atmosfera, pode permanecer lá durante centenas de anos, ou mais. As emissões de CO2 devem ser reduzidas para metade até 2030, e depois reduzidas ainda mais até 2040, para encaminhar o mundo no sentido de não emitir CO2 para o ar em 2050. E isso significa transformar o mundo moderno o mais rapidamente possível.
There are several ways to break down the sources of greenhouse gas emissions. Here we’re using the public Climate Watch data. Start with energy. The majority of modern energy comes from fossil fuels, which makes the energy sector 76 percent of the climate challenge, including the fuels used for transportation, industrial processes and agricultural production. The shift to clean energy must be accelerated by an order of magnitude if we want any chance to restrain global warming to 1.5 degrees Celsius. And we’ll need more ways to store this clean electricity, whether that’s putting it in the chemical bonds of a battery or into a molecule of hydrogen. Batteries and clean hydrogen are also going to play a key role in cleaning up transportation, which accounts for 17 percent of climate-changing pollution, including the use of energy to move people and goods around: eight percent from cars; five percent from trucks and other heavy-duty vehicles; and four percent from shipping and aviation. With abundant clean electricity, the world can win the race to electrify cars and create cleaner alternative fuels for trucks, ships, and even one day, airplanes.
Há várias maneiras de acabar com as emissões de gases com efeito de estufa. Estamos a usar os dados públicos do site Climate Watch. Comecemos com a energia. A maior parte da energia moderna vem de combustíveis fósseis, o que faz com que o setor da energia represente 76% do desafio climático, incluindo os combustíveis usados para o transporte, processos industriais e produção agrícola. A mudança para a energia limpa deve ser acelerada por ordem de grandeza se quisermos ter alguma hipótese de conter o aquecimento global em 1,5ºC. E vamos precisar de mais formas de armazenar esta eletricidade limpa, quer isso signifique metê-la nas ligações químicas de uma bateria ou numa molécula de hidrogénio. As baterias e o hidrogénio limpo também vão ter um papel importante na transformação verde do transporte, que representa 17% da poluição que causa as alterações climáticas, incluindo o uso de energia para transportar pessoas e bens materiais: 8% provém de carros; 5% provém de tratores e outros veículos pesados; e 4% provém do envio de encomendas e da aviação. Com eletricidade limpa abundante, o mundo consegue ganhar a corrida para eletrificar carros e criar combustíveis alternativos limpos para tratores, barcos, e um dia, para aviões.
Then there are our lifestyles and the materials that make them possible. That’s everything from the cement and steel that go into buildings to the plastic fibers in fashion. All told, these materials account for six percent of our emissions -- on top of the energy emissions required to produce them. And we’ll need new and clean ways to make them or replace them.
Depois temos os nossos estilos de vida e os materiais que os tornam possíveis. Tudo, desde o cimento e aço que usamos nas construções até às fibras de plástico na moda. Ao todo, estes materiais representam 6% das nossas emissões, para além das emissões de energia que são necessárias para os produzir. E vamos precisar de maneiras novas e limpas para os fazer ou substituir.
Farming and animal raising also have to change as agriculture accounts for 12 percent of greenhouse gas pollution. That means everything from how and what people eat to how and what cows, chickens and pigs eat. It also means finding ways for farm fields to go from sources of greenhouse gas to places where greenhouse gases get buried. Agriculture is also the biggest direct impact people have on the plants, animals, microbes and fungi that share this planet with us. To truly solve the climate challenge, the wild world will have to be protected and restored to allow all of life’s myriad forms to flourish. A halt in cutting down forests, burning peatlands and converting coastal wetlands could prevent the release of nearly five billion metric tons of greenhouse gases each year. Restoring nearly 200 million hectares of degraded forestland, peatland and wetlands could also absorb almost another four billion metric tons. Perhaps even more importantly, the ocean has vast potential to help reduce greenhouse gases ... if we protect it.
A agricultura e a criação de animais também têm de mudar uma vez que a agricultura representa 12% dos gases com efeito de estufa. Tudo, desde aquilo que comemos à forma como comemos, até aquilo que as vacas, galinhas e porcos comem e como comem. Significa também encontrar maneiras de os campos agrícolas passarem de fontes de gás com efeito de estufa para locais onde esses gases são enterrados. A agricultura também é onde as pessoas têm maior impacto direto nas plantas, animais, micróbios e fungos que partilham este planeta connosco. Para resolver verdadeiramente o desafio climático, o mundo selvagem terá de ser protegido e restaurado para permitir que todas as inúmeras formas de vida floresçam. A paralisação da desflorestação, da queima de turfas, e da transformação de zonas costeiras pantanosas pode prevenir a libertação anual de quase 5 mil milhões de toneladas métricas de gases com efeito de estufa. Restaurar quase 200 milhões de hectares de florestas degradadas, turfas e pântanos também poderia absorver quase outros 4 mil milhões de toneladas métricas. Talvez mais importante ainda, o oceano tem um vasto potencial para reduzir os gases com efeito de estufa se o protegermos.
Finally, there are technologies being developed to draw down CO2 from the atmosphere because we have already emitted too much. But very few of these machine forests have been deployed and they are too expensive to scale up faster right now.
Finalmente, há tecnologias a serem desenvolvidas para retirar o CO2 da atmosfera porque já emitimos demasiada quantidade. Mas foram implementadas muito poucas destas “máquinas florestais” e são demasiado caras para crescerem em grande escala neste momento.
This is the climate challenge we face: going from adding 55 billion metric tons of greenhouse gases to the air each year, to adding zero by 2050, at the latest. The countdown begins now.
Este é o desafio climático que enfrentamos: passar de 55 mil milhões de toneladas métricas de emissões anuais de gases, para zero em 2050, o mais tardar. A contagem decrescente começa agora.
(Music)
(Música)
[Countdown]
[Countdown]