A espécie humana tem um longo período de infância e adolescência, para que aconteça o desenvolvimento e a maturação de sistemas vitais. É um processo lento, que requer determinadas condições, contudo, trata-se de uma oportunidade extraordinária para desenvolver competências e valores essenciais, através de experiências biopsicossociais e espirituais, em contextos lúdicos de aprendizagem que desenvolvem a resiliência, o comportamento adaptativo e a criatividade. Estes atributos permitirão aprender a interpretar os factos da vida, dentro da sua relatividade, de forma mais holística possível, transformando-os em variáveis que estimulam e desafiam para viver riscos. Estes serão aceites como factores naturais e fundamentais, para a estimulação individual e a consolidação da autoconfiança, vetores basilares para a autodeterminação e o propósito de ser livre. Contudo, se não construir uma visão clara do que pretende e um inabalável desejo de o atingir, esse propósito não passará de uma miragem, mesmo em liberdade, dificilmente um espírito será livre.