Chris Anderson: Welcome, Bill Gates.
Chris Anderson: Bem-vindo, Bill Gates.
Bill Gates: Thank you.
Bill Gates: Obrigado.
CA: Alright. It's great to have you here, Bill. You know, we had a TED conversation about three months ago about this pandemic, and back then, I think fewer than -- I think that was the end of March -- back then, fewer than 1,000 people in the US had died and fewer than 20,000 worldwide. I mean, the numbers now are, like, 128,000 dead in the US and more than half a million worldwide, in three months. In three months. What is your diagnosis of what is possible for the rest of this year? You look at a lot of models. What do you think best- and worst-case scenarios might be?
CA: É ótimo ter você aqui, Bill. Tivemos uma conversa TED há cerca de três meses sobre esta pandemia, acho que foi no final de março, nessa altura, menos de mil pessoas haviam morrido nos EUA e menos de 20 mil em todo o mundo. Agora são cerca de 128 mil mortos nos EUA e mais de meio milhão em todo o mundo, dentro de três meses. Três meses! Qual é o seu diagnóstico para o restante deste ano? Você analisa muitos padrões. Na sua opinião, quais são os melhores e piores cenários?
BG: Well, the range of scenarios, sadly, is quite large, including that, as we get into the fall, we could have death rates that rival the worst of what we had in the April time period. If you get a lot of young people infected, eventually, they will infect old people again, and so you'll get into the nursing homes, the homeless shelters, the places where we've had a lot of our deaths. The innovation track, which probably we'll touch on -- diagnostics, therapeutics, vaccines -- there's good progress there, but nothing that would fundamentally alter the fact that this fall in the United States could be quite bad, and that's worse than I would have expected a month ago, the degree to which we're back at high mobility, not wearing masks, and now the virus actually has gotten into a lot of cities that it hadn't been in before in a significant way, so it's going to be a challenge.
BG: Infelizmente, a variedade de cenários é enorme, considerando que, quando entrarmos no outono, podemos ter taxas de mortalidade que rivalizem com o pior do que tivemos no período de abril. Se muitos jovens forem infectados, eles vão acabar infectando idosos novamente, e assim teremos o vírus nas casas de repouso, nos abrigos para sem-teto, em lugares onde já tivemos muitas mortes no país. O caminho da inovação, que provavelmente alcançaremos com diagnósticos, terapêutica, vacinas, apresenta um bom progresso, mas nada que alteraria fundamentalmente o fato de que este outono nos EUA poderia ser muito ruim, e é pior do que eu teria esperado ver há um mês, o nível de alta mobilidade que voltamos a assumir, sem o uso da máscara, e agora o vírus chegou a muitas cidades onde não havia estado antes de forma significativa, então esse será um desafio.
There's no case where we get much below the current death rate, which is about 500 deaths a day, but there's a significant risk we'd go back up to the even 2,000 a day that we had before, because we don't have the distancing, the behavior change, to the degree that we had in April and May. And we know this virus is somewhat seasonal, so that the force of infection, both through temperature, humidity, more time indoors, will be worse as we get into the fall.
Não há indicação de que chegamos muito abaixo da taxa de mortalidade atual de cerca de 500 mortes por dia, mas há um risco significativo de que poderia aumentar aos mesmos 2 mil por dia que tínhamos antes, pois não temos mantido o mesmo distanciamento, a mesma mudança de comportamento que mantivemos em abril e maio. E sabemos que esse vírus é um tanto sazonal, então o poder de infecção, seja pela temperatura, umidade, ou mais tempo dentro de casa, será pior quando entrarmos no outono.
CA: So there are scenarios where in the US, like, if you extrapolate those numbers forward, we end up with, what, more than a quarter of a million deaths, perchance, even this year if we're not careful, and worldwide, I guess the death toll could, by the end of the year, be well into the millions, with an "s." Is there evidence that the hotter temperatures of the summer actually have been helping us?
CA: Existem cenários nos EUA, os quais, se extrapolarmos esses números adiante, acabamos com mais de 250 mil mortes, talvez, ainda neste ano, se não tivermos cuidado, e em todo o mundo, o número de mortos até o final do ano poderia ficar na casa dos milhões. Existe evidência de que temperaturas mais quente do verão estejam, na verdade, nos ajudando?
BG: They're not absolutely sure, but certainly, the IHME model definitely wanted to use the season, including temperature and humidity, to try and explain why May wasn't worse than it was. And so as we came out and the mobility numbers got higher, the models expected more infections and deaths to come out of that, and the model kept wanting to say, "But I need to use this seasonality to match why May wasn't worse, why June wasn't worse than it was."
BG: Não se pode afirmar isso com certeza, mas o padrão IHME definitivamente queria usar essa estação, incluindo a temperatura e a umidade, para tentar explicar por que maio não foi pior que o previsto. Com isso, conforme saímos e a mobilidade aumentou, os padrões eram de mais infecções e mortes por conta disso, mas o padrão continuou repetindo que era preciso usar essa sazonalidade para entender por que maio e junho não foram piores do que o esperado.
And we see in the Southern Hemisphere, you know, Brazil, which is the opposite season, now all of South America is having a huge epidemic. South Africa is having a very fast-growing epidemic. Fortunately, Australia and New Zealand, the last countries in the Southern Hemisphere, are at really tiny case counts, and so although they have to keep knocking it down, they're talking about, "Oh, we have 10 cases, that's a big deal, let's go get rid of that." So they're one of these amazing countries that got the numbers so low that test, quarantine and trace is working to get them, keep them at very near zero.
E quando observamos o Hemisfério Sul, o Brasil, por exemplo, que está na estação oposta, agora toda a América do Sul está tendo uma crescente epidemia. A África do Sul apresenta uma epidemia de crescimento rápido. Felizmente, a Austrália e a Nova Zelândia, os últimos países no Hemisfério Sul, têm uma contagem de casos bem baixa, e, apesar de eles precisarem continuar combatendo a doença, se eles por exemplo, têm dez casos, o que consideram um problema sério, eles tratam de lidar com isso. Eles são esses países incríveis que conseguiram baixar tanto seus números que o teste, a quarentena e o rastreamento estão funcionando para combater e manter os casos bem próximos de zero.
CA: Aided perhaps a bit by being easier to isolate and by less density, less population density. But nonetheless, smart policies down there.
CA: Ajudou talvez o fato de serem mais fáceis de se isolar e por terem uma densidade populacional menor. Mesmo assim, políticas inteligentes ajudaram.
BG: Yeah, everything is so exponential that a little bit of good work goes a long way. It's not a linear game. You know, contact tracing, if you have the number of cases we have in the US, it's super important to do, but it won't get you back down to zero. It'll help you be down, but it's too overwhelming.
BG: Sim, tudo é tão exponencial que um pouco de boas políticas faz uma grande diferença. Não é um jogo linear. O rastreamento de contatos, se você tiver o número de casos que temos nos EUA, é muito importante de ser feito, mas não nos levará de volta ao zero. Ele nos ajudará a diminuir os casos, mas os números são incontroláveis.
CA: OK, so in May and June in the US, the numbers were slightly better than some of the models predicted, and it's hypothesized that that might be partly because of the warmer weather. Now we're seeing, really, would you describe it as really quite alarming upticks in case rates in the US?
CA: Certo, em maio e junho nos EUA, os números foram um pouco melhores que alguns dos padrões previstos, e a hipótese é a de que isso se deve em parte ao clima quente. Pelo que estamos observando, você descreveria como um aumento muito alarmante no número de casos nos EUA?
BG: That's right, it's -- In, say, the New York area, the cases continue to go down somewhat, but in other parts of the country, primarily the South right now, you have increases that are offsetting that, and you have testing-positive rates in young people that are actually higher than what we saw even in some of the tougher areas. And so, clearly, younger people have come out of mobility more than older people have increased their mobility, so the age structure is right now very young, but because of multigenerational households, people work in nursing care homes, unfortunately, that will work its way back, both the time lag and the transmission, back up into the elderly, will start to push the death rate back up, which, it is down -- way down from 2,000 to around 500 right now.
BG: Isso mesmo. Na área de Nova York, por exemplo, os casos continuam diminuindo um pouco, mas em outras partes do país, principalmente na região Sul agora, vemos aumentos se equiparando, e taxas de jovens com teste positivo superiores ao que vimos até mesmo em algumas das áreas mais afetadas. Claramente, os jovens voltaram à mobilidade mais do que os idosos, então a estrutura etária agora é bem jovem, mas, por causa de familiares agregados multigeracionais, as pessoas trabalham em casas de repouso, infelizmente, isso vai fazer o caminho de volta, tanto o atraso no tempo quanto a transmissão até os idosos, o que trará de volta o aumento da taxa de mortalidade. Ela está bem mais abaixo dos anteriores 2 mil para os atuais 500 casos.
CA: And is that partly because there's a three-week lag between case numbers and fatality numbers? And also, perhaps, partly because there have been some effective interventions, and we're actually seeing the possibility that the overall fatality rate is actually falling a bit now that we've gained some extra knowledge?
CA: E será que isso se dá em parte porque há um atraso de três semanas entre os números de casos e os de fatalidades? E será também em parte por ter havido intervenções eficazes, e estamos vendo a possibilidade de que a taxa geral de fatalidade esteja caindo um pouco agora que adquirimos um conhecimento maior?
BG: Yeah, certainly your fatality rate is always lower when you're not overloaded. And so Italy, when they were overloaded, Spain, even New York at the start, certainly China, there you weren't even able to provide the basics, the oxygen and things. A study that our foundation funded in the UK found the only thing other than remdesivir that is a proven therapeutic, which is the dexamethasone, that for serious patients, is about a 20 percent death reduction, and there's still quite a pipeline of those things.
BG: Sim, certamente a taxa de mortalidade é sempre menor quando não estamos sobrecarregados. Quando estavam sobrecarregados na Itália, na Espanha, até em Nova York no início, e certamente na China, não havia condições de fornecer sequer o básico, o oxigênio e outros itens. Um estudo que nossa fundação financiou no Reino Unido descobriu o único medicamento além do remdesivir, que é uma terapêutica comprovada, a dexametasona, a qual, para pacientes graves, representa cerca de 20% de redução de mortes, e ainda há muito para acontecer nesse sentido.
You know, hydroxychloroquine never established positive data, so that's pretty much done. There's still a few trials ongoing, but the list of things being tried, including, eventually, the monoclonal antibodies, we will have some additional tools for the fall. And so when you talk about death rates, the good news is, some innovation we already have, and we'll have more, even in the fall. We should start to have monoclonal antibodies, which is the single therapeutic that I'm most excited about.
A hidroxicloroquina nunca estabeleceu resultados positivos; não há mais nada a fazer quanto a isso. Existem alguns experimentos em andamento, mas considerando tudo que está sendo testado, incluindo os anticorpos monoclonais, teremos algumas ferramentas adicionais para o outono. Então, quando falamos sobre taxas de mortalidade, a boa notícia é que já fizemos progresso e faremos mais ainda mesmo no outono. Devemos começar a ter anticorpos monoclonais, o tratamento que mais me deixa animado.
CA: I'll actually ask you to tell me a bit more about that in one sec, but just putting the pieces together on death rates: so in a well-functioning health system, so take the US when places aren't overcrowded, what do you think the current fatality numbers are, approximately, going forward, like as a percentage of total cases? Are we below one percent, perhaps?
CA: Nos fale sobre isso em breve, mas apenas para concluir sobre as taxas de mortalidade: num sistema de saúde que funcione bem, por exemplo, quando os hospitais nos EUA não estão superlotados, na sua opinião, quais são, aproximadamente, os números atuais de fatalidade, como uma porcentagem do total de casos? Estamos bem abaixo de 1%, talvez?
BG: If you found every case, yes, you're well below one percent. People argue, you know, 0.4, 0.5. By the time you bring in the never symptomatics, it probably is below 0.5, and that's good news. This disease could have been a five-percent disease. The transmission dynamics of this disease are more difficult than even the experts predicted. The amount of presymptomatic and never symptomatic spread and the fact that it's not coughing, where you would kind of notice, "Hey, I'm coughing" -- most respiratory diseases make you cough. This one, in its early stages, it's not coughing, it's singing, laughing, talking, actually, still, particularly for the super-spreaders, people with very high viral loads, causes that spread, and that's pretty novel, and so even the experts have to say, "Wow, this caught us by surprise." The amount of asymptomatic spread and the fact that there's not a coughing element is not a major piece like the flu or TB.
BG: Se todos os casos foram encontrados, sim, estamos bem abaixo de 1%. Estão considerando 0,4% a 0,5%. Quando consideramos os assintomáticos, provavelmente ficamos abaixo de 0,5%, e essa é uma boa notícia. Esta poderia ter sido uma doença com 5% de mortalidade. As dinâmicas de transmissão dessa doença são mais complexas do que até mesmo especialistas previram. Por exemplo, o número de contaminações pré-sintomáticas e assintomáticas, e o fato de não haver tosse envolvida, o que sinalizaria um dos sintomas, já que a maioria das doenças respiratórias provoca a tosse, não há tosse nesta doença nos estágios iniciais. Você pode estar cantando, rindo, conversando, e particularmente as pessoas com cargas virais muito altas, são as que causam esse contágio, e isso ainda é muito novo. Mesmo os especialistas dizem: "Nossa, isso nos pegou de surpresa". O número de contaminações assintomáticas e o fato de não haver tosse e ela não ser um sintoma importante como na gripe ou na tuberculose.
CA: Yeah, that is devilish cunning by the virus. I mean, how much is that nonsymptomatic transmission as a percentage of total transmission? I've heard numbers it could be as much as half of all transmissions are basically presymptomatic.
CA: Essa é a astúcia diabólica do vírus. Qual é a porcentagem total de contaminação assintomática? Ouvi dizer que até mesmo metade de todas as contaminações poderiam ser basicamente pré-sintomáticas.
BG: Yeah, if you count presymptomatics, then most of the studies show that's like at 40 percent, and we also have never symptomatics. The amount of virus you get in your upper respiratory area is somewhat disconnected. Some people will have a lot here and very little in their lungs, and what you get in your lungs causes the really bad symptoms -- and other organs, but mostly the lungs -- and so that's when you seek treatment. And so the worst case in terms of spreading is somebody who's got a lot in the upper respiratory tract but almost none in their lungs, so they're not care-seeking.
BG: Sim, se contarmos os pré-sintomáticos, a maioria dos estudos mostra até 40%, e também temos os assintomáticos. A quantidade de vírus que infecta o trato superior do sistema respiratório é um tanto desconexa. Alguns terão muitos vírus nessa região e bem poucos nos pulmões, e os que chegam aos pulmões causam sintomas muito ruins, e em outros órgãos também, mas principalmente nos pulmões, e é quando se deve procurar tratamento. O pior caso em termos de contaminação é alguém que tem muitos vírus no trato respiratório superior mas quase nenhum nos pulmões, ele não procura por cuidados.
CA: Right. And so if you add in the never symptomatic to the presymptomatic, do you get above 50 percent of the transmission is actually from nonsymptomatic people?
CA: Certo. E assim, se adicionarmos pessoas assintomáticas às pré-sintomáticas, então mais de 50% da contaminação é, na verdade, feita por pessoas assintomáticas?
BG: Yeah, transmission is harder to measure. You know, we see certain hotspots and things, but that's a huge question with the vaccine: Will it, besides avoiding you getting sick, which is what the trial will test, will it also stop you from being a transmitter?
BG: Sim, a contaminação fica mais difícil de ser medida. Nós vemos certos surtos, mas essa é uma grande questão em relação à vacina: será que, além de evitar que você fique doente, que é o que será testado, ela também vai impedir que você transmita o vírus?
CA: So that vaccine, it's such an important question, let's come on to that. But before we go there, any other surprises in the last couple months that we've learned about this virus that really impact how we should respond to it?
CA: Essa vacina é algo importante e vamos falar sobre isso. Mas antes, houve quaisquer outras surpresas nos últimos meses que descobrimos sobre esse vírus que impactam o modo como devemos confrontá-lo?
BG: We're still not able to characterize who the super-spreaders are in terms of what that profile is, and we may never. That may just be quite random. If you could identify them, they're responsible for the majority of transmission, a few people who have very high viral loads. But sadly, we haven't figured that out. This mode of transmission, if you're in a room and nobody talks, there's way less transmission. That's partly why, although planes can transmit, it's less than you would expect just in terms of time proximity measures, because unlike, say, a choir or a restaurant, you're not exhaling in loud talking quite as much as in other indoor environments.
BG: Ainda não conseguimos definir o perfil dos indivíduos com forte potencial de contaminação e talvez jamais consigamos. Talvez seja algo bem aleatório. Se pudéssemos identificá-los, eles são responsáveis por boa parte da contaminação, indivíduos com cargas virais muito altas. Infelizmente, ainda não descobrimos isso. Esse modo de contaminação, se você está numa sala mas ninguém fala, há bem menos contaminação. Em parte é por isso que, embora o vírus possa ser transmitido em aviões, não é tanto pela duração do contato ou pela proximidade, mas porque, ao contrário de cantar num coral ou estar num restaurante, a pessoa não exala ar ao falar alto tanto quanto em outros ambientes internos.
CA: Hmm. What do you think about the ethics of someone who would go on a plane and refuse to wear a mask?
CA: O que acha da ética de alguém que esteja viajando de avião e se recusa a usar uma máscara?
BG: If they own the plane, that would be fine. If there's other people on the plane, that would be endangering those other people.
BG: Se for um jato particular, tudo bem. Se houver outros passageiros no avião, significaria colocá-los em risco.
CA: Early on in the pandemic, the WHO did not advise that people wear masks. They were worried about taking them away from frontline medical providers. In retrospect, was that a terrible mistake that they made?
CA: No início da pandemia, a OMS não aconselhou o uso de máscaras. Estavam preocupados que elas fariam falta aos prestadores de serviços médicos da linha de frente. Em retrospecto, esse foi um erro terrível que cometeram?
BG: Yes. All the experts feel bad that the value of masks -- which ties back somewhat to the asymptomatics; if people were very symptomatic, like an Ebola, then you know it and you isolate, and so you don't have a need for a masklike thing. The value of masks, the fact that the medical masks was a different supply chain than the normal masks, the fact you could scale up the normal masks so well, the fact that it would stop that presymptomatic, never symptomatic transmission, it's a mistake. But it's not a conspiracy. It's something that, we now know more. And even now, our error bars on the benefit of masks are higher than we'd like to admit, but it's a significant benefit.
BG: Sim. Todos os especialistas sentem-se culpados... a importância das máscaras está ligada aos assintomáticos; se alguém apresenta muitos sintomas, como foi com o ebola, então fica evidente e ele é isolado, e assim não há necessidade do uso da máscara. Nesse caso, o fato de a máscara cirúrgica fazer parte de uma cadeia de distribuição diferente das máscaras normais, e de podermos aumentar bastante a produção das máscaras normais, e que iria impedir que a transmissão do pré-sintomático e do assintomático, foi um erro! Mas não uma conspiração. Sabemos mais a respeito agora. Ainda assim, nosso nível de erro quanto ao benefício das máscaras são mais altos do que gostaríamos de admitir, mas já é um benefício significativo.
CA: Alright, I'm going to come in with some questions from the community. Let's pull them up there. Jim Pitofsky, "Do you think reopening efforts in the US have been premature, and if so, how far should the US go to responsibly confront this pandemic?"
CA: Temos algumas perguntas da comunidade. Jim Pitofsky: "Você acha que os esforços de reabertura foram prematuros nos EUA, e se foram, até onde podemos avançar para enfrentar a pandemia de modo responsável?"
BG: Well, the question of how you make trade-offs between the benefits, say, of going to school versus the risk of people getting sick because they go to school, those are very tough questions that I don't think any single person can say, "I will tell you how to make all these trade-offs." The understanding of where you have transmission, and the fact that young people do get infected and are part of the multigenerational transmission chain, we should get that out. If you just look at the health aspect, we have opened up too liberally.
BG: Bem, a pergunta sobre o equilíbrio entre os benefícios, digamos, de voltar às aulas na escola versus o risco de as pessoas ficarem doentes se fizerem isso são questões muito difíceis que, a meu ver, ninguém poderia dizer que realmente sabe como resolver. O entendimento de onde a contaminação acontece, e o fato de que os jovens se contaminam e podem transmitir o vírus para outras gerações, deveríamos desconsiderar isso. Se observarmos o aspecto da saúde, a reabertura foi generosa demais.
Now, opening up in terms of mental health and seeking normal health things like vaccines or other care, there are benefits. I think some of our opening up has created more risk than benefit. Opening the bars up as quickly as they did, you know, is that critical for mental health? Maybe not. So I don't think we've been as tasteful about opening up as I'm sure, as we study it, that we'll realize some things we shouldn't have opened up as fast. But then you have something like school, where even sitting here today, the exact plan, say, for inner-city schools for the fall, I wouldn't have a black-and-white view on the relative trade-offs involved there.
Mas, a abertura em termos de saúde mental e a busca de aspectos normais de saúde como vacinas ou outros cuidados, trazem benefícios. Acho que alguns aspectos da reabertura tenham criado mais risco do que benefício. Reabrir bares tão rápido como aconteceu era mesmo crucial para a saúde mental? Talvez não. Então não acho que temos sido muito rigorosos com a reabertura, assim como tenho certeza, conforme estudamos isso, que vamos perceber que alguns lugares não deviam ter sido reabertos tão rápido. Mas aí temos as escolas, que, mesmo considerando hoje, o plano exato de reabrir escolas dos bairros mais pobres no outono, não me parece uma questão simples alcançar um equilíbrio entre benefício e risco envolvidos nisso.
There are huge benefits to letting those kids go to school, and how do you weigh the risk? If you're in a city without many cases, I would say probably the benefit is there. Now that means that you could get surprised. The cases could show up, and then you'd have to change that, which is not easy. But I think around the US, there will be places where that won't be a good trade-off.
Existem enormes benefícios em deixar essas crianças irem para a escola, e como avaliamos o risco? Numa cidade com poucos casos, eu diria que isso é um benefício. Mas isso significa que podemos ser surpreendidos. Os casos podem aparecer, e então teríamos que mudar isso, o que não é fácil. Mas acho que por todos os EUA, haverá lugares onde esse tipo de coisa não será uma boa escolha.
So almost any dimension of inequity, this disease has made worse: job type, internet connection, ability of your school to do online learning. White-collar workers, people are embarrassed to admit it, some of them are more productive and enjoying the flexibility that the at-home thing has created, and that feels terrible when you know lots of people are suffering in many ways, including their kids not going to school.
Então, quase qualquer dimensão de desigualdade que essa doença tenha piorado: tipo de trabalho, conexão à internet, a capacidade da escola de oferecer o aprendizado on-line. Pessoas que podem trabalhar de casa, e algumas têm vergonha de admitir isso, são mais produtivas e aproveitam a flexibilidade que o trabalho em casa tem proporcionado, e isso parece terrível, porque sabemos que muitos estão sofrendo com isso de várias maneiras, principalmente porque os filhos deles não podem ir pra escola.
CA: Indeed. Let's have the next question. [Nathalie Munyampenda] "For us in Rwanda, early policy interventions have made the difference. At this point, what policy interventions do you suggest for the US now?" Bill, I dream of the day where you are appointed the coronavirus czar with authority to actually speak to the public. What would you do?
CA: É verdade. Próxima pergunta. Nathalie Munyampenda: "Em Ruanda, as intervenções políticas precoces fizeram a diferença. Neste momento, quais intervenções políticas você sugere para os EUA?" Bill, eu sonho com o dia em que você será nomeado o czar do coronavírus com autoridade para se dirigir ao público. O que você faria?
BG: Well, the innovation tools are where I and the foundation probably has the most expertise. Clearly, some of the policies on opening up have been too generous, but I think everybody could engage in that. We need leadership in terms of admitting that we've still got a huge problem here and not turning that into almost a political thing of, "Oh, isn't it brilliant what we did?" No, it's not brilliant, but there's many people, including the experts -- there's a lot they didn't understand, and everybody wishes a week earlier whatever action they took, they'd taken that a week earlier. The innovation tools, that's where the foundation's work on antibodies, vaccines, we have deep expertise, and it's outside of the private sector, and so we have kind of a neutral ability to work with all the governments and the companies to pick.
BG: As ferramentas de inovação são, provavelmente, o maior conhecimento que eu e a fundação temos a oferecer. Obviamente, algumas das políticas na reabertura foram generosas demais, mas acho que todo mundo poderia se envolver nisso. Precisamos de liderança que admita que ainda temos um grande problema a resolver e não tornar isso algo político assumindo que foi uma decisão genial. Não, não foi genial, mas há muitas pessoas, incluindo os especialistas, que não entenderam muita coisa e todos gostariam que qualquer ação que eles tenham tomado, tivesse sido tomada uma semana antes. O trabalho da Fundação Gates está nas ferramentas de inovação, na criação de anticorpos, vacinas... Temos profunda experiência, e isso está além do setor privado, por isso temos uma capacidade neutra de trabalhar com todos os governos e com as empresas que escolhermos.
Particularly when you're doing break-even products, which one should get the resources? There's no market signal for that. Experts have to say, "OK, this antibody deserves the manufacturing. This vaccine deserves the manufacturing," because we have very limited manufacturing for both of those things, and it'll be cross-company, which never happens in the normal case, where one company invents it and then you're using the manufacturing plants of many companies to get maximum scale of the best choice. So I would be coordinating those things, but we need a leader who keeps us up to date, is realistic and shows us the right behavior, as well as driving the innovation track.
E quando se trabalha com produtos de ponto de equilíbrio, qual deles deve obter recursos? Não há sinal de mercado para isso. Especialistas devem dizer qual anticorpo ou qual vacina merecem ser fabricados, porque temos uma fabricação muito limitada para ambos, e será entre empresas, o que normalmente nunca acontece. Num geral, uma empresa o inventa e aí usamos as fábricas de muitas empresas pra obter o maior volume da melhor opção. Eu coordenaria esse tipo de coisa, mas precisamos de um líder que nos mantenha atualizados, que seja realista e nos mostre o comportamento correto, além de impulsionar o caminho à inovação.
CA: I mean, you have to yourself be a master diplomat in how you talk about this stuff. So I appreciate, almost, the discomfort here. But I mean, you talk regularly with Anthony Fauci, who is a wise voice on this by most people's opinion. But to what extent is he just hamstrung? He's not allowed to play the full role that he could play in this circumstance.
CA: Você precisa ter muita diplomacia ao falar sobre esse tipo de assunto. Posso quase perceber seu desconforto. Você fala regularmente com Anthony Fauci, que é uma voz sábia a respeito disso na opinião da maioria das pessoas. Mas até que ponto ele está de mãos atadas? Ele não tem permissão para desempenhar o papel que ele poderia nessa circunstância.
BG: Dr. Fauci has emerged where he was allowed to have some airtime, and even though he was stating things that are realistic, his prestige has stuck. He can speak out in that way. Typically, the CDC would be the primary voice here. It's not absolutely necessary, but in previous health crises, you let the experts inside the CDC be that voice. They're trained to do these things, and so it is a bit unusual here how much we've had to rely on Fauci as opposed to the CDC. It should be Fauci, who's a brilliant researcher, so experienced, particularly in vaccines. In some ways, he has become, taking the broad advice that's the epidemiology advice and explaining it in the right way, where he'll admit, "OK, we may have a rebound here, and this is why we need to behave that way." But it's fantastic that his voice has been allowed to come through.
BG: O Dr. Fauci falou nos canais que ele foi autorizado a ter oportunidade, e mesmo que ele estivesse falando a realidade, o prestígio dele veio para ficar. Ele pode se expressar dessa maneira. Normalmente, o Centro de Controle de Doenças, o CDC, seria a voz principal aqui. Não que seja necessário, mas em crises de saúde anteriores, eram os especialistas dentro do CDC que falavam. Eles são treinados para isso, e por isso é um pouco incomum o quanto tivemos que confiar no Dr. Fauci e não no CDC. Deveria ser o Dr. Fauci, que é um pesquisador genial, muito experiente, principalmente com vacinas. De certa forma, ele tomou a palavra, usando o conselho mais amplo, ou seja, o da epidemiologia, e explicando da maneira correta, quando ele admite que podemos voltar a ter um aumento nos casos, e é por isso que precisamos nos comportar de tal maneira. Mas é fantástico que ele tenha tido autorização para falar.
CA: Sometimes. Let's have the next question. Nina Gregory, "How are you and your foundation addressing the ethical questions about which countries get the vaccine first, assuming you find one?" And maybe, Bill, use this as a moment to just talk about where the quest for the vaccine is and what are just some of the key things we should all be thinking about as we track the news on this.
CA: Às vezes. Vamos à próxima pergunta. (Risos) Nina Gregory: "Como você e sua fundação estão abordando as questões éticas sobre quais países devem receber a vacina primeiro, caso vocês descubram uma?" Bill, use o momento para falar sobre os progressos na busca pela vacina e quais são alguns dos principais pontos que todos deveríamos considerar enquanto acompanhamos as notícias sobre o assunto.
BG: There's three vaccines that are, if they work, are the earliest: the Moderna, which unfortunately, won't scale very easily, so if that works, it'll be mostly a US-targeted thing; then you have the AstraZeneca, which comes from Oxford; and the Johnson and Johnson. Those are the three early ones. And we have animal data that looks potentially good but not definitive, particularly will it work in the elderly, and we'll have human data over the next several months.
BG: Existem três vacinas que, se funcionarem, serão as primeiras: a Moderna, que infelizmente, não será produzida facilmente, então, se funcionar, será direcionada principalmente aos EUA; depois temos a AstraZeneca, que vem de Oxford; e a Johnson e Johnson. Essas são as três primeiras. E temos dados em animais que parecem potencialmente bons, mas não são definitivos, em particular, se a vacina funcionará nos idosos. E, para elas, teremos dados de testes em humanos nos próximos meses.
Those three will be gated by the safety and efficacy trial. That is, we'll be able to manufacture those, although not as much as we want. We'll be able to manufacture those before the end of the year. Whether the Phase 3 will succeed and whether it'll complete before the end of the year, I wouldn't be that optimistic about. Phase 3 is where you need to really look at all the safety profile and efficacy, but those will get started. And then there's four or five vaccines that use different approaches that are maybe three or four months behind that: Novavax, Sanofi, Merck. And so we're funding factory capacity for a lot of these -- some complex negotiations are taking place right now on this -- to get factories that will be dedicated to the poorer countries, what's called low- and middle-income. And the very scalable constructs that include AstraZeneca and Johnson and Johnson, we'll focus on those, the ones that are inexpensive and you can build a single factory to make 600 million doses.
Essas três serão restritas pelo estudo de segurança e eficácia. Ou seja, conseguiremos fabricá-las, embora não tantas quanto queremos, mas serão fabricadas antes do final do ano. Se a Fase 3 vai ser bem-sucedida e completada antes do final do ano, eu não seria tão otimista sobre isso. Essa é a fase na qual os perfis de segurança e eficácia precisam ser observados, mas eles serão iniciados. E depois há quatro ou cinco vacinas com abordagens diferentes que estão uns três ou quatro meses atrás: Novavax, Sanofi, Merck. Estamos financiando a capacidade da fábrica para muitas delas. Algumas negociações complexas estão ocorrendo no momento, para conseguirmos fábricas que produzirão para os países mais pobres, aqueles de baixa e média renda. E vamos nos concentrar em produtos mais escaláveis que incluem AstraZeneca e Johnson e Johnson, os custos deles são menores e é possível construir uma única fábrica que produza 600 milhões de doses.
So a number of the vaccine constructs are potential. I don't see anything before the end of the year. That's really the best case, and it's down to a few constructs now, which, typically, you have high failure rates.
Portanto, existem várias possibilidades para vacina, mas nada que possa ser concluído antes do final do ano. Essa é realmente a melhor chance, e agora se resumem a algumas opções, nas quais, normalmente, existem grandes chances de fracasso.
CA: Bill, is it the case that if you and your foundation weren't in the picture here that market dynamics would likely lead to a situation where, as soon as a promising vaccine candidate emerged, the richer countries would basically snap up, gobble up all available initial supply -- it just takes a while to manufacture these, and there would be nothing for the poorer countries -- but that what, effectively, you're doing by giving manufacturing guarantees and capability to some of these candidates, you're making it possible that at least some of the early vaccine units will go to poorer countries? Is that correct?
CA: Bill, esse é o caso que, se você e sua fundação não tivessem entrado em cena, a dinâmica do mercado provavelmente levaria a uma situação na qual, assim que um candidato promissor à vacina surgisse, os países mais ricos basicamente iriam devorar todo o suprimento inicial disponível? Levaria pouco tempo para fabricá-las, e não restaria nada para os países mais pobres. Mas, efetivamente, ao dar garantias e capacidade de fabricação para alguns desses candidatos, você está possibilitando que ao menos algumas das primeiras unidades vacinais irão para os países mais pobres? É isso?
BG: Well, it's not just us, but yes, we're in the central role there, along with a group we created called CEPI, Coalition for Epidemic Preparedness, and the European leaders agree with this. Now we have the expertise to look at each of the constructs and say, "OK, where is there a factory in the world that has capacity that can build that? Which one should we put the early money into? What should the milestones be where we'll shift the money over to a different one?" Because the kind of private sector people who really understand that stuff, some of them work for us, and we're a trusted party on these things, we get to coordinate a lot of it, particularly that manufacturing piece.
BG: Não se trata apenas de nós, mas sim, temos um função central lá, juntamente com um grupo que criamos, o CEPI, Coligação para Inovações de Preparação para Epidemias, e os líderes europeus concordam com isso. Agora, nós temos a experiência para observar cada uma das vacinas e perguntar: "Onde existe uma fábrica com a capacidade pra produzir essa vacina? Em qual delas devemos injetar o dinheiro adiantado? Quais deveriam ser os avanços para que possamos passar a injetar dinheiro numa outra fábrica?" Algumas pessoas do setor privado, que realmente entendem desse assunto, trabalham para nós e somos uma parte confiável nisso; somos nós que coordenamos muito disso, particularmente a fabricação.
Usually, you'd expect the US to think of this as a global problem and be involved. So far, no activity on that front has taken place. I am talking to people in the Congress and the Administration about when the next relief bill comes along that maybe one percent of that could go for the tools to help the entire world. And so it's possible, but it's unfortunate, and the vacuum here, the world is not that used to, and a lot of people are stepping in, including our foundation, to try and have a strategy, including for the poorer countries, who will suffer a high percentage of the deaths and negative effects, including their health systems being overwhelmed. Most of the deaths will be in developing countries, despite the huge deaths we've seen in Europe and the US.
Normalmente, espera-se que os EUA encarem isso como um programa global e se envolvam. Até agora, não houve nenhuma atividade nessa frente. Tenho discutido com membros do Congresso e do governo sobre o próximo projeto de lei para a ajuda econômica que poderia, talvez, direcionar 1% disso para as ferramentas que ajudariam o mundo todo. Então é possível, mas é uma pena, e esse vácuo aqui é que o mundo não está tão acostumado com isso, e muitos estão se posicionando, inclusive a nossa fundação, pra tentar ter uma estratégia que inclua países mais pobres, os quais sofrerão uma alta taxa das mortes e efeitos negativos, como seus sistemas de saúde sendo sobrecarregados. A maioria das mortes acontecerá nos países em desenvolvimento, apesar do enorme número de mortes que vimos na Europa e nos EUA.
CA: I mean, I wish I could be a fly on the wall and hearing you and Melinda talk about this, because of all of the ethical ... "crimes," let's say, executed by leaders who should know better, I mean, it's one thing to not model mask-wearing, but to not play a role in helping the world when faced with a common enemy, respond as one humanity, and instead ... you know, catalyze a really unseemly scramble between nations to fight for vaccines, for example. That just seems -- surely, history is going to judge that harshly. That is just sickening. Isn't it? Am I missing something?
CA: Gostaria de ser uma mosca pra ouvir você e a Melinda falando sobre isso, por causa de todos os "crimes" éticos, digamos, executados por líderes que deveriam ser mais sensatos. Uma coisa é não dar o exemplo usando máscara, mas não desempenhar um papel na ajuda ao restante do mundo quando confrontado com um inimigo comum, respondendo como uma humanidade, e ao invés disso, encorajar uma disputa indecente entre nações na luta por vacinas, por exemplo. A História, certamente, irá julgar isso severamente. Isso é simplesmente doentio, não é? Ou entendi tudo errado?
BG: Well, it's not quite as black-and-white as that. The US has put more money out to fund the basic research on these vaccines than any country by far, and that research is not restricted. There's not, like, some royalty that says, "Hey, if you take our money, you have to pay the US a royalty." They do, to the degree they fund research, it's for everybody. To the degree they fund factories, it's just for the US. The thing that makes this tough is that in every other global health problem, the US totally leads smallpox eradication, the US is totally the leader on polio eradication, with key partners -- CDC, WHO, Rotary, UNICEF, our foundation. So the world -- and on HIV, under President Bush's leadership, but it was very bipartisan, this thing called PEPFAR was unbelievable. That has saved tens of millions of lives.
BG: Bem, não é tão simples assim. Os EUA investem mais dinheiro que qualquer outro país para financiar a pesquisa básica dessas vacinas, e essa pesquisa não é restrita. Não há nenhum direito de acesso que diz: "Se vocês aceitarem nosso dinheiro, terão que pagar pelos direitos aos EUA". O financiamento das pesquisas vai para todo mundo, mas o financiamento das fábricas vai apenas para os EUA. O problema é que, em qualquer outro assunto de saúde global, por exemplo, os EUA lideram totalmente a erradicação da varíola, e são o líder absoluto na erradicação da poliomielite, com os principais parceiros: CDC, OMS, Rotary, UNICEF e a nossa fundação. E também o HIV, sob a liderança do presidente Bush, mas foi algo muito bipartidário, algo chamado PEPFAR, foi inacreditável. Salvou dezenas de milhões de vidas.
And so it's that the world always expected the US to at least be at the head of the table, financially, strategy, OK, how do you get these factories for the world, even if it's just to avoid the infection coming back to the US or to have the global economy working, which is good for US jobs to have demand outside the US. And so the world is kind of -- you know, there's all this uncertainty about which thing will work, and there's this, "OK, who's in charge here?"
O mundo sempre esperou que os EUA estivessem à frente das negociações no financiamento, na estratégia, tentando obter fábricas para o mundo, mesmo que fosse para evitar que a infecção voltasse aos EUA ou pra manter a economia global ativa, o que é bom para empregos nos EUA para ter demanda vinda do exterior. Então, existe toda essa incerteza sobre o que vai funcionar e decidir quem está no comando.
And so the worst thing, the withdrawal from WHO, that is a difficulty that hopefully will get remedied at some point, because we need that coordination through WHO.
A retirada da OMS, é uma dificuldade que esperamos ser remediada em algum momento, pois precisamos dessa coordenação através da OMS.
CA: Let's take another question. Ali Kashani, "Are there any particularly successful models of handling the pandemic that you have seen around the world?"
CA: Vamos a outra pergunta. Ali Kashani: "Existem outros padrões particularmente bem-sucedidos de como lidar com uma pandemia que você já tenha visto pelo mundo?"
BG: Well, it's fascinating that, besides early action, there are definitely things where you take people who have tested positive and you monitor their pulse ox, which is the oxygen saturation level in their blood, which is a very cheap detector, and then you know to get them to the hospitals fairly early. Weirdly, patients don't know things are about to get severe. It's an interesting physiological reason that I won't get into. And so Germany has quite a low case fatality rate that they've done through that type of monitoring. And then, of course, once you get into facilities, we've learned that the ventilator, actually, although extremely well-meaning, was actually overused and used in the wrong mode in those early days. So the health -- the doctors are way smarter about treatment today. Most of that, I would say, is global. Using this pulse ox as an early indicator, that'll probably catch on broadly, but Germany was a pioneer there. And now, of course, dexamethasone -- fortunately, it's cheap, it's oral, we can ramp up manufacture. That'll go global as well.
BG: É fascinante que, além de ação precoce, observamos em pessoas com teste positivo que tiveram a pulsação monitorada ou seja, o nível de saturação de oxigênio na corrente sanguínea, com um medidor de pulsação bem barato, e assim conseguimos saber que elas devem logo ser levadas ao hospital. Os pacientes não sabem que estão prestes a ficar gravemente doentes. É uma razão fisiológica interessante, mas não vou abordar isso agora. A Alemanha tem uma taxa de mortalidade bem baixa devido a esse tipo de monitoramento. É claro, quando o assunto é instalações, descobrimos que o respirador, apesar das boas intenções, a princípio foi demasiadamente usado e de modo incorreto. Os médicos estão bem melhor informados sobre o tratamento atualmente. Muito disso vale para o mundo todo. O medidor de pulsação deverá ser implantado amplamente, mas a Alemanha foi pioneira nisso. E agora temos a dexametasona que, felizmente, é barata, oral, e podemos acelerar a sua fabricação. Isso também em nível global.
CA: Bill, I want to ask you something about what it's been like for you personally through this whole process. Because, weirdly, even though your passion and good intent on this topic seems completely bloody obvious to anyone who has spent a moment with you, there are these crazy conspiracy theories out there about you. I just checked in with a company called Zignal that monitors social media spaces. They say that, to date, I think on Facebook alone, more than four million posts have taken place that associate you with some kind of conspiracy theory around the virus. I read that there was a poll that more than 40 percent of Republicans believe that the vaccine that you would roll out would somehow plant a microchip in people to track their location. I mean, I can't even believe that poll number. And then some people are taking this seriously enough, and some of them have even been recirculated on "Fox News" and so forth, some people are taking this seriously enough to make really quite horrible threats and so forth. You seem to do a good job sort of shrugging this off, but really, like, who else has ever been in this position? How are you managing this? What on earth world are we in that this kind of misinformation can be out there? What can we do to help correct it?
CA: Bill, eu gostaria de saber como tem sido para você, pessoalmente, todo esse processo. Porque, apesar da sua paixão e boa intenção neste tópico, parece totalmente óbvio pra qualquer um que tenha passado um tempo com você, que existem teorias da conspiração medonhas sobre você. Acabei de verificar com uma empresa chamada Zignal que monitora mídia social. Disseram que, até o momento, somente no Facebook, foram publicados mais de 4 milhões de posts que associam seu nome a algum tipo da teoria da conspiração sobre o vírus. Eu li sobre uma enquete na qual mais de 40% dos republicanos acreditam que a vacina que você lançaria implantaria um microchip nas pessoas para rastrear a localização delas. Eu nem consigo acreditar na porcentagem dessa enquete. Algumas pessoas parecem levar isso muito a sério, e algumas dessas notícias até foram recirculadas na "Fox News". Alguns levam isso tão a sério que fazem horríveis ameaças. Você parece não se incomodar com isso, mas, na verdade, quem mais já esteve nesta posição? Como você está lidando com isso? Que mundo é esse que permite que esse tipo de desinformação aconteça? O que fazer para ajudar a corrigir isso?
BG: I'm not sure. And it's a new thing that there's conspiracy theories. I mean, Microsoft had its share of controversy, but at least that related to the real world, you know? Did Windows crash more than it should? We definitely had antitrust problems. But at least I knew what that was. When this emerged, I have to say, my instinct was to joke about it. People have said that's really inappropriate, because this is a very serious thing. It is going to make people less willing to take a vaccine. And, of course, once we have that vaccine, it'll be like masks, where getting lots of people, particularly when it's a transmission-blocking vaccine, there's this huge community benefit to widespread adoption of that vaccine. So I am caught a little bit, unsure of what to say or do, because the conspiracy piece is a new thing for me, and what do you say that doesn't give credence to the thing? The fact that a "Fox News" commentator, Laura Ingraham, was saying this stuff about me microchipping people, that survey isn't that surprising because that's what they heard on the TV. It's wild. And people are clearly seeking simpler explanations than going and studying virology.
BG: Não tenho certeza. E algo novo essa coisa de teorias da conspiração. A Microsoft teve sua parte da controvérsia, mas pelo menos isso tinha a ver com o mundo real, sabe? O Windows travou mais do que deveria? Tivemos problemas antitruste. Mas pelo menos eu sabia do que se tratava. Quando isso surgiu, meu instinto foi de levar na brincadeira. Disseram-me que era inapropriado, pois isso é algo muito sério. Pode ser que as pessoas fiquem com receio de tomar uma vacina. E, é claro, uma vez que a tivermos, será como foi com as máscaras: teremos que conseguir envolver as pessoas. Quando se trata de uma vacina que bloqueia a contaminação, há um benefício enorme para a comunidade com a ampla adoção da vacinação. Fico um pouco sem saber o que dizer ou fazer, porque essa coisa de conspiração é algo novo para mim. O que dizer para não dar credibilidade a isso? O fato de uma comentarista da "Fox News", Laura Ingraham, ter dito isso que vou implantar um microchip nas pessoas, a enquete não é tão surpreendente, pois é o que as pessoas viram na TV. Isso é inacreditável! E as pessoas estão, obviamente, buscando explicações mais simples do que terem que estudar virologia.
CA: I mean, TED is nonpolitical, but we believe in the truth. I would say this: Laura Ingraham, you owe Bill Gates an apology and a retraction. You do. And anyone who's watching this who thinks for a minute that this man is involved in some kind of conspiracy, you want your head examined. You are crazy. Enough of us know Bill over many years and have seen the passion and engagement in this to know that you are crazy. So get over it, and let's look at the actual problem of solving this pandemic. Honestly. If anyone in the chat here has a suggestion, a positive suggestion for how you can, how do you get rid of conspiracies, because they feed on each other. Now, "Oh, well I would say that, because I'm part of the conspiracy," or whatever. Like, how do we get back to a world where information can be trusted? We have to do better on it. Are there any other questions out there from the community? Aria Bendix from New York City: "What are your personal recommendations for those who want to reduce their risk of infection amid an uptick in cases?"
CA: O TED não é político, mas acreditamos na verdade. Eu diria: Laura Ingraham você deve desculpas e uma explicação ao Bill Gates. Deve mesmo. E qualquer um assistindo, que ache que esse homem está envolvido em alguma conspiração, devia passar por um exame mental. Você está louco! Muitos de nós conhecemos o Bill há muitos anos, somos testemunhas da paixão e do engajamento dele para saber que você é louco. Então, caia na real, e vamos tentar resolver essa pandemia. É sério! Se alguém no bate-papo aqui tem uma sugestão positiva de como nos livrarmos de conspirações, pois elas se alimentam uma da outra, do tipo: "Bem, eu diria tal coisa, porque sou parte da conspiração". Como podemos voltar a ter um mundo no qual a informação pode ser confiável? Temos que ser melhores nisso. Alguma outra pergunta da comunidade? Aria Bendix de Nova York: "Quais são suas recomendações pessoais para quem quer reduzir o risco de infecção em meio a um aumento dos casos?"
BG: Well, it's great if you have a job that you can stay at your house and do it through digital meetings, and even some of your social activities, you know, I do video calls with lots of friends. I have friends in Europe that, who knows when I'll see them, but we schedule regular calls to talk. If you stay fairly isolated, you don't run much risk, and it's when you're getting together with lots of other people, either through work or socialization, that drives that risk, and particularly in these communities where you have increased cases, even though it's not going to be mandated, hopefully, the mobility numbers will show people responding and minimizing those kind of out-of-the-house contacts.
BG: Bem, é ótimo se você tem um emprego que te permita ficar em casa e você possa fazer reuniões on-line, e até algumas atividades sociais; eu faço videochamadas com muitos amigos. Tenho amigos na Europa que nem imagino quando poderei vê-los novamente, mas marcamos chamadas regulares para conversar. Se você se isolar o bastante, não corre muito risco. Mas é quando a pessoa se reúne com muitas outras, seja através do trabalho ou socialização, que gera esse risco. E, particularmente nessas comunidades nas quais o número de casos aumentou, mesmo que não seja obrigatório, espero que os números da mobilidade mostrem que as pessoas estão respondendo e minimizando esses contatos externos.
CA: Bill, I wonder if I could just ask you just a little bit about philanthropy. Obviously, your foundation has played a huge role in this, but philanthropy more generally. You know, you've started this Giving Pledge movement, recruited all these billionaires who have pledged to give away half their net worth before or after their death. But it's really hard to do. It's really hard to give away that much money. You yourself, I think, since The Giving Pledge was started -- what? 10 years ago or something, I'm not sure when -- but your own net worth, I think, has doubled since that period despite being the world's leading philanthropist. Is it just fundamentally hard to give away money effectively to make the world better? Or should the world's donors, and especially the world's really rich donors, start to almost commit to a schedule, like, "Here's a percentage of my net worth each year that, as I get older, maybe that goes up. If I'm to take this seriously, I have to give away -- somehow, I've got to find a way of doing that effectively." Is that an unfair and crazy question?
CA: Bill, eu gostaria de te perguntar um pouco sobre filantropia. Obviamente, sua fundação tem desempenhado um papel enorme na pandemia, mas filantropia, num geral. Você deu início à campanha "The Giving Pledge", e recrutou todos esses bilionários que se comprometeram a doar metade do seu patrimônio líquido antes ou depois da morte deles. Mas é realmente difícil de fazer isso, doar tanto dinheiro assim. Desde que iniciou The Giving Pledge, há uns dez anos, não tenho certeza quando foi, o seu próprio patrimônio dobrou desde esse período apesar de você ser líder filantropo mundial. Será que é fundamentalmente difícil doar dinheiro efetivamente para tornar o mundo melhor? Ou os doadores do mundo, especialmente os ricos, deveriam começar a se comprometer com um cronograma do tipo: "Aqui está uma porcentagem do meu patrimônio líquido a cada ano que, à medida que envelheça, possivelmente aumente. Para levar isso a sério, devo abrir mão, de alguma forma, e encontrar uma maneira de fazer isso efetivamente"? Essa é uma questão injusta e insensata?
BG: Well, it'd be great to up the rate, and our goal, both as the Gates Foundation or through The Giving Pledge, is to help people find causes they connect to. People give through passion. Yes, numbers are important, but there's so many causes out there. The way you're going to pick is you see somebody who's sick, you see somebody who's not getting social services. You see something that helps reduce racism. And you're very passionate, and so you give to that. And, of course, some philanthropic gifts won't work out. We do need to up the ambition level of philanthropists. Now, collaborative philanthropy that you're helping to facilitate through Audacious, there's four or five other groups that are getting philanthropists together, that is fantastic, because then they learn from each other, they get confidence from each other, they feel like, "Hey, I put in x, and the four other people put money in, so I'm getting more impact," and hopefully, it can be made fun for them even when they find out, OK, that particular gift didn't work out that well, but let's keep going. So philanthropy, yes, I would like to see the rate go up, and people who do get going, it is fun, it's fulfilling, you pick which of the family members are partnered in doing it. In my case, Melinda and I love doing this stuff together, learning together. Some families, it will even involve the kids in the activities. Sometimes the kids are pushing.
BG: Seria ótimo aumentar essa taxa. Nosso objetivo, tanto com a Fundação Gates ou através da The Giving Pledge, é ajudar as pessoas a encontrar causas com as quais elas se conectem. As pessoas doam pela paixão. Sim, os números são importantes, mas há muitas causas mundo afora. Você vai escolher uma quando vê alguém que está doente, ou que não esteja sendo atendido pelos serviços sociais. Você vê algo que pode ajudar a reduzir o racismo, se sente muito envolvido e então doa pra essa causa. E claro, algumas doações filantrópicas não dão certo. Precisamos aumentar o nível de ambição dos filantropos. A filantropia colaborativa que vocês estão ajudando a facilitar através do Audacious Project, há outros quatro ou cinco grupos que estão reunindo filantropos, é fantástica, porque uns aprendem com os outros, eles conquistam mútua confiança, e pensam: "Eu doei tal valor, outras quatro pessoas investiram, então estou tendo mais impacto". E espero que isso possa ser divertido para eles mesmo quando descobrem que aquela doação não tenha funcionado tão bem, mas eles seguem adiante. Então, sim, eu gostaria de ver a taxa de filantropia aumentar, e para as pessoas que se mantêm nela, é divertido, é recompensador, você escolhe membros da família para a parceria na doação. Melinda e eu adoramos fazer isso juntos, nós aprendemos muito. Algumas famílias envolvem os filhos, que, às vezes, são bem mandões. Quando você tem muito, ainda acha que US$ 1 milhão é muito dinheiro,
When you have lots of money, you still think of a million dollars as a lot of money, but if you have billions, you should be giving hundreds of millions. So it's kind of charming that, in terms of your personal expenditure, you stay at the level you were at before. That's societally quite appropriate. But on your giving, you need to scale up or else it will be your will, and you won't get to shape it and enjoy it quite that same way. And so without -- we don't want to mandate it, but yes, both you and I want to inspire philanthropists to see that passion, to see those opportunities significantly faster than in the past, because whether it's race or disease, or all the other social ills, the innovation of what philanthropy can go to and do quickly that, if it works, government can come in behind it and scale it up, God knows we need solutions, we need that kind of hope and progress that expectations are high that will solve very tough problems.
mas se você tem bilhões, deveria estar doando centenas de milhões. Então é meio charmoso que, em termos de despesas pessoais, você se mantenha no nível em que estava antes. É socialmente bem apropriado. Mas na sua doação, você precisa aumentar ou o dinheiro irá para o seu testamento, e você não conseguirá gerenciá-lo e aproveitá-lo da mesma maneira. Não queremos fazer uma imposição, mas sim, eu e você queremos inspirar filantropos a ver essa paixão, essas oportunidades, mais rapidamente do que no passado, seja pela causa do racismo ou uma doença, ou todos os outros males sociais. A inovação do que a filantropia pode fazer rapidamente, se funcionar, o governo pode entrar na retaguarda e dimensionar, e Deus sabe que precisamos de soluções, desse tipo de esperança e progresso que são tão necessários e que resolverão problemas muito difíceis.
CA: I mean, most philanthropists, even the best of them, find it hard to give away more than about a percent of their net worth every year, and yet the world's richest often have access to great investment opportunities. Many of them are gaining wealth at seven to 10 percent plus per year. Isn't it the case that to have a real chance of giving away half your fortune, at some point you have to plan to give away five, six, seven, eight, 10 percent of your net worth annually? And that is, isn't that the logic of what should be happening?
CA: Muitos dos filantropos, até o melhor deles, acham difícil doar mais do que 1% de seu patrimônio líquido todos os anos, ainda assim, o mais rico do mundo muitas vezes tem acesso a grandes oportunidades de investimento. Muitos deles estão ganhando uma riqueza entre 7% e 10% a mais por ano. Não seria o caso de, pra ter uma chance real de doar metade da sua fortuna, você tem que planejar doar entre 5% a 10% do seu patrimônio líquido anualmente? Não é lógico que isso já deveria estar acontecendo?
BG: Yeah, there are people like Chuck Feeney, who set a good example and gave away all of his money. Even Melinda and I are talking about, should we up the rate that we give at? As you say, we've been very lucky on the investment side through a variety of things. Tech fortunes in general have done well, even this year, which is one of those great contrasts in what's going on in the world. And I do think there's an expectation that we should speed up, and there's a reason to speed up, and government is going to miss a lot of needs. Yes, there's tons of government money out there, but helping it be spent well, helping find places it's not stepping up, and if people are willing to give to the developing world, they don't have governments that can print checks for 15 percent of GDP, and so the suffering there broadly, just the economic stuff alone, put aside the pandemic, is tragic. It's about a five-year setback in terms of these countries moving forward, and in a few cases, it's tough enough that the very stability of the country is in question.
BG: Sim, existem pessoas como Chuck Feeney, que deu um bom exemplo e doou todo o dinheiro dele. Até Melinda e eu estamos considerando se devemos aumentar a taxa que doamos. Como você disse, temos tido muita sorte com investimentos através de uma variedade de opções. As fortunas tecnológicas, em geral, têm dado muito certo, mesmo este ano, que é um daqueles grandes contrastes quanto ao que está acontecendo no mundo. Acho que há uma expectativa que devemos acelerar, e há uma razão para fazermos isso, e o governo não conseguirá atender muitas das necessidades. Sim, há muito dinheiro dos governos mundo afora, mas devemos ajudar para que seja gasto de maneira sensata, a encontrar lugares onde as doações não estão crescendo, e se as pessoas estão dispostas a doar para os países em desenvolvimento, esses países não têm governos que podem imprimir cheques para 15% do PIB. O sofrimento nesses lugares, considerando-se apenas o aspecto econômico, deixando a pandemia de lado, é trágico. É um retrocesso de cinco anos em termos de avanços nesses países, e, em alguns casos, a situação é tão crítica que coloca em risco a própria estabilidade do país.
CA: Well, Bill, I'm in awe of what you and Melinda have done. You walk this narrow path of trying to juggle so many different things, and the amount of time that you dedicate to the betterment of the world at large, and definitely the amount of money and the amount of passion you put into it -- I mean, it's pretty awesome, and I'm really grateful to you for spending this time with us now. Thank you so much, and honestly, the rest of this year, your skills and resources are going to be needed more than ever, so good luck.
CA: Bem, Bill, fico admirado com o que você e Melinda têm feito. Vocês percorrem um caminho estreito tentando equilibrar tantas coisas diferentes, e todo esse tempo que dedicam à melhoria do mundo como um todo, e definitivamente a quantidade de dinheiro e de paixão que vocês colocam nisso é realmente incrível. E sou muito grato a você por passar esse tempo conosco. Muito obrigado, e honestamente, no restante deste ano, suas habilidades e recursos serão mais necessários do que nunca, então boa sorte.
BG: Well, thanks. It's fun work and I'm optimistic, so thanks, Chris.
BG: Obrigado. É um trabalho divertido e estou bastante otimista. Obrigado, Chris.